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11419597880?profile=originalEra um dia diferente para o Profeta Elias, na sua árdua tarefa de transmitir aos homens o desejo do Criador. Como qualquer interlocutor, tinha suas apreensões e medos, frutos dos desmandos de governantes injustos e tiranos que mais se beneficiavam, do que seguiam a vontade do Eterno ajudando ao povo.

Chegava o instante de experimentar no seu processo evolutivo, a elevação da alma, e para isso, não podia mais estar em Malchuto, na fisicalidade. Algo extraordinário ocorreu, os céus se enrolaram como um redemoinho, e abduzido diria os estudiosos na modernidade, elevou-se deixando o seu manto com Elizeu, transferindo-lhe a missão.

Essa é a trajetória de todos nós, aperfeiçoar o nosso tikum para experimentar a passagem, a elevação da Alma. Feliz aquele que pode entregar a outro, o seu manto, o seu Talit, para tornar-se o continuador da missão terrena de preparar o mundo para uma nova etapa da existência, aguardando a Chegada do único e verdadeiro Mashiach. SHABAT SHALOM!

Moré Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar).

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SHABAT – Uma Ponte para a Eternidade

11419598494?profile=originalA inquietação torna-se uma constante no mundo da fisicalidade, onde desejos egoísticos e ações nefastas, tornam a convivência humana instável e a vida fica por um fio. Rumores de acontecimentos, violentos e intolerância religiosa fazem explodir homens, enquanto outros sucumbem diante da sandice em busca de um paraíso criado e inventado pelas teologias da Religião.

Nos últimos versos do profeta Isaias lemos que na nova ordem, com o novo tempo que se instalará, a Lua Nova e o Shabat, serão dias de encontros com o Criador para a adoração. Que isso significa isso? Significa que o Shabat será lembrado num novo tempo, com os mesmos requisitos que vivenciamos hoje, como um instante de pausa e reflexão voltados para o mundo espiritual.

Esse mundo espiritual existe e faz parte do inconsciente humano, dos tempos eternos, visualizados por Iacov, quando da visão da escada, onde anjos subiam e desciam. Quando descobrimos tal visão, ansiamos pela chegada da Rainha Shabat, pela sua manifestação como Shekinar do Eterno, fazendo com que os céus desçam até nós como uma ponte para a Eternidade. SHABAT SHALOM!

Moré Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar).

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SHABAT – FONTE INESGOTÁVEL DE ENERGIA

11419597264?profile=originalO tempo é inexorável, rara as vezes ocorreram pausas no mundo físico, para que algo maior se concretizasse. O Sol certa feita, segundo a Torá parou no firmamento, e durante os 40 anos de peregrinação no deserto, as roupas e as sandálias dos retirantes Hebreus libertos do Egito, não envelheceram e foram preservadas, como se uma força maior parasse o grande Cosmos.

No processo criativo durante o período milenar do surgimento do Universo, num instante de coroação e alegria, no sexto instante da Criação, uma pausa ocorreu – O SHABAT, como um sinal voltado para as personagens que agora faziam parte de um sistema, o qual refletia a Obra do Criador.

No processo de existência algumas coisas ocorreram de maneira tão extraordinária, que hoje em pleno 5777 anos da Criação, nos faz sentir exaustos, como cumplices de acontecimentos que desrespeitam a natureza, o Universo. Há um clima de exaustão, de medo, de expectativas quanto ao amanhã, e quando parecemos atônitos, lembramos da pausa da Criação, e nos apercebemos que chegou o SHABAT, vamos recarregar as baterias: SHABAT SHALOM UMEVORAH!

Moré Altamiro Paiva – Avraham Bar-Zohar

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11419600890?profile=originalTodos os dias a noite, o Zohar faz referência a jornada da alma, no período noturno do sono. Quando do regresso em geral ao amanhecer, as forças negativas da Sitra chará, entram pelo corpo através das mãos com uma onda de impurezas, as quais são corrigidas quando voltamos a consciência objetiva ao amanhecer e delas nos libertamos quando fazemos a lavagem das mãos no ritual do NTILAT IADAIM.

Durante a semana a nossa Alma repete essa jornada cuja finalidade é alimentar-se nos mundos espirituais (energização). O retorno que se assemelha a ressureição do corpo, permite sua caminhada junto a ele nesta modalidade, no entanto durante a semana o SHABAT, um Portal Cósmico é aberto, para que Anjos e Tsadikim entrem em nossa realidade e juntos participem do momento sagrado.

O começo do Shabat na sexta à noite é na realidade um casamento Cósmico, entre a divindade e o terrestre. Durante o período sabático, com a comunhão da Shehinar a alma e o corpo são alimentados, até a os instantes da Havdaláh, ocasião em que a Rainha, o Shabat, a Shekinah se despede, ocorrendo a Melav Malca, o Banquete da Rainha, deixando no cheiro das especiarias, o gosto do seu regresso, para o próximo SHABAT, isso é muito forte.
Moré Altamiroi Paiva – Avraham Bar-Zohar

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A PRECE E A CONEXÃO COM O PORTAL CÓSMICO

O entendimento sobre a prece ou orações no mundo das religiões, tem um objetivo, pedir ao Criador alguma coisa para si ou para outrem. Essa concepção faz da religião uma pratica apenas de pedir as coisas, sem grandes responsabilidades do que faz a Prece, daí, o descrédito da dogmática, que na desfaçatez, promete algo futuro no paraíso, como se dele fosse a proprietária.

A Cabalá, a sabedoria originária do Judaísmo Místico, tem um entendimento mais racional e lógico. Todas as vezes que fazemos uma conexão através da prece dizemos: BARUCH ATAH ADONAI ELOHENU MELECH HÁ OLAM ASHER KIDESHANU BMISVOTAV. Bendito sejas tu Eterno nosso D-us Rei do Universo, que nos santificas com os teus mandamentos…e então fazemos a prece. Pronunciando aquelas palavras abrimos um portal cósmico, ou seja adentramos ao mundo espiritual, subindo a árvore da vida.

Ao terminar a Prece dizemos: BARUCH SHEM KEVOD MALCUTO LEOLAM VAED= Bendito seja o nome daquele, cujo glorioso reino é eterno. Aí, o Portal Cósmico é fechado, e voltamos daquele universo paralelo, para Malchuto, o reino, na terra que estamos, regressando da viagem aos mundos espirituais na árvore da vida.
Moréh Altamiro Paiva – Avraham Bar-Zohar

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Israel recuerda a los soldados caídos- Aurora Noticias

Foto: @PresidentRuvi Twitter

Israel recuerda a partir de esta noche, y durante las próximas veinticuatro horas, a los más de 23.500 soldados y miembros de los cuerpos de seguridad muertos en servicio, en una jornada de luto que paraliza el país y llena de visitantes los cementerios militares.

En una ceremonia en el Muro Occidental (conocido en el mundo gentil como el “Muro de los Lamentos”), adyacente al Monte del Templo de Jerusalén, que es el lugar más sagrado para el judaísmo, las más altas autoridades del país y cientos de familiares de los combatientes caídos se concentraron para el acto que da comienzo a las ceremonias oficiales.

“Recordamos que nuestra libertad es sacrosanta pero dura, que nuestra existencia y libertad tienen un precio”, declaró el presidente, Reuvén Rivlin, al comenzar la ceremonia.

Foto: @PresidentRuvi TwitterFoto: @PresidentRuvi Twitter

Según las estadísticas difundidas por el Ministerio de Defensa, 23.544 soldados y agentes israelíes de los cuerpos de seguridad han caído en servicio a la nación, la inmensa mayoría en guerras con los países árabes y actos de terrorismo.

La jornada se ha iniciado con el sonido por todo el país de una sirena durante un minuto, en señal de luto, que volverá a oírse mañana al comenzar las ceremonias en los cementerios militares.

Las estadísticas también incluyen a los muertos por distintas razones durante el servicio militar -obligatorio en el país para hombres y mujeres- o como consecuencia de heridas sufridas en el campo de batalla o atentados.

Instituido hace décadas como símbolo del precio por la independencia, el Día del Recuerdo a los Caídos es uno de los más emblemáticas del calendario nacional, y a lo largo de la jornada cientos de miles de israelíes acuden a los más de cuarenta cementerios militares de todo el país, el más grande en Jerusalén.

En los últimos doce meses a la lista de víctimas se han agregado 60 soldados, policías y otros agentes caídos, así como 37 inválidos y lisiados fallecidos como consecuencia de sus heridas.

En los últimos años, por presiones de la ciudadanía, la jornada conmemora también a las víctimas del terrorismo, 3.117 en total y once en el último año.

Israel cuenta a sus muertos desde 1860, año en el que se construyó el primer barrio fuera de las murallas de la antigua Jerusalén y que significó el restablecimiento de la comunidad judía en la Tierra de Israel entonces bajo dominio otomano.

Rivlin insistió en que se trata de un “precio” que los israelíes están “dispuestos a pagar” por su libertad, y que las fuerzas de seguridad siempre estarán preparadas “para evitar cualquier guerra futura”. EFE y Aurora

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Uma nova versão da história Lilith - Jayme Fucs Bar

