Todos os posts (14)

Classificar por

Manifestantes muçulmanos reclamam da falta de respeito por Maomé, mas não censuram comentários de ódio contra judeus e os EUA

Na segunda-feira, David Kirkpatrick, chefe do New York Times no Cairo, citou Khaled Ali, um dos manifestantes diante da Embaixada dos EUA no Egito, que justificou os protestos da semana passada: "Nunca insultamos profeta nenhum - nem Moisés, nem Jesus. Então, por que não podemos exigir respeito por Maomé?". Trabalhador da indústria têxtil, de 39 anos, ele carregava um cartaz em inglês: "Cale-se América". "Obama é o presidente, então deveria se desculpar."

Li vários comentários dos amotinados na imprensa na semana passada e tenho um grande problema com eles. Não gosto de ver a crença de alguém insultada, mas preciso deixar duas coisas muito claras - mais claras do que a equipe de Obama deixou. Uma é que um insulto - até um tão estúpido e horrendo como o vídeo que deu início a tudo isso - não dá direito às pessoas de saírem à rua para atacar embaixadas e matar diplomatas inocentes. Não é assim que pessoas responsáveis por si mesmas se comportam. Não há desculpa. Isso é vergonhoso.

Em segundo lugar, antes de exigir desculpas do presidente americano, Ali e os jovens egípcios, tunisianos, líbios, iemenitas, paquistaneses, afegãos e sudaneses que foram às ruas devem se olhar no espelho - ou simplesmente ligar seus televisores. Podem querer ver o amargor chauvinista disseminado por alguns de sua própria mídia - na TV via satélite, em websites ou vendido em livrarias diante de mesquitas - insultando xiitas, judeus, cristãos, sufistas e qualquer um que não seja sunita ou muçulmano fundamentalista. Existem pessoas nos seus países para as quais odiar "o outro" tornou-se uma fonte de identidade e desculpa coletiva por não atingir o próprio potencial.

O Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (Memri, na sigla em inglês) foi fundado em 1998, em Washington, por Yigal Carmon, ex-assessor em Israel no combate ao terror, para "acabar com as divergências de linguagem entre o Oriente Médio e o Ocidente monitorando, traduzindo e estudando mídia, livros escolares e sermões religiosos em árabe, farsi, urdu e pashtu". O que respeito no Memri é que ele traduz não só material ofensivo ou ameaçador, mas também textos de comentaristas árabes reformadores, liberais e corajosos.

Como um judeu que viveu e trabalhou no mundo muçulmano, sei que manifestações de intolerância são só um lado da história e existem ali opiniões profundamente tolerantes que são apoiadas e praticadas também. Essas sociedades são complexas.

Esse é o ponto. Os EUA também são uma sociedade complexa, mas devem parar com a tolice de dizer que esse é apenas um problema dos americanos. Os manifestantes do Cairo estão certos: as fés e os profetas dos outros devem ser respeitados. Mas isso é recíproco. Obama e os jornais mais importantes dos EUA condenam o discurso de ódio contra outras religiões. E os manifestantes? / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

Saiba mais…

Celebrando o Dia Internacional da Paz por Lia Bergmann

Há 31 anos, a Assembleia Geral da ONU proclamou 20 de setembro o Dia Internacional da Paz, como uma data de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo. Em 2006, Kofi Annan afirmou: “Desde então a ONU tem celebrado este dia, cuja finalidade não é apenas que as pessoas pensem na paz, mas sim que façam também algo a favor da paz”.

Em 2000, a ONU criou a Década de Cultura de Paz. Dez anos não foram suficientes para estabelecer uma mentalidade de resolução não violenta de conflitos, mas este período deu margem a inúmeras atividades para conscientização da sociedade, em especial no Brasil, onde foi criado o primeiro Conselho Parlamentar por uma Cultura de Paz (ConPAZ), no âmbito de uma Assembleia Legislativa, a de São Paulo (Alesp).

Através de debates, palestras, cinema, diálogo inter-religioso, iniciou-se um processo de conscientização de parlamentares, funcionários e da sociedade em geral. Alguns deputados aderiram e “vestiram a camisa”. A ideia foi levada por seu criador, o então presidente da Alesp, Walter Feldman para a Câmara dos Deputados em Brasília. Estendeu-se a outras cidades, estados e diversos países.

Para Edgar Lagus, vice-presidente da B’nai B’rith do Brasil (Região Centro-Sul), membro da Comissão Executiva do ConPAZ, “a paz deve começar em nós mesmos”, para depois podermos fazer algo em prol dos outros.

“A cultura de paz é uma busca natural do ser humano, é sonho e objetivo de todos os seres humanos viverem em paz e assim cada grupo religioso vai procurando o seu espaço, o seu nicho, para contribuir com a cultura de paz”, ressalta Tata Motamoride, das religiões de matriz africana.

Flavio Azm Rassekh, representante da religião bahaí, originária da Pérsia (atual Irã, onde seus membros são perseguidos e assassinados e que tem seu principal templo em Haifa, Israel), nos deixou um breve texto como contribuição para a reflexão sobre a Paz Mundial:

A Unidade Mundial é baseada no reconhecimento de uma só espécie humana, da interconectividade entre todas as coisas criadas e entre todos os seres vivos.

“A ordem mundial só pode ser fundada sobre uma consciência inabalável da unidade da humanidade, uma verdade espiritual que todas as ciências humanas confirmam. A Antropologia, a Fisiologia e a Psicologia reconhecem uma só espécie humana, ainda que infinitamente variada no que se refere aos aspectos secundários da vida. O reconhecimento desta verdade requer o abandono dos preconceitos – de todos os tipos de preconceitos – relacionados com a raça, a classe social, a cor da pele, a crença religiosa, a nacionalidade, o sexo e o grau de civilização material. Em suma, de tudo aquilo que faz com que as pessoas se considerem superiores umas às outras”.

“A aceitação da unidade da humanidade é o pré-requisito fundamental para a reorganização e a administração do mundo como um só país – como o lar da humanidade. A aceitação universal deste princípio espiritual é essencial para o êxito de qualquer tentativa de estabelecer a paz mundial. Deveria, portanto, ser universalmente proclamado, ensinado nas escolas, e constantemente reafirmado em todas as nações como preparação para a transformação orgânica da estrutura da sociedade que isso implica.” – “Promessa da Paz Mundial”, 1985.

Célia Regina Palma, da AFALESP e do xamanismo, depois de muito refletir sobre a atual turbulência do mundo, que torna difícil falar em coisas boas e amorosas de Cultura de Paz, acredita que não se pode perder a fé e a esperança no mundo, lembrando a canção de John Lennon:

“Imagine não existir países, Não é difícil de fazê-lo, Nada pelo que lutar ou morrer.
E nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz.
Você pode dizer, que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único.
Eu tenho a esperança de que um dia, você se juntará a nós, e o mundo será como um só.
Imagine não existir posses. Me pergunto se você consegue, sem necessidade de ganância ou fome.
Uma irmandade humana. Imagine todas as pessoas, compartilhando todo o mundo.
Você pode dizer, que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único.
Eu tenho a esperança de que um dia, você se juntará a nós. E o mundo viverá como um só”.

Para o reverendo Elias de Andrade Pinto, da Casa das Religiões Unidas: “No Dia Internacional da Paz de 2012 olhando para a frente, aguardamos uma era de paz na integração dos princípios masculino e feminino, gerando contínua cooperação e reconciliação com a natureza, até que o planeta seja sagrado para todos sem exceções”.

Todos estas afirmações sobre a paz são de integrntes do Conselho Parlamentar por uma Cultura de Paz da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Nesta sexta-feira e no final de semana estão programadas inúmeras celebrações. Espaço para atuar não falta. É preciso vontade política e individual, para que estas ações se multipliquem em todos os fóruns e em todos os níveis. É importante educar para a paz e não para o ódio e a guerra, somente assim teremos paz no futuro, ainda que longínquo.

fonte: BBpress

Saiba mais…

29 | 07 | 2010 » Jayme Fucs Bar

  

O Judaísmo Secular Humanista é uma corrente dentro do judaísmo que vem reunindo progressistas e intelectuais em várias partes do mundo. Mais do que um pensamento filosófico, é um movimento organizado e atuante que nasceu na década de 1960 e tem a sua maior expressão nos Estados Unidos e em Israel. Mas também na Europa, Austrália, México e Uruguai, o Judaísmo Humanista tem como base a influência de personalidades e líderes, como o Rabino Mordechai Kaplan, fundador do movimento judaísta reconstrucionista nos EUA e o Rabino Sherwin Wine (fundador do movimento Judaísmo Humanista também nos EUA e em Israel).

Para conhecer melhor esta linha de pensamento, entrevistamos o brasileiro Jayme Fucs Bar, que mora em Israel há 28 anos e é o coordenador do site Judaísmo Humanista que congrega hoje 412 membros. Vamos lá?

. Você é o coordenador do site Judaísmo Humanista. Quando começou a seguir por essa linha, e qual é o seu papel dentro desta comunidade?

- A minha formação judaica vem da comunidade do Rio de Janeiro e, como muitos de minha geração, tivemos uma vivência judaica secular, porém o encontro com uma visão judaica humanista aconteceu no Colégio Scholem Aleichem, no Hashomer Hatzair e mais tarde no Kibutz Nachshon, no qual vivo desde 1982.

. Quando e onde surgiu o movimento dos judeus humanistas?

- O Movimento do Judaísmo Humanista organizado tem suas origens no Movimento Kibutziano, no Bundismo (movimento de um grupo de judeus na Rússia revolucionária, que tentou oficializar na Segunda Internacional Comunista seu direito de manter a identidade étnica), e também na ação de Sherwin Wine, um rabino Reformista, que deixou o Movimento Reformista, pois concluiu que o judaísmo era muito mais que uma religião. Vivo num Kibutz em Israel, como muitos outros Kibutzim. Celebramos todo o ciclo de vida judaico e todas as festividades de forma não religiosa. Compartilhamos em nossos festejos de um ritual dentro dos aspectos culturais e da tradição judaica e, sobretudo, com um grande compromisso ético e moral da Torá, que nos ensina o respeito profundo à vida e ao ser humano.

. O que este movimento se diferencia, na prática, do judaísmo ortodoxo?

