Todos os posts (1537)
Diário de Guerra 35 – Você sabia? Jayme Fucs Bar
Quando eu vivia no Brasil, e ainda era um adolescente, passei umas férias em Teresópolis com alguns amigos. Lá conheci uma menina que era nascida e criada na cidade. Começamos a nos encontrar e, passado um tempo, ela me convidou para ir num Domingo em um evento social da Igreja que ela e a família frequentavam. Disse a ela que até poderia ir ao evento da Igreja, mas que eu não era cristão e sim judeu. Me lembro bem da carinha dela de espanto e as frases que se seguiram: "Você é judeu? Mas você é um cara muito legal."
Com certeza quem é judeu ou judia passou por algum tipo de situação como esta. Não que a pessoa já seja má de nascença, com pré-conceitos a judeus e judias. Mas essa é a forma que muitos são criados, aprendendo desde cedo a ver o outro como um ser demonizado.
Aprendi que a única forma, quando você não conhece o diferente, é procurar estudar e aprender um pouco sobre o outro, principalmente aqueles que tem uma cultura, religião e tradição diferentes da sua. Por isso coloquei aqui vinte (20) coisas importantes, que eu considero que você deveria saber sobre Israel e os judeus. Talvez isso ajude a nos conhecermos um pouco melhor.
1. Que os israelitas (judeus) são como os índios brasileiros. Eles são o povo originário da terra de Israel e não os árabes, que têm sua origem na península Arábia. Os árabes invadiram essa região e a conquistaram a partir de 636 d.C;
2. Que antes do uso do nome povo Judeu, esse povo teve outros nomes como: Hebreus (Período dos Patriarcas), Bnei Israel ou filhos de Israel (Período dos Juízes e Reis) e Povo Judeu (depois da destruição do primeiro templo);
3. Que Judá era um dos 12 filhos de Jacó, que originou o nome judeus e judaísmo. Dentro do relato bíblico Jacó lutou com um anjo e por isso foi rebatizado com um novo nome: Israel, que significa "aquele que luta com Deus";
4. Que a Ligação dos Judeus com a Terra de Israel não começou a partir da criação do Estado Judeu moderno em 1948. A terra de Israel é parte inseparável da civilização judaica há mais de 3000 anos;
5. Que a História dos judeus na terra de Israel sempre foi uma história de resistência aos seus conquistadores. Alguns exemplos no período em que foi dominado pelos gregos e romanos: Revolta dos Macabeus 167a.C - A grande revolta 66 d.C , - A Revolta de Kitos 115 d.C e A rebelião de Bar Kochba 132 d.C;
6. Que Jesus, Pedro, Maria a mãe, Maria Madalena e todos os discípulos eram Judeus e Judias, e toda história de vida e morte e ressureição de Jesus aconteceu nas terras de Israel;
7. Que o Nome da região sempre foi Judeia. Foi mudado em 135 d.C para palestina prima e palestina segunda, devido ao grande ódio que o imperador Adriano tinha em relação aos judeus, por ter sido humilhado na revolta de Barkova, que libertou a Judeia durante 3 anos e meio;
8. Que existe no idioma hebraico 70 nomes diferentes para definir a Cidade de Jerusalém. Entre esses nomes aparece “Sion”, de onde deriva o nome sionismo, o movimento moderno de libertação nacional do povo judeu. Que a palavra Sion não é nome feio, nem palavrão. Sion aparece nada mais, nada menos que 150 vezes na Torá (Bíblia), definindo o local onde se encontravam o Templo e a cidade de David;
9. Que a Mesquita Domo da Rocha foi construída em 685 d.C, logo após a invasão dos árabes à terra de Israel. O Domo da Rocha é considerado um dos 3 lugares mais sagrados dos Muçulmanos. A Mesquita Dourada foi construída exatamente no lugar onde ficava o primeiro templo dos israelitas, construído pelo rei Salomão 1500 anos antes da construção da mesquita;
10. Que até 1917 todo o Oriente Médio era parte do Império Turco Otomano. Não existia países, nem identidades nacionais como conhecemos hoje. Palestina, Líbano, Jordânia, Emirados Árabes, entre outros foram criados e tiveram suas fronteiras definidas a partir dos anos 40, em função dos interesses de seus novos colonizadores: ingleses e franceses. Que até o início do século XX o termo “palestino” tinha um significado exclusivamente local e não nacional;
11. Que Judaísmo é uma civilização e não uma simples religião. O Judaísmo contém cultura, história, tradição, religião, povo, nação, idioma, filosofia, espiritualidade, misticismo, e uma terra chamada Israel;
12. Que entre os Judeus não existe uma hegemonia de pensamentos, crenças e muito menos de visões políticas iguais. Você pode encontrar na diversidade judaica judeus e judias: religiosos, seculares, tradicionalistas, transcendentais, panteístas, agnósticos, ateus, místicos, cabalistas, liberais, progressistas, conservadores, reformistas, capitalistas, socialistas, comunistas, sociais-democratas, ultranacionalistas, fundamentalistas, messiânicos etc.;
