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Neste dia 30 de Julho,15 de Av inicia um novo ciclo, o que denota a cura de tudo que está separado.

Segundo o Zohar, os capítulos que nos conectam ao amor e a conexão a alma gêmea são Lech-Lechá e Teruma. Tamanha é a luz deste dia que podemos eliminar qualquer tipo de Caos, duvidas e carências que existem em nossos corações.
Neste dia, como não existem empecilhos, podemos nos conectar com nossa alma gêmea. Faça a sua conexão, através da oração da alma gêmea.
Medite no amor Se abra para o amor e para a unidade. Acenda uma vela, e faça a prece:
BARUCH ATHÁ ADONAI ELOHEINU MELECH HAOLAM (Vc abriu o portal Cósmico, agora faça as duas Preces):

Prece 1 - “Ribbone Shel Olam: Mestre do Universo, esta é a Lei espiritual do Destino, a declaração feita antes de minha alma vir para a Terra. Por favor, guie-me e me ajude a encontrar o caminho correto para minha vida, a casa certa para viver e eu realmente quero encontrar minha alma gêmea. Por favor, me ajude a encontrar a alma gêmea que me foi destinada e que foi declarada para mim nos céus quarenta dias antes que eu fosse concebido”.

Prece 2 - “Por favor, Ribbone Shel Olam, Mestre do Universo, encontre um caminho para mim onde não parecer existir um caminho, guie-me e guarde-me no caminho certo para o destino de minha alma, para que eu possa preencher minha vida com minha alma gêmea, que precisa de mim tanto quanto eu preciso dela. Por misericórdia de minha alma gêmea que precisa de mim, por favor me ajude a encontrá-la para que possamos ser um juntos”.
BARUCH SHEM KEVOD MALCHUT LEOLAM VAED (Fecha o Portal Cósmico)

Moré Altamiro Paiva

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11419595490?profile=original“Hoje temos os 72 nomes que, segundo o ZOHAR, são as chaves que nos ajudam a estabelecer conexões com energias de saúde, alegria, prosperidade e o que mais sentirmos necessário em nossas vidas, mas também precisamos fazer a transformação da sabedoria divina que ainda está presa por aqui”. (Árvore da Vida; Rav Joseph Saltoun).

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Os baianos, por fim, chegaram, falaram, passearam, cantaram e se foram da Terra Santa. Gilberto Gil e Caetano Veloso, em uma passagem meteórica de três dias por Israel, cumpriram com o show prometido, sem ceder à pressão do BDS. Bateram pé, deram um chega prá lá nos panfleteiros e radicais de plantão. Ainda no Brasil, […]

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Isaías 38: 2 

"וַיַּסֵּב חִזְקִיָּהוּ פָּנָיו, אֶל, הַקִּיר; וַיִּתְפַּלֵּל, אֶל-יְהוָה "

"Então virou Hezekia (Ezequias) o seu rosto para a parede e orou ao Eterno.

O Zohar explica que nossas orações devem vir das paredes de nossos corações. Essa foi a ação do rei Hezekia. Virando-se para a parede representava a mudança que ele fez dentro. Em seguida, ele fez suas orações ao Eterno e sua prece foi atendida.

By Zion Nefesh – Tradução livre Moréh Altamiro Paiva

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O que é a Torá?

 

O livro de Deuteronómio - que no calendário anual de leitura da Torá começa a ser lido esta semana- é apresentado como um discurso de despedida de Moisés.

 

O líder reuniu o povo nas planícies de Moab, depois de terem conquistado a margem leste do Jordão.

 

Lá, ele recapitula a história passada de Israel, a fim de concentrar-se na situação nova e crítica do momento: uma nova geração, uma nova liderança, uma nova terra.

 

Assim, capítulo 1 versículo 5 do livro de Deuteronómio diz:

 

"Dalém do Jordão, na terra de Moab, começou Moisés a declarar esta torá"

 

Sempre que a palavra "Torá" aparece nos livros do Pentateuco não se refere a toda a tradição bíblica, como hoje a palavra é entendida.