- Para mim, o perfil básico que faz a grande diferença em relação a outras correntes é a definição de que judeu é todo aquele que se define como parte integral da história, cultura e tradição judaica, independentemente dos dogmas exigidos pelas correntes religiosas, que definem que para ser judeu é preciso ser filho de mãe judia. Ser judeu está totalmente relacionado com uma identidade cultural judaica, e uma relação profunda com a história e tradição milenar do povo judeu. Estou ciente que esse tema está impregnado de um grande dogma entre as comunidades judaicas do Brasil e do mundo. Mas é preciso falar, debater e não ter medo de enfrentar e romper com esse dogma, pois de fato existem fora da vida comunitária milhares de judeus que foram criados, educados e se identificam com a parte integral de nosso povo, porém, estão marginalizados e excluídos. Essa situação é cada vez mais grave dentro do mundo judaico atual, onde o judaísmo organizado se torna cada vez mais uma opção religiosa, onde existem milhares de famílias que institucionalmente “perdem” sua condição judaica, surgindo uma necessidade vital de criar e se congregar em comunidades seculares humanistas, que proporcionam a esses judeus uma nova opção de continuidade judaica organizada.

. Como o judaísmo humanista é visto em Israel?

-A questão das correntes judaicas em Israel é muito mais complicada que nas comunidades judaica no mundo. Primeiro porque não existe separação entre Estado e Religião em Israel. A outra é que o sistema parlamentar de Israel não proporciona aos partidos de maioria laica governar sem a minoria religiosa ortodoxa, e o mais trágico dessa realidade é que grande parte dessa ortodoxia não é sionista e não se alista ao exército, porém controla o poder e o monopólio do judaísmo.
Existem hoje em Israel cerca de 120 mil pessoas que têm o direito à lei do retorno, defendem o país, porém não são reconhecidos como judeus pela ortodoxia, isso quer dizer, podem morrer por Israel em suas batalhas e em suas guerras, mas não podem ser enterrados como judeus e muito menos casar em Israel. O Judaísmo Humanista em Israel tem como agenda na Knesset e na sociedade Israelense a luta pela separação do Estado da Religião e o direito a todas correntes judaicas de serem legitimadas.

. Existem rabinos ou sinagogas na linha humanista?

-Existe um processo novo na sociedade israelense de criação de Beit Midrash seculares humanistas, como resposta ao processo de ortodoxia da sociedade israelense. Existem hoje dezenas de Instituições desse tipo, como: Bina, Meitar, Alma. Uma delas, na qual participo e estudo, é o Centro Tmura de Jerusalém que formam Rabanim Seculares Humanistas.

. Como o judaísmo humanista é visto pelos mais religiosos?

-Acho que todas as correntes judaicas são legitimas e têm o seu lugar dentro da vida das comunidades, porém essas ideias do judaísmo secular humanista organizado que propõem uma alternativa compatível a muitos judeus do século XXI , vêm sendo criticadas por grupos religiosos e tradicionalistas, e eu como judeu secular humanista exijo o meu legítimo direito de me congregar e me definir como uma corrente judaica legítima, que tenha seus próprios rabanim,shilichm tziburiim, batei midrash, centros culturais etc, realizando todos os serviços judaicos como Kabalat Shabat,Brit Milá, Bar –Bat Mitzvah,casamento, festejos judaicos, conversão, sepultamento, enfim, o ciclo da vida judaica completo.

. Em que país (fora Israel) o judaísmo humanista é mais forte?

-Com referência à vida comunitária, sem dúvida, é nos EUA, onde os processos judaicos comunitários acontecem. Devemos prestar atenção como o judaísmo americano vem aos poucos recriando o judaísmo, como resposta aos novos dilemas judaicos numa sociedade pós-moderna e globalizada. Vale a pena acompanhar esse magnífico processo de renovação judaica criado pelo movimento reconstrucionista do Rav Modechay Kaplan e do movimento Humanista do rav Sherwin Wine.Venho aprendendo muito com essas comunidades nos EUA.

. Qual é a relação do judeu humanista com o Sionismo?

- O meu Judaísmo Humanista é também inseparável do compromisso com o destino do Estado Judeu. Acredito que o Judaísmo Secular Humanista deverá ser uma manifestação moderna de um Sionismo renovador e progressista, que deverá cumprir, na prática, a carta magna da independência do Estado Judeu de almejar um Estado dos sonhos dos profetas de Israel. Um Estado judeu baseado na paz e no respeito mútuo entre os povos, e na justiça e solidariedade para todos os seus cidadãos. O Judaísmo Humanista deverá ter hoje mais do que nunca, um papel político claro e critico sob os rumos atuais do Estado Judeu. Isso quer dizer: não abrir mão de reivindicar pela necessidade da separação entre Estado e Religião, e o direito de todas as correntes judaicas à legitimidade institucional; não ter medo de lutar pelo reconhecimento mútuo ao direito legítimo do Estado Judeu e do Estado Palestino de viverem um ao lado do outro com fronteiras reconhecidas e seguras.

. Fale sobre o site Judaísmo Humanista ( http://judaismohumanista.ning.com/ )

- O site foi criado em junho de 2009. Surgiu da necessidade de termos um espaço judaico mesmo que no virtual, para que as pessoas possam se manifestar, estudar, refletir e questionar sobre o tema Judaísmo Secular humanista. A repercussão desse site foi mais do que esperada, temos, até o momento, 412 membros e média de 1300 pessoas nos visitando por mês, inclusive realizaremos em breve um encontro desse grupo no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Judaísmo humanista é um grande desafio do judaísmo pós- moderno e o crescimento ou não desse movimento na atualidade dependerá somente de cada um de nós, judeus seculares humanistas, nas nossas possibilidades de sairmos do conformismo e do individualismo e assumir na prática a responsabilidade de se organizar e criar nossas próprias keilot, dando respostas diretas para nossas necessidades como judeus seculares e, principalmente, uma opção real para um judaísmo de roupas novas que possa encarar o século XXI com fé (EMUNAH) no ser humano.

Artigo originalmente publicado no Nosso Jornal (RJ) e no blog Judaísmo Humanista.

 

http://www.pazagora.org/2010/judaismo-humanista-entrevista-de-jayme-fucs-bar-por-denise-wasserman/

 

Acessado em 25/092012

 

 

 

Saiba mais…

Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista

Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista para o século 21
Jayme Fucs Bar - Outubro 2006
Como judeu que se define Secular Humanista, gostaria neste pequeno memorando de compartilhar com o leitor duas importantes reflexões sobre O que vem a ser Judeu Secular Humanista no Século 21 e a centralidade de Deus e do Homem.
O Judaísmo Secular Humanista vem se convertendo, nos últimos 40 anos, não só em um pensamento filosófico, mais sim em um movimento organizado, ou melhor, em uma nova e atuante corrente do judaísmo do século XXI.
Desde meados da década de 1960, surgiram 14 comunidades filiadas ao Jewish Secular Humanistic Community (Comunidade do Judaísmo Secular Humanista), principalmente nos Estados Unidos e em Israel, mas também na Europa, Austrália, México e Uruguai. Tais Comunidades têm como base a influência de personalidades e lideres como o Rabino Mordechai Kaplan, fundador do movimento judaísta reconstrucionista nos EUA e o Rabino Sherwin Wine (fundador do movimento Judaísmo Humanista também nos EUA e em Israel); podemos citar ainda, entre os mais influentes, Yair Saban, fundador do movimento Meitar, que vê o judaísmo como cultura. Saban é ex-ministro de Israel pelo antigo partido socialista Mapam.
O que essas três grandes personalidades, Kaplan, Wine e Saban, têm em comum é a centralidade do Homem no mundo; em suas comunidades judaicas, eles talvez expliquem tais conceitos através de diferentes ângulos, mas mantêm sempre a mesma base do Homem como centro.
Mas o que levou o pensamento filosófico do Judaísmo Secular Humanista a se organizar em comunidades estruturadas no século 21?
Uma resposta a essa pergunta deve levar em consideração isto: o que vem a ser Judeu no Século 21, na era da Globalização?
Se Napoleão vivesse hoje, em plena Revolução Global, logicamente não faria aos 71 senedrim (lideres religiosos) as 12 perguntas que fez na França de 1807. Talvez fizesse apenas uma: Quem é judeu?

E obteria inúmeras respostas, todas diferentes e corretas. Napoleão provavelmente sairia insatisfeito desse encontro; sua grande dificuldade, em pleno século 21, seria definir a quem fazer tal pergunta, uma vez que temos, hoje, um judaísmo de tantos tipos de senedrim diferentes.

Judaísmo é, hoje, uma fusão de identidades mundiais; não existe mais uma identidade judaica única, somos judeus de identidades diversificadas, de valores e conceitos que mudam num ritmo acelerado. As identidades no Judaísmo deste século recriam-se, renascem, revitalizam-se em um novo e versátil judaísmo de "caras novas", onde as correntes clássicas desse judaísmo se transformam para sobreviver e se adaptam ao novo padrão das identidades globalizadas.

O Judaísmo Secular Humanista faz parte integral desse processo, ele está tomando um novo ritmo, criará um novo rumo na vida judaica.