Uma nova versão da história Lilith
-Jayme Fucs Bar
Eu sempre tive muita curiosidade sobre a História de Lilith principalmente de entender o porque ela foi tirada do livro de Gêneses, E, porque a transformaram num demônio e numa feiticeira.
Já algum tempo estava pensando em escrever uma nova versão do que entendo sobre a Historia de Lilith, espero que seja útil a todos vocês! Tenho a certeza que muitos nunca ouviram falar sobre essa figura misteriosa de nome Lilith, que seria a primeira mulher de Adão, que veio do pó como ele, mas descrita nos livros e nas lendas como uma mulher que foi amaldiçoada pelo Criador e a transformou num demônio.
Eu sou Judeu que não acredita em demônios, diabos, infernos e sim acredito somente no Criado o Único que é responsável por tudo em nossa existência, com certeza podemos entender e contar a história sobre Lilith de forma diferente e aqui apresento a minha versão.
No contexto Judaica Lilith seria anterior a Hava (Eva), considerada a primeira mulher de Adão, e viviam no Jardim do Éden ,e foram criados como está escrito na Bíblia a imagem e semelhança do Criador.
Adão e Lilith assumiram uma união carnal, ela levará Adão ao delírio, que vai desejar Lilith como nunca, e com o tempo seus desejos por ela somente crescerá, será tão grande que vai levar a se distanciar do Criador, venerando somente o seu prazer por
Lilith.
Lilith se vê uma mulher de igualdade na sua relação com Adão, e exigirá a sua liberdade de escolha, mas Adão somente aceitará que essa relação fosse de seu jeito, mas Lilith jamais vai aceitar esse domínio.
A exigência maior de Lilith era que ela também ficasse por cima de Adão, mas Adão não a escutava e nem mesmo a compreendia, somente via os seus desejos e suas necessidades e isso vai deixar Lilith desapontada e inconformada com Adão.
Lilith deve ter perguntado a Adão!
“Por que devo deitar-me embaixo de ti? Contudo, eu também fui feita de pó por isso somos de iguais direitos”.
O Conflito entre Lilith e Adão vai se agravar cada vez mais e ela decide pela separação, mas Adão, não aceitava, e mesmo apaixonado pela sensualidade e beleza de Lilith, Adão acreditava que essa era a ordem e a forma natural de se relacionar,Lilith queria seus direitos, sua liberdade e sente como está longe Adão de entender sua condição de igualdade.
Lilith se revolta! Aclama pelo Criador pede sua intervenção, mas parece que o Criador já tinha novos planos para Lilith e a deixa a seguir seu rumo e ela vai abandonar o Jardim do Eden , e seguirá para uma aventura a procura de sua liberdade.
Esse é o primeiro divórcio na história da Humanidade, onde o Juiz e o Todo- poderoso aceita essa separação!
Adão se sente triste, traído, abandonado e o Criador vê o sofrimento de Adão e o oferece a ele uma nova mulher Hava (Eva) uma mulher diferente daquela que foi Lilith!
Adão vai ter uma nova mulher dentro de seus moldes, mas não deixa de sonhar todas as noites com Lilith e a procura por todos os lugares do Eden sem poder encontra-la, Adão não sabia que ela fugiu para o deserto e chegou até o mar vermelho.
O Criador que a levou para longe de Adão no meio do deserto oferecerá a Lilith o direito de viver num mundo do livre arbítrio, antes mesmo do "pecado original” de Adão e Hava .
Lilith ganhará sua liberdade, mas a vida toda terá que saber enfrentar um eterno desafio que será de sobreviver num mundo cheio de perigo, ameaças e preconceitos, mas essa será a oportunidade única de ser uma mulher livre e não mais subjugada.
Lilith somente deseja a sua liberdade e está disposta a pagar o preço de ser considerada por muitas culturas e tradições como um demônio, a feiticeira, uma vampira das trevas ou a amaldiçoada coruja da noite, mas as Culturas antigas necessitam demonizar
Lilith , pois ela é uma ameaça ao sistema patriarcal predominante até os dias de hoje.
O Criador que é o Único responsável por tudo em sua criação, seu objetivo é o equilíbrio e vai fazer que Lilith tenha um novo homem, na verdade, um anjo de nome Samael considerado nas culturas antigas um “Anjo das trevas” mais não existe "anjos das trevas"
no mundo dominado pelo Criador.
Samael será o amante ideal para Lilith , que dará à luz a toda uma descendência de Lilioth " , que vivem e estão espalhadas por todo o mundo, onde dizem que podemos identificar os seus descendentes nas mulheres de grande sensualidade, inteligência, de postura rígida que não se deixam dominar pelos homens.
Diferente do que foi escrito em muitas histórias, fábulas e contos o Criador Jamais abandonou Lilith ao contrário, o Criador a protegeu e deixou muitas "Lilioth" presente entre nos!
Acreditem elas não são demônios, são frutos do Criador e ela pode estar aí nesse momento ao seu lado!
Fonte :
O livro de Lilith - Barbara Koltuv
Lilith, a Lua Negra - Roberto Sicuteri
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11419600086?profile=originalQuando o Sol desliza ao poente, negras nuvens envolvem a Terra, como num gesto de uma nova dimensão a surgir, com estrelas cintilantes a brilhar no firmamento deslumbrando num tapete de magia a chegada de um novo dia. É o cortejo Cósmico que acompanha a Rainha Shabat, deixando como a Shekinar, o topo, Kéter, invadindo as instancias da àrvore da vida, derramando-se no reino, em Machuto. Shabat, dia de Alegria!

Moré Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar)

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Mágoa e Rancor

Mágoa e Rancor

Qual a visão da Torá sobre guardar mágoa ou rancor de alguém que nos prejudicou anteriormente?

RESPOSTA:

Esta pergunta é fácil de ser respondida, porém é algo muito difícil de ser cumprida e por isto achamos interessante acrescentar alguns esclarecimentos, além da resposta direta que consta na Torá (Vayicrá19:18): "Não se vingue nem guarde rancor... ame a teu próximo como a si mesmo."

Como pode uma pessoa realmente não guardar mágoa ou rancor? A primeira reação natural depois de ser prejudicado, ofendido ou envergonhado por alguém é de querer devolver na mesma medida para o outro provar o que acabamos de sentir, na melhor das hipóteses; ou querer se vingar e machucá-lo, na pior das hipóteses. Mesmo assim a Torá exige um comportamento ideal e exemplar - não somente não se vingar, mas também não guardar rancor, nem sentir raiva, desejo de vingança no coração.

Basicamente a explicação vem de nossos Sábios no Talmud que fazem a seguinte afirmação: "Todo aquele que fica com raiva é considerado como que estivesse servindo ídolos."

Este dito é muito difícil de entender. Como se pode comparar os dois assuntos? Servir ídolos significa não acreditar em D'us Único, enquanto que ficar irado ou bravo é apenas uma emoção negativa.

O assunto foi explicado pelo Báal Shem Tov (fundador do Movimento Chassídico) e a explicação encontra-se no sagrado livro Tanya (Parte 4, cap. 25) do qual citaremos alguns trechos.

A pessoa que acredita que tudo vem de D'us sabe que Ele está ciente de tudo que ocorre no mundo. Estar ciente não significa que Ele é apenas um espectador, observando as coisas de longe ou de perto. Significa que o que acontece é porque assim D'us quis.

Embora o indivíduo que amaldiçoou, machucou ou prejudicou tem o livre arbítrio (opção de fazer o bem ou o mal), e optou pelo pecado de machucar seu semelhante, por causa desta escolha (errada) será punido pela justiça (humana e/ou celestial). Porém, aquele que apanhou foi prejudicado, porque assim foi decretado nos Céus. E se o primeiro tivesse usado seu livre arbítrio de maneira correta (declarando para D'us: "Não quero fazer este ato negativo"), D'us teria muitos outros meios e "emissários" pelos quais poderia trazer o que foi decretado para o segundo.

Em outras palavras, na hora que alguém nos prejudica devemos saber e acreditar que ele é apenas um "mensageiro", um office-boy Divino. Se a pessoa não pensa assim, na verdade não acredita em D'us! Pois se D'us não quisesse que tal coisa nos atingisse, aquele que quer nos machucar ou danificar não conseguiria atingir seu intento. E se ele conseguiu é porque esta é a vontade de D'us. Logicamente ele não poderá alegar que "merece uma recompensa por cumprir a vontade de D'us", porque como explicado acima, ele poderia muito bem dizer: "Não quero fazer isso".

Se a pessoa que foi prejudicada não pensa desta maneira (que isso foi decretado para ela e aquele que "executou" o decreto foi "usado") então esta pessoa realmente não acredita em D'us. E não acreditar em D'us é semelhante a servir ídolos. Agora é possível entender o dito dos nossos Sábios já mencionado.

Tudo isso é ótimo na teoria; na prática é muito difícil. Por isso exige um treino constante e um estudo profundo para poder assimilar este tipo de pensamento até que finalmente será possível aceitá-lo e incorporá-lo em nossas relações diárias.

Mesmo uma pessoa que já tenha estudado muito e tenha adquirido muito conhecimento de Torá também é apenas um ser humano com sentimentos, instintos e reações naturais que dificultam

acatar este raciocínio. Porém praticando pode-se chegar lá. Não falamos que é fácil, mas tampouco impossível.11419600052?profile=original

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Embora muitos latino-americanos tenham ciência de seus sobrenomes de origem europeia, poucos deles sabem que por trás de tais alcunhas pode haver algo muito maior, que remonta meados dos anos 1492 quando os judeus deixaram a Península Ibérica, caracterizando uma história que tem sido marcada por perseguições e migração.

Embora tenham se distribuído de forma desigual pelo mundo ao longo dos anos, atualmente há dados que sugerem a existência de 181.000 judeus na Argentina, 674.000 no México e 18.400 no Chile, por exemplo. Ainda, há registros de que mais de 80 países no mundo possuam populações judaicas.

Dito isso, em seu livro “Sangre Judía Españoles y Ascenso de Hebrea Antisemitismo Cristiano”, o jornalista e escrito Pere Bonnínen listou uma série de sobrenomes que poderiam significar a seus possuidores uma ascendência judaica. Confira:

A
Abad, Abadía, Abarca, Abastos, Abaunza, Abbot, Abdallá, Abdalah, Abdallah, Abdelnour, Abdo, Abea, Abel, Abela, Abelado, Abella, Abellán, Abendaño, Abou, Abraham, Abrahams, Abrahán, Abrego, Abreu, Abrigo, Abril, Abufelo, Abugadba, Aburto, Acabal, Acebal, Acedo, Acevedo, Acosta, Acuña, Adames, Adamis, Adanaque, Adanis, Adis, Aedo, Agababa, Agámez, Agayón, Agrazal, Agreda, Aguayo, Agudelo, Agüero, Aguiar, Aguilar, Aguilera, Aguiluz, Aguilve, Aguinaga, Aguirre, Agurto, Agustín, Ahuja, Ahumada, Aiello, Aiza, Aizprúa, Aizpurúa, Alache, Alama, Alan, Alani, Alanis, Alanís, Alaniz, Alarcón, Alas, Alavez, Alayón, Alba, Albarello, Albarracín, Albelo, Albenda, Alburola, Alcaíno, Alcanzar, Alcázar, Alcazar, Alcibar, Alcócer, Alcóser, Alcóver, Alcózer, Aldana, Aldaña, Aldapa, Aldecoba, Alderrama, Alegría, Alejos, Alemán, Alexander, Alexandre, Alfaro, Alfonso, Algaba, Alguera, Aliaga, Alicama, Alier, Alizaga, Allan, Allon, Alluín, Almanza, Almanzar, Almanzo, Almaraz, Almazan, Almeida, Almendares, Almendárez, Almendáriz, Almengor, Almonte, Aloisio, Aloma, Alomar, Alonso, Alonzo, Alpírez, Alpízar, Altamirano, Altenor, Alterno, Altino, Altonor, Alva, Alvarado, Alvarenga, Alvares, Álvarez, Alvaro, Alvear, Alverde, Alvergue, Alvir, Alzate, Amado, Amador, Amalla, Amaris, Amaya, Arnáez, Arnau, Arnesto, Anuelo, Arnuero, Arone, Arosemena, Arquín, Arrazola, Arrea, Arredondo, Arreola, Arriaga, Arriagada, Arrieta, Arriola, Arrocha, Arroliga, Arrollo, Arrone, Arrones, Arronés, Arronez, Arronis, Arroniz, Arroyave, Arroyo, Arrubla, Artavia, Arteaga, Artecona, Artiaga, Artiga, Artiles, Artiñano, Artola, Artolozaga, Aruj, Aruizu, Arze, Arzola, Ascante, Ascencio, Asch, Asencio, Asero, Así, Asís, Aspirita, Astacio, Astete, Astorga, Astorquiza, Astúa, Asturias, Asunción, Asusema, Atehortúa, Atein, Atencio, Atensio, Atiensa, Atienza, Augusto, Ávalos, Avelar, Avellán, Avendaño, Ávila, Avilés, Avilez, Ayala, Ayales, Ayara, Ayarza, Aybar, Aycinena, Ayerdis, Aymerich, Azar, Azaria, Asofeifa, Azqueta, Azua, Azúa, Azuar, Azucena, Azul, Azuola, Azurdia.