 

Em livros como Êxodo, Levítico, Números, por exemplo, "tora" são as instruções dadas pelos sacerdotes em casos específicos (por exemplo, a "Torá da lepra", a "Torá do marido ciumento", etc.).

 

Isso ocorre porque o nome "Torá" deriva de um verbo hebraico que significa "instruir".

Para ter certeza, "Torá" não era necessariamente o ensinamento de Deus. Como podemos ver no livro de Provérbios, "Torá" poderia ser o ensinamento de um pai para um filho:

 

"Meu filho, não se esqueça minha torá, e deixe sua mente manter meus mandamentos", e

"Meu filho, guarda o mandamento de seu pai; e não abandones a torá de sua mãe. "

 

O termo hebraico "Tora" está relacionado com as palavras para ambos os pais (em hebraico, horeh); e professor (em hebraico, moreh).

 

Qual é o ensinamento que Moisés instruiu as novas gerações, nas planícies de Moab? O que é a instrução que o filho, o aluno recebe?

 

O que se aprendeu.

 

A força do judaísmo é a experiência acumulada ao longo de 3500 anos de história.

 

Experiências que como o TaNaKh expressa claramente, foram aprendidas através de erros e revendo pressupostos e corrigindo percepções erradas.

 

Que Deus dirija as experiências humanas é uma questão de fé que não muda o fato de que os seres humanos aprendem através de suas experiências.

 

A "Tora" é uma coleção de livros cuja virtude é ter mantido os erros e as lições aprendidas pelo povo judeu.

 

A sua preservação e contínuo estudo é o que possibilita que as novas gerações aprendam dos erros que o seres humanos fazem e o que precisa ser feito para evitá-los.

 

É também o incentivo para se concentrar na tarefa à frente de todo ser humano: o que a Torá define como tornar-se parceiros para completar a obra da criação.

 

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VISÕES DA KABBALAH - Remover as camadas

Frequentemente, é mais fácil para alguém que começou a trilhar o caminho espiritual transformar-se, do que para os que vêm fazendo esse trabalho por um período mais longo de tempo.


Quando nos consideramos seres espiritualizados, torna-se mais difícil enxergarmos aqueles traços negativos internos que estamos sendo chamados para examinarmos e mudarmos. É como se permitíssemos que uma camada de “poeira” se acomodasse, e precisamos removê-la, camada por camada, para revelar aqueles nossos aspectos que são importantes para nos purificarmos e transformarmos. Ao fazê-lo, devemos também entender que nosso trabalho não é apenas para nós mas para todos os que estão conectados a nós, e numa visão global, para o mundo inteiro.

Karen Berg

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ZOHAR EM DEVARIM – Somos Canais de Luz?

Quando oramos, devemos pedir a HaShem para nos capacitar como canais de luz em tudo o que fazemos. Quando nos tornamos instrumentos de HaShem nós nos beneficiamos de níveis mais elevados de Luz. Os sábios nos dão exemplo de um escravo do rei. Ele realiza as suas funções e, ao mesmo tempo, ele vive em um palácio do Rei.

Na Redenção Final a Luz vai se espalhar em todos os lugares e não haverá mais trabalho (processo de Tikkun) deixado para fazer. Aqueles que já estão no palácio vão ficar no mesmo, mas então eles serão como filhos do Rei.

Zion Nefesh (adaptação Moré Altamiro Paiva)

 

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A Cabala explica que quando um grande justo deixa este mundo, deixa com ele um rastro de luz: uma conexão entre nós e a luz divina. Esta conexão é especialmente abençoada no dia de aniversário de sua passagem. E hoje temos o aniversário de passagem de Isaac Luria, um dos maiores cabalistas da história. Para sentir a benção desta conexão, o ideal é estudar um pouco sobre a sua vida, ler o salmo 24, meditar e acender uma vela branca.

