Todos os posts (1538)

Classificar por

Uma nova versão da história Lilith - Jayme Fucs Bar

Uma nova versão da história Lilith - Jayme Fucs Bar
Eu sempre tive muita curiosidade sobre a História de Lilith principalmente de entender o porquê ela foi tirada do livro de Gêneses, E porque a trasformaram num demônio e numa feiticeira.
Para isso foi necessário assumir um desafio, de escrever esse pequeno texto fazendo uma nova versão de Lilith.
No contexto Judaica Lilith seria anterior a Hava (Eva), consideranda a primeira mulher de Adão, e viviam no Jardim do Éden ,e foram criados como está escrito na Biblia a imagem e semelhança do Criador, Adão e Lilith assumiram uma união carnal, ela leva Adão ao delírio, que vai desejar Lilith como nunca,e com o tempo seus desejos por ela somente cresce, é tão grande que vai leva – lo a se distanciar do Criador, venerando somente o seu prazer por Lilith.
Lilith se vê uma mulher de igualdade na sua relação com Adão,e exige a sua liberdade de escolha, mas Adão somente aceita que a relação fosse de seu jeito,mas Lilith não aceitava esse seu domínio.
A exigência maior de Lilith era que ela também ficasse por cima de Adão, mas Adão não a escutava e nem mesmo a compreendia, somente via os seus desejos e suas necessidades e isso vai deixar Lilith desapontada e inconformada com Adão.
Lilith deve ter perguntado a Adão!
"Por que devo deitar-me embaixo de ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso somos de iguais direitos".
O Conflito entre Lilith e Adão vai se agravar cada vez mais e ela decide pela separação, mas Adão, não aceita, e mesmo apaixonado pela sensualidade e beleza de Lilith, acredita que essa é a ordem e a forma natural de se relacionar, Lilith quer seus direitos, sua liberdade e sente como está longe Adão de entender sua condição de igualdade.
Lilith se revolta! Aclama pelo Criador pede sua intervenção, mas parece que o Criador já tinha novos planos para Lilith e a deixa a seguir seu rumo e ela abandona o Eden, e segue para uma aventura a procura de sua liberdade.
Esse é o primeiro divórcio na história da Humanidade, onde o Juiz e o Todo-poderoso aceita essa separação!
Adão sente triste, traido e abandonado e o Criador vê o sofrimento de Adão e o oferece a ele uma nova mulher Hava (Eva) uma mulher diferente daquela que foi Lilith!
Adão vai ter uma nova mulher dentro de seus moldes, mas não deixa de sonhar todas as noites com Lilith e a procura por todos os lugares do Eden sem poder encontra-la, Adão não sabia que ela fugiu para o deserto e chegou até o mar vermelho.
O Criador que levou Lilith para longe de Adão no meio do deserto vai oferece – la o direito de viver num mundo do livre árbitrio, antes mesmo do " pecado original" de Adão e Hava.
Lilith ganha sua liberdade mas a vida toda terá que saber enfrentar um eterno desafio que será de sobreviver num mundo cheio de perigo,ameaças e preconceitos, mas essa será a oportunidade única de ser uma mulher livre e não mais subjulgada.
Lilith somente deseja a sua liberdade e está disposta a pagar o preço de ser considerada por muitas culturas e tradições como um demônio, a feiticeira, uma vampira das trevas ou a amaldiçoada coruja da noite, mas as Culturas antigas necessitam demonizar Lilith pois ela é uma ameaça ao sistema patriarcal predominante até os dias de hoje.
Mas o Criador é o Único responsável por tudo em sua criação, seu objetivo é o equilíbrio e vai fazer que Lilith tenha um novo homem, na verdade um anjo de nome Samael considerado nas culturas antigas um "Anjo das trevas" , mais não existe "anjos das trevas" no mundo dominado pelo Criador.
Samael será o amante ideal para Lilith, que dará a luz a toda uma descendência de "Lilioth ", que vivem e estão expalhadas por todo o mundo, onde dizem que podemos indentificar os seus decendentes nas mulheres de grande sensualidade, inteligência, de postura rígida que não se deixam dominar pelos homens.
Diferente do que foi escrito em muitas histórias, fábulas e contos o Criador Jamais abandonou Lilith ao contrário,o Criador à protegeu e deixou muitas "Lilioth " presente entre nos!
Acreditem elas não são demônios, são frutos do Criador e ela pode estar ai nesse momento ao seu lado!
Saiba mais…

Os Judeus e a Medicina por Sergio D. Simon

Os Judeus e a Medicina por Sergio D. Simon

Há algum tempo, no final de uma consulta, recomendei à minha paciente que procurasse um determinado especialista para acompanhá-la junto comigo. A paciente, uma senhora já idosa, católica, ostentando um grande crucifixo no pescoço, me pediu: “Doutor, o senhor se incomodaria de me recomendar um outro especialista, mas um que fosse judeu?