B
Babb, Babar, Baca, Bacca, Bacigalupo, Badilla, Bado, Báez, Baeza, Baidal, Bairnales, Baizan, Bajarano, Balarezo, Baldares, Balday, Baldelomar, Balderas, Balderrama, Balderramos, Baldí, Baldi, Baldioceda, Baldivia, Baldizón, Balladares, Ballar, Ballard, Ballester, Ballestero, Ballesteros, Ballón, Balma, Balmaceda, Balmacera, Balon, Balser, Baltodano, Banegas, Banet, Banilla, Baños, Bañuelos, Baquedano, Baquero, Baradín, Baraen, Barahoma, Barahona, Barajas, Baraquiso, Barat, Barba, Barbagallo, Barbagebra, Bárbara, Barbena, Barben, Barberena, Barbosa, Barboza, Barcelas, Barcelata, Barcenas, Barcia, Bardayan, Barguil, Barillas, Barletta, Baro, Barón, Barquedano, Barquero, Barquette, Barra, Barracosa, Barrante, Barrantes, Barraza, Barreda, Barrenechea, Barrera, Barrero, Barreto, Barrias, Barrientos, Barriga, Barrio, Barrionuevo, Barrios, Bodán, Bogán, Bogantes, Bogarín, Bohorguez, Bohorquez, Bojorge, Bolaños, Bolívar, Bonice, Boniche, Bonichi, Bonilla, Borbas, Borbón, Borda, Bordallo, Borge, Borges, Borja, Borjas, Borjes, Borloz, Borras, Borrasé, Borredo, Borrero, Bosque, Botero, Boza, Bran, Bravia, Bravo, Brenes, Breve, Briceño, Brilla, Briones, Brito, Brizeño, Brizuela, Buencamino, Buendía, Bueno, Bueso, Buezo, Buga, Bugarín, Bugat, Bugria, Burgos, Burguera, Burgues, Burillo, Busano, Bustamante, Bustillo, Bustillos, Busto, Bustos, Buzano, Buzeta, Buzo.

C
Caamano, Caamaño, Cabada, Cabadianes, Cabal, Cabalceta, Caballero, Cabana, Cabaña, Cabeza, Cabezas, Cabistán, Cabral, Cabrera, Cabrerizo, Cáceres, Cadenas, Cadet, Cageao, Caicedo, Cairol, Cajas, Cajiao, Cajina, Cala, Calatayud, Calazán, Calcáneo, Caldas, Caldera, Calderón, Calero, Caliva, Calix, Calle, Calleja, Callejas, Callejo, Calles, Calvo, Calzada, Camacho, Camaño, Camarena, Camareno, Camarillo, Cambronero, Camona, Campabadal, Campabadall, Campodónico, Campos, Canales, Canalias, Canas, Candamo, Candelaria, Candelario, Canejo, Canessa, Canet, Canetta, Canizales, Canizález, Canizares, Canno, Cano, Canossa, Cantarero, Cantero, Cantillano, Canto, Cantón, Cañas, Cañizales, Cañizález, Capón, Carabaguias, Carabaguiaz, Caranza, Caravaca, Carazo, Carbalda, Carballo, Casasola, Cascante, Casco, Casorla, Cassasola, Cásseres, Castaneda, Castañeda, Castañedas, Castaño, Castañón, Castaños, Castelán, Castellano, Castellanos, Castellón, Casteñeda, Castiblanco, Castilla, Castillo, Castro, Catania, Cateres, Catón, Cavalceta, Cavaller, Cavallo, Cavanillas, Cavazos, Cavero, Cazanga, Ceba, Ceballos, Ceciliano, Cedeño, Cejudo, Celada, Celedón, Celís, Centella, Centeno, Cepeda, Cerceño, Cerda, Cerdas, Cerna, Cernas, Cerón, Cerpas, Cerros, Cervantes, Cervilla, Céspedes, Cevallos, Cevedo, Cevilla, Chabrol, Chacón, Chamarro, Chamorro, Chanquín, Chanta, Cubero, Cubías, Cubias, Cubilla, Cubillo, Cubillos, Cubria, Cuebas, Cuellar, Cuéllar, Cuello, Cuenca, Cuendis, Cuernavaca, Cuervo, Cuesta, Cueva, Cuevas, Cuevillas, Cunill, Cunillera, Curbelo, Curco, Curdelo.

D
Da Costa, Da Silva, Dacosta, D’Acosta, Dalorso, Dalorzo, Dalsaso, Damaceno, Damito, Daniel, Daniels, Dapuerto, Dapueto, Darce, Darche, Darcia, Darío, Dasadre, Dasilva, Dávalos, David, Dávila, Davis, D’Avola, De Abate, De Aguilar, De Alba, De Alvarado, De Benedictis, De Briones, De Camino, De Castro, De Céspedes, De Espeleta, De Ezpeleta, De Falco, De Faria, De Franco, De Jesús, De Jorge, De Juana, De La Cruz, De La Cuesta, De La Espriella, De La Fuente, De La Garza, De La Guardia, De La Herran, De La Hormaza, De La Jara, De La Mata, De La Nuez, De La O, De La Osa, De La Ossa, De La Paz, De La Peña, De La Rocha, De La Rosa, De La Selva, De La Teja, De La Torre, De La Trava, De La Vega, De Largaespada, De Las Casas, De Las Cuevas, De Las Heras, De Lemos, De León, De Lev, De Lima, De López, De Luz, De Miguel, De Miranda, De Moya, De Odio, De Óleo, De Ona, De Oña, De Paco, De Paredes, De Pass, De Paz, De Pazos, De Pedro, De Pinedo, De Prado, De Rayo, De Sárraga, De Sá, De Trinidad, De Ureña, De Donado, Donaire, Donato, Doña, Doñas, Donzón, Dorado, Dormos, Dormuz, Doryan, Duar, Duares, Duarte, Duartes, Duenas, Dueñas, Duque, Duque Estrada, Durall, Durán, Durante, Duval, Duvall, Duverrán.

E
Echandi, Echavarría, Echeverri, Echeverría, Eduarte, Egea, Elías, Eligia, Elizalde, Elizonda, Elizondo, Elmaleh, Emanuel, Enrique, Enriques, Escude, Escudero, España, Esparragó, Espelerta, Espeleta, Espinach, Espinal, Espinales, Espinar, Espino, Espinosa, Espinoza, Espitia, Esquivel, Esteban, Esteves, Estévez, Estrada, Estrella.

F
Faba, Fabara, Fabián, Fábrega, Fabregat, Fabres, Facio, Faerrón, Faeth, Faiges, Fait, Faith, Fajardo, Falco, Falcón, Falla, Fallas, Farach, Farah, Fargas, Farias, Farías, Faries, Fariña, Fariñas, Farrach, Farrer, Farrera, Farrier, Fatjo, Fatjó, Faundez, Faune, Fava, Fazio, Fermández, Fermán, Francés, Frances, Francesa, Francia, Francis, Franco, Fray, Frayle, Freer, Freira, Fresno, Freyre, Frías, Frutos, Fuentes, Fumero, Funes, Funez, Fúnez, Fuscaldo, Fusco.

G
Gabriel, Gadea, Gaete, Gago, Gainza, Gaitán, Galacia, Galagarza, Galán, Galarza, Galaviz, Galba, Galcerán, Galeano, Galeas, Galeno, Galera, Galiana, Galiano, Galindo, Galino, Galiñanes, Gracias, Gradis, Grajal, Grajales, Grajeda, Grana, Granada, Granados, Granda, Grandoso, Granera, Granizo, Granja, Graña, Gras, Grau, Greco, Greñas, Gridalva, Grigoyen, Grijalba, Grijalda, Grijalva, Grillo, Guadamuz, Guadrón, Guajardo, Guardado, Guardano, Guardia, Guardián, Guardiola, Guarín, Guasch, Gudino, Gudiño, Güel, Güell, Güendel, Güendell, Guerra, Guerrero, Guevara, Guido, Guie, Guier, Guifarro, Guilá, Guillarte, Guillén, Guillermet, Guillermo, Guilles, Güillies, Guillies, Guillis, Guilloch, Guiménez, Guindos, Guitiérrez, Guitta, Guix, Gulubay, Gunera, Guntanis, Gurdián, Gurrero, Gurrola, Gustavino, Gutiérrez, Guzmán.

H
Haba, Habibe, Haenz, Harrah, Hénchoz, Hernández, Hernando, Hernánez, Herra, Herradora, Herrán, Herrera, Herrero, Hevia, Hidalgo, Hierro, Hincapié, Hinostroza, Horna, Hornedo, Huerta, Huertas, Huete, Huezo, Hurtado, Hurtecho.

I
Ibáñez, Ibarra, Ibarras, Icaza, Iglesias, Ilama, Irola, Isaac, Isaacs, Israel, Ivañez, Izaba, Izaguirre, Izandra, Iznardo, Izquierdo, Izrael, Izurieta.

J
Jácamo, Jacobo, Jácome, Jácomo, Jaen, Jiménez, Jimera, Jinesta, Jirón, Joseph, Jovel, Juárez, Junco, Juncos, Jurado.

K
Kaminsky, Klein, Kuadra.

L
La Barca, Labra, Lacarez, Lacayo, Lafuente, Lago, Lagos, Laguardia, Laguna, Lain, Laine, Lainez, Laitano, Lamas, Lamela, Lamicq, Lamugue, Lamuza, Lancho, Lanco, Landazuri, Lández, Lanuza, Lanza, Lanzas, Lapeira, Laporte, Laprade, Lara, Lares, Largaespada, Largo, Larios, Leandro, Ledezma, Ledo, Leitón, Leiva, Lejarza, Lemmes, Lemos, Lemus, Lemuz, Leñero, León, Lépiz, Levi, Leytón, Leyva, Lezama, Lezana, Lezcano, Lhamas, Lieberman, Lima, Linares, Linarte, Lindo, Lines, Líos, Lira, Lizama, Lizana, Lizano, Lizarme, Llabona, Llach, Llado, Llamazares, Llamosas, Llano, Lanos, Llanten, Llaurado, Llerena, Llibre, Llinas, Llobet, Llobeth, Llorca, Llorella, Llorens, Llorente, Llosent, Lloser, Llovera, Llubere, Loáciga, Loáiciga, Loáisiga, Loaissa, Loaiza, Lobo, Loeb, Loew, Loinaz, Lombardo, Londoño, Lope, Lopes, Lopera, López, Lopezlage, Loprete, Lora, Loredo, Lorente, Lorenz, Lorenzana, Lorenzen, Lorenzo, Loría, Lorío, Lorio, Lorz, Losada, Losilla, Louk, Louzao, Loynaz, Loza, Lozano, Luarca, Lucas, Lucena, Lucero, Lucke, Lugo, Luis, Luján, Luna, Lunaza, Luque, Luquez.