Isaac Luria foi um grande mestre de uma época e lugar muito especiais na história da cabala. Seus ensinamentos despontaram em Safed, em meio a uma inesquecível comunidade de homens místicos e devotos. Em um ambiente de sublime harmonia a dedicação à vida espiritual vinha em primeiro lugar.

Ian Mecler – Portal da Cabala

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VISÕES DA KABBALAH - Massa crítica

O Zohar diz que a Redenção Final virá quando tivermos atingido uma massa crítica para transformar escuridão em Luz. Alcançar essa massa crítica, contudo, não depende de um número específico de pessoas, mas, de cada pessoa no caminho espiritual realizar o seu trabalho específico aqui na Terra.

Hoje, dedique alguns momentos para refletir sobre seu progresso espiritual. Você está trabalhando a cada dia para se tornar melhor do que ontem? Você está tentando expandir seu nível de se importar com os demais? Você está abrindo seu coração para amar e ser amado pelos outros?

Karen Berg

 

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Início – A agricultura como ideal As primeiras ondas de imigração judaica trouxeram a Israel, no fim do século XIX, milhares de jovens europeus que viam no sionismo a solução para a questão judaica. Muitos destes imigrantes levaram a sério as palavras de pensadores sionistas como Aharon David Gordon, Dov Ber Borochov, entre outros, que […]

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O livro de Deuteronômio, Devarim, é o quinto livro da Toráh, sendo o seu último livro. Que o coloca ao nível de Malchut. Moisés começa o seu discurso à nação de Israel e ele "dá-lhes na cabeça". Ele repreende-os por seus comportamentos negativos e pela falta de confiança em HaShem.

Moisés sabia que ele ia deixar o mundo em 37 dias e ele queria dar à nação as lições finais sobre a forma de ver e confiar em HaShem, a fim de conquistar seus inimigos.

Moré Altamiro Paiva

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D’us ordenou a Moshê: "Chegou a hora de punir os midianitas que maldosamente enviaram suas filhas para que Benê Yisrael pecasse. Vá à guerra contra eles. Após está batalha chegará o dia de sua morte." D’us não ordenou uma guerra contra Moav, Os Moavim tinham um motivo para tentarem prejudicar os judeus. Tinham medo que Benê Yisrael roubasse suas riquezas e os expulsassem de seu país.

Os midianitas, já, sabiam que Benê Yisrael não viajaria através do país deles. Não estavam em perigo. Fizeram o mal a Benê Yisrael apenas porque os odiavam, sem motivo. D’us também previu que certo dia surgiria uma tsadeket, mulher sábia, chamada Ruth nasceria em Moav. Ela se converteria ao judaismo e seria a ancestral do Rei David. Por causa dela, D’us ordenou a Moshê que não prejudicasse os moavim.

Moré Altamiro Paiva (adaptado do Midraxin do pt.chabad.org)

 

 

 

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LUA NOVA DE LEÃO – AV - 5775

11419595693?profile=originalCERIMONIAL - Acenda neste dia 15 de Julho às 19.00 Hs, uma vela e pronuncie a seguinte bênção:

 

Benção da Lua Nova - Rosh Codesh

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que com Sua Palavra criou os Céus, e todos seus exércitos com um sopro de Sua boca; um decreto e tempo designado Ele deu-lhes, a fim de que não se desviem de suas tarefas; eles se regozijam e estão felizes quando cumprindo os desígnios de seu Criador; Seu Criador é sincero, e Sua obra é sincera; Ele também ordenou que a lua esteja renovada mensalmente; uma coroa de glória para aqueles que tem sido apoiados pelo Eterno, desde o início, porque eles serão renovados como ela, a fim de glorificar seu Criador pelo Nome Glorioso de Seu Reinado. Bendito sejas Tu, Eterno, que renovas os meses.