O que se chamou de pensamento Judaico Secular Humanista no passado foi, sem dúvida, o resultado de um processo de 200 anos de emancipação, tem origem na revelação de Copérnico sobre a terra não ser mais o centro do universo; esse judaísmo assumiu a coragem de Darwin ao afirmar que o homem não é mais filho de Deus; esse judaísmo sentou-se no divã de Freud quando se identificou com a revelação de que o homem é um labirinto povoado pelo inconsciente; esse Judaísmo Secular Humanista é fruto do pensamento de Spinoza, Mendelssohn, Hess, Marx, Buber, Sartre, Theodor Hertzl e muitos outros.
Quem desejar se definir como um judeu secular humanista do século 21 terá de enfrentar grandes desafios – não na necessidade de reafirmar o pensamento "O homem como centro do mundo, ou da vida judaica", mas na reconstrução dos fundamentos do pensamento judaico secular humanista, dentro da compreensão de que o judaísmo é uma civilização.
Compreender isso não é o suficiente. É preciso, ainda, saber se unir e atuar como judeus seculares humanistas. E para isso é necessária a organização em estruturas comunitárias voluntárias e ativas, como as que vêm surgindo nos últimos anos em sociedades judaicas em diversas partes do mundo.
Quem crê em um Judaísmo Secular Humanista precisa conhecer e agir de acordo com preceitos judaicos. Essa prática deverá estar presente em toda a esfera da vida da comunidade, nos aspectos cultural, histórico e educativo, realizando o ciclo da vida judaica através do Brit Milá, de casamentos, Bar Mitzva e Bat Mitzva, entre outras festividades judaicas.
Para que o leitor possa compreender melhor a prática desses conceitos, seguem algumas idéias já integradas e definidas em comunidades judaicas seculares humanistas:
· O Judaísmo Secular Humanista para o século 21 deverá restabelecer de forma clara o direito do povo judeu a seu centro civilizatório, que é a terra de Israel. Deverá lutar contra o racismo, o anti-semitismo e o fundamentalismo religioso; deverá restaurar a vida e a cultura judaica através da educação, fortalecendo o núcleo comunitário e o movimento juvenil.
· A educação judaica secular humanista não somente depende da compreensão seus rituais, mas também deve capacitar os seus indivíduos para uma amplitude cultural judaica voltada ao pensamento critico e analítico, para a formação de lideranças capacitadas a enfrentar as possíveis manifestações de antagonismo e hostilidade ao mundo externo.
· A expressão de civilização judaica tem como base de estudo de texto judaico a interpretação das expressões de nossos antepassados e relacionando-as ao pensamento moderno, condicionando-as e interpretando-as de maneira relevante dentro do contexto da sociedade pós-moderna.
Devem ser incentivadas as manifestações culturais e artísticas como forma de criar um espaço comunitário atrativo, absorvendo, assim, judeus afastados do judaísmo. O Judaísmo Secular Humanista acredita que judeu é todo aquele que se identifica como judeu e está vinculado de forma ativa a sua historia, cultura e tradições.
Com tudo isso, onde fica Deus dentro dessa visão de Judaísmo Secular Humanista?
Deus existe ou não?
Se fizéssemos esta pergunta, “Deus existe ou não?”, para Kaplan, Wine ou Saban, eles nos dariam três respostas diferentes – porém, é incerto qual deles poderia responder essa grande pergunta com mais segurança e firmeza. A verdade, pode-se dizer, é que muitos judeus seculares humanistas concordariam que "Sim, Deus existe – em nossas consciências. Ele é um, mas não é o centro deste mundo; o homem é o centro".
Para explicar melhor essa afirmação, temos que voltar às fontes de uma passagem bíblica em Êxodos, que talvez seja uma das mais importantes para os judeus humanistas; ela nos revela algo interessante sobre a questão da centralidade de Deus e do Homem. Essa passagem revela o diálogo sem fronteiras entre Moisés e Deus.
Conta-se em Êxodos que Deus manteve um diálogo profundo com o profeta Moisés, em que revelou, inclusive, um de seus vários nomes. O Profeta Moisés talvez teve que transcender os conceitos de tempo e de espaço para poder chegar mais perto desse Deus.
Esse Deus anuncia um dos mais importantes eventos da humanidade, a todos os seres humanos representados, ali, pelo Profeta Moisés, na entrega das Tábuas das Leis; Tábuas que devem estabelecer o pacto profundo entre Deus e o Homem. Esse pacto, escrito em pedra fundida, é denominado Os Dez Mandamentos.
Mas que Leis são essas? Para quê Deus nos apresenta essas Leis? Talvez Deus tivesse a intenção de nos dizer que os Dez Mandamentos eram o código moral e ético que deveria reger todos os seres humanos que vivem na face da Terra, e, como judeus, deveríamos divulgar esses mandamentos a toda humanidade.
Talvez o nosso Profeta Moisés, nesse dialogo tão humano, ainda tenha tido a coragem de perguntar a Deus: "E agora, Deus? O que vai acontecer? Para onde Vamos?” E talvez esse Deus tenha respondido: "A partir de agora, vocês, seres humanos, serão o centro da terra. Vocês têm um código moral e ético a ser cumprido, portanto, se virem! Eu irei para outros cantos, eu estarei em outros tempos celestiais".
O Judaísmo Secular Humanista procura "se virar", assumindo responsabilidades, neste mundo conturbado em que vivemos. Já se passaram mais de 4 mil anos e as metas de moral e da ética das Tabuas das Leis ainda estão muito longe de ser alcançadas,. E essa é, talvez, a grande missão do Judaísmo Secular Humanista; responsabilidade que deve ser assumida por nós, seres humanos, aqui na Terra, e não entregue a Deus.


O filósofo humanista Kenneth Phife define sua visão de Deus de forma muito interessante:
"O humanismo nos ensina que é imoral esperar que Deus aja por nós. Devemos agir para acabar com as guerras, os crimes e a brutalidade desta e das futuras eras. Temos poderes notáveis. Termos um alto grau de liberdade para escolher o que havemos de fazer. O humanismo nos diz que, não importa qual seja a nossa filosofia a respeito do universo, a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos, em última análise, cabe a nós mesmos."
Se a responsabilidade sobre o mundo e os seres humanos cabe a nós e não mais a Deus, de que forma podemos assumi-la?
O Judaísmo Secular Humanista deve assumir o legado recebido pelo Profeta Moisés no alto do Monte Sinai. Devemos fazer de cada uma dessas comunidades a consciência da memória do Legado da Ética e da Moral recebido no Monte Sinai. Devemos nos responsabilizar e garantir que esse Legado seja difundido para todo mundo, com o intuito de alcançarmos um mundo melhor e mais humano.

Jayme Fucs-Bar
Acessado em 24/09/2012
Saiba mais…

Iom Kipur: JUZGAR MENOS Y COMPRENDER MÁS

img_136699750_tn5.jpg

18.09.2012 - por Bernardo Sorj

Entre Rosh Hashana y Yom Kipur- 5773- Entre el Año Nuevo y el Día del Perdón
JUZGAR MENOS Y COMPRENDER MÁS


Rosh Hashana nos coloca la pregunta: ¿que aprendimos en el año que pasó?
Y Iom Kipur nos recuerda que lo más difícil es aprender a juzgar.

En Rosh Hashaná y Iom Kipur reflexionamos sobre nuestra relación con las personas, ya que en ellas expresamos nuestros deseos y nuestros miedos, nuestros prejuicios y nuestras idealizaciones, nuestro egoísmo y nuestra solidaridad.

En cada juzgamiento estamos juzgando la persona que somos, pues la capacidad de juzgar es lo que nos hace humanos, pero también nos puede deshumanizar, cuando:

• Juzgamos a los demás con prisa, y fuimos injustos.
• Juzgamos sin considerar los sentimientos del otro, y ofendimos.
• Juzgamos bajo la influencia de la ira o el miedo, y erramos.
• Juzgamos usando preconceptos y humillamos.
• Juzgamos en una forma dogmática, y no respetamos a los que piensan en forma diferente.
• Juzgamos de acuerdo con las opiniones de los demás y no de lo que sentimos, y nos traicionamos.
• Juzgamos de acuerdo con la forma y no del contenido, y fuimos banales.
• Juzgamos cuando lo que teníamos que haber hecho era sólo de entender.
• Y utilizamos el poder en lugar de diálogo, y oprimimos.
• Y dimos valor a lo que no merecía y desvalorizamos lo que no debía.
• Y humillamos con nuestra mirada o un comentario, incapaces de salir de nuestra forma estrecha de ser.

Para juzgar menos y comprehender más, debemos:

• Ser más prudentes y menos impulsivos.
• Ser más comprensivos y menos prejuiciosos.
• Ser más curiosos y menos dogmáticos.
• Ser más generosos y menos egoístas.
• Nunca mirar con desaprobación sólo porque alguien es diferente.
• Valorando lo esencial y no lo superfluo.
• Protegiendo nuestros intereses sin pisar a los demás.
• Teniendo en cuenta nuestros sentimientos sin perder la noción de la justicia.
• No permitiendo que el miedo nos domine.
• Ni produciendo culpa en personas queridas sólo porque no actuaron de acuerdo con nuestros deseos.


Así podremos llegar al próximo Yom Kipur habiendo juzgado menos pues nos conocemos más, colocándonos por un instante en la piel del otro, acumulando menos remordimientos y más actos de amor, produciendo menos dolor y más satisfacción.

Porque queremos ser mejores, vale la pena vivir y brindar:

Shehejyanu, ve'quimanau ve'higuianu lazman haze!
Que vivimos, existimos y llegamos a este momento!


Bernardo Sorj

http://www.mensuarioidentidad.com.uy/corriente_judeo_humanista/828

Acessado em: 23/09/2012

Saiba mais…

Arqueólogos descobrem cisterna em Jerusalém - Fonte Pletz

Arqueólogos descobriram uma grande cisterna pública do período do Primeiro Templo na Cidade Velha de Jerusalém, oferecendo uma nova visão sobre o abastecimento de água há mais de 2.500 anos.

​A cisterna, que comporta 250 metros cúbicos de água, foi descoberta adjacente ao lado ocidental do Monte do Templo, durante uma escavação em andamento no local. A descoberta mostra que o abastecimento de água naquela época não se baseava apenas na Fonte de Gihon, a única fonte de água natural de Jerusalém, mas contava também  com grandes reservatórios artificiais como o que foi descoberto agora.

O tamanho original da cisterna – a maior de seu tempo descoberta na cidade – e sua localização sugerem a possibilidade de que ela desempenhou um papel nas atividades rituais no templo, segundo a arqueóloga Tsvika Tsuk da Natureza de Israel e da Autoridade de Parques , a cisterna foi impermeabilizada com um gesso amarelado típico do período, com marcas ainda visíveis nas paredes.

O Primeiro Templo foi construído por volta de 950 aC, de acordo com o registro bíblico, e destruído por um exército babilônico em 586 aC. A construção do Segundo Templo começou cerca de 50 anos mais tarde. O Monte do Templo como ele existe atualmente data de uma expansão e renovação feita por Herodes, o Grande, cinco séculos depois, cerca de 2.000 anos atrás. O Segundo Templo foi destruído por Roma em 70 dC.

http://www.pletz.com/blog/descoberta-arqueologica-jerusalem/

Saiba mais…

Olho que vê por Nilton Bonder

  Um engenheiro amigo que ia construir em Portugal, por desconhecer a legislação e as idiossincrasias locais, contratou um arquiteto que trabalhava no setor de aprovação de projetos da prefeitura. Como a licença demorava a sair, cobrou do arquiteto e este se defendeu dizendo que ela não fora aprovada. “Mas foi você mesmo que projetou”, arguiu o engenheiro, que ouviu como resposta: “Ora, pois, eu o projetei, mas eu não o aprovo!”

Para além de uma piada de estereótipos, fica aqui revelada uma condição particular de nossa humanidade: tantas coisas fazemos e que nós mesmos não aprovamos. Diante do Novo Ano e o fim de um ciclo, a tradição judaica vincula a passagem do tempo com julgamento. Tempo para um ser humano é a passagem de sua existência contraposta às escolhas feitas nesse período. Há um rastro humano numa dimensão que outras espécies não conhecem.

O humano não só vive na dimensão espacial e temporal, mas na dimensão do certo e do errado. E seja lá por onde nosso destino passou no ano que termina e seja lá o que levamos a cabo como nossas ações, sempre há as que aprovamos e as que desaprovamos. Isso porque há um Olho que vê e uma Mão que escreve no decorrer do tempo humano. Há tempo e há registro.

Isso não é imaginário ou ilusório, como desdenham racionalistas, mas a essência da humanidade. A mesma natureza que escolhe é a natureza que audita e a cada parâmetro espacial e temporal da existência haverá uma coordenada de “certo ou errado” a ele associada. Esse é o campo da espiritualidade que não está nem de longe excluída do território da inteligência como muitos pensam, mas voltada para uma área específica da realidade. Enquanto a ciência se ocupa do micro e macrocosmo, a espiritualidade se volta ao mesocosmo, à experiência de exercermos nossa existência.