13. Israel é o único país democrático no Oriente Médio, onde o sistema é parlamentar. Atualmente existem 2 partidos árabes dentro do Parlamento de Israel, com 10 representantes;
14. Israel é o terceiro país com o maior número de empreendedores no mundo. É o primeiro em número de mulheres empreendedoras com mais de 55 anos;
15. Israel é um país que, apesar de se localizar no deserto, realizou em 75 anos o maior número de reflorestamento do mundo;
16. O Judaísmo começou a utilizar o símbolo da Estrela de David na Idade Média. A primeira bandeira com a Estrela de David foi aparentemente hasteada em 1354, quando o Imperador Carlos IV concedeu aos judeus de Praga o direito de hastear uma bandeira. Eles escolheram uma bandeira com o símbolo da Estrela de David;
17. O Hebraico foi um único idioma no mundo que conseguiu reviver de uma língua morta e se transformou no idioma nacional de Israel;
18. Além de Israel ser considerado um lugar sagrado para o Judaísmo, ele também é sagrado para o Cristianismo, o Islamismo e para a religião Bahá'í. As duas cidades mais sagradas os Bahá'ím são Acre e Haifa;
19. Em Israel é obrigatório por lei o serviço militar para homens e mulheres ao completarem 18 anos, porém as minorias não têm essa obrigação. Mas existem comunidades como os Drusos que, em sua grande maioria, servem o exército. Nos últimos anos houve um aumento significativo nas forças do Exército de Israel das minorias dos beduínos, cristãos e muçulmanos;
20. A expectativa de vida em Israel está em sexto lugar no mundo: mulheres - 85,1 anos e Homens - 81,2.
Diário de Guerra 25 – Refugiados Judeus dos Países Árabes – Jayme Fucs Bar
É muito interessante quando se fala de refugiados palestinos ou mesmo, de forma geral, sobre a temática dos refugiados no mundo. Creio que se esquecem, ou não querem lembrar, que um dos maiores grupos de refugiados do mundo são, sem nenhuma dúvida, os judeus.
Ser refugiado, para cada judeu ou judia, é parte de seu DNA. Não existe um só judeu nesse mundo que não seja descendente de um refugiado – algum antepassado longínquo ou mesmo seus pais ou avós, que fugiram de perseguições e antissemitismo, levando o povo judeu a diversos lugares pelo mundo.
Me lembro de minha avó Necha Fuksman, que fugiu da Polônia com 2 filhos pequenos. Saíram da aldeia de Birgoja e chegaram ao porto do Rio de janeiro – Brasil, em 1921. Minha avó não tinha a menor ideia de onde havia chegado. O que importava para ela era fugir dos Pogroms que aconteciam com os judeus. Quando desceram do navio, ela realmente não sabia que tinha chegado a um país chamado Brasil. Ela sempre dizia que estava na América. Meus avós e tios, como milhares de outros refugiados judeus, fugiram do inferno que viviam na Europa e no mundo árabe pelo simples fato de serem judeus.
Falar de refugiados judeus é uma temática muito frequente na história judaica. Para quem não sabe, ela faz parte de um processo contínuo de mais de 2.500 anos, que começou com a destruição do primeiro templo em 582 aC e depois com o segundo templo 70 dC. Este último foi o principal fator do grande exílio dos judeus no mundo antigo que, em sua maioria, foram levados como escravos para todos os cantos do mundo. Neste momento começou a saga dos judeus errantes, ou melhor, de judeus refugiados, que estarão sempre fugindo de uma perseguição, de um pogrom, de uma matança, da Inquisição ou de algum genocídio, na esperança de encontrar um exílio, um porto seguro.
A necessidade da criação do Estado de Israel, a terra de seus ancestrais, não é somente uma necessidade vital do povo judeu, mas sim uma solução ao problema crônico que vivem há mais de 2500 mil anos como refugiados e perseguidos no mundo. O povo judeu deve ter, como todos os povos do mundo, o direito à sua autodeterminação.
A criação do Estado de Israel foi talvez a única solução prática que deu uma resposta ao mundo sobre o problema da "questão judaica". Com certeza essa solução criou paradigmas, conflitos e, como consequência, a questão dos refugiados palestinos. Mas para mim o que mais me incomoda não é que realmente precisamos ter uma resposta humanitária ao problema dos refugiados palestinos. O que sempre me incomoda é esse total desequilíbrio quando se trata dos refugiados judeus, principalmente dos judeus que foram expulsos dos países árabes.
O mundo nunca acorda, quando se trata dos judeus. O peso sempre tem outras medidas. O foco do mundo é sempre o problema dos refugiados palestinos. O mundo se faz de desentendido em relação ao problema dos refugiados judeus dos países árabes. Todos esses refugiados estão ligados às mesmas consequências da guerra de 1948, após a proposta da ONU pela partilha em novembro de 1947, aceita pelos judeus e negada pelos palestinos.