 

SCANEANDO AS LETRAS - Olhando para as letras da esquerda para a direita, diga treis vezes: KADOSH, KADOSH, KADOSH ADONAI TSAVAOUT (Santo, Santo Santo Criador Rei do Universo). Após as suas orações diárias, você pode fazer esse scaneamento durante o mês.

Moré Altamiro Paiva

 

 

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LUA NOVA DE LEÃO - AV - 5775

11419595693?profile=originalCERIMONIAL - Acenda neste dia 15 de Julho às 19.00 Hs, uma vela e pronuncie a seguinte bênção:

Benção da Lua Nova - Rosh Codesh


Bendito sejas Tu, Eterno, nosso D-us, Rei do Universo, que com Sua Palavra criou os Céus, e todos seus exércitos com um sopro de Sua boca; um decreto e tempo designado Ele deu-lhes, a fim de que não se desviem de suas tarefas; eles se regozijam e estão felizes quando cumprindo os desígnios de seu Criador; Seu Criador é sincero, e Sua obra é sincera; Ele também ordenou que a lua esteja renovada mensalmente; uma coroa de glória para aqueles que tem sido apoiados pelo Eterno, desde o início, porque eles serão renovados como ela, a fim de glorificar seu Criador pelo Nome Glorioso de Seu Reinado. Bendito sejas Tu, Eterno, que renovas os meses.

SCANEANDO AS LETRAS - Olhando para as letras da esquerda para a direita, diga: KADOSH, KADOSH, KADOSH ADONAI TSAVAOUT (Santo, Santo Santo Criador Rei do Universo). Após as suas orações diárias, você pode fazer esse scaneamento durante o mês.

Moré Altamiro Paiva

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Às vezes achamos que as palavras que dizemos não são importantes. Afinal, não podemos vê-las ou tocá-las, por isso parecem que não deixam marcas.

A Torá nos ensina o contrário. Palavras são importantes, e um judeu deve sempre ser cuidadoso com as palavras que usa. Deveria ser especialmente cauteloso sobre fazer promessas, porque será responsável por cumpri-la. A pessoa jamais deve fazer um juramento descuidadamente. Aquele que os faz sem a devida atenção e mais tarde falha em cumpri-los, é comparado ao indivíduo que pega uma espada para golpear a si mesmo; está propenso a ferir-se.
Texto da pt.chabad.org

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A Terra Santa é um lugar onde a Divindade, a santidade e o Judaísmo são abertamente revelados. Num sentido supremo, isso será realizado na Era Messiânica, quando o Templo Sagrado será reconstruído e a observância de todos os mandamentos associados com a santidade da terra serão restaurados.

Esta é a essência da Era Messiânica. O relacionamento entre o homem e D’us não será mais baseado somente na fé, mas também será nutrido por uma percepção direta da Presença de D’us aqui na terra. O cenário físico do mundo não mudará na Era da Redenção. O que será diferente é nosso conhecimento e percepção de D’us.

Cada um de nós deveria saber que seu "lugar", ou seja, cada dimensão de nosso ambiente e cada momento do tempo que vivemos pode ser transformado na Terra Santa, num local onde a Divindade seja abertamente revelada.
Rabino Shmuel M. Butman
pt.chabad.org

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A Kabbalah transcende totalmente o mundo da separação, inclusive o das religiões.

Através do estudo da Kabbalah pode-se abordar o conceito da religião, dentro de uma visão mais ampla, mais aberta, mais livre, para que todos possam atingir a ligação com a essência da filosofia da vida que as religiões apresentam, sem uma mudança externa.
“No final, e na essência, todos os povos querem alcançar as mesmas metas: Paz, Saúde, Prosperidade e usufruir a benção de viver com os seus amados e queridos. E cada um de nós tem que fazer a sua parte para alcançar essa meta sagrada.”
Rabino Joseph Saltoun - Instituto Meron

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El primer ministro, Biniamín Netanyahu, rechazó vehementemente las declaraciones hechas por el ministro de Asuntos Religiosos, David Azulay -del partido ultra ortodoxo sefaradí Shas-, quien expresó a la Radio del Ejército (Galei Tzáhal) que “hay un problema” con los judíos reformistas: “mientras los judíos reformistas dejen de seguir la religión de Israel… no puedo decir que esas personas sean judías”.