M
Macaya, Macedo, Maceo, Machado, Machín, Machuca, Macia, Macias, Macías, Macís, Macre, Macrea, Madariaga, Maderos, Madinagoitia, Madrano, Madrid, Madriga, Madrigal, Madril, Madriz, Maduro, Magalhaes, Magallón, Magaña, Magdalena, Maguiña, Mahomar, Maikut, Maingot, Mairena, Maisonave, Maita, Majano, Majarres, Malaga, Maldonado, Malé, Malespín, Malestín, Maltés, Maltez, Malvarez, Manavella, Mancheno, Mancia, Mancía, Mandas, Mangaña, Mangas, Mangel, Manjarres, Mans, Mansalvo, Mansilla, Manso, Mantanero, Mantica, Mantilla, Manuel, Manzanal, Manzanares, Manzano, Manzur, Marabiaga, Maradiaga, Marbes, Marbis, Marcenaro, March, Marchena, Marcia, Marcías, Marcillo, Marcos, Mardones, Marenco, Margules, María, Marichal, Marín, Marinero, Marino, Mariñas, Mariño, Marot, Maroto, Marqués, Marquez, Marreco, Marrero, Marroquín, Marsell, Marte, Martell, Martén, Martens, Martí, Martin, Martínez, Martins, Marvez, Mas, Masía, Masís, Maso, Mason, Massuh, Mastache, Mata, Matamoros, Matarrita, Mate, Mateo, Matera, Mateus, Matías, Matos, Mattus, Mattuz, Matul, Matus, Matute, Maurel, Maurer, Mauricio, Mauro, Maynard, Maynaro, Maynart, Mayo, Mayor, Mayorga, Mayorquín, Mayre, Mayrena, Maza, Mazariegos, Mazas, Mazín, Mazón, Mazuque, Mazure, Medal, Mijares, Milanés, Milano, Millet, Mina, Minas, Minero,Miño, Miqueo, Miraba, Miralles, Mirambell, Miramontes, Miranda, Miro, Mirquez, Mitja, Mitjavila, Mizrachi, Mojarro, Mojica, Molestina, Molian, Molín, Molina, Molinero, Molleda, Mollinedo, Mollo, Moncada, Mondol, Mondragón, Moneda, Moneiro, Monestel, Monga, Mongalo, Móngalo, Monge, Mongillo, Monguillo, Monjarres, Monjarrez, Monjica, Monserrat, Montagné, Montalbán, Montalbert, Montalto, Montalván, Montalvo, Montana, Montanaro, Montandón, Montano, Montealegre, Montealto, Montecino, Montecinos, Monteil, Montejo, Montenaro, Montenegro, Montero, Monterosa, Monteroza, Monterrey, Monterrosa, Monterroso, Montes, Monterinos, Monteverde, Montiel, Montier, Montoya, Monturiol, Mora, Moraes, Moraga, Morales, Morán, Morazán, Moreira, Morejón, Morena, Moreno, Morera, Moriano, Morice, Morillo, Morín, Moris, Morise, Moro, Morote, Moroto, Morraz, Morúa, Morún, Morux, Morvillo, Moscarella, Moscoa, Moscoso, Mosquera, Motta, Moxi, Moya, Mozquera, Mugica, Muiña, Muir, Mulato, Munera, Mungía, Munguía, Munive, Munizaga, Muñante, Muñiz, Muñoz, Murcia, Murgado, Murgas, Murias, Murillo, Murilo, Muro, Mussap, Mussapp, Mussio, Mustelier, Muxo.

N
Naim, Naira, Nájar, Nájares, Najarro, Nájera, Nájeres, Naranjo, Narvaes, Narváez, Nasralah, Nasso, Navaro, Navarrete, Navarrette, Navarro, Navas, Nayap, Nazario, Nema, Nemar, Neyra, Noguera, Nomberto, Nora, Noriega, Norza, Nova, Novales, Novo, Novoa, Nuevo, Nuez, Nunga, Núñez.

O
Obaldía, Obanbo, Obando, Obares, Obellón, Obon, Obrego, Obregón, Ocampo, Ocampos, Ocaña, Ocaño, Ocario, Ochoa, Ocón, Oconitrillo, Olivas, Oliver, Olivera, Oliverio, Olivier, Oliviera, Olivo, Oller, Olmeda, Olmedo, Olmo, Olmos, Omacell, , Omodeo, Ondoy, Onetto, Oñate, Oñoro, Oporta, Oporto, Oquendo, Ora, Orama, Oramas, Orantes, Ordeñana, Ordoñes, Ordóñez, Orduz, Oreamuno, Oreas, Oreiro, Orella, Orellana, Orfila, Orias, Orios, Orjas, Orjuela, Orlich, Ormasis, Ormeño, Orna, Ornes, Orochena, Orocu, Orosco, Orozco, Ortega, Ortegón, Ortiz, Ortuño, Orve, Osante, Oseda, Osegueda, Osejo, Osequeda, Oses, Osorio, Osorno, Ospina, Ospino, Ossa, Otalvaro, Otárola, Otero, Oto, Otoya, Ovares, Ovarez, Oviedo, Ozerio, Ozores, Ozuno.

P
Pabón, Pacheco, Paco, Padilla, Páez, Paguaga, País, Países, Paiz, Pajuelo, Palacino, Palacio, Palacios, Palaco, Paladino, Palazuelos, Palencia, Palma, Palomar, Palomino, Palomo, Pamares, Pampillo, Pana, Pandolfo, Paniagua, Pantigoso, Pantoja, Paña, Papez, Parada, Parado, Parajeles, Parajón, Páramo, Pardo, Paredes, Pareja, Pares, París, Parra, Parrales, Parreaguirre, Parriles, Parrilla, Pasamontes, Pasapera, Pasos, Passapera, Pastor, Pastora, Pastrán, Pastrana, Pastrano, Patiño, Patricio, Paut, Pauth, Pavez, Pavón, Paz, Pazmiño, Pazos, Pedraza, Pedreira, Pedreiro, Pedroza, Peinador, Peinano, Peláez, Pellas, Pellecer, Pena, Penabad, Penado, Pendones, Penón, Penso, Peña, Peñaloza, Peñaranda, Peñas, Peñate, Penzo, Peñón, Peraldo, Perales, Peralta, Peraza, Perdomo, Perea, Perearnau, Pereira, Pino, Pintado, Pinto, Pinzas, Piña, Piñar, Piñate, Piñeiro, Piñeres, Pinzón, Pío, Pion, Piovano, Piovet, Pitalva, Piza, Pizarro, Pla, Plá, Placeres, Pláceres, Plácido, Placidón, Plaja, Platero, Poblador, Poblete, Pocasangre, Pochet, Podoy, Pokoy, Pol, Polamo, Polo, Polonio, Poma, Pomar, Pomareda, Pomares, Ponares, Ponce, Pontigo, Pool, Porat, Porquet, Porras, Porta, Portela, Porter,Portero, Portilla, Portillo, Portobanco, Portocarrera, Portugués, Portuguez, Posada, Posla, Poveda, Povedano, Pozo, Pozos, Pozuelo, Prada, Pradella, Pradilla, Prado, Prat, Pratt, Pravia, Prendas, Prendis, Pretiz, Prettel, Prieto, Prietto, Primante, Prior, Prioto, Privatt, Procupez, Puente, Puentes, Puertas, Puga, Puig, Pujo, Pujol, Pulido, Pulis, Pull, Pulles, Pupo, Purcallas.

Q
Quedo, Queralt, Queredo, Querra, Quesada, Quevedo, Quezada, Quiel, Quijada, Quijano, Quirce, Quiroga, Quirós, Quiroz.

R
Raa, Raabe, Raba, Rabetta, Raga, Raigada, Raigosa, Ramírez, Ramón, Ramos, Randel, Randuro, Rangel, Raphael, Rauda, Raudes, Raudez, Raventos, Raventós, Raygada, Rayo, Rayos, Real, Reales, Reazco, Recinos, Recio, Redondo, Regaño, Rodesma, Rodesno, Rodezno, Rodó, Rodo, Rodrigo, Rodríguez, Roe, Roig, Rois, Rojas, Rojo, Roldán, Romagosa, Román, Romano, Romero, Roque, Rosa, Rosabal, Rosales, Rosas, Rouillón, Rovillón, Rovira, Roviralta, Roy, Royo, Roys, Rozados, Rozo, Ruano, Rubí, Rubia, Rubín, Rubino, Rubio, Rucavado, Rudín, Rueda, Rugama, Rugeles, Ruh, Ruilova, Ruin, Ruiz, Romoroso, Russo.

S
Saavedra, Saba, Sabah, Saballo, Saballos, Sabat, Sabate, Sabba, Sabín, Sabogal, Saborío, Saboz, Sacasa, Sacida, Sada, Sadaña, Sáenz, Saer, Saerron, Sáez, Safiano, Sage, Sagel, Sagot, Sagreda, Saguero, Sala, Salablanca, Salamanca, Salas, Salazar, Salbavarro, Salcedo, Salcino, Saldaña, Saldivar, Salgada, Salgado, Salguera, Salguero, Saliba, Salinas, Salmerón, Salmón, Salom, Salomón, Salumé, Salume, Salustro, Salvado, Salvatierra, Salvo, Samaniego, Sambrana, Samper, Samudio, Samuel, San Gil, San José, San Juan, San Martín, San Román, San Silvestre, Sanabria, Saucedo, Sauza, Savala, Savallos, Savedra, Savinón, Saxón, Sayaguez, Scriba, Seas, Seballos, Secades, Secaida, Seco, Sedano, Sedo, Segares, Segovia, Segreda, Segura, Sehezar, Selaya, Selles, Selva, Selvas, Semerawno, Semeraro, Sepúlveda, Sequeira, Sermeño, Serra, Serracín, Serrano, Serrato, Serraulte, Serru, Serrut, Servellón, Sevilla, Sevillano, Sibaja, Sierra, Sieza, Sigüenza, Siguenza, Siles, Siliezar, Silva, Silvera, Silvia, Simana, Simón, Sinchico, Sio, Sion, Siri, Sirias, Siverio, , Siz, Sobalvarro, Sobrado, Sojo, Sol, Solana, Solano, Solar, Solares, Solarte, Soldevilla, Solé, Solemne, Soler, Solera, Soley, Solís, Soliz, Solno, Solo, Solórzano, Soltero, Somarriba, Somarribas, Somoza, Soria, Sorio, Soro, Sorto, Sosa, Sossa, Sosto, Sotela, Sotelo, Sotillo, Soto, Sotomayor, Sotres, Souto, Soutullo, Sovalbarro, Soza, Suárez, Suazao, Suazo, Subia, Subiros, Subirós, Subisos, Succar, Sueiras, Suñer, Suñol, Surroca, Suyapa, Suzarte.