Tal qual a ciência teve que criar espacialmente um LHC, um acelerador de partículas para visualizar na colisão de partículas o que não pode ser observado de outra forma, a espiritualidade humana produziu tradições e religiões que ampliam temporalmente em muitas gerações a experiência humana para observar o que não pode ser registrado de outra forma. E as várias gerações revelaram coisas que não podem ser vistas sem esse instrumento. Revelouse que existe um vínculo entre criatura e Criador, que há um céu e um inferno, que há um julgamento constante e que se intensifica à medida que a vida vai sendo concluída — enfim, que há um Olho que vê e uma Mão que escreve.

Claro não há Olho ou Mão no micro ou no macrocosmo, mas no mesocosmo a coisa é diferente. Ai daquele que não considerar a interface entre seu ser e seu existir! Ora, pois, é tempo de reconhecer que eu escolhi e eu fiz, mas eu não aprovo. Não como um exercício de culpa vazio ou como um recurso para uma moral repressora, mas como um expediente para equalizar tempo e existência. Mais do que o tempo particular de um grupo, Rosh Hashana, o Ano Novo Judaico, é um fragmento, uma peça do quebra-cabeças da consciência coletiva humana…

Nilton Bonder é rabino e escritor.

Saiba mais…

Israel: Vencendo as adversidades - Revista Morasha

A preocupação com a água é hoje um problema e um desafio geoestratégico. sua escassez tem causado mais vítimas do que os acidentes ambientais.

Em Israel, as condições climáticas desfavoráveis e a escassez de recursos hídricos foram transformadas em incentivos para a busca de soluções. Cada vez mais, a indústria israelense ganha espaço no mercado mundial como referência no setor de tecnologia para o setor de água através de sistemas sustentáveis para irrigação, reciclagem, reuso e dessalinização.

Fazer o deserto florescer. Este foi o sonho de David Ben-Gurion para a região do Neguev. Considerado um sonhador por alguns, um visionário por outros, o projeto por ele idealizado tornou-se uma realidade na paisagem árida do sul do país.

Os desavisados que visitam Israel pela primeira vez não conseguem esconder sua surpresa e admiração quando se veem diante dos vastos campos cultivados em regiões onde, há algumas décadas, havia somente quilômetros e quilômetros de areia.A criação do Estado de Israel e suas realizações nos diversos campos do conhecimento, com destaque para a alta tecnologia, comprovam que, com determinação, é possível enfrentar e superar cenários marcados por adversidades. Se existe um lugar no mundo onde o chavão “a necessidade é a mãe da criatividade”, este lugar é Israel.

Com um território localizado em sua maior parte em solos áridos e semiáridos, clima seco, desértico e poucos recursos naturais, o país foi obrigado a usar seu capital humano para vencer os desafios. Investindo 4,8% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em educação, pesquisa e desenvolvimento – porcentual superior ao de quase todos os países desenvolvidos – Israel é considerado hoje um celeiro de inovação cujos resultados beneficiam não apenas a sua própria população, mas se espalham por diversos países ao redor do mundo. O selo “Made in Israel” faz parte do cotidiano internacional.

Tão logo terminou o conflito armado e fundou-se o Estado, uma nova guerra se iniciava. Era necessário criar condições para garantir aos seus habitantes uma vida com qualidade. Passadas mais de seis décadas, pode-se dizer que o país está vencendo esse desafio, evoluindo de uma nação com recursos naturais limitados para um player significativo no universo global da indústria de sustentabilidade, também conhecida como Cleantech Industry. Somando uma mão de obra de elevado nível educacional à sua vasta experiência na área de alta tecnologia, o país possui atualmente mais de 400 empresas totalmente voltadas ao desenvolvimento de novas tecnologias na área de água, energia e meio ambiente, transferindo para o mercado internacional produtos e sistemas já comprovadamente eficientes no próprio país.

Israel se tem destacado nos últimos anos por sua experiência no campo do tratamento de esgotos, purificação, irrigação e reuso de água para agricultura e indústria. Atualmente, 72% da água distribuída no país é reciclada, sendo líder mundial na categoria. Em seguida está a Espanha, com apenas 12%. Em Tel Aviv, toda a água utilizada é reaproveitada através de um sofisticado sistema de tratamento desenvolvido por pesquisadores e técnicos israelenses. Para ser purificado, o esgoto é bombeado para dentro da terra e novamente retirado, passando por tratamentos físicos, químicos e biológicos na maior estação de tratamento do Oriente Médio, chamada Shafdan.

O país está ganhando espaço também em um segmento relativamente novo do setor hídrico: o de dessalinização de água do mar. Com três das maiores usinas do mundo em funcionamento através da chamada tecnologia de osmose reversa, Israel tem conseguido produzir água para consumo por um dos menores preços do mercado internacional: US$ 0,53 o metro cúbico. No passado não muito distante, este preço chegava a
US$ 3. No processo de dessalinização, a água é injetada através de alta pressão dentro de tubos de plástico, dentro dos quais um feixe de membranas, como as camadas de um palmito, extraem o sal da água. O líquido que sai é tão puro que os técnicos precisam adicionar novamente alguns sais minerais para compor a água potável comum. A primeira usina israelense foi inaugurada em 2005, em Ashkelon – era então considerada a maior do mundo em seu gênero – e produz o suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes.

Em 2011 e 2012 entraram em funcionamento no país mais duas plantas de dessalinização – uma em Palmahim e outra em Hadera. Esta última, inaugurada no primeiro semestre de 2012, é atualmente a maior instalação de dessalinização de osmose reversa no mundo, com produção estimada de 127 milhões de metros cúbicos de água por ano – o suficiente para atender as necessidades hídricas de um em cada seis israelenses. Criada com um investimento de quase meio bilhão de dólares financiado através de um consórcio de bancos internacionais, a fábrica foi construída por um pool de empresas israelenses. Atualmente há 33 usinas de dessalinização em funcionamento no país, responsáveis pela produção de mais de 15% da água que a população consome. A meta é chegar a 40% nos próximos cinco anos.

Para estimular o desenvolvimento do segmento de energia e água dentro do conceito de sustentabilidade, o governo israelense criou, há aproximadamente dez anos, o programa Israel New Tech, por acreditar no potencial de crescimento da indústria nacional e de sua capacidade de atender as demandas do mercado internacional.

Coordenado pelo Ministério de Indústria, Comércio e Trabalho, conta com o apoio de uma série de órgãos públicos e atua em conjunto com instituições de pesquisa e com a iniciativa privada. O objetivo é virar uma referência mundial na área, exatamente como aconteceu com o setor de high-tech de comunicação, informação e segurança do país, a partir da década de 1990.

Para incentivar o desenvolvimento de inovações, o governo israelense também destinou US$ 2,2 milhões para incubadoras de empresas do setor hídrico. Atualmente, as exportações da chamada indústria da água somam cerca de US$ 1,4 bilhão, com destaque para os produtos de alta tecnologia na área de agricultura, gerenciamento, soluções e tratamento para recursos hídricos, entre outros. O segmento tende a crescer com a crise global de água.

Além do apoio ao desenvolvimento industrial e tecnológico, o governo israelense possui uma política pública para a economia e a otimização de recursos hídricos. Campanhas para conscientizar a população sobre a escassez e incentivar a redução do consumo fazem parte da agenda nacional e são veiculadas através de programas educacionais nas escolas e nas diversas mídias em todo o país. Há, também, uma política específica para o setor agrícola, segundo a qual cada produtor possui uma cota de água natural que é determinada em função das chuvas. Quando o produtor usa até 50% da cota, ele paga um determinado preço por ela. Para os 30% seguintes, o preço do metro cúbico sobe duas vezes e para os 20% restantes, o preço é igual ao da água urbana.

Outro ponto central é a boa gestão centralizada dos recursos hídricos através da Fundação Mekorot, companhia nacional de água responsável pela distribuição em todo país através de duas redes: uma para água potável para o consumo domiciliar, empresarial e industrial; a outra para irrigação com água reciclada. A empresa conta, ainda, com equipamentos que monitoram cada milímetro cúbico de água que flui pelas tubulações do país com sistemas computadorizados capazes de diagnosticar vazamentos em tempo real, evitando assim o desperdício.

Uma história antiga

A busca por soluções para enfrentar o problema da escassez de recursos hídricos antecede a criação do Estado de Israel. Por trás de um dos maiores sucessos da indústria israelense de agricultura - irrigação por gotejamento – está Simcha Bass, que descobriu quase que por acaso o conceito de fornecimento “gota a gota” de água para as plantas. Ao observar uma árvore que, supostamente, crescia sem receber água, ele percebeu que um vazamento próximo ao local lhe fornecia gradativamente o líquido tão precioso.

A partir dessa constatação, Bass desenvolveu um equipamento para controlar o fluxo de água para os campos, aperfeiçoando-o ao longo dos anos até que, em 1959, ele criou o primeiro protótipo de um gotejador industrial, patenteando-o no início da década de 1960. Sua invenção foi responsável por uma redução significativa no volume de água usada para irrigar os campos, tornando-se um sucesso mundial e o carro-chefe de uma de suas principais indústrias, a Netafim.

Sob o lema “o aproveitamento de cada gota”, a empresa, cuja principal fábrica está instalada no Kibutz Hatzerim, na região do deserto do Neguev, é líder no mercado internacional. A companhia atua em 112 países através de suas 32 subsidiárias e 13 fábricas, em vários países, inclusive o Brasil.

Saiba mais…

De acordo com o vice-ministro da Educação de Israel, Menahem Eliezer Mozes, 52% das crianças nos jardins de infância do país estão registradas em instituições pertencentes a correntes religiosas radicais ¿ ultraortodoxas ou nacionalistas-religiosas. Os números citados por Mozes se referem à população judaica de Israel e não incluem a minoria de cidadãos árabes israelenses que constituem 20% da população.

"Neste ano letivo, nos jardins de infância seremos 52% e eles serão apenas 48%", disse o vice-ministro, que pertence ao partido ultraortodoxo Yahadut Hatorah (Judaismo da Torá, em tradução livre).

Quando diz "eles", Mozes se refere aos seculares em Israel, que eram o setor majoritário e hegemônico na época da fundação do Estado, em 1948, e segundo as estatísticas passarão a ser minoria dentro de 15 a 20 anos.

O Terra conversou com diversos analistas sobre as possiveis consequências desse processo, tanto para a sociedade israelense como para as perspectivas de paz entre Israel e o Mundo Árabe.

Abismo
Para o sociólogo Zvi Barel, "se não houver uma mudança radical, tudo indica que estamos indo para um abismo".