Seria bom saber que até o ano de 1948, viviam nos países árabes por volta de 1 milhão de judeus e judias, principalmente nos países como: Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito, Iraque, Síria, Líbano e Iêmen. Praticamente, em meados dos anos setenta, a maioria das comunidades judaicas nestes países foram totalmente dissolvidas e esses judeus e judias se tornam novos refugiados pelo mundo. O número de refugiados palestinos em 1948, nos dados informados pela ONU, era de 726 mil. A maioria deles se estabeleceu nos países árabes, que negaram sua integração como cidadãos de iguais direitos em seu novo país, inclusive para as gerações seguintes.
Pensem bem sobre isso: os judeus que viviam no que hoje chamamos de países árabes (no Oriente Médio) já viviam nessas terras muito antes das conquistas muçulmanas, ou seja, antes dos árabes terem vindo da península Arábia e conquistado esse grande território no século VII d.C. Os judeus já habitavam esses territórios, que foram dominados anteriormente por outros conquistadores como os persas, os babilônios, os gregos (Helenistas), os romanos, os bizantinos e, depois, os muçulmanos.
É difícil imaginar isso, mas os judeus nesses 2.500 anos em que viveram no exilio, sempre mantiveram sua identidade coletiva e civilizatória. Ela sempre funcionou como "um Estado dentro de uma Nação". Os judeus viveram nesses territórios muito antes de suas identidades nacionais e mesmo antes de seus conquistadores. Os judeus já viviam nessas terras como uma sociedade organizada, antes de existir qualquer país muçulmano ou cristão.
A temática dos refugiados judeus expulsos dos países árabes sempre foi, de certa forma, esquecida. Os judeus árabes refugiados em Israel ou em outros países souberam, mesmo com todas as dificuldades, se integrar nas sociedades que os receberam. Já esse processo com refugiados árabes palestinos, que fugiram ou foram expulsos de Israel na guerra de Independência em 1948, aconteceu de forma cínica. Isso é um aspecto importante para entender o conflito árabe-israelense. Temos que tomar em conta, pois não é simétrico falar somente de refugiados palestinos e esquecer os problemas dos refugiados judeus, que viviam nos países árabes.
De fato, pouco se escreve ou se fala sobre os judeus que foram expulsos dos países árabes e se tornaram, de um dia ao outro, cerca de 850 mil refugiados no mundo. Do outro lado o problema dos refugiados palestinos está bem documentado e bastante conhecido a nível internacional. Não existe um melhor exemplo disso, que foi a criação da UNRA - a Agência das Nações Unidas de Assistência e Emprego para os Refugiados Palestinos. Ela foi criada após a Guerra da Independência com base na Resolução 302 da Assembleia das Nações Unidas, em 1949, e funciona ainda hoje.
O número de refugiados judeus de países árabes é maior que o número de refugiados árabes palestinos, mas, diferentemente dos refugiados palestinos, não houve a criação de nenhuma organização semelhante para cuidar dos refugiados judeus expulsos dos países árabes.
Me recordo eu ainda jovem no Rio de Janeiro, ouvindo histórias do pai de grande amigo, que a família era de refugiados egípcios. Com os olhos cheios de lágrimas, seu pai contava que eles foram obrigados a abandonar tudo o que tinham no Egito. Chegaram ao Brasil com "uma mão na frente e outra atrás". Abandonaram não somente seus pertences, suas propriedades e negócios, mas uma vida inteira. Me lembro bem do olhar triste de um homem já idoso e amargurado, tirando de uma velha caixa de madeira um molho de chaves, como recordação de tudo que ele tinha na vida e que ficou para trás.
Eu tenho tentado escrever sobre fatos e informações que procuram trazer um certo equilíbrio, dentro desse mundo de total desequilíbrio. Na verdade, escrevo porque é um dever. Mas sinto que é uma guerra perdida, pois muitas pessoas não estão interessadas em se aprofundar, aprender e compreender as várias facetas desse conflito. Principalmente essa grande complexidade que é a história dos judeus e do Estado de Israel.
Admiro todos aqueles que se negam a se fechar dentro de concepções pré-determinadas, resistem como seres humanos livres e se negam a se transformar em boiada.
Lutem por sua liberdade de pensar e jamais renunciem a esse seu direito.
A história está repleta de tragédias. A questão dos refugiados palestinos é uma delas. Temos uma grande tragédia que foi o Holocausto dos judeus na Europa. Mas o que aconteceu com os refugiados judeus dos países árabes também precisa ser lembrado, pois foi algo muito duro e foi totalmente esquecido.
Vale a pena observar que a moeda sempre tem um outro lado!
Diário de Guerra 23 Free- Free Curdistão! Jayme Fucs Bar
O que aconteceu nessa guerra entre Israel e o Hamas – Estado Islâmico não foi descobrir que o fundamentalismo islâmico tem em sua plataforma a destruição do Estado de Israel. Para quem vive aqui, isso não é nenhuma novidade. O que essa guerra mostrou foi a verdadeira cara de muita gente nesse mundo. Foi o ódio à Israel e o povo judeu, quando muitos propõem, de forma muito clara, o fim da existência de Israel!