T
Tabah, Tabares, Tablada, Tabor, Tabora, Taborda, Taco, Tagarita, Tagarró, Tal, Talavera, Taleno, Tamara, Tamargo, Tamayo, Tames, Tanchez, Tanco, Tapia, Tapias, Taracena, Tardencilla, Tarjan, Tarrillo, Tasara, Tate, Tato, Tavares, Tedesco, Teherán, Teijeiro, Teixido, Tovar, Trala, Traña, Traures, Travierzo, Travieso, Trediño, Treguear, Trejos, Treminio, Treviño, Triana, Trigo, Triguel, Triguero, Trigueros, Trilite, Trimarco, Trimiño, Triquell, Tristán, Triunfo, Troche, Trocanis, Troncoso, Troya, Troyo, Troz, Trueba, Truffat, Trujillo, Trullas, Trullás, Truque, Tula, Turcio, Turcios.

U
Ubach, Ubao, Ubeda, Ubico, Ubilla, Ubisco, Uralde, Urbano, Urbina, Urcuyo, Urdangarin, Urea, Urela, Ureña, Urgellés, Uriarte, Uribe, Uriel, Urieta, Uriza, Uroz, Urquiaga, Urra, Urraca, Urrea, Urroz, Urruela, Urrutia, Urtecho, Urunuela, Urzola, Usaga, Useda, Uva, Uveda, Uzaga, Uzcategui.

V
Vadivia, Vado, Valdelomar, Valderama, Valderrama, Valderramo, Valderramos, Valdés, Valdescastillo, Valdez, Valdiva, Valdivia, Valldeperas, Valle, Vallecillo, Vallecillos, Vallejo, Vallejos, Valles, Vallez, Valls, Vals, Valverde, Vanegas, Vaquerano, Vardesia, Varela, Varga, Vargas, Vargo, Varsi, Varsot, Vartanian, Varth, Vasco, Vasconcelos, Vasílica, Vásquez, Vassell, Vaz, Veas, Vedoba, Vedova, Vedoya, Vega, Vegas, Vela, Velarde, Velasco, Velásquez, Velazco, Velázquez, Vélez, Veliz, Venegas, Ventura, Vera, Verardo, Verastagui, Verdesia, Verdesoto, Vergara, Verguizas, Vertiz, Verzola, Vesco, Viales, Viana, Viatela, Vicario, Vicente, Vico, Víctor, Victores, Victoria, Vidaechea, Vidal, Vidales, Vidalón, Vidaorreta, Vidaurre, Videche, Vieira, Vieto, Vigil, Vigot, Vila, Vilaboa, Vilallobos, Vilanova, Vilaplana, Villar, Villareal, Villarebia, Villareiva, Villarreal, Villarroel, Villas, Villaseñor, Villasuso, Villatoro, Villaverde, Villavicencio, Villeda, Villegas, Villejas, Villena, Viloria, Vindas, Vindel, Vinueza, Viñas, Víquez, Viscaino, Viso, Vivallo, Vivas, Vivero, Vives, Vívez, Vivies, Vivó, Vizcaíno, Vizcayno.

W
Wainberg, Wolf.

X
Xatruch, Xirinachs, Xiques.

Y
Yaacobi, Yanarella, Yanayaco, Yanes, Yepez, Yglesias, Yllanes, Yurica, Yzaguirre.

Z
Zabala, Zabaleta, Zabate, Zablah, Zacarías, Zacasa, Zalazar, Zaldivar, Zallas, Zambrana, Zambrano, Zamora, Zamorano, Zamudio, Zamuria, Zapata, Zaragoza, Zárate, Zarco, Zaror, Zarzosa, Zavala, Zavaleta, Zayas, Zayat, Zecca, Zedan, Zegarra, Zelada, Zelaya, Zeledón, Zepeda, Zetina, Zonta, Zoratte, Zuleta, Zumba, Zumbado, Zúñiga, Zunzunegui.

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A Bracha de Ygal – Jayme Fucs Bar

Entre muitos lugares exóticos de Tzfat temos a Tumba de Shimon Bar Yochai aquele que dentro da crença popular se acredita que escreveu o livro da Cabala o Zohar.

Esse Mistico Lugar é frenquentado diariamente por centenas e as vezes milhares de pessoas que vão até a Tumba para fazer um pedido de cura, saúde, prosperidade, casamento etc... Nesse mágico lugar conheci o Ygal uma figura realmente de outro mundo, com sua barba mal feita seus cabelos grandes e despentiados, usa uma calça Jeans e blusas bem velha com um pequeno kipa na cabeça, ele diz que tem hoje uma unica função na vida que é de dar Bênçãos a todos que necessitam.

Achar o Ygal na Tumba de Shimon Bar Yochai é somente por sorte , pois ele não usa celular, e nenhum meio de comunicação, para Ygal não interessa nada sobre o mundo que vivemos, para entender isso , Ygal tem uma História muito especial, ele era Kibutznik no passado, sua vida mudou totalmente na guerra do Yom Kipur em 1973 , ele era tanquista nas colinas do Golan e um morteiro Sírio atingiu direto seu tanque todos morreram e somente ele sobreviveu ,ficou 2 meses em coma com ferimentos gravíssimo, quando acordou me disse que se lembra claramente que esteve em "outro mundo" e foi mandado de volta para fazer uma única coisa abençoar as pessoas que necessitam de ajuda e isso que Ygal faz a anos nesse lugar.

Vou contar somente um episódio dos mais comoventes que vivenciei com Ygal, foi à muitos anos atras quando estava passeando com um casal e seu filho um rapaz adolecente , onde a esposa em toda a viagem era muito dura, descreste de tudo, muito rígida , chegamos na Tumba de Shimon Bar Yochai e por acaso encontrei o Ygal logo na entrada, nos abraçamos e ele comprimentou a família e logo seu olhar ficou fixado na mulher e de imediato me disse " Tem gente precisando de uma Bracha urgente nessa familia"
Para não perder a oportunidade perguntei se eles queriam receber uma bracha do Ygal, o Pai e o filho logo se prontificou mais a mulher disse que não , fomos para um lugar mais tranquilo frente ao bosque , Yagal recitou uma Bracha para o Pai e logo depois para o filho, a mulher meio desconfiada ficou de lado achando tudo aquilo ridículo! Ygal chegou para mim e disse"Diz para ela que eu quero muito oferecer -la uma Bracha!"
Falei para a mulher o desejo do Ygal ,mais ela fez corpo duro, mais eu insiste e a disse" Não vai te custar nada e nem vai doer deixa ele fazer uma bracha para você !" Talvez devido que o pedido veio de mim ela ficou sem jeito e me disse " Tá bom que faça logo". Olhei para o Ygal e com sorriso ele entendeu que foi aprovado.

Ygal colocou a mão sob a cabeça da mulher e fechou os olhos e começou a fazer sua bracha, cada bracha de Ygal é completamente diferente uma da outra o significado das palavras não tem nenhuma importançia o mais importante é a forma que ele faz, é algo que vem de seu interior uma energia inexplicável, a bracha de Ygal pouco a pouco penetrava no coração da mulher e de repente ela começa a soluçar e veio de seu interior um berro, um grito que saiu com uma explosão! Como se as dores as agonias e os sofrimentos ia saindo para fora e de imediato chegou um choro forte, profundo e incontrolável.

Ygal termina a Bracha , Agora o marido e o filho e a mulher todos se abraçam e choram , eu de lado fico de boca aberta no que estou presenciando, Ygal me dá um sorriso e me diz baixinho " Agora ela está curada tirei a tampa da panela de pressão" e sem perceber ele saiu de mansinho e sumiu entre a multidão.

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O Shofar de Dudu - Jayme Fucs Bar

Quase sempre que estou com turistas em Sfat , acontece um episodio especial ! A muito estava querendo relatar alguns desses momentos para quem desejar entrar nessa viagem cheio de magia e mística que é a cidade de Sfat..

Ai vai a primeira historia....

O Shofar de Dudu - Jayme Fucs Bar
Um belo dia estava passeando com um casal de amigos em Sfat junto com seu filho Dudu que tinha apenas 10 anos, visitávamos as lindas sinagogas da cidade e logo depois as lojas, onde Dudu já tinha um plano armado comprar o seu Shofar.
Entramos numa das lojas e Dudu com certa intimidade pegou um dos Shofar, colocou na boca e tirou um lindo som,e com aprovação dos pais Dudu comprou o seu Shofar e saiu com ele todo feliz pelos becos da cidade, continuamos a passear até chegarmos um lugar com uma linda vista do Monte Miron, onde paramos para conteplar e sem perceber Dudu começou a tocar o seu Shofar, e o som era sempre lindo e majestoso .
Sem percebermos apareceu um homem com a idade avançada , bem magro com uma extensa barba branca e disse em hebraico para o Dudu " Voce tem o dom de tocar o Shofar" Dudu nada entendeu e fui ao lado do Dudu para poder traduzir. O velho mestre com muito carinho se aproximou do Dudu e pegou o Shofar de sua mãos e começou a ensinar a arte do Shofar , Dudu repetia com exatidão cada etapa do que o mestre o ensinava, depois de alguns bons minutos. O mestre Disse " Agora você toca todas essas etapas que te ensinei do começo ao fim".
E Dudu como um anjo pega com sua pequeninas mãos o Shofar e toca como pediu o velho Mestre , Agora seu som é mais puro do que nunca, um som que vem de outros mundos de outros tempos lá do "sempre" local onde mora os anjos , as nossas alma e de todos se enchem de pureza e felicidade.
Dudu termina de tocar o Shofar o velho mestre olha para o Dudu e diz " Cada judeu tem sua função nessa vida que estamos de passagem a sua é de tocar o Shofar" O velho mestre sorri , e sai caminhando e sem perecebermos ele desaparece!

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11419599101?profile=originalEstamos vivendo num instante muito significativo da história da Espiritualidade. Há uma profunda investigação por parte de muitos, com referência a uma provável Teshuváh, no entanto sempre direcionada com a probabilidade de morar em Yisrael, claro e evidente que não existe nada de mau nisso, no entanto é preciso estabelecer critérios, quanto fazer ALIÁH, ou TESHUVÁH.

A ALIÁH, é um processo de retorno ao território Yisraelita, em razão de vínculos familiares ou mesmo até hereditários e históricos, de pessoas que se consideram descendentes de judeus. A TESHUVÁH é algo muito mais profundo, sua característica principal é o retorno individual da pessoa à TORÁH e a prática do Monoteísmo, daí surgirem grupos de boa-fé que se esforçam, no entanto, não conseguem libertar-se da metodologia da assimilação.

Lembro-me que em um Shiur do Rav Avraham Chachamovits, considerando o provável surgimento de grupos Monoteístas, disse que tais grupos surgiriam: “uns mais místicos e outros menos místicos...”. Com exceções, claro, existem Monoteístas sérios, voltados para a Toráh, no entanto, soçobram outros grupos que marcam o seu modelo fundamentado numa teologia, onde só falam em pecado, cantam as canções de Mitsraim e sinalizam para uma salvação futura. Isso não é voltar a Toráh, nem adorar o D-us de Yisrael. Ou é?

Moréh Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar).

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Novo livro de Decio Zylbersztajn

Lançamento do novo livro de Decio Zylbersztajn

Acerba Dor

Dia 7 de Março, 18 horas na UNIBES Cultural.

Rua Oscar Freire 2500 - Estação Sumaré do Metrô.