"Os seculares e liberais em Israel se transformarão em minoria e Israel se tornará uma sociedade mais fundamentalista e menos tolerante", disse Barel. "A opinião pública se tornará mais nacionalista e radical, e isso obviamente dificultará mais ainda a possibilidade de uma convivência pacifica com nossos vizinhos no Oriente Médio".

Barel disse que está muito pessimista quanto ao futuro da sociedade israelense. "Não sei em que país meus netos irão viver", afirmou. "Vale lembrar que, dentro de poucos anos, religiosos radicais serão maioria tanto entre os eleitores como no próprio Exército".

Em Israel a grande maioria da população judaica religiosa adota as linhas mais radicais do judaismo, incluindo as correntes ultraortodoxas e a nacionalista-religiosa. Já no exterior, correntes mais moderadas da religião judaica são majoritárias.

O rabino Uri Regev pertence à corrente reformista do judaísmo, que tem um grande número de seguidores nas diásporas judaicas, inclusive nos Estados Unidos e no Brasil. Regev é diretor da ONG Hiddush, que defende a liberdade de religião e a igualdade, e se opõe à coerção religiosa exercida por religiosos radicais em Israel.

"As últimas pesquisas, feitas pelo Instituto Israelense de Democracia, apontam atitudes muito preocupantes dos jovens ultraortodoxos e nacionalistas-religiosos", disse o rabino Regev.

Segundo o instituto, se tivessem que escolher entre os preceitos religiosos e os valores da democracia, 85.4% dos jovens religiosos israelenses afirmaram que optariam pelos preceitos da religião.

Para Regev, comparando com outras democracias ocidentais, hoje em dia Israel "já se encontra em uma posição bastante desfavorável" nas questões relacionadas à liberdade de religião, direitos humanos e igualdade das mulheres.

"As pesquisas infelizmente apontam uma correlação preocupante entre o pertencimento ao setor ultraortodoxo ou nacionalista-religioso e valores anti-democráticos e contrários a uma coexistência pacifica com os árabes". Regev menciona pesquisas que indicam que a maioria dos jovens religiosos sente "ódio" por árabes e se opõe à participação dos cidadãos árabes israelenses na eleições.

"Hoje em dia a sociedade israelense já apresenta sinais de fundamentalismo religioso e, se a proporção do setor religioso radical na população geral aumentar, esses sinais vão se fortalecer".

Esperança
No entanto, o rabino Regev ainda vê uma possibilidade de que o público israelense "acorde, antes que seja tarde demais". "Podemos observar que nos últimos anos muita gente, tanto em Israel como nas diásporas judaicas, começou a perceber que a própria alma do país se encontra em risco".

Para ele, a segregação crescente das mulheres em Israel, imposta pelos ultraortodoxos, causou um choque no país e no mundo. "Organizações judaicas no mundo, que sempre apoiaram Israel, ficaram estupefatas ao ouvir sobre a segregação das mulheres".

Em locais de grande concentração de ultraortodoxos a segregação das mulheres tem se tornado cada vez mais comum. Hoje em dia há dezenas de linhas de ônibus nos quais as mulheres sentam na parte traseira e os homens na parte dianteira dos veículos.

Em bairros ultraortodoxos nas cidades de Jerusalem e Beit Shemesh, mulheres chegam a ser obrigadas a andar em calçadas separadas e em instituições públicas há filas separadas para homens e mulheres. Já a corrente reformista do judaismo, à qual o rabino Regev pertence, não só se opõe à segregação das mulheres em locais públicos como também aceita mulheres como rabinas.

"Se Israel se tornar um Estado fundamentalista a maioria dos judeus do mundo vai deixar de apoiá-lo", afirmou Regev. "Estamos travando uma batalha pela alma do nosso país, ainda tenho esperanças de que haja uma reviravolta e que os valores da democracia prevaleçam", concluiu.

Saiba mais…

Yo Judío?

Autor: 
Luis Amiguet; seleccionó Lidia Rostovsky

 

Tengo 65 años, pero camino mucho. Nací en Italia y emigré a Israel a los 42 años. Tengo 4 hijos y 6 nietos: predico demografía con el ejemplo. Soy un judío moderno y tradicional. Soy de izquierdas a lo israelí, algo muy complejo. Colaboro con la Fundación Spinoza de Barcelona.

¿Quién es judío hoy? Quien se reconoce judío.

¿Con eso basta? Quien se siente judío lo es.

¿No hay que observar ritos y obligaciones? No hay una única manera de ser judío. Puedes vibrar con el Macabi sin pisar la sinagoga. Es un sentimiento que se convierte en actitud y acción de mil maneras diferentes.

¿Cualquiera puede convertirse al judaísmo o es condición que sólo se hereda? Cualquiera que lo desee y lo solicite puede ser aceptado en la comunidad judía.

Pocos casos conozco... En Israel se convierten cada año al judaísmo unas 1.500 personas. Hay que realizar unos estudios y ser examinado después por una comisión de sabios. Eso es todo.

Ser judío ha sido un grupo étnico, una religión, una cultura, una lengua, una minoría... Y, para los antisemitas, una conspiración. Porque durante casi dos mil años, eran los demás quienes definían al judío. Hoy, en cambio, la definición de judío la hace cada judío junto con el otro, lo cual complica mi trabajo.

¿Por qué? Cuando preguntamos en una encuesta '¿Es usted judío?', algunos responden: 'No'. '¿Y su padre?': 'Sí'. '¿Y su madre?': 'Sí, también es judía'. En teoría, él sería judío también, pero dice que no y así resulta que no lo es.

¿Cuántos judíos hay en el mundo? Algo más de trece millones.

¿Cada vez hay más o menos judíos? Hay menos y más viejos. La tasa de crecimiento de los judíos en el mundo es negativa.

Creía que eran más... Eso se explica pues la presencia judía en la cultura y las ciencias es muy superior a su importancia demográfica.

¿Cuántos viven en Israel? Israel, cuando se fundó en 1948, acogía al 5% de los judíos del mundo; en 1970, al 20%, y hoy, al 41%. En el 2035, la mitad de los judíos del mundo vivirán en Israel.

Tal vez desde allí no influyan tanto... Ese es el reto israelí en el futuro: ser como país tan creativo como lo fue la Diáspora Judía.

¿De dónde ha sacado esas cifras? Llevo 40 años investigando. En EE. UU, por ejemplo, no había datos centralizados, así que elaboramos una macro encuesta con 250.000 familias que costó 6 millones de dólares. Resultó que un 2%, o sea cinco millones de los estadounidenses eran judíos.

¿Y en Europa? En Francia son 500.000; en Italia, 30.000. La demografía judía de España, en cambio, provoca polémicas, porque la cifra que manejamos es de 15.000, pero muchos consideran que entre los inmigrantes sudamericanos hay muchos más judíos que no se registran como tales en las sinagogas.

¿Y en Alemania? Caso interesantísimo. Tras el genocidio, se creó un núcleo de 30.000 inmigrantes judíos huidos de la URSS; con la caída del Muro llegan a ser 120.000 en la actualidad.

¿Cuántos judíos exterminó el nazismo? El 35% de la población judía mundial: 6 millones. En 1939 había 16 millones de judíos y en 1945 quedaban 10.

Matar a un hombre es matar todo lo que es y todo lo que pudo haber sido... Ante el Holocausto, los judíos reaccionaron de dos formas opuestas: a algunos les hizo renegar para siempre de su condición, pero a otros los reafirmó en ella y frenó así su disolución en las comunidades nacionales iniciada en el periodo de entreguerras. Así surgió el proyecto sionista de Israel.

¿Es el crecimiento demográfico palestino la mayor amenaza para Israel? La fundación de Israel reanuda la soberanía judía después de 2.000 años de interrupción por la destrucción del templo de Jerusalén en el año 70.

Así, el pueblo judío vuelve a ser protagonista de su historia... Pero, junto al Estado de Israel, la ONU ordenó también crear un Estado Árabe.

Ese ha sido, para mí, un gran inconveniente para Israel. Si los árabes hubieran creado su Estado, no tendríamos hoy conflicto. Pero tenemos conflicto y los árabes son mucho más prolíficos. Cada madre palestina tiene una media de 4 hijos - en los años cuarenta eran 10-, mientras que las madres judías tienen 2,7: una tasa muy alta pero muy inferior a la árabe.

Un dato que da que pensar. Demografía, identidad, territorio... Son los tres vectores que definen el futuro de un pueblo. Sharon era consciente de ello y por eso optó al final de su carrera por una política que muchos no comprendieron...

Abandonar y descolonizar territorios... Entre el Mediterráneo y el Jordán, hoy el 51% de la población aún es judía...

Una mayoría muy precaria... Si, por eso Sharon sabía que, si quería mantener su identidad judía mayoritaria y no convertirse en un Estado pluri-identitario con minoría judía, Israel no tenía más remedio que abandonar territorios, y eso empezaba a hacer cuando sufrió el ataque.

En Europa también sufrimos identities. Le brindo una cifra: en el 2020, uno de cada tres austriacos será musulmán.

¿La familia Trapp con chador? Piense... Es bello pero no es realista, creer que todos seremos ciudadanos del mundo.

¿Por qué no? La globalización económica es imparable, pero la identitaria va en una dirección opuesta: cada vez somos y necesitamos más nuestro grupo.

http://http://www.pluraljai.com.ar/articulos/opinion/quienesjudio/LuisAmiguet#.UEbUN-UNWzY.facebook

En 09/09/2012

Saiba mais…

Las redes sociales virtuales son una herramienta tecnológica que permite a los diferentes grupos de personas, instituciones públicas y privadas conectarse virtualmente, unidos por diferentes intereses, ya sea para tener contacto con sus consumidores, motivos de amistad, parentesco, conocimiento científicos, relaciones profesionales, académicas, con fines de lucro, altruistas o simple entretenimiento, de naturaleza erótica, deportiva, o lúdica.
Las redes políticas, las hay de todos tipo, desde los gobiernos que desean difundir información, dar a conocer avances y logros alcanzados o retroalimentarse de las inquietudes de sus gobernados, hasta las que nacen con un tema en particular o generales, ya sea política internacional, local, municipal, o por temas como la protección de grupos vulnerables, derechos de la mujer, de los homosexuales y otras minorías; por lo tanto es errado generalizarlo y es más apropiado clasificarlas como se hace con las arañas, según su color, distribución, tamaño, o población.
Lo relevante de las redes sociales, es que eliminan el papel del lector pasivo, y permite que el lector modifique o sea creador de contenidos, contribuyendo al enriquecimiento del tema o cuestión. Las redes sociales virtuales ha reducido distancias, hoy día se puede mandar un mensaje a un Primer Ministro, a un famoso artista o un líder de opinión sin necesidad de intermediarios, a diferencia de una red social física (persona a persona), en las redes sociales virtuales el espacio geográfico suele ser irrelevante, un japonés o grupo de estudiantes italianos puede incidir en un debate político en Inglaterra, Argentina o Sudáfrica.
Se habla de los peligros que las redes sociales engloban, como es el caso de que un menor de edad sea presa de un pederasta, o el novio virtual de una adolescente le lleve 30 años de edad, la sobrexposición de la intimidad y la cosificación de las personas en base a lo que presentan en las fotografías, lleva a la tendencia de privilegiar lo visual sobre lo textual. Otro peligro muy común es la desinformación que se expone y crea visiones distorsionadas de la realidad y que en algunos casos es interpretada por los internautas como la verdad incuestionable, como decía Mark Twain: "Es más fácil engañar a la gente, que convencerlos que han sido engañados".