Azulay sotuvo que los judíos reformistas “son judíos que han errado el camino” y que estaría dispuesto a aceptarlos “con amor” si eligen regresar al “marco judío”.

Netanyahu subrayó que las declaraciones del ministro de Asuntos Religiosos son “hirientes” y que “no reflejan la posición del gobierno”.

Netanyahu puntualizó que habló con Azulay “para recordarle que Israel es el hogar de todos los judíos y que el ministro de Asuntos Religiosos debe servir a todos los ciudadanos de Israel”.

Los comentarios de Azulay habían surgido luego que el Gabinete resolviera revertir una iniciativa

destinada a facilitar el proceso de conversión al judaísmo. La medida tomada por el gobierno constituye un golpe al intento del gobierno anterior de romper el monopolio ultra ortodoxo en Israel y hacer un judaísmo más inclusivo.

El rabino Rick Jacobs, presidente de la Unión para la Reforma del Judaísmo, también respondió a los comentarios de Azulay, señalando que "sería una cosa si el punto de vista ignorante y miope del ministro Azoulay sobre el judaísmo reformista no fuera más que sus propias divagaciones semi incoherentes. El verdadero peligro es que ahora está sentado en el Gabinete, y está en una posición en la que puede convertir esos puntos de visita en políticas gubernamentales".

Jacobs elogió la respuesta de Netanyahu, pero añadió que la Unión para la Reforma del Judaísmo está indicando que "podría llegar pronto el tiempo, en el que [Netanyahu] se vea obligado a dejar en claro que el ministro Azulay ha perdido su derecho a ser miembro del gobierno".

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MARTIN BUBER - O DIÁLOGO POSSÍVEL