Mesa de debate com a presença do Escritor Joaquim Maria Botelho.

(leia mais em zylberblog.wordpress.com)

Exacerbar não é apenas vocábulo inspirado no subtítulo do quadro Saudade, de Almeida Júnior, mas é o verbo-síntese dessa espessa amálgama de sentimentos contidos, cujos continentes culturais a escrita habilidosa do Decio Zylbersztajn nos conduz a desvelar.

Joaquim Maria Botelho – escritor e jornalista

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Judeus na Primeira Pessoa - Bernard-Henry Lévy



Sou judeu por parte da minha mãe e do meu pai. Sou judeu por parte de Lévinas, Buber, Rosenzweig.
Sou judeu porque ser judeu significa amar mais a lei do que a terra e a letra tanto quanto o espírito.
Sou judeu em resultado de uma desconfiança, que sempre senti, em relação a estados extáticos e extremos de paixão religiosa.
Sou judeu em resultado da minha rejeição de todas as formas de magia ou mistério: “Cautela”, gritou Lévinas, autor de Difficíle Liberté, Essais sur le Judaïsm, “com todos os falsos profetas que dizem que o homem está ‘mais perto dos deuses quando deixa de pertencer a si próprio’! Em guarda, judeus, contra o esquecimento de que o judaísmo é a única religião no mundo que prega a recusa das forças obscuras – a religião do desencanto, do santo e não do sagrado!” É assim que sou judeu.
Sou judeu porque sou antinaturalista e antimaterialista –
sou judeu, por outras palavras, porque me sinto em casa no Livro e entre os homens, mais do que na obscura floresta de símbolos e até na vida.
Sou um judeu do galout (exílio, diáspora); sou um judeu que, há anos e anos, reflecte nesta questão do galout; não propriamente na reabilitação do galout; não, falando correctamente, na metafísica do galout; e, ainda menos, na distância em relação a Israel, que amo do fundo do coração, um amor incondicional; mas a meditação num exílio essencial, sem redenção nem retorno, que para mim parece constituir o que significa ser judeu, tanto no galout como em Israel; o contrário do exílio de Ulisses; a correlação e parte do fascínio, judaico também, com o reino dos céus; não é Judeu o nome, igualmente, do filho de Abraão (o Hebreu) e de Jacob (o Israelita)? Não é a filosofia judaica, indissociavelmente, a filosofia dos reis e dos profetas, de Israel e a da voz que, através de Jeremias, implora ao “resto de Israel” para “fortificar as suas posições no exílio”?
Sou judeu porque não sou um platónico; judeu por causa do que chamarei, para ser sucinto, anti-platonismo coextensivo ao pensamento judaico; uma ética mais do que um ponto de vista; uma relação com os outros homens tanto quanto com Deus ou, mais exactamente, a Deus, sim, mas porque, e somente porque, me traz mais perto do meu semelhante.
Sou judeu como Lévinas quando ele discute a amizade com Buber. Nessa discussão, que é digna, pelos seus termos, da famosa disputa em que Proust, sobre o mesmo tema, acaba por atirar os sapatos à cara de Emmanuel Berl, Lévinas expressa a sua desconfiança das noções buberianas de diálogo e reciprocidade. Sou judeu, sim, na forma como Lévinas declara ser estranha e irrelevante a ideia de uma amizade puramente espiritual, ou “desnervada”, que pode apenas cair em “formalismo”. Ele conclui com estas formulações magníficas, que são parte do meu judaísmo: o Outro necessita mais de “solicitude” do que de “amizade”, porque “vestir os que estão nus e alimentar os que têm fome é o real e concreto acesso ao Outro, mais autêntico do que amizade etérea.”
Sou um judeu que não é realmente um humanista (a palavra perde o sentido para um leitor, mesmo o menos versado, do Maharal de Praga ou do Gaon de Vilna), mas sou consciente de um judaísmo que me faz responsável pelos outros, o seu guardador – um judaísmo que se define, assim, como uma ética e define esta ética como aquela que é estabelecida quando eu resolvo fazer de mim não o igual mas o refém do meu semelhante e que vejo, sobre o meu “eu”, um “Ele” que me domina das sagradas alturas.
Sou um judeu que não é obviamente político (como pode um estudante de Lévinas esquecer o seu Politique Aprés?) mas aberto, por outro lado, ao mundo e a fazer do messianismo a responsabilidade básica do homem, de cada homem, no trabalho de redenção.
Sou um judeu universalista.
Sou um judeu que não se resigna a deixar ao cristianismo o monopólio do universalismo. O “povo escolhido”, tanto para mim como para Lévinas e Albert Cohen, não é um privilégio, mas uma missão. O papel do povo judeu, tanto para mim como para Rosenzweig, é abrir, a todos os povos, as invisíveis e sagradas portas que iluminam a estrela da redenção. É este, aos meus olhos, o significado do mandamento de Deuteronómio: “Não abominarás o idumeu, pois é teu irmão; não abominarás o egípcio”; e também na história de Jonas, a quem Deus diz: “Levanta-te, vai à grande cidade de Ninive e clama”, mesmo quando Ninive é, como ele sabe, o inimigo de Israel, a capital da Assíria, o próprio reino do mal.
Sou um judeu tal como Walter Benjamin quando Benjamin fala da sua “solicitude para com os vencidos e famintos” – sou judeu no sentido de Poésie et Revolution e de Teses Sobre o Conceito da História mostrando que “cada segundo é a porta estreita através da qual pode passar o messias.”
Sou um judeu que acredita, como Benjamin e, de certa forma, Scholem, que o messianismo judaico é a “encarnação de uma história secreta e invisível” que “se contrapõe à história dos fortes e dos poderosos”, que é como quem diz a “história visível” – toda a minha vida acreditei neste judaísmo, e isto é o que tenho praticado.
Fui judeu, por outras palavras, no meu Réflexions sur la Guerre, le Mal e la Fin de l’Histoire. Fui judeu no Burundi, em Angola, e na Bósnia muçulmana. Fui judeu entre os nubios a caminho de serem exterminados no sul do Sudão.
Fui judeu cada vez que, nas mais desoladas zonas do mundo, no coração das suas mais esquecidas guerras, eu aprendi a instrução judaica segundo a qual a mais séria prova da existência de Deus é a existência de rostos – e o sinal do eclipse de Deus é o seu apagamento programado.
Sou judeu porque acredito num Deus que por outra definição é “Não Matarás”.
Sou judeu quando tentei, ao longo de um ano, traçar os passos de Daniel Pearl, e sou judeu quando, à minha maneira, modesta e secular, sim, mas à minha maneira, tento contribuir para a santificação do seu nome.

, filósofo, escritor, jornalista e ensaísta francês. Retirado do livro “I Am Jewish: Personal Reflections Inspired by the Last Words of Daniel Pearl”, 2004.

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A Mulher e o Rabino - Jayme Fucs Bar

Numa pequena cidade na Polônia uma mulher procurou o rabino para pedir seus conselhos , e ao encontra-lo Disse.

" Rabino eu tenho um problema seríssimo com o meu marido! "

...

" Qual o problema de seu marido ?" Indagou preocupado o Rabino!

E ela respondeu com a voz trêmula. " Meu marido é uma pessoa muito boa ,me trata com muito amor, carinho e respeito, ele é um excelente pai e também contribui muito para a comunidade e sobre tudo para uma instituição de crianças carentes!"

O rabino abre os olhos e grita! " Elokim Yshmor! " Que Deus o guarde, não estou entendendo qual o problema de seus marido!!!??"

E a senhora muito triste diz " Rabino ....Meu marido não acredita em Deus!!!"

O Rabino dá um sorriso enorme de alegria e diz a ela!
" Seu marido não acredita em Deus, Mais Deus acredita no seu marido!"

Qual seria a menssagem judaica para esse interessante dialogo entre a mulher e o Rabino?

No judaísmo o mais importante é a pratica de seus valores!

O que vale uma pessoa ser tão devota a Deus se ela não é uma pessoa amável e respeitosa com sua esposa ou seu marido, se ela não é um bom pai ,mãe para seus filhos , se ela é uma pessoa egoísta , mesquinha que não se preocupa em contribui em nada ao outro !

No Judasimo tem como seu pilar a crença no Deus Único, mas essa crença é inseparável do Amor ao Proximo!

Como Diz uma curiosa Placa numa das Ruas de Tel Aviv
" Se Lembram? Amem o Proximo como a si mesmo ! Essa é a sua intenção? Assinado - Elokim

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A Mulher e o Rabino - Jayme Fucs Bar

Numa pequena cidade na Polônia uma mulher procurou o rabino para pedir seus conselhos , e ao encontra-lo Disse.

" Rabino eu tenho um problema seríssimo com o meu marido! "

...

" Qual o problema de seu marido ?" Indagou preocupado o Rabino!

E ela respondeu com a voz trêmula. " Meu marido é uma pessoa muito boa ,me trata com muito amor, carinho e respeito, ele é um excelente pai e também contribui muito para a comunidade e sobre tudo para uma instituição de crianças carentes!"

O rabino abre os olhos e grita! " Elokim Yshmor! " Que Deus o guarde, não estou entendendo qual o problema de seus marido!!!??"

E a senhora muito triste diz " Rabino ....Meu marido não acredita em Deus!!!"

O Rabino dá um sorriso enorme de alegria e diz a ela!
" Seu marido não acredita em Deus, Mais Deus acredita no seu marido!"

Qual seria a menssagem judaica para esse interessante dialogo entre a mulher e o Rabino?

No judaísmo o mais importante é a pratica de seus valores!

O que vale uma pessoa ser tão devota a Deus se ela não é uma pessoa amável e respeitosa com sua esposa ou seu marido, se ela não é um bom pai ,mãe para seus filhos , se ela é uma pessoa egoísta , mesquinha que não se preocupa em contribui em nada ao outro !

No Judasimo tem como seu pilar a crença no Deus Único, mas essa crença é inseparável do Amor ao Proximo!

Como Diz uma curiosa Placa numa das Ruas de Tel Aviv
" Se Lembram? Amem o Proximo como a si mesmo ! Essa é a sua intenção? Assinado - Elokim

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O Soldado que Matou o Bom Senso briel Paciornik

Elor Azaria

Poucos dias depois do incidente em Hebron, no qual Elor Azaria executou um terrorista neutralizado e ferido, escrevi sobre o assunto. Citei todos os dados conhecidos na época pela investigação do caso. Depois de nove meses, nem a investigação do exército, nem da defesa encontraram qualquer fato novo. Os juízes foram unânimes no veredito: Azaria é culpado em homicídio culposo.

http://www.conexaoisrael.org/o-soldado-que-matou-o-bom-senso/2017-01-11/gabpac

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ZOHAR – Trechos da Semana – SHEMOT

Os atos humanos sobre a terra sejam bons ou maus, suas frequências interferem na energia que nos rodeia, quando nocivas tendem a desequilibrar o ambiente em que estamos. O que diz o ZOHAR?