El peligro es la propagación del antijudaísmo
El peligro que me ocupa abordar es la propagación del antijudaísmo, la difusión de ideas y acciones antisemitas es muy alarmante, sus principales canales de penetración son twitter, facebook y youtube, basta escribir en facebook la leyenda "I hate Israel", "Destroy Israel" "Palestina libre" "Viva Palestina"; por citar unos ejemplos, y podemos contemplar que en el mejor de los casos son activistas críticos de las políticas de Israel, pero la parcialidad y las imágenes fuera de contexto además de un enconado odio hacia Israel y el pueblo judío emerge notablemente, haciendo prácticamente imposible sostener una discusión civilizada y la confrontación de ideas y argumentos suele terminar en insultos y descalificaciones.
En el combate del antisemitismo se tiene la misma herramienta, sin embargo la actividad en estos foros por parte de los israelíes y las comunidades judías son mínimas al punto que no tienen suficiente impacto, en cierta forma es explicable porque el número es mínimo y además están desorganizados, pero por otro lado la ventaja que ofrece las redes sociales es que no se requieren grandes multitudes para tener una influencia favorable cuando hay una pequeña comunidad organizada, lamentablemente la intervención que he observado de los miembros de la comunidad judía o un simpatizante de la causa israelí, es que generalmente no aporta datos sólidos, sus argumentos suelen ser tan viscerales como el de los foristas que intervienen en favor de los palestinos, y llevando la discusión a un bajo nivel.
Cabe aclarar que es totalmente legítimo simpatizar por la causa palestina y en su caso, cuando llega a presentarse alguna injusticias por parte del Estado de Israel, la crítica es aplaudida, también es respetable la discrepancia hacia el sionismo, y la autocrítica es fundamental, eso nos permite ser una mejor sociedad y un mejor país, sin embargo esta critica y sentido de justicia selectiva en más de una ocasión cae en el antisemitismo y polariza la visión al enclaustrar a un polo del bien y otro del mal en cualquier sentido que se le quiera ver.
Israel esta perdiendo una batalla en uno de los escenarios mas importantes del mundo, el antisemitismo se esta convirtiendo en un mal sobrellevado y tolerado a niveles preocupantes y que parece no llamar la suficiente atención de la sociedad judía o de sus simpatizantes a pesar de que se propaga a gran velocidad. La gran ironía es que

una gran e importante aportación a las redes sociales nació en Israel, con la invención del ICQ que a su vez maduró en el famoso messenger, el cual fue desarrollado por cuatro jóvenes israelíes, el ICQ fue el programa que se nutría del chat y del e-mail de forma instantánea, el messenger hoy día combina la transmisión de voz, datos y video.
De acuerdo con la empresa de investigación de mercados en Internet comScore, la población israelí es la que mas tiempo invierte en las redes sociales, es un tiempo que no se ha sabido canalizar, habría que investigar el por qué, pero es un recurso que no se aprovecha para contrarrestar el antijudaísmo desde el llamado "quinto poder" de los medios virtuales.
A diferencia de lo que muchos piensan, las redes sociales no han sido los generadores de cambios políticos, su gran importancia ha sido la difusión masiva de mensajes e información. Por ejemplo los movimientos sociales gestados en los países árabes y las protestas sociales en Israel por el alto costo de vida, no fueron generados por las redes sociales, nacieron años antes incluso en algunos casos décadas anteriores, las redes sociales facilitaron la difusión de los descontentos acumulados, mostrando fotografías o videos que posiblemente nunca serían publicados o transmitidos por televisión, enviando imágenes en tiempo real, ya sea con información puntual o errónea pero al final con un impresionante poder para canalizar las diferentes expresiones políticas.
Como ya es sabido, no necesariamente los cambios en la "primavera árabe" son positivos, o perfilan una mejora en los países musulmanes, el ascenso de los radicales es un hecho, así pues de genera una de las peores combinaciones, países musulmanes dominados por el fanatismo religioso y un ascenso en el antijudaísmo a nivel mundial, el peor de los mundos.
El mundo online permite que cualquiera suba contenidos de odio antijudío, una persona le resultará complicado manifestarse públicamente en una plaza incentivando el odio hacia los judíos, pero en la comodidad de su hogar puede subir una página con esos contenidos, y ganar mas adeptos que haciéndolo de persona a persona, incluso ni siquiera tiene que tener una computadora propia, puede hacerlo desde un café-Internet. En su momento el partido Nazi se valió de los medios de difusión masiva existentes en la época, fueron visionarios al percatarse de su alto impacto en las masas y explotaron los medios a su alcance exitosamente, el Internet es un poderoso medio de difusión y poco regulado y en muchos aspectos anárquico aunque se cierren algunos portales antisemitas, brotan otros más en cuestión de horas, si alguien se propone editar un periódico incentivando el odio antijudío, la leyes puede sancionarlo, pero abrir una página en Internet con los comentarios mas viscerales no tendrá mayores consecuencias y sí un muy probable éxito mediático.

El grave error de Israel
Israel comete un grave error al no invertir lo suficiente en los medios virtuales para combatir al amplia propaganda que hay contra él, y las comunidades judías a lo largo y ancho del mundo, la propia población debería aprovechar que Israel cuenta con uno de los números más elevados de computadoras hogareñas per cápita de mundo y puede hacer la diferencia y poner el ejemplo al Estado judío o puede optar por seguirlo y permanecer en la indiferencia.
El propio presidente Shimon Peres ha invitado a la juventud a sumarse en el debate virtual para combatir el antisemitismo, si bien hay organizaciones que han despertado el interés en combatir el odio antisemita dignas de mención como la Fuerza Judía de Defensa en Internet, (JIDF por sus siglas en inglés), la JIDF han logrado cerrar varios sitios antijudíos y de propaganda antiisraelí, sin embargo; esto no ha sido suficiente.
Las páginas que promueven el odio antijudío prosperan y gozan de buena salud, según la Fundación Simon Wiesenthal, estima que hay unos 10.000 sitios en la red que abonan al odio, el mundo virtual se ha convertido en un espacio para propagar el terrorismo digital, el Internet es todo un campo de batalla, en la cual Israel y las comunidades judías no están a la altura del reto, peor aún, parece que se esta perdiendo la guerra virtual. Las redes sociales son un arma de dos filos, es un cuchillo, no preocupa que se encuentre en manos de un cirujano, sino en manos de un terrorista.
Esto me recuerda una vieja historia, en la cual un hombre se encuentra paseando por la calle, y en su trayecto observa que hay un anciano en una silla mecedora, a su costado se encuentra un perro, cada ocasión que el anciano se mece pisa la cola del perro y éste chilla, el hombre le pregunta por qué el perro no se quita, el anciano le responde, -le duele lo suficiente para quejarse pero no para levantarse-. ¿Es nuestro caso? Espero que no.

Saiba mais…

JUDEU PROIBIOS DE REZAR NO EGITO

MEU PRIMO SALOMON BARZILAI, DESCENDENTE DE JUDEUS EGIPCIOS QUE VIVE NA FRANÇA ME ENVIOU ESTA TRISTE NOTÍCIA.

11419593297?profile=original

 

Fim do judaísmo no Egito: os judeus proibidos de rezar pelo novo governo ....


Pela primeira vez desde 2000 anos, este ano não haverá orações para Rosh Hashaná e Iom Kipur na sinagoga Eliyahu HaNavi Alexandria, Egito.

A sinagoga é a última operação ainda no país. Uma sinagoga que tem ali desde o período helenístico, mas o actual edifício remonta ao século 19.
Autoridades egípcias proibiram os serviços das grandes festas por razões de "segurança". A decisão, anunciada segunda-feira, vem como um golpe para o rabino Avraham-Nino Dayan, um israelense de origem egípcia, que a cada ano é responsável por montar um minyan (sessão de 10 homens) de Israel e no exterior.
Dez homens são obrigados a sair os rolos da Torá. Hoje, existem apenas dois homens judeus e cerca de 20 viúvas que vivem em Alexandria.

Levana Zamir, que dirige a Associação Internacional de judeus egípcios em Israel, disse: "Parece que este é realmente o fim da vida judaica no Egito, as autoridades encontraram uma maneira de cuidar do último reduto judeu, desde todas as sinagogas restantes já estão arqueológico e locais turísticos. Isso é muito triste. '


A Seder Páscoa em Alexandria no ano passado também foi cancelado por razões de segurança, mesmo que um Seder foi realizada no Cairo. Departamentos de grandes festivais são geralmente realizadas para o pessoal expatriado da embaixada israelense no Cairo sinagoga Maadi. Desde a queda de Mubarak, diplomatas voltar a Israel para passar as férias com a família
Saiba mais…

Polónia. Skinheads convertem-se ao judaísmo

Ao olhar para o espelho, por vezes Pawel ainda consegue ver um skinhead neonazi, o homem que era antes de cobrir a cabeça rapada com um solidéu, trocar a ideologia fascista pela Tora e renunciar à violência e ao ódio a favor de Deus.

"Ainda luto todos os dias para pôr de lado as minhas ideias do passado", assume Pawel, um judeu ultra-ortodoxo de 33 anos e antigo camionista, registando, com alguma ironia, que teve de deixar de odiar os judeus para se tornar num deles. "Quando olho para uma foto antiga de quando eu era skinhead, sinto vergonha. Todo os dias faço o teshuvah", garante, utilizando a palavra hebraica para arrependimento. "Todos os minutos de todos os dias. Há muito para ser reparado."

Pawel, que usa também o nome hebraico Pinchas, pediu que o seu apelido não fosse revelado, com medo que os seus antigos amigos neonazis lhe possam fazer mal, a ele ou à sua família.

Vinte anos após a queda do comunismo, Pawel é talvez o exemplo menos provável do revivalismo judaico em curso na Polónia, numa altura em que os líderes judaicos dizem que o país está finalmente a mostrar sinais sólidos de que o anti-semitismo radical do passado está terminado.

Antes de 1939, a Polónia tinha mais de 3 milhões de judeus, dos quais mais de 90% foram mortos pelos nazis. A maioria dos sobreviventes emigrou. Dos menos de 50 mil que permaneceram na Polónia, muitos abandonaram ou esconderam o seu judaísmo durante as décadas de opressão comunista, em que persistiram os pogrons políticos contra os judeus.