Não tem uma outra palavra para definir isso a não ser ANTISSEMITISMO!
Como pode um país tão pequeno e um povo que tem cerca de 15 milhões de pessoas em todo mundo, conseguir unificar pela mesma causa os fundamentalistas islâmicos, as esquerdas radicais, os partidos e organizações nazifascistas, o movimento LGBTQIA+, o movimento ecológico, o movimento feminista etc.? Todos levantando a bandeira do Antissemitismo e manifestando, numa mesma causa, o ódio a Israel e ao povo judeu.
Essa guerra possibilitou a essa massa de gente a garantia de poder se manifestar de forma livre, mostrando o que realmente sentem e pensam sobre Israel e os Judeus. Antissemitismo é uma doença social que existe dentro de muita gente, de certa forma até inconscientemente. Não é um fenômeno novo e sempre, em algum momento, ele se manifesta na história.
Muitas dessas pessoas vão dizer: "Que absurdo, eu não sou antissemita. Eu tenho até um amigo judeu.”
Como posso provar? Gostaria de comparar situações que têm o mesmo contexto que a luta por autodeterminação nacional. Vamos entender a desproporção dessa militância "Pró-Palestina" e “anti-Israel”. O exemplo que apresento a vocês é a luta pela autodeterminação do povo curdo.
De acordo com o World Factbook, a população curda é estimada em 35 milhões e está dividida da seguinte forma: 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e cerca de 5% na Síria.
O povo curdo é um povo muito antigo. Ele vive há mais de 3 mil anos nessas regiões montanhosas. Apesar de ocuparem por séculos a mesma região, nunca tiveram um país e sempre foram oprimidos sob domínio político e militar de outros povos.
Na Turquia, onde vive a maioria do povo curdo, o seu idioma é proibido de ser usado. São perseguidos e descriminados como minoria nacional. Milhares de curdos estão presos por reivindicar os seus direitos nacionais. Por que não se escuta nas ruas que a Turquia é um país de Apartheid? Já com Israel....
A Turquia de um lado dá apoio incondicional à luta dos direitos nacionais do povo palestino, mas de outro os mesmos turcos ocupam, dominam e oprimem os direitos nacionais do povo curdo. E o mundo se cala sobre essa inaceitável situação. Não existe nenhuma ação do comitê de segurança da ONU sobre esse importante tema. Nem mesmo uma pequena manifestação nas ruas, gritos ou cartazes de grupos, organizações, ativistas de direitos humanos. Nenhum partido político gritando Free, Free, Curdistão! Turquia Estado Assassino! Curdistão do Mar Vermelho ao Mediterrâneo!
No Iraque, região onde conseguiram uma certa autonomia em 2005, aconteceu os verdadeiros combates contra o grande genocídio que foi realizado pelos aliados do Hamas - o ISIS "Estado Islâmico", que exterminaram milhares das minorias Yazidis, Cristãos e Curdos. Mas não vemos ninguém nas ruas gritando Free- Free Curdistão! Fim do genocídio!
Como explicar que o povo curdo, que tem cerca de 35 milhões de pessoas e que luta pelos seus direitos nacionais, foi esquecido pelo mundo e do outro lado os direitos nacionais do povo palestino é a principal e a maior preocupação de todos?
Entendam, eu sou a favor da criação de um estado palestino ao lado do Estado de Israel. Dois povos, dois países. Mas se formos comparar com a luta de autodeterminação do povo curdo, não existe coerência entre a "simpatia" pela luta dos palestinos com a desproporcional e inexistente simpatia da luta do povo curdo.
E a Pergunta é por quê?
Na verdade, já fiz essa pergunta a essas pessoas que lutam de forma obcecada pelos “palestinos" e ninguém conseguiu me dar uma resposta. Mas eu tenho.
Na verdade, ninguém se importa sobre os direitos nacionais do Povo Palestino e muito menos sobre o povo curdo e, inclusive, desconhece que ele existe.
O grande problema de muitos no mundo é o ódio aos Judeus e ao Estado de Israel. É algo que eles mesmo, muitas vezes, não conseguem explicar o que é a “Judeu fobia”. Para essas pessoas, ver como um pequeno povo milenar conseguiu, apesar de perseguições, pogroms, genocídios, Inquisição e Holocausto, se organizar e transformar esse pequeno território árido, sem recursos, em uma potência de grande desenvolvimento cultural, tecnológico, científico e econômica. Trouxeram, em tão pouco tempo, um exemplo inigualável no mundo. Isso leva as pessoas à loucura e ao delírio!