Edição 91 - Abril de 2016

Minha avó, que era portuguesa, sempre nos ensinou que devíamos procurar médicos judeus, porque esta é uma velha tradição na nossa família. Parece que em Portugal, há séculos, se recomenda, sempre que possível, que se procure um médico judeu, porque são os melhores”. Surpreso com esta observação, decidi buscar fontes históricas que confirmassem o que me contava essa senhora.

E foi sem muito esforço que descobri que realmente, ao longo de muitos séculos, na Europa, reis e nobres, famílias abastadas e até o próprio Papa, optavam, quando possível, por médicos judeus. Essa figura arquetipal de um médico judeu remonta até mesmo à Babilônia do século III, onde se dizia que um sábio talmúdico de nome Samuel, que se expressava em aramaico, era tão conhecedor da anatomia humana e das regras higiênicas dos judeus que era capaz de curar todas as doenças, menos três1.

O grande livro de Medicina do povo judaico, o Sefer Refuot, entretanto, apareceu por volta do século IV, escrito por Assaf ben Berechiahu (também conhecido por Assaf ha Rofé) e Yohanan ben Zabda. É um livro que abrangia conhecimentos médicos da Mesopotâmia, do Egito, da Índia e dos países mediterrâneos da época, principalmente da Grécia. Acompanhava o livro um “Juramento de Assaf”, que, de maneira muito interessante, é bastante parecido com o Juramento de Hipócrates usado pelos formandos em Medicina até os dias de hoje. Entre outros tópicos, o Juramento de Assaf proíbe o médico, por exemplo, de causar intencionalmente a morte de um doente por meio de ervas ou poções; obriga o médico a guardar segredo sobre seus pacientes, além de inúmeras outras considerações que continuam bastante atuais.

O Sefer Refuot advoga que os médicos dediquem especial atenção aos pobres, num cuidado social provavelmente originado nos escritos dos profetas. O Sefer Refuot estabeleceu entre os judeus a figura singular do médico como uma profissão diferenciada, a ser cultuada com muito estudo e muita humildade. Talvez daí venha a fama dos judeus como especialmente ligados à arte da cura. Existem ainda 15 manuscritos completos do Sefer Refuot, todos em coleções de museus europeus, a mais bem conservada no Museu de Munique.

No século XII, por exemplo, no Cairo, um rabino-filósofo judeu de nome Moshe, que se expressava em árabe e era grande estudioso da Lei e da Medicina judaicas, era procurado durante as Cruzadas tanto por monarcas cristãos quanto por califas muçulmanos, devido à eficácia de suas curas.

Na Europa medieval, entretanto, a grande figura médica judaica foi, sem dúvida, Maimônides. Moshe ben Maimon, também conhecido pelo acrônimo de Rambam, nasceu em Córdoba, na Espanha, provavelmente em 1135, tendo morrido no Cairo em 1204 e levado a Israel para ser enterrado em Tiberíades. O grande Maimônides, homem de intelecto privilegiado, tornou-se um grande filósofo, cientista e rabino, tendo lançado as bases da fé judaica como a conhecemos hoje em dia. Sua obra Mishne Torá, em 14 volumes, ainda tem considerável autoridade canônica como uma grande compilação da lei talmúdica.

Grande conhecedor das bases da Medicina grega, Maimônides publicou dez volumes sobre temas médicos, entre eles a grande farmacopeia da época, com 405 parágrafos sobre todas as drogas então conhecidas, e com todos os nomes por ele traduzidos para o árabe, o grego, o siríaco, o persa, o berbere e o espanhol. Maimônides praticou medicina no Marrocos e no Egito, onde se tornou uma referência na época, recebendo pacientes de regiões tão distantes como o Iraque e a Espanha.