Hoje, no entanto, Michael Schudrich, o principal rabino da Polónia, considera a Polónia o país mais pró-Israel da União Europeia, afirmando que a atitude do Papa João Paulo II, um polaco, que chamou aos judeus "os nossos irmãos mais velhos", entrou finalmente na consciência do público.

Dez anos depois da revelação de que 1600 judeus da cidade de Jedwabne foram queimados vivos pelos seus vizinhos polacos, em Julho de 1941, Schudrich diz que o mito nacional de que todos os polacos foram vítimas da Segunda Guerra Mundial foi por fim destruído.

"Antes de 1989 havia o sentimento de que não era seguro dizer 'sou judeu'", nota Schudrich. "Porém, duas décadas depois há o sentimento crescente de que os judeus são um povo em falta na Polónia. O nível de anti-semitismo permanece inaceitável, mas a imagem dos polacos assassinos presente na consciência de muitos judeus após a guerra não corresponde à Polónia de 2010."

O pequeno revivalismo judeu está há vários anos em curso por toda a Europa de Leste. Centenas de polacos, a maioria deles criados como católicos, estão a converter-se ao judaísmo e a descobrir as suas raízes judaicas, escondidas durante décadas em consequência da Segunda Guerra Mundial.

Nos últimos cinco anos a comunidade judaica de Varsóvia cresceu de 250 para 600 famílias. Os cafés e bares do velho bairro judeu de Cracóvia enchem-se de jovens judeus convertidos a ouvir hip hop israelita.

Michal Pirog, um bailarino e estrela de televisão popular na Polónia, que proclamou recentemente as suas raízes judaicas na televisão pública, admite que a revelação lhe rendeu mais fãs que inimigos. "A Polónia está a mudar", explica. "Sou judeu e sinto-me bem com isso."

A transformação de Pawel de skinhead e católico baptizado para judeu começou num bairro lúgubre de caixotes de betão em Varsóvia, nos anos 80, onde Pawel e os amigos reagiram à uniformidade torturadora do socialismo abraçando o anti--semitismo. Raparam as cabeças, começaram a andar com facas e cumprimentavam-se entre eles com a saudação nazi.

"Oy vey! (exclamação de desalento em ídiche, a língua dos judeus da Europa Central no segundo milénio). Tenho de admitir que espancávamos judeus locais, miúdos árabes e sem-abrigo", afirma Pawel em plena sinagoga de Nozyk. "Cantávamos sobre temas estúpidos como Satanás e matar pessoas. Acreditávamos que a Polónia devia pertencer apenas aos polacos."

Um dia, recorda, ele e os amigos faltaram à escola e apanharam o comboio para Auschwitz, o campo de morte nazi, perto de Cracóvia. "Fizemos piadas, desejando que a exposição fosse maior e que os nazis tivessem morto ainda mais judeus", conta.

Mesmo depois de ter abraçado a vida de neonazi, Pawel diz ter sofrido com a ideia de que a sua identidade fora construída sobre uma mentira. O seu pai, muito devoto, citava ostensivamente o Velho Testamento. O avô deixava pistas sobre segredos familiares do passado.

"Uma vez, quando disse ao meu avô que os judeus eram maus, ele explodiu e gritou-me: 'Se voltar a ouvir tal coisa sob o meu tecto, nunca mais aqui voltas!'"

Pawel alistou-se no exército e casou com uma camarada skinhead aos 18 anos. Mas a consciência de quem era mudou irreversivelmente aos 22 anos, quando a sua mulher, Paulina, desconfiou que Pawel tinha raízes judaicas: foi a um instituto de genealogia e descobriu os avós maternos de Pawel num registo de judeus de Varsóvia, juntamente com os seus próprios avós.

Quando Pawel confrontou os pais, revela, eles cederam e contaram-lhe a verdade. A sua avó materna era judia e sobrevivera à guerra porque um grupo de freiras a escondeu num mosteiro. O seu avô paterno, também ele judeu, teve sete irmãos e irmãs, a maior parte dos quais pereceu no Holocausto.

"Fui ter com os meus pais e perguntei-lhes que história era aquela. Não fui capaz de me ver ao espelho durante semanas", recorda. "Os meus pais eram típicos descendentes de judeus, que decidiram esconder a sua identidade judaica para proteger a família."

Abalado pela descoberta, Pawel passou semanas em clausura e reflexão atormentada, mas acabou por vir ao de cima um desejo forte de se tornar judeu, talvez até ortodoxo. Reconhece que se sente atraído pelos extremos. Conta que a sua transformação foi árdua, como um renascimento. Forçou-se a reler o "Mein Kampf" ("A Minha Luta", de Adolf Hitler); no entanto, não foi capaz de chegar ao fim porque sentiu repulsa física.

"Quando perguntei a um rabino porque me sentia assim, ele respondeu: 'As almas adormecidas dos teus antepassados estão a chamar por ti.'"

Foi circuncidado aos 24 anos. Dois anos depois decidiu tornar-se ultra-ortodoxo. Ele e a mulher estão a criar os dois filhos num lar judaico.

Pawel diz ser discriminado pelos mesmos anti-semitas que antes o acolhiam nas suas fileiras. "Quando os jovens me vêem na rua com o meu chapéu e os caracóis de lado, por vezes riem-se de mim", conta. "Mas as piores são as velhas. Às vezes usam a mesma linguagem que eu tinha quando era skinhead e dizem 'volta para o teu país' ou 'vai para casa, judeu!'"

Pawel está a estudar para ser shochet, a pessoa encarregada de matar animais de acordo com os ritos judaicos. "Sou bom com facas", explica.

Com Joanna Berendt 

 

Exclusivo i/ The New York Times11419593284?profile=original

Saiba mais…

Shalom !

A todos da comunidade judaica de origem Ibérica do Brasil e do mundo.

Venho através deste manifesto informar a toda comunidade anussita que a Federação Israelita Sefarad benêi a Nussim com sede em São Paulo, se prepara para mais um desafio que e reunir o conselho internacional sefardita da America latina.

Um movimento de resgate para a comunidade anussita das Américas.

Neste mesmo manifesto queremos nos posicionar que não somos contrario a conversão de anussitas.

Somente dividimos em duas categorias, aqueles que conseguem provar sua ancestralidade judaica através da arvore genealógica e DNA e os que não têm prova alguma estes são hábitos a conversão, a Fisba não tem poder de interferir na direção do Deit Din que a quem e direito halachico a decisão de retorno ou conversão.

Todos podem participar de nossos grupos pelo Brasil, ou ainda filiar seu grupo a nossa entidade sem pagar nada por isso.

nosso movimento não e politico não procuramos prosélitos "queremos sinceros"não idolatras, não somos messiânicos, pois não cremos em Yeshua,jesus,Yohoshua ou qual quer que seja o nome do pendurado.(otó Há Yshi).

Somente que esta no programa de cooperativismo religioso promovido pela fisba ao retorno a comunidade oficial, tem seu compromisso com as tachas, para documentos aulas e visitas dos supervisores do curso no Brasil.

http://judaismohumanista.ning.com/profiles/blogs/projeto-de-cooperativismo-religioso

Nos da Fisba acreditamos que não e desonra a nem um de nos passar pela conversão ,dês que o processo seja justo e bem investigado, pois sabemos que as portas da conversão ao povo de Israel esta aberta como esta escrito na Torah,”E sereis como natural,”o talmude e Tanach afirma que a mais honra em ser Prosélito , já que o prosélito(gentil) não tem obrigação de carregar o peso da Torah, mas decidiu  abraçar as alegrias e sofrimentos do povo Judeu.

A Torá nos manda amar o guer. A palavra geralmente é traduzida como "estrangeiro", mas segundo a tradição oral, com freqüência significa tsedec, o 'prosélito justo'. Somos ordenados a demonstrar sensibilidade especial ao convertido. Na amidá diária, fazemos menção especial aos "justos convertidos", rezando para que nosso quinhão seja dividido com eles Os convertidos trazem méritos especiais ao nosso povo.

Em uma responsa, Moises Maimônides foi indagado por um prosélito, Ovadiah, se como convertido tinha permissão de dizer em suas preces: "Nosso D'us e D'us de nossos pais", uma vez que os pais dele não eram judeus. Maimônides respondeu afirmativamente. Um judeu pode ser o filho físico de Avraham, porém o convertido é um dos seus filhos espirituais. "Como você veio para debaixo das asas da Divina Presença e confessou o Senhor", continua Maimônides, "não há qualquer diferença entre você e nós… Não considere sua origem como inferior.

O que é conversão? As pessoas freqüentemente se referem ao caso de Ruth, a Moabita, cuja história é narrada com tanta beleza no livro que leva o seu nome. É da resposta de Ruth à sogra Naomi, que são derivados os princípios básicos da conversão, Ela disse: "Aonde tu fores, eu irei. 

Onde ficares, eu ficarei. Teu povo será o meu povo, e teu D'us o meu D'us."

A última frase – apenas quatro palavras em hebraico – define a natureza dual da conversão até hoje. O primeiro elemento é uma identificação com o povo judeu e seu destino (Teu povo será o meu povo). O segundo é a aceitação de um destino religioso, o pacto entre Israel e D'us e suas ordens (Teu D'us será o meu D'us).

Ambos os elementos são necessários. Isso é o que distingue a conversão ao Judaísmo da cidadania israelense. Há cidadãos de Israel que são cristãos, muçulmanos, drusos, beduínos, budistas ou brâmanes. Você não precisa ser judeu para ser cidadão israelense, assim como não precisa ser cristão para ser cidadão britânico (para assegurar, há diferenças em relação à Lei de Retorno de Israel, mas aqui isso não vem ao caso). A cidadania nas democracias liberais é um conceito secular. A conversão, ao contrário, é irredutivelmente religiosa. É isso que Boaz quer dizer quando fala para Ruth: "Que você seja ricamente recompensada pelo Eterno, o D'us de Israel, sob cujas asas você buscou refúgio." Isso envolve a adoção de um estilo de vida religioso. A conversão secular a uma identidade religiosa é logicamente, impossível.

 

A natureza dessa dimensão religiosa pode ser resumida em duas palavras hebraicas: cabalat hamitsvot, aceitação dos comandos. Isso pode ser feito de maneira estrita ou leniente. A conversão é um caso inusual no qual o rigor da lei é deixado à decisão do tribunal. Porém a condição existe, embora inferida. A conversão deve envolver a aceitação dos comandos. 