Na verdade, o que mais incomoda aos antissemitas é ver os Judeus “se darem bem". Criar em tão pouco tempo um exemplo de nação. Isso na verdade é que mais incomoda às pessoas e não a "criação de um estado palestino". E sim a existência dos Judeus e o seu Estado de Israel
Aqueles que gritam Palestina do rio ao mar falam exatamente o que acreditam. A sua prioridade não é o estado palestino, mas a destruição do Estado de Israel e do povo judeu!
Mas vão te dizer: "isso não é antissemitismo e sim antissionismo"
De fato, não existe uma camuflagem melhor nessas palavras. Falar que ser antissionista não é ser antissemita não procede. É impossível fugir disso. Quem nega o direito de o povo judeu ter, como todos os povos do mundo, o seu direito de autodeterminação nega o direito do povo judeu de existir. Por isso Antissionismo = Antissemitismo.
Escrevo a todos aqueles que realmente são a favor dos direitos de autodeterminação dos povos, em terem seus estados nacionais como: palestinos, judeus, tibetanos, ciganos, bascos, chechenos e, com certeza, nunca esquecer os curdos - esse grande povo sem uma nação! A cultura curda é rica em história e tradição!
Finalizo esse pequeno memorando, sob a luz da poetisa curda Latif Hamet, que testemunha a grande participação das mulheres curdas nas fileiras da tuta por sua libertação.
“Eu vou mãe.
Se não regressar,
serei flor desta montanha
torrão de terra
para um mundo
maior do que este
(…)
Eu vou mãe.
Se não regressar,
a minha alma será palavra
para todos os poetas.”
Diário de Guerra 21 – Guerra entre civilizações – Jayme Fucs Bar
Os valores e códigos ocidentais de Israel são muito estranhos aqui no Oriente Médio, o mundo árabe absorve alguns elementos materiais desse mundo ocidental, como: tecnologias, meios de comunicação, armamentos etc., mas por outro lado ele se nega, de forma intransigente, aos costumes e valores desse mundo ocidental.
Não é uma questão de culturas diferentes e sim da resistência de se integrar na Globalização ou, se quiser, a ocidentalização que quase todo o mundo vive, inclusive países do Oriente como a China.
O Oriente Médio é uma região especificamente de maioria de países árabes Muçulmanos e é por isso que aqui podemos sentir fortemente uma grande resistência à esta ocidentalização. É fácil entender, de forma clara, o que o Sociólogo Samuel Huntington escreveu sobre a guerra das civilizações:
"Os Estados-nação continuarão a ser os atores mais poderosos nas questões mundiais, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre nações e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global. As guerras civilizacionais serão as batalhas do futuro." (HUNTINGTON, Samuel. Clash of Civilizations, 1996)
Nesse espaço chamado Oriente Médio estamos de fato dentro de uma guerra entre civilizações, que não é somente uma simples questão de mais uma disputa territorial entre Israel X Palestinos. É algo muito maior que vem se expandindo e já se pode sentir seus efeitos principalmente na Europa, onde vemos um fenômeno preocupante que é a unidade estratégica de grupos ecológicos, antiglobalização e partidos radicais de esquerda.
Todos se unindo com o fundamentalismo Islâmico radical, que tem como objetivo comum combater e destruir a ocidentalização. Mas esses grupos esquecem que essa unidade é algo temporário, pois são, no momento, apenas "gados de manobra". Não percebem que dentro da plataforma dos fundamentalistas islâmicos esses grupos não terão direito de existir.
A Frente fundamentalista árabe muçulmana e a esquerda radical se transformaram numa nova manifestação nazifascista e veem Israel como um grande perigo. Não somente por dominar um território, consagrado como legítimo e reconhecido pela ONU mas, sem dúvida, por ser um estado de maioria de Judeus.
Isso faz a resistência ser ainda maior, pois para esses grupos a existência de Israel é mais do que uma invasão dos valores ocidentais dentro do coração da civilização árabe muçulmana, além de uma grande conquista dos valores da civilização judaica no Mundo.
Essa tensão se intensifica quando esses grupos tomam em conta que Israel, mesmo sendo um país minúsculo, num território árido sem recursos naturais, sem os poços bilionários dos petróleos árabes consegue, em 75 anos de existência, realizar uma revolução e se transformar numa pequena potência econômica, tecnológica, científica e militar. Um país que conquistou, em tão pouco tempo, um desenvolvimento humano e cultural jamais visto no mundo.
O que passa dentro do olhar da sociedade muçulmana fundamentalista e de seus aliados não é somente uma simples questão de inveja. Para esses grupos, claramente antissemitas, o Estado Judeu é a prova concreta de que os judeus, estão a "conspirar" a partir de Israel, para "dominar e subjugar todo o Mundo".
Há um outro fator que também interfere nesta situação. O crescimento e a prosperidade de Israel se tornaram uma ameaça direta aos países árabes muçulmanos, pois Israel é o único exemplo de democracia no coração do Oriente Médio e pode trazer uma grande instabilidade aos países árabes que vivem em regimes feudais, fundamentalistas e patriarcais.