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É inegável a relevante contribuição de Martin Buber para a Filosofia Contemporânea, como também a atualidade de sua obra. Encontramos nele um pensamento com profundidade tão sagaz que é inevitável não considerá-lo original a uma Filosofia, cuja preocupação central é o ser humano, a Antropologia Filosófica. O nosso filósofo fundamentou e desenvolveu com pertinência – em seus vários livros e, principalmente, em Eu e Tu -, acepções como princípio dialógicoencontroentrepalavra-princípio e interhumano. E mesmo reconhecendo as influências recebidas de outros filósofos, o seu pensamento é possuidor de um élan particular.
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A Filosofia do Diálogo de Buber evoluiu do seu notável interesse pelas questões religiosas. Influenciado pelo Hassidismo – cuja idéia mais importante afirma que Deus faz morada no ser humano, ou seja, dialoga com sua criação -, o filósofo austríaco-judeu utilizou o conceito de relação para designar aquilo que, de essencial, acontece entre os seres humanos e entre o homem e Deus. Entretanto, o cerne do pensamento buberiano esteve direcionado mais precisamente ao problema do homem como ser de relação, como ser aberto ao diálogo com o Tu.
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Em sua análise a respeito da problemática do homem, Buber enfrentou a atitude do individualismo e do coletivismo, afirmando que o primeiro só entende uma parte do homem e o segundo entende o homem só como uma parte. Para ele nenhum dos dois alcança a totalidade. O individualismo vê o homem em relação consigo mesmo, e o coletivismo nem vê o homem, pois vê apenas a “sociedade”. O primeiro distorce o rosto do homem, o segundo o mascara. Consoante o nosso filósofo, ambos são a expressão e conclusão da união do abandono cósmico e social, do medo do universo e da vida, que tem por resultado uma constituição existencial de solidão tal como nunca existiu antes.
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Mas, para Buber, somente quando o indivíduo conhece o outro em toda a sua alteridade como a si próprio, como homem, experiência a partir da qual irrompe na direção do outro, conseguirá romper sua solidão, em um encontro estrito e transformador. Ele insiste que o fato fundamental da existência humana não é nem o indivíduo, como tal, nem agregado como tal. Cada uma dessas categorias, considerada em si, não passa de uma abstração.
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O indivíduo é um fato da existência, só na medida em que ele se coloca em uma relação viva com outros indivíduos. O que é peculiarmente característico do mundo humano é, antes de tudo, que nele algo acontece entre um ser e outro. A característica existencial do mundo humano é enraizada no voltar de um ser em direção do outro para comunicar-se dentro de uma esfera comum, mas que ao mesmo tempo transcende a esfera especial de cada um. Essa categoria existencial é a categoria relacional do entre, que é estabelecida a partir da existência do homem. É essa categoria primordial da realidade humana.
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 Para exprimir a realidade, que liga o homem ao homem, Buber criou o termo especial zwischenmenschlich (entre os homens ou interhumano). No interhumano um sujeito se defronta efetivamente com o outro, e nesse confronto, que não é simples experiência psicológica, há uma realidade em que os dois sujeitos convivem. Como enfatizamos, a principal característica dessa esfera é a espontaneidade, em que toda aparência, toda “dissimulação” seria fatal. No interhumano a verdade assume uma dimensão quase corpórea, pois, o homem se comunica com o outro naquilo que eles são. Somente assim a intercomunicação existencial se torna possível, isto é, o diálogo autêntico, em que o outro se afirma como aquilo que realmente é e se confirma em sua natureza de criatura.
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 No pensamento buberiano a existência do homem emerge do diálogo, do encontro dialógico, da esfera do interhumano. Consoante essa análise, o diálogo determina a palavra como a interação entre homens, trata-se de uma categoria antropológica, porque instaura o desvelar do entre-dois, do Eu e Tu. No diálogo a palavra não é mais logos, puramente anunciador, pois fundamenta a existência; ela vai além da subjetividade, estabelecendo uma dimensão ontológica _ o interhumano. O logos não é simplesmente razão, princípio de ordem, porém em virtude de seu vínculo essencial com a práxis, ele é a palavra responsável pelo desvendar da existência humana como coexistência. O ser humano existe mediante o encontro, a relação.
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O homem como ser-ao-mundo não é um ser-em-si, mas essencialmente uma abertura. Ele é abertura graças à palavra originária. O homem instaura o emergir dinâmico de sua existência pela palavra. Como manifestação do si mesmo, o logos torna-se uma abertura ao outro, dia-logos. E somente quem toma a decisão de proferir a palavra da relação, a palavra-princípio Eu-Tu, poderá fundar o “nós essencial”, do autêntico interhumano. Aproximação, contatos, experiências e reações comuns definem o social, este implica um estar-um-ao-lado-do-outro, enquanto que proximidade, relação dialógica, responsabilidade, decisão, liberdade, presença no face a face definem o interhumano que é o estar-junto-com-o-outro.