 

“O meu amado é meu, e eu sou Dele, Ele apascenta o Seu rebanho entre as rosas” (Cantares 2:16). Quem causou que o meu amado é meu e eu sou dele? Porque Ele dirige o mundo nas rosas. Assim como a rosa tem aroma e é vermelha, e quando a espremem ela se torna branca, e o seu aroma jamais se move, assim o Sagrado Abençoado seja Ele (o Criador) dirige o Seu mundo por esse caminho, pois se não fosse assim o mundo não existiria por causa dos pecados do homem” (ZOHAR – Trechos da Semana; pg. 92-93).

Moréh Altamiro Paiva (Avraham Bar-Zohar)

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Uma lenda: A vida de Bob Dylan - Revista Morasha

Cantor e compositor e pioneiro da canção de protesto, Dylan é um dos maiores nomes da música do século 20. Aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras, tornou-se, este ano, o primeiro músico a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Suas letras e músicas são atemporais.

Bob Dylan, uma das figuras mais influentes na história do rock and roll, é o maior roqueiro judeu de todos os tempos. Com seu folk-rock de letras inspiradas e sua voz rouca, ele foi o ícone musical de movimentos de contestação dos anos 1960, e da luta contra segregação racial. O artista compõe músicas e letras há mais de 50 anos. Ele é o autor de mais de 500 canções gravadas por mais de 2 mil artistas e se apresentou praticamente em todo o mundo. Algumas se tornaram “imortais”, como “Blowin’ in the wind”, “Mr. tambourine man” e “Like a rolling stone”. O maior mistério das criações de Dylan é como, década após década, cada uma delas se adapta a um novo contexto. Hoje, aos 75 anos, tanto ele como suas músicas, ainda atraem o interesse das novas gerações
Fechado e enigmático, Dylan tem sido simultaneamente glorificado e vilipendiado pela mídia, mas todos reconhecem que ele é um gênio musical, um poeta. Ele é o único artista a ganhar, além do Prêmio Nobel de Literatura, os principais prêmios do mundo das artes. A opção de escolherem um músico, e não um escritor, parece ser incomum por parte da Academia Sueca, mas há vários anos o nome de Dylan vinha sendo cogitado. A secretária-geral da instituição, Sara Danius, declarou que Dylan foi escolhido “por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana”. A nota biográfica do prêmio afirma que “Dylan gravou um grande número de álbuns de música que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor”. A Academia citou ainda que “Dylan tem o status de ícone” e que “sua influência na música contemporânea é profunda”. “Ele é provavelmente o maior poeta vivo”, declarou Per Walter, membro da instituição.
Infância e juventude
Robert Allen Zimmerman, que adotaria o nome artístico de Bob Dylan, nasceu em Duluth, Minnesota, em 24 de maio de 1941. É o mais velho dos dois filhos de Abram (Abe) e Beatrice (Beatty) Zimmerman. O segundo filho, David, só nasceria em 1946.
O pai de Bob, era um homem reservado, tranquilo, mas autoritário. Ele era filho de imigrantes do leste europeu, que deixaram Odessa para refazer a vida nos Estados Unidos, em Duluth, após os terríveis pogroms que, em 1905, se abateram sobre as comunidades judaicas que viviam no Império Russo. A mãe, uma mulher quieta, mas muito amorosa, fazia parte de uma proeminente família judaica de Minnesota.
Abe e Beatty se casaram em 1934, muito jovens e com poucos recursos. Por isso esperaram seis anos para ter o primeiro filho, Robert Allen. Na circuncisão, o menino recebeu o nome hebraico de Shabtai Zisel ben Avraham. Bob, como passou a ser chamado, era um bebê lindo.Os Zimmerman, família judaica de classe média, faziam parte da pequena, mas coesa, comunidade judaica de Duluth. Seguiam a religião, frequentavam a sinagoga e, em casa, eram respeitadas as leis alimentares da Cashrut. Desde a infância, Bob e o irmão receberam uma educação judaica e um profundo código de ética. Dylan estudou a Torá e os salmos, que, posteriormente, se tornaram fonte de inspiração para várias das letras de suas canções.
Com cinco anos, Bob começa a frequentar a escola primária Nettleton. Foi nessa época que durante uma festa familiar o futuro músico cantou pela primeira vez em público. As crianças presentes haviam sido encorajadas pelos adultos a dar um show. Quando foi a vez de Bob, ele bateu o pé para chamar atenção: “Se todos nesta sala ficarem em silêncio, vou cantar para minha avó”. A apresentação foi um sucesso. Pouco tempo depois, Abe Zimmerman foi vítima da poliomielite. Sua recuperação foi difícil e longa, obrigando-o a permanecer seis meses em casa. Isso causou sua demissão do cargo que ocupava na Standard Oil. “Meu pai nunca mais voltou a andar como antes e teve muitas dores durante toda a vida”, revelou Dylan numa entrevista.
Com o chefe da família desempregado e o dinheiro curto, os Zimmerman mudaram-se para Hibbing, também em Minnesota, onde vivia a família de Beatty. Lá viviam também dois irmãos de Abe que haviam montado uma empresa, Micka Electric Supply, da qual ele se tornou sócio. A empresa prosperou e os Zimmermann voltaram a ter uma vida confortável. Abe e Beatty passaram a participar ativamente na vida da comunidade judaica: o pai como presidente da B’nai B’rith local; a mãe como presidente do grupo Hadassa. Como em outros lugares dos Estados Unidos, lá havia um latente antissemitismo. Entre outros, os judeus não podiam ser sócios do Country Club local. E, não há dúvidas de que seu judaísmo era um fator que o separava dos demais.
O artista cresceu em um lar estável e harmonioso. A relação de Bob com sua mãe era mais estreita e calorosa do que com o pai. Ele tinha 10 anos quando escreveu um poema para o Dia das Mães falando de seu amor por ela. Escreveu que esperava que ela “jamais envelhecesse e que sem seu amor ele estaria morto e enterrado...”.
Apesar do bom relacionamento que tinha com os pais, Bob fugiu de casa sete vezes entre os 10 e 17 anos. Era seu lado rebelde e sua vontade de ter experiências novas o que o impeliam a deixar sua casa e ir perambulando até ser encontrado e trazido de volta.
Os pais de Dylan compraram um piano quando ele tinha 10 anos e uma prima foi chamada para dar aulas para os dois irmãos. Bob, impaciente e frustrado com as aulas, dispensou a ajuda da prima, afirmando: “Eu vou tocar piano da minha maneira”. Mesmo não sabendo ler música, começou a aprender por conta própria. A guitarra acústica e a harmônica vieram a seguir.
A comunidade judaica local era pequena e não tinha rabino. Quando chegou a hora de Dylan estudar para o Bar Mitzvá, seus pais trouxeram um de Nova York para prepará-lo. Era um rabino ortodoxo idoso e todos os dias Dylan o encontrava após a escola para estudar. Em maio de 1954, Bob subiu à Torá pela primeira vez.
Nas férias de verão daquele ano, os pais o mandaram para Camp Herz, uma colônia de férias sionista-religiosa em Webster, Wisconsin. Inicialmente ele relutou em ir, mas sua mãe estava decidida. “Ela queria que ele conhecesse jovens judeus, e, quem sabe, alguma menina”, afirmou Howard Rutman, um dos amigos que Bob fez na colônia.
Dylan dedicava grande parte de seu tempo à música, sua forma preferida de expressão. Ele era um jovem quieto, mas quando cantava e tocava transformava-se em alguém muito diferente, totalmente extrovertido. Durante o ensino médio, organizou várias bandas.
Em setembro de 1959, mudou-se para Minneapolis, para estudar na Universidade de Minnesota. Apesar de ser um jovem brilhante, cursou apenas três semestres. Enquanto cursava a faculdade, tocava numa cafeteria a poucas quadras do campus universitário, sob o nome com o qual viria a se tornar famoso: Bob Dylan.
Nessa mesma época, apaixona-se pelo nascente movimento folk, um gênero musical que combinava elementos de música folclórica e rock. Em 1985, em uma entrevista, Dylan diz que se sentiu atraído pela música folk por ser “mais séria, (.....) transmitia mais desespero, mais tristeza, sentimentos mais profundos”.
Os anos 1960
A década de 1960, os Anos Rebeldes, marcaram a História do mundo ocidental. Foi um período de mudanças sociais e de comportamento, uma época de engajamento. Nos EUA o período foi marcados por protestos contra a Guerra do Vietnã, de debates sobre a Guerra Fria e o poderio nuclear, e de demonstrações a favor dos direitos civis e do fim da segregação racial. Milhares de pessoas, principalmente jovens, saíram às ruas demandando mudanças.
Em janeiro de 1961, pegando carona, Dylan foi para Nova York. Queria se encontrar com seu ídolo, o compositor Woody Guthrie, então hospitalizado com a Doença de Huntington.
Uma vez estabelecido no Greenwich Village, ele passa a tocar em casas de shows e cafés e, no final daquele ano, já tinha um contrato de gravação com a Columbia Records. Seu primeiro disco, lançado em março de 1962, não fez sucesso. Nada indicava que a gravadora acabara de contratar aquele que se tornaria o mais famoso compositor e letrista da América.
Naquele mesmo ano, em agosto de 1962, ele mudou seu nome legalmente para Bob Dylan. As razões para esta mudança não são claras, pois mudam constantemente quando recontadas, fazendo parte do imaginário que o cantor criara para si mesmo
O seu segundo disco – The Freewheelin’, lançado em 1963 – foi um sucesso. Todas as canções eram de sua autoria, entre elas “Masters of War”, uma crítica à corrida armamentista, à Guerra do Vietnã, e “Hard Rain’s a-Gonna Fall”, uma metáfora da crise dos mísseis em Cuba e da ameaça de uma guerra nuclear, e “Blowin’ in the Wind”. A música é uma sequência de perguntas sobre a paz e a liberdade, cujas respostas estão sendo levadas pelo vento (blowing in the wind). Esta canção se tornaria um dos maiores sucessos do séc. 20, um ícone dos movimentos pelos direitos civis e dos protestos contra a Guerra do Vietnã, mas sua letra pode ser aplicada a qualquer tema relacionado à liberdade. “Blowin’ in the Wind”, que tornou Dylan mundialmente famoso, figura no 14º lugar da lista das “500 Maiores Músicas de todos os Tempos” da revista da revista Rolling Stones.
A popularidade do cantor ia crescendo, assim como os números de apresentações que ele dava. Bob Dylan tornara-se a voz de sua geração. Ele participava de protestos e manifestações, entre as quais a Marcha pelos Direitos Civis, liderada por Martin Luther King, no verão de 1963.
O álbum “The Times They Are a-Changin”, lançado em janeiro de 1964, trazia uma mescla de canções de protesto com outras de temas pessoais. A música que deu nome ao álbum, “Times They Are a-Changin”, tornou-se uma das canções de protesto mais populares da história.