A forma de perceber isso é observar como vivem os árabes muçulmanos em Israel. Eles são 1 milhão e meio de cidadãos israelenses. O nível sócio – cultural e econômico deles é maior que em todos os países árabes.
Essa população (praticamente 20% de Israel) está cada vez mais integrada aos valores ocidentais. Isso inclui uma grande revolução cultural, principalmente na integração da mulher árabe muçulmana em todos os setores da sociedade israelense. Muitas estão no meio acadêmico, onde podemos encontrar mulheres muçulmanas advogadas, médicas, professoras e cientistas. Estão também dentro do meio artístico.
Muitos dos muçulmanos, que vivem em Israel, são considerados no mundo árabe como traidores e um perigo à toda a região. Eles são exemplos claros da integração e absorção dos valores ocidentais, tendo muitos deles se definido como seculares.
Israel é um Estado Judeu democrático e, logicamente, totalmente diferente dos países árabes. Cada cidadão israelense tem a garantia e o direito de viver em sua "tribo", seja ele Muçulmano, Beduíno, Judeu Ortodoxo, Judeu Laico, Secular, Druso, Charqueasse, Bahay, Cristão, Ivri'im de Dimona, ou outro e a manter seu idioma, religião, cultura e tradição.
Quem vem visitar Israel percebe que este é um país que se concentra e representa a maior liberdade de manifestações culturais e religiosas do mundo, completamente diferente dos países árabes.
Na guerra de Israel contra a Hamas – Estado Islâmico, muitos não sabem, mas dentro do exército de Israel, não se encontram somente Judeus e Judias. Muitos são soldados e oficiais Drusos, Beduínos, Muçulmanos, Ivri'im de Dimona e Cristãos.
Mas porque esses grupos que não são judeus estão lutando pelo Estado de Israel?
Esses grupos sabem que o mundo não quer saber que o Estado de Israel é o único espaço existente, nesta região de predominância árabe, que garante, sem diferença de raça, cultura ou religião, o direito de viver numa nação que valoriza a vida, a liberdade e a dignidade de TODOS.
Se Israel não existir, TODOS deixam de existir!
Diário de Guerra 9 - Judeus e muçulmanos – Jayme Fucs bar
Muitas vezes me pergunto como chegamos a esta situação atual de ódio e violência entre judeus e muçulmanos. A história nos mostra que essa relação foi muito melhor e mais tolerante do que a convivência entre judeus e cristãos.
O que causou essa mudança nos últimos 100 anos? Na cultura islâmica, a palavra "judeu" tornou-se, para muitos, um termo fortemente depreciativo, diferente do que foi no passado.
Muitos árabes israelenses muçulmanos com quem convivo aqui em Israel me dizem sempre que o radicalismo desses grupos islâmicos não representa o verdadeiro islamismo nem as palavras do profeta Maomé. Ouço isso com frequência e pergunto a elas por que não reagem contra esses grupos e a resposta é única: medo!
Eu sei que é difícil imaginar, mas os historiadores dizem que, na Idade Média, os judeus que viviam no mundo islâmico tiveram sua idade do ouro, pois foi um período de muita prosperidade, com amplo desenvolvimento da ciência, filosofia, medicina, matemática, etc. Me lembro dos vários escritos do grande líder árabe Saladino, nos quais ele descrevia os europeus de sua época como um povo de bárbaros, atrasados e ignorantes.
A mudança nas relações entre judeus e muçulmanos se deteriorou nos últimos 100 anos em consequência dos movimentos nacionalistas que ocorreram na Europa e entraram pelas portas dos fundos do Oriente Médio, principalmente com o fim do império otomano em 1917 e o domínio desse grande território por forças europeias, como a Inglaterra e a França.
A chegada das forças europeias não somente esfacelou os grupos e as estruturas tribais de toda a região, como deu surgimento a novas tendências no Oriente Médio e criou rivalidades. E sses grupos sofreram um forte impacto nos conceitos e valores, entre eles o nacionalismo ocidental, que vai se mesclar com os valores tradicionais e religiosos, criando o embrião do que seria futuramente o movimento nacionalista religioso fundamentalista, muçulmano ou judaico.
Essas potências, Inglaterra e França, retalharam todo esse grande território e criaram estados nacionais em função de seus interesses. Essa nova realidade exigiu uma revisão das escrituras sagradas que tiveram que ser adaptadas às ideias nacionalistas nascentes na região. Isso acontece dos dois lados, entre os judeus Kalisher primeiro e depois o Rav Kook: adaptam os escritos da Torá ao movimento sionista; ao passo que os árabes muçulmanos criam a irmandade muçulmana. A base dos dois é muito semelhante, pois revindicam direitos sagrados pelas terras de Israel.
Os judeus determinam que essas terras foram dadas aos judeus por Adonai e os muçulmanos afirmam que essas terras foram dadas aos muçulmanos por Alá.