Mas nesta mesma Europa medieval, vários éditos e legislações tentavam proibir que médicos judeus atendessem pacientes cristãos. Uma delas, por exemplo, promulgada por Carlos II na Provença, em 1306, dizia especificamente: “Ordenamos que ninguém, quando acometido por enfermidade, busque um médico judeu ou qualquer outro infiel para conseguir dele, ou através dele, conselhos e tratamentos. Um médico judeu chamado por um cristão pagará uma multa de 10 libras da nova moeda (reforsas) e, se ele se recusar a pagar dita multa, ele será flagelado...”. Mas estes éditos, aparentemente, eram ignorados por grande parte da população. A figura do médico judeu era simplesmente muito forte no imaginário popular. Tanto assim que, em 1341, o Sínodo de Avignon revogou esta ordem, de maneira muito clara, alegando “utilidade pública”, “urgência” e “escassez de médicos cristãos”. Aparentemente a própria Igreja sabia que não era possível proibir o acesso dos cristãos aos médicos judeus.

O próprio Papa Nicolau IV tinha como seu médico de cabeceira o Mestre Gaio, o Judeu (Isac ben Mordechai) até sua morte, em 1292. E o importante Papa Bonifácio IX (papado de 1389-1404) teve dois médicos judeus: Angelo Manuelis, amigo íntimo e declarado “familiaris” pelo papa, e Salomão de Matasia de Saubauducio, que continuou depois como médico do Papa Inocêncio VII, que sucedeu Bonifácio IX.

Entre o alto episcopado católico o quadro não era muito diferente. Em 1398 o poderosíssimo Don Pedro Tenório, Arcebispo de Toledo, contratou o Mestre Haim Ha-Levi como seu médico particular. Já o Bispo de Avignon, Don Nicolau, contratou em 1443 o médico Bonsenior Vitalis, que aparece pouco depois como médico também do Arcebispo de Aix-en-Provence. Inúmeros outros exemplos de altos clérigos da Igreja contratando serviços de médicos judeus são bem documentados também na Alemanha, em Portugal, em Luxemburgo e na Espanha.

E quando chegamos aos próprios padres da Igreja Católica, há inúmeros registros de contratos de médicos judeus em conventos europeus. Na mesma Toledo do Arcebispo Don Pedro Tenório, seus padres apressaram-se a contratar os médicos Yosef (Yucaf) e Avraham, o primeiro por um pago de 333 maravedís2 por ano, o segundo por apenas 200...

Todos os dignatários da Igreja sabiam que transgrediam a lei. Numa interessante carta de queixas de Arnoldo de Villanova ao Rei Frederico III de Nápoles, esta frustração fica clara: “Não há um só convento que não haja contratado médicos judeus. Vemos que o costume é de que nenhum outro médico entre nos conventos, a menos que seja judeu. Isto tanto nos conventos dos padres quanto nos das freiras...”. Alguma reação era esboçada pela Igreja, como o Cabildo Catedral de Cartagena, em Murcia, que, em 1470, substituiu um médico judeu por um cristão chamado Martin Jaimes, argumentando que “será preferível ter um médico cristão do que um judeu atendendo a Igreja”. Com o mesmo sentimento, entretanto, os padres do mosteiro de Burgos também reconhecem que seria melhor um cristão, mas acabam contratando Rabi Samuel (Simuel) como médico da instituição, com um salário de mil maravedís por ano. Assim, a medicina dos poderosos europeus era, quase sempre, praticada por médicos judeus ao longo de toda a Idade Média.

A situação piorou muito para os judeus europeus no fim da Idade Média e nos séculos da Renascença. A partir do século XV, a Igreja Católica aumentou muito seu discurso contra “os inimigos da cruz”, e esta perseguição e discriminação acabaram levando à expulsão dos judeus da Península Ibérica e ao aparecimento da Inquisição. Mesmo nessa época, entretanto, os médicos judeus continuavam em voga. Os anciãos religiosos (“anziani”) de Lucca, por exemplo, eram temerosos de continuar empregando médicos judeus devido à intensa propaganda antijudaica da Igreja. Mas passaram a instituir, então, uma dispensa papal (“bolla”)para manter empregado o médico judeu que os atendia, um certo Dr. Samuel. Há ampla documentação de dispensas papais para médicos judeus a partir de 1426, quando o Papa Pio II permitiu que dois médicos judeus atendessem cristãos. A última delas foi para “Doctor Benjamin (Gullielmo) Salamonis”, um médico judeu de Massa, na Itália. Essas dispensas papais eram documentos complexos, nas quais se externava a esperança de que, através do contato diário com pacientes cristãos, os médicos judeus encontrassem o verdadeiro caminho da salvação. As dispensas lembravam ainda aos médicos judeus que eles deveriam permitir a extrema-unção aos seus pacientes cristãos, e, inclusive, induzi-los a isto.