Em 1965 ele se casou secretamente com a modelo judia Sara Lownds, nascida Shirley Martin Noznisky. A união é geralmente citada como sendo a inspiração de muitas das canções que ele criou entre os anos 1960 e 1970. Tiveram quatro filhos – Jesse, Anna, Samuel e Jakob. O casal se divorciou em 1977.
Apesar do sucesso, Dylan estava descontente, inquieto e cada vez mais pessimista sobre a eficácia das canções de protesto. Ele deu a primeira surpreendente reviravolta em 1965, no Newport Folk Festival. Ele subiu ao palco, ligou seu violão a um amplificador elétrico e colocou uma banda de rock completa no palco.
A transformação de ícone do folk em artista de rock rendeu os melhores álbuns da carreira de Dylan. São dessa fase “Bringing it all Back Home”, “Highway 61 Revisited”, “Blonde on Blonde” e a famosíssima “Like a Rolling Stone”. Na lista da revista Rolling Stones das “500 Maiores Músicas de Todos os Tempos”, esta última está em 1º lugar. As letras de suas canções eram analisadas, debatidas e citadas, algo inusitado no mundo das músicas pop.
Anos difíceis e o renascimento criativo
Em 1966 Dylan sofreu um acidente de motocicleta que interrompeu sua carreira por quase dois anos. Foi morar com a esposa e os filhos de Woodstock, no estado de Nova York. Dylan ficou sete anos afastado dos palcos, mas não deixou de gravar e lançar discos.
Voltou a fazer uma turnê em janeiro de 1974. Na época, seu casamento já estava no fim. A separação do casal rendeu um dos melhores discos da carreira de Dylan, “Blood on the Tracks”, lançado no final daquele ano. O disco tinha sido citado como sendo a narrativa da desintegração de seu casamento. De acordo com o filho, Jakob Dylan, as letras das músicas do álbum são “meus pais conversando”. Ele revela ainda que, em uma entrevista, o pai teria dito: “Falhamos como marido e mulher, mas não como mãe e pai; não”.
Ele retornou ao gênero de músicas de protesto em 1975, quando tomou as dores do boxeador Rubin “Hurricane” Carter, e compôs a canção “Hurricane”, considerada um de seus grandes sucessos. Dylan estava entre os que acreditavam que Carter havia ter sido injustamente condenado por três assassinatos, em Paterson, Nova Jersey. (Carter foi libertado em 1985, após a defesa provar que não podia ter cometido o crime).
De um modo geral, porém, a década de 1970 foram anos difíceis, que culminaram numa certa estagnação criativa a partir do fim da década e em sua conversão ao cristianismo.
Em retrospectiva, também a década de 1980 não foi fácil. Em 1985, Dylan casou-se novamente, com Carolyn Dennis, uma cantora de backup e, em 1986, nasce seu quinto filho. Eles se divorciaram seis anos depois.
Para o 30º aniversário do lançamento do primeiro álbum de músicas de Dylan, em outubro de 1992, a gravadora Columbia organizou um show no Madison Square Garden, em Nova York. Milhares de pessoas compareceram ao evento, que reuniu mais de 30 artistas famosos.
Para muitos fãs e críticos, o marasmo artístico só acabou mesmo com “Time Out of Mind”, lançado em 1997, considerado um dos melhores discos de Dylan. Em maio de 1998 Dylan chegou bem perto da morte. Foi diagnosticado com uma grave infecção no coração. Como resultado do seu estado de saúde, cancelou uma turnê na Europa. No entanto, recuperou-se por completo e pôde apresentar-se perante o Papa João Paulo II na Conferência Mundial da Eucaristia, em Bolonha, na Itália.
Nos últimos anos ele tem se apresentado reservado e, querendo manter sua privacidade, ele se esforça ao máximo para que as pessoas saibam muito pouco sobre o seu verdadeiro “eu” e faz o impossível para evitar ser fotografado, exceto quando faz seus shows.
Em função da sua carreira, Bob Dylan passa dez meses por ano viajando e apenas um com seus filhos e netos em Malibu, em sua fazenda com vista para o Oceano Pacífico. Desde que comprou o local, na década de 1970, comprou inúmeras casas que rodeavam sua propriedade.
Retorno ao judaísmo e sua ligação com Israel
Dylan sempre fez de tudo para que se soubesse o menos possível sobre quem ele era de verdade. Ao longo dos anos, no entanto, o homem por trás da lenda começou a aparecer e se tornou gradativamente claro não apenas que ele tinha profundas raízes judaicas, mas que jamais se distanciara muito delas, como inicialmente dera a parecer.
Sua conversão ao cristianismo não durou muito e, na década de 1980, ele retornou às suas raízes judaicas. Decidiu realizar o bar mitzvá de seu primogênito, Jesse, em Jerusalém, no Kotel. Dylan visitou o Rebe de Lubavitch inúmeras vezes e passou a estudar com rabinos do Chabad. Seus vínculos com o movimento Chabad se fortaleceram ao longo de décadas e, ele participa de serviços religiosos, nas Grandes Festas, em sinagogas do movimento.
Sua aparição na campanha de arrecadação de fundos do Chabad, em 1989, (e também em 1991) não foi seu primeiro apoio público ao movimento. Dylan, acompanhou o cantor e compositor Harry Dean Stanton e seu genro Peter Himmelman na execução de “Hava Nagila”. O músico Peter Himmelman é um judeu ortodoxo que não se apresenta no Shabat e que tem profunda ligação espiritual com o Lubavitcher Rebe.
Dylan tem sido visto rezar com seu tefilin no Kotel, em Jerusalém, e, durante suas turnês pelos Estados Unidos, em várias sinagogas e ieshivot ortodoxas.
Algumas das letras das canções de Dylan se originam de sua rica tradição judaica e nos dão uma ideia de seu judaísmo, mais do que qualquer de suas declarações. Algumas contêm mesmo referências bíblicas. As palavras de “Highway 61 Revisited” falam diretamente do sacrifício de Itzhak. Já a canção “Forever Young” foi escrita por Dylan para seu filho mais jovem, Jacob. Trata-se de uma adaptação da bênção que os pais judeus tradicionalmente dão aos seus filhos nas sextas-feiras à noite e nas festividades. A letra da música começa com um verso extraído da Bênção dos Sacerdotes (Bênção dos Cohanim): “Possa D’us abençoá-lo e protegê-lo sempre”: “May God’s bless and keep you always; May your wishes all come true; May you always do for others, and let others do for you”… Há também uma referência direta à história do sonho de Jacob, “May you build a ladder to the stars and climb on every rung, may you stay forever young”...
Em 1983, Dylan lançou uma canção sobre Israel e o Povo Judeu, “Neighborhood Bully”, sem dúvida alguma uma das canções de rock mais a favor dos judeus que já foi gravada. A música foi lançada um ano depois da primeira Guerra do Líbano, em 1982. Não é uma de suas melhores músicas, mas suas palavras apaixonadas são uma resposta aos críticos tanto de Israel quanto do Povo Judeu. A canção é toda ela um comentário sútil sobre a forma como o mundo responsabiliza Israel por todos os seus males. Dylan descreve Israel como tendo sido injustamente estereotipado de bully, valentão, um intimidador, por rechaçar os constantes ataques de seus vizinhos. Ele fala sobre a habilidade do Estado judeu de sobreviver, sobre nosso exílio, o sofrimento do Povo Judeu e as críticas injustas feitas a Israel: “criticado e condenado simplesmente por estar vivo”...
Dylan mantém fortes vínculos com Israel. Visitou o país várias vezes nas décadas de 1960 e 1970. E fez três grandes shows em 1987, 1993 e 2011. O movimento Boycott, Divestment and Sanctions (BDS) pressionou-o inutilmente para que cancelasse seu show. É a ele que os israelenses devem agradecer pela primeira apresentação dos Rolling Stones, em 2014. Segundo o guitarrista da banda, Ronnie Wood, foi Dylan quem lhes deu a ideia de fazer o show.
Uma carreira de sucessos
Dylan passou por várias fases, desde o início de sua carreira como músico do folk até o renascimento criativo, no fim dos anos 1990. Em mais de meio século, ele compôs músicas de quase todos os gêneros possíveis – exceto a música clássica. Dylan se reinventa antes que os críticos consigam categorizá-lo em algum tipo de gênero musical. Quanto mais ele muda, mais define sua identidade. “Não há nada tão estável quanto a mudança”, costuma afirmar.
É incontestável sua criatividade e sua facilidade de se expressar em verso e na música. Dylan reformulou o conceito do que é uma grande canção, reinventou o gênero cantor-compositor forçando o mundo a aceitar a fusão dessas duas funções, cantor e compositor, mesmo que o cantor em questão tivesse o tipo de voz que nem sempre era considerada bonita.
Ao mudar seu interesse de um gênero para outro, ele conseguiu influenciar e modificar cada um dos gêneros que tocou. É dele o crédito de expandir a narrativa na música popular. Foi além dos temas rapaz-conquista-moça e cantou sobre política, figuras históricas, eventos atuais questões sociais e filosofia. Juntamente com James Brown, ele é considerado o mais influente músico americano que o rock’n’ roll já produziu. Alguém que nas palavras de Bruce Springsteen “mudou, para sempre, a face do rock’n’roll”.
Ao longo de seus mais de 50 anos de carreira, Dylan recebeu inúmeros prêmios e láureas. Além de 10 Grammy’s, em 1991 recebeu um Grammy por toda sua contribuição à música “Lifetime Achievement Award”, além de um Oscar e um Globo de Ouro, em 2001.
Em 1975, foi nomeado pela revista Rolling Stone o “Artista do Ano” e, em 1989, foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll. Em 1990 recebeu a Ordem das Artes e das Letras do Ministério das Relações Exteriores da França. Em dezembro de 1997 tornou-se o primeiro músico de rock a receber o Prêmio Kennedy em reconhecido a sua contribuição de toda a vida ao mundo das artes. O prêmio lhe foi entregue pelo então presidente Bill Clinton na Casa Branca.
Em 2008, foi premiado com a Citação Especial do Prêmio Pullitzer. Em novembro de 2012, Dylan recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade outorgada pelo presidente americano Barack Obama .
Nesse ano de 2016 se tornou o primeiro músico a ganhar o Nobel de Literatura desde que foi criado, em 1901. A Academia Sueca explicou que, ao lhe conceder a láurea, o júri considerou a amplitude e profundidade de todo o seu trabalho como compositor. O prêmio é uma celebração à toda a sua carreira.
No decorrer de sua vida Bob pode parecer ao público como tendo sido egocêntrico – especialmente durante os primeiros anos quando chovia adulação e dinheiro – mas na realidade ele manteve muitos dos valores que seu pai lhe ensinou. Ele é, em muitos aspectos, uma pessoa de princípios morais: dificilmente usa uma linguagem imprópria, sempre foi próximo de seus pais e leal com seus amigos.
De trovador folk dos bares do Greenwich Village, em Nova York, no início dos anos 1960, até a superestrela condecorada, Robert Allen Zimmerman sempre seguiu o próprio caminho musical, rebelde e imprevisível.
Bibliografia
Charles River Editors, American Legends: The Life of Bob Dylan, 2014 - kindle edition
McDouga, Dennis, Bob Dylan: The Biography, 2014 kindle edition
Beck, Tony, Understanding Bob Dylan: Making Sense of the Songs That Changed Modern Music, 2016 - kindle edition

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