Para quem não sabe, esse é o verdadeiro impasse religioso que trava qualquer tipo de paz entre árabes e judeus, em que cada qual acredita que Deus determinou essas terras para si e, portanto, eles têm o direito absoluto a ela, e se esquecem de que Deus determinou que a vida é mais sagrada que a terra.
Na história da humanidade, as religiões são reinventadas em função do tempo em que vivemos. Com certeza, se algum profeta de Israel ou Maomé se transportasse ao nosso tempo, não reconheceriam o que é o judaísmo ou o islamismo de hoje em dia.
As religiões sempre adaptam e interpretam seus livros sagrados de acordo com as mudanças que acontecem na história. Exemplo claro é o que aconteceu com essa relação entre judeus e muçulmanos, a atual situação de num abismo de guerras e intolerância em que judaísmo e islamismo vivem.
Se você procurar ler o que está escrito nas escrituras sagradas do Alcorão sobre os judeus, terá grandes surpresas. Não estou dizendo que tudo foi uma grande maravilha, mas jamais ocorreram as barbaridades que testemunhamos hoje. No Alcorão está escrito que Alá ordena que os muçulmanos amem o "povo do livro", isto é, os judeus e os cristãos. Está escrito que os muçulmanos reconhecem que o criador do mundo se revelou ao povo de Israel, e que no Monte Sinai, entregou-lhe a Torá. Eles também acreditam nos profetas de Israel e que suas palavras eram verdadeiras.
O Alcorão é claro: os muçulmanos têm o dever de amar o povo do livro e Alá se revelou ao povo de Israel.
Do início do islamismo até o fim do império otomano, essa era uma ordem que todos os muçulmanos deveriam cumprir. De fato, em grande parte desse longo período, foi isso o que aconteceu. O mundo islâmico foi um grande refúgio para as perseguições aos judeus na Europa cristã, principalmente no terrível período da Inquisição em Portugal e na Espanha.
Obviamente nem tudo foi um mar de rosa nesse longo período que mencionei. Em determinados momentos, também houve conversões forçadas dos judeus ao islamismo, pois o que mais machucava os muçulmanos nessa época era o fato de que os judeus se negavam a reconhecer a nova profecia de Maomé. .
É realmente curioso perceber a relação entre Maomé e os judeus. Está escrito no Alcorão que houve um grande sábio judeu com quem Maomé aprendeu muito. Em seus sermões, ele incentivava os árabes a acreditar no criador do mundo e na Torá de Moisés e sua moral.
A tradição islâmica também nos conta que a primeira esposa de Maomé, Khadijah, tinha um primo judeu chamado Ben Nofal. Quando Maomé era ainda um menino, ele fugiu de casa, Ben Nofal o encontrou e o levou de volta a casa. Depois, crescido, Ben Nofal foi seu professor.
O mais curioso é que, conforme a tradição xiita, Maomé disse que "seu nome é Ahmed Israel, e que os deveres que Deus impôs a Israel também se aplicam a ele".
O que muitos não sabem é que das várias esposas que Maomé teve, uma delas era judia. Seu nome era Safya e tinha 17 anos quando se casaram. Era muito bonita e culta, filha de Chaim Ben Ahitov, líder da comunidade judaica Bnei Nadir.
Fico aqui pensando no que Maomé pensaria hoje sobre essa confusa relação entre judeus e muçulmanos, e qual seria sua reação ao ver como modificaram os verdadeiros valores do Alcorão, que fala na obrigação de "amar o povo do livro".
Fonte: Por de trás do Alcorão Chai Bar Zeev 2010
2010 "מאחורי הקוראן" (הוצאת "דפים מספרים"), חי בר זאב
Diário de Guerra 8 - Ou Nós Ou Eles – Jayme Fucs Bar
Como compreender o fenômeno do ódio, profundamente enraizado, aos judeus?
Quem é judeu ou judia sabe que é difícil não ter passado por uma situação de antissemitismo em sua vida, pois ele está enraizado em todos os setores da nossa sociedade. Este é um fenômeno muito antigo, que se manifesta sempre em proporções diferentes, em função das situações do nosso cotidiano.
O Rabino, médico e filósofo, Rambam escreveu na ‘Epístola do Iêmen’, durante a Idade Média, que o antissemitismo é como uma doença do ciúme, pelo fato de Deus ter dado a Torá ao povo de Israel. Para Rambam, o ciúme é uma epidemia crônica que causa o ódio. Do ódio vem o preconceito, a vingança, que se transforma no extermínio.
Milhões de seres humanos sofrem a "epidemia do ciúme" contra os judeus e, em certas ocasiões, como nesta guerra de Israel contra a Hamas-Estado Islâmico, dá a oportunidade dessas pessoas colocarem suas caras para fora, podendo manifestar o seu grande ódio aos judeus. Assim podemos ver a dimensão dessa epidemia que se chama antissemitismo.
O ódio aos judeus sempre foi um bom remédio para amenizar e simplificar o sentimento das angústias, dentro da complexa realidade que vivem certos seres humanos. A História precisa sempre criar a figura imaginária do Judeu. Ela é essencial para explicar todo o mal que acontece na sociedade!