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Mas Buber observa na humanidade uma profunda crise, causada por uma ruptura que separa os homens uns dos outros. E isto demonstra a atualidade da Filosofia do Diálogo quando colocada diante da sociedade individualista e consumista do nosso tempo. Consoante Zuben, Buber previu uma nova tarefa que se apresentou ao pensamento humano e aspira à implantação de uma nova dimensão do mundo, a dimensão dialógica no homem (ZUBEN, 2003: 210).
As grandes transformações e os avanços tecnológicos que caracterizaram o século XX trouxeram em seu bojo muitas vantagens e também grandes ameaças. A sociedade contemporânea naufraga em um grande mar de desprovidos, de milhões de miseráveis do sul subdesenvolvido sucumbindo às margens do norte desenvolvido. As injustiças sociais, o desemprego, a violência, a fome, as guerras e os desastres ecológicos, por exemplo, apontam para uma situação degradante. O planeta corre o risco de entrar em colapso.
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Inúmeras pesquisas apontam que a doença do início do século XXI é o stress conjugado a depressão, e isto ocorre como conseqüência do enfraquecimento das relações humanas e da “obrigação diária” estabelecida pelo mercado de as pessoas provarem que são competentes. Assistimos atualmente a um processo de enrijecimento gradual do individualismo. Os avanços tecnológicos e o crescimento das cidades têm ocasionado o isolamento das pessoas em detrimento do encontro e do diálogo com o outro. Podemos caracterizar o homem deste início de século como um ser isolado, preocupado consigo e longínquo da realidade em seu torno.
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Não queremos, ao apresentar os problemas citados acima, firmar uma acepção pessimista sobre o homem atual, mas enfatizar como ele vem se distanciando de um princípio relevante para sua própria realização enquanto ser humano, a relação. O homem atual restringe-se a proferir a palavra-princípio Eu-Isso, colocando-se diante das coisas em vez de confrontá-las no fluxo da ação recíproca, preferindo um relacionamento unidirecional entre o Eu (egótico) e um objeto manipulável (lsso). Buber, contudo, posicionou-se de maneira radical ao quando analisar a atitude Eu-Isso. Para ele “aquele que vive somente com o Isso não é homem” (BUBER, 1977: 39).
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O sujeito humano atinge o seu ser através do “proferir Tu” (Dusagen) e não do “proferir Isso”; em outras palavras, isto significa que o homem atinge o seu ser pela relação. O homem, na relação Eu-Tu, integra-se completamente com o mundo, em uma totalidade caracterizada pelo envolvimento, pela integração dos opostos, desaparecendo as peculiaridades e contradições individuais. “A palavra-princípio Eu-Tu só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade. A união e a fusão em um ser total não pode ser realizada por mim e nem pode ser efetivada sem mim. O Eu se realiza na relação com Tu; é tornando Eu que digo Tu” (BUBER, 1977: 13). Depois de escutarmos as palavras de Buber podemos considerar que o homem sem o homem é, por assim dizer, um nada e que o abandono do encontro com o outro poderá conduzir o homem a um abismo cruel.
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Para Zuben, na obra buberiana a volta à segurança, o reencontro com o verdadeiro destino que a humanidade descobriu para si serão assegurados (tal é a esperança que alimenta a mensagem buberiana) pela vida em diálogo (ZUBEN, 2003: 210).
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Com efeito, é necessário reafirmar a necessidade de estudos consistentes sobre a filosofia de Buber, que a aproxime da atualidade. Analisar a obra de Buber é adentrar um pensamento que – não sendo uma doutrina, mas por sua sintonia com a vida e com o cotidiano -, é uma chama acesa posta diante dos olhos do homem atual, com intuito de alertá-lo e, até mesmo, de guiá-lo à profundidade daquilo que o torna ser humano, a relação. A relação, em suma, além de ser o princípio (no princípio é a relação) é também a contínua atitude instauradora do ser do homem, o ser humano, o Menschen-sein.

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Referências Bibliográficas

BUBER, Martin. Eu e Tu. Tradução de Newton Aquiles von Zuben. São Paulo: Cortez e Moraes, 1977.

SANTOS, Rudinei Borges. No principio é a relação: encontro e diálogo no pensamento de Martin Buber. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Filosofia). Centro Universitário Assunção/São Paulo.

ZUBEN, Newton Aquiles von. Martin Buber: cumplicidade e diálogo. Bauru: EDUSC, 2003.11419595888?profile=original

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Prezado Roger Waters, Acompanhei seu debate com o cantor Caetano Veloso através das cartas públicas trocadas pela internet, nas quais o senhor tenta convencê-lo a não realizar seu concerto em conjunto com Gilberto Gil em Israel. O senhor trouxe ao público brasileiro um debate já relativamente antigo no mundo anglófono, o que a meu ver é […]

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