Se um convertido, em virtude do seu comportamento, demonstra um genuíno comprometimento com a prática e a Lei Judaica na época da conversão, isso permanece, mesmo se depois ele a abandona. Um convertido faltoso é um judeu em falta, não um gentio em falta. Se, no entanto, não havia observância religiosa na época, a conversão não tem valor. A aceitação dos comandos é constitutiva da conversão. Sem ela, não se pode dizer que a conversão ocorreu.
A conversão ao Judaísmo é um empreendimento sério, porque o Judaísmo não é um mero credo. Envolve um estilo de vida distinto e detalhado. Quando as pessoas me perguntam por que a conversão ao Judaísmo demora tanto, peço-lhes que considerem outros casos de mudança de identidade. Quanto tempo demora para um britânico se tornar italiano, não apenas legalmente, mas lingüística, cultural e socialmente? Leva tempo.

A analogia é imperfeita, mas ajuda a explicar o aspecto mais intrigante da conversão hoje: os padrões às vezes diferentes entre as cortes rabínicas em Israel e na Grã-Bretanha. Há algumas décadas, um Rabino Chefe israelense argumentou que os tribunais rabínicos israelenses deveriam ser mais lenientes que seus pares na Diáspora. Seus motivos eram técnicos, mas faziam sentido. É mais fácil aprender italiano se você estiver morando na Itália. Em Israel, muitos aspectos da identidade judaica são reforçados pela cultura circundante. Sua linguagem é a linguagem da Bíblia.
Sua paisagem está saturada pela História Judaica. O Shabat é o dia de descanso. O calendário é judaico.

No caso da conversão, os códigos concedem explicitamente a cada Bet Din o direito e o dever de exercer a discrição tendo em vista a circunstância local. Durante séculos, isso não criou problemas. O que mudou foi a nossa mobilidade geográfica, bastante aumentada. As pessoas se mudam. Um casal pode se conhecer num país, casar-se num segundo e morar num terceiro. 

A conversão é algo muito sério. Ninguém pode tratá-la levianamente, muito menos um tribunal religioso. Já houve tempos em que a identidade judaica foi uma questão de vida ou morte – não apenas durante o Holocausto. O Talmud afirma: 'É dito ao convertido em perspectiva: ‘Está consciente de que os Filhos de Israel na era atual são perseguidos e oprimidos, desprezados, molestados e dominados por aflições?' Isso não é tanto para desencorajar o candidato, mas para ser perfeitamente sincero sobre o que esta opção envolve.

A conversão também não é afetada por considerações demográficas. Os judeus sempre foram um povo muito pequeno. No Século Dezessete estima-se que houvesse apenas dois milhões de judeus na terra. Hoje há 100 muçulmanos para cada judeu, e quase 200 cristãos. Se o Judaísmo se importasse com o poder dos números, poderia ter se tornado uma fé proselitista como o Cristianismo ou Islamismo. Por uma questão de princípio e história, escolheu de outra maneira. 
Concentrou-se na força espiritual, não demográfica.

O Judaísmo não busca converter. Não porque seja exclusivo, mas pelo motivo oposto; não acredita que é preciso ser judeu para ter uma porção no céu. As pessoas muitas vezes me perguntam como consigo ser tolerante com outras crenças, enquanto ao mesmo tempo insisto em padrões haláchicos para a conversão. Não apenas não há contradição entre estas opiniões, como elas são dois lados da mesma moeda. O Judaísmo é tolerante com outras fé exatamente porque acredita, nas palavras dos sábios, que 'os gentios justos têm uma porção no Mundo Vindouro'. Não há necessidade de conversão. Portanto, isso deve ser feito apenas se a pessoa entende sinceramente, de maneira séria e total, a natureza do compromisso envolvido.

O Judaísmo é uma fé exigente. Há beleza e força. Muitos não-judeus já me disseram o quanto admiram a comunidade pelo seu amor à família, sua dedicação à caridade e justiça, sua paixão pela educação e desenvolvimento do intelecto. Posso entender por que alguém desejaria fazer parte deste estilo de vida.

O que é difícil de entender é por que alguém desejaria adquirir um carro mas nunca usá-lo; um terno para jamais vesti-lo; uma casa para não morar nela; uma religião para não praticá-la. Não há atalhos para as bênçãos da fé, assim como não os há para a saúde física. Sem exercício, sono e uma dieta balanceada, o corpo perece. Sem o Shabat e as Festas, cashrut e leis da família, o espírito judeu atrofia e termina por morrer. Um médico, quando atende um paciente que está com a saúde abalada, seria irresponsável em não dizer-lhe que precisa mudar seu estilo de vida. Da mesma forma, seria irresponsável um rabino que não dissesse o mesmo a um convertido em potencial.

Para um não-judeu que deseja se converter, eu diria: 'Nós o recebemos de braços abertos. Porém você deve entender o que isso envolve. Significa manter as leis que constituem nosso pacto com D'us. Significa uma mudança de identidade e estilo de vida. Ser judeu não é apenas um privilégio, mas também, muito mais, uma responsabilidade.

 

Veja Rashi em Shemot 19:2; Talmud Nazir 61b; Rabi Yossef Rosen de Rogatchov, Tsafnat Paneach, 2ª edição, 13b; Licutei Sichos, vol. 9 pág. 112; Licutei Sichot vol. 18, pág. 113-116.

[16] - Shemot 19:6.

[17] - Devarim Rabá, 87:8.

[18] - Shulchan Aruch, Yorê Deá 274. Veja Sêfer Hasichot 5750, vol. 1, pág. 89-90.

[19] - Citado em muitos lugares em nome do Báal Shem Tov e em nome de Rav Saadia Gaon.

[20] - Terumot 8:12; Talmud Yerushalmi, ibid. 4.

[21] - Livro do Conhecimento, Leis Fundamentais da Torá, 5:5.

[22] - Quanto a estas distinções entre homens e mulheres, veja a palestra do Rebe, por ocasião do yartzheit de sua mulher, Rebetsin Chaya Mushka, que seu mérito nos proteja, impresso em Licutei Sichot vol. 31, pág. 93.

[23] - Shemot 19:3.

[24] - Pirke derabi Eliezer, 41.

[25] - Veja sêfer Hasichot 5750, vol. 2 pág. 457, nota 28. Veja mesmo.

[26] - Talmud Kidushin, 71a.

[27] - Carta a Teman.

[28] - Zôhar parte 3, 73; Veja Licutei Torá, Shir Hashirim 16:4.

[29] - Veja Licutei Sichot, vol. 14 pág, 169, e fontes lá citadas.

[30] - Tana Devei Eliyahu Rabá, 14.

 

Yshaiachu (Isaias)56

Assim diz o Senhor: Mantende a retidão, e fazei justiça; porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça a manifestar-se.

2 Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal.

E não fale o estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca.

Pois assim diz o Senhor a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados, e escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto:

5 Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.

6 E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto,

7 sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.

8 Assim diz o Senhor D,us, que ajunta os dispersos de Israel: Ainda outros ajuntarei a ele, além dos que já se lhe ajuntaram.

 

 

Yshaichu 51º capítulo

 

 Ouvi-me vós, os que seguis a justiça, os que buscais ao Senhor; olhai para a rocha donde fostes cortados, e para a caverna do poço donde fostes cavados.

2 Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque ainda quando ele era um só, eu o chamei, e o abençoei e o multipliquei.

3 Porque o Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Edem e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de cântico.

Atendei-me, povo meu, e nação minha, inclinai os ouvidos para mim; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei a minha justiça como luz dos povos.

5 Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços governarão os povos; as ilhas me aguardam, e no meu braço esperam.

6 Levantai os vossos olhos para os céus e olhai para a terra em baixo; porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como um vestido; e os seus moradores morrerão semelhantemente; a minha salvação, porém, durará para sempre, e a minha justiça não será abolida.

7 Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.

8 Pois a traça os roerá como a um vestido, e o bicho os comerá como à lã; a minha justiça, porém, durará para sempre, e a minha salvação para todas as gerações.

Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor; desperta como nos dias da antigüidade, como nas gerações antigas. Porventura não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe, e traspassou ao dragão,

10 Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? o que fez do fundo do mar um caminho, para que por ele passassem os remidos?

11 Assim voltarão os resgatados do Senhor, e virão com júbilo a Sião; e haverá perpétua alegria sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, a tristeza e o gemido fugirão.

12 Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para teres medo dum homem, que é mortal, ou do filho do homem que se tornará como feno;

13 e te esqueces de Senhor, o teu Criador, que estendeu os céus, e fundou a terra, e temes continuamente o dia todo por causa do furor do opressor, quando se prepara para destruir? Onde está o furor do opressor?

14 O exilado cativo depressa será solto, e não morrerá para ir à sepultura, nem lhe faltará o pão.

15 Pois eu sou o Senhor teu D,us, que agita o mar, de modo que bramem as suas ondas. O Senhor dos exércitos é o seu nome.

16 E pus as minhas palavras na tua boca, e te cubro com a sombra da minha mão; para plantar os céus, e para fundar a terra, e para dizer a Sião: Tu és o meu povo.

 

   Nos da Fisba somos contrario a todo movimento que quer dar o status judaico sem comprometimento religioso ético e moral de seus participantes.

Entendemos que o pacto e conosco e com nossas gerações, sejam de linha liberal, ou ortodoxa embora não nos denominamos nem uma coisa nem outra.

Veja no site judaísmo humanista blog filosofia de nossa entidade.

 

 

Somente somos judeus, vivemos o judaísmo da torah segundo rito sefaradita, a todos que quiserem contato conosco pode entrar em contato

 pelo e-mail,fisba_fisba@hotmail.com

 

Estaremos organizando uma grande manifestação, com manifesto anussita em são Paulo, a hora e agora nunca estivemos em clima tão propicio para nos manifestar para o mundo.

Na oportunidade estaremos elegendo a nova diretoria e votando a mudança de nome da instituição.

Mais informações pelos meus blogs e  no site judaísmo humanista.

Quero falar sobre da palavra Anussim, a palavra Anussim significa forçados, nos da diretoria Fisba ,rejeitamos se chamados de Anussim ,pois não sentido em ser chamado de Anussim,a Fisba não e um grupo e uma instituição que busca os descendentes de judeus na inquisição e acredita na restauração da comunidade judaica de origens ibérica ,entendemos que judeu e quem pratica judaísmo e vive como judeu de forma pratica,mesmo que para isto necessitamos de alguém que de testemunho que somos judeus,para isto temos nossos mestres e Rabinos é beit din.

Visto que existem descendentes dos forçados para quem temos o privilégio de ajudar, ninguém e, mas forçado a dana, volta ao judaísmo quem quer...

Todos somos dono do nosso presente e podemos ter um futuro melhor.

Somos judeus sefaraditas apenas judeus, mas nada.

 

Att ( Marcos Moreira da Silva S,t) Mordechai Moré

Presidente

 

 11419593064?profile=original

Saiba mais…

Tópicos do blog por tags

  • e (5)

Arquivos mensais