A figura do judeu imaginário se apresenta sempre de formas diferentes como: o rico explorador que domina o capital do mundo, o idealizador do Capitalista, o inventor do Comunista, o que domina poder da maçonaria, o anticristo, o que matou Deus, o Imperialista, o colonialista, o que tem pacto com o demônio etc.
Se vocês me perguntarem se tenho uma resposta clara para esse fenômeno do ódio aos judeus e judias, somente uma coisa eu tenho certeza: Isso está totalmente integrado na educação que temos desde criança e o que recebemos em casa. Isto sim vai modelar o que seremos como adultos!
Ninguém nasce antissemita, racista, xenófobo etc.. Acredito que esses valores são adquiridos em casa, na escola, nas instituições religiosas e nos centros cívicos etc.
Escrevendo essas linhas, me lembrei de um episódio que aconteceu comigo, há alguns anos, numa pequena aldeia de Portugal – em Belmonte. Era Sábado à noite e eu estava com o Cláudio, um Italiano que viveu em Israel por muitos anos e o reencontrei depois de 45 anos em Belmonte. Nos conhecemos em 1978 no Kibbutz Keren Shalom, na faixa de Gaza. Este foi um dos Kibbutzim que foram invadidos pelos terroristas do Hamas, no dia 07 de outubro.
Depois de ter tomado uns copos de vinho, nos sentamos na porta da casa do Cláudio que fica no coração da aldeia. Cláudio pegou o seu acordeão e começamos a cantar músicas em hebraico. A música chamou a atenção de 2 crianças, uma menina de 9 e seu irmão de 7 anos.
A menina nos perguntou: "Que música é essa? " Eu respondi: " música em Hebraico"
Pela reação dela, entendi que ela não compreendeu minha resposta, pois nunca tinha escutado a palavra "Hebraico”. E para ajudar a compreensão disse: "Música dos judeus".
Aí ela fez uma cara feia e disse:" Aqueles que mataram Deus". Na hora pulei, pela surpresa que me causou, pois na minha frente estavam somente 2 crianças, com toda a sua pureza e ingenuidade! Perguntei: " Quem te falou que os judeus mataram Deus". Ela me respondeu: "Meu pai e minha mãe". Não sei como expressar a tristeza que veio em meu coração, mas para amenizar essa difícil situação falei para eles: " Eu e o Cláudio somos Judeus. Vocês acham que nós matamos Deus? Ela com toda a segurança disse: "Claro que não!"
De fato, o antissemitismo está presente por todos os lados, como uma vez me confessou um grande amigo não judeu quando veio me visitar a Israel: "Jayminho, fui criado num ambiente muito hostil aos judeus. Levou anos para eu me libertar desse preconceito, que era parte integral de minha cultura e de meus valores!"
Meu Pai Nilo Barboza, um judeu converso casado com uma judia, e com 3 filhos judeus, viveu muito essas situações, pois o seu nome camuflava a sua verdadeira origem no seu meio social e de trabalho. Ele me dizia que ouvia barbaridades sobre os judeus e que sempre se manifestava e respondia entrando em severas discussões. Ouvia muito o discurso do ódio que dizia que Hitler deveria ter exterminado todos os judeus! Meu pai, numa dessas ocasiões, fez o merecido. Deu um soco na cara de um oficial da marinha e quase foi preso. Perdeu o emprego por isso.
Nesse momento, aqui em Israel estamos numa guerra na luta por nossa existência física, pois se Israel perder a guerra todos nós aqui seremos exterminados brutalmente!
ENTENDAM! Eu sei que muitos estão lacrados dentro de seus conceitos, mas façam um esforço e procurem entender. O que vocês estão vendo não é uma guerra pela libertação da Palestina! Essa guerra que o Hamas- Estado islâmico trava é contra Israel, é para o extermínio de 7 milhões de judeus e judias que vivem nesse território!
A realidade aqui é muito clara, sentimos que o apocalipse pode chegar a cada um de nós! Não um apocalipse como o fim do mundo, mas sim o apocalipse da nossa existência!
Os terroristas do Hamas entraram nas comunidades e exterminaram a sangue frio famílias inteiras, violaram mulheres e meninas, queimaram e decapitaram bebês e crianças, mataram sem piedade pelo simples fato de serem judeus e Judias!
O que vimos em 7 de outubro de 2023 nada mais é que uma amostra do que esses assassinos sanguinários e antissemitas são capazes. Se tiverem a oportunidade de vencer essa guerra, esse será o nosso fim!
Para isso, a única forma de responder a essa realidade é lutar com todos os recursos e com tudo que o temos em nossas mãos, para garantir a nossa sobrevivência física e proteger as nossas famílias.
Gostem ou não! Estamos numa verdadeira encruzilhada de vida ou morte, onde não existe uma escolha nessas ocasiões da História! Ou Nós Ou Eles!