Mas a dispensa papal não era garantia de emprego e segurança para os médicos judeus da época. Há casos como os de Mestre Elia, na cidade de Assisi, e de Daniel da Castro, na cidade de Bagnoregio, que terminaram desempregados. Apesar de possuirem a bolla papal, a população não mais se sentia à vontade em pagar pelos serviços de um médico judeu, não pela sua eventual falta de competência, mas simplesmente por ser judeu, numa época de grande perseguição por parte da Igreja Católica. Quando se observa a deterioração global da relação entre judeus e Igreja Católica na época, com acusações fantásticas, instituição do ghetto em várias cidades européias, restrições à prática da usura, e, finalmente, a sua expulsão de vários países, não é de se admirar que a relação com os médicos judeus também tenha sofrido enormemente. Mas, mesmo assim, os médicos judeus continuaram sua prática por toda a Europa.

Descrições da época mostram como eram vistos e como agiam os médicos. Relatos detalhados de Kalonymus ben Kalonymus, de Arles, e de Shem Tov Falaquera, de Navarra, mostram os médicos como pessoas de destaque e respeito na sociedade, mas muitas vezes com uma certa arrogância e pompa, por eles ridicularizada. Ambos descrevem como o médico, vestindo um rico manto bordado, atendia em sua casa vários pacientes de uma só vez ou fazia visitas domiciliares a pacientes acamados. Tomavam o pulso, examinavam a língua e os olhos, cheiravam o hálito do doente e analizavam longamente um frasco de urina contra a luz de uma janela antes de darem seu diagnóstico e de receitarem laxantes, remédios à base de ervas, aquecimento do corpo e aplicação de sanguessugas.

A situação dos médicos judeus na Europa, com um misto de admiração e ódio por parte dos cristãos, só veio a se modificar com o advento da Revolução Francesa e do movimento do Iluminismo alemão, que permitiu o acesso de estudantes judeus às grandes universidades.

Devido à longa tradição médica judaica na Europa, as faculdades de Medicina receberam um grande número de estudantes judeus, desproporcional à sua distribuição na sociedade. Ao longo de todo o século XIX os judeus foram ocupando postos de destaque na pesquisa médica européia, principalmente na Alemanha e na Áustria. Vários professores catedráticos foram preenchendo vagas nas grandes universidades.

Em 1930, apesar de décadas de forte antissemitismo europeu, os estudantes judeus ocupavam 11% das vagas nas faculdades de medicina na Alemanha - todos expulsos já em 1933, meses após a ascensão de Hitler ao poder.

Portanto, não foi surpresa quando, nos primeiros 100 anos de outorga do Prêmio Nobel, constatou-se que 26% dos laureados em Medicina eram judeus! Este número, absolutamente fora das proporções esperadas para um povo que constituia 1% da população européia na época, se deve à longa ligação do povo judeu com a Medicina.

De Assaf HaRofé a Maimônides, passando por toda a classe médica judaica da Idade Média, chegando aos gigantes do século XX, como Robert Koch, Paul Ehrlich, Karl Landsteiner, Sigmund Freud, Otto Meyerhof, Rita Levi-Montalcini e inúmeros outros, a Medicina tem sido um grande campo de atuação do povo judeu.

Assim, ficou claro que minha paciente, pedindo-me uma indicação de um médico
que fosse judeu, seguia apenas uma tradição secular européia: a de associar judeus à boa medicina.

1 Não há referência na bibliografia sobre quais seriam essas três doenças.
2 Maravedí: Moeda de ouro ou prata (“maravedí de plata”) da Península Ibérica, usada principalmente na Espanha dos Almorávidas. Provem do árabe marabet.

Sergio Dr. Simon é médico e presidente do Museu Judaico de São Paulo.

Saiba mais…

Amós O Profeta da Justiça Social em 787 a.C Jayme Fucs Bar

Alquns fragmentos da mensagem do Profeta Amós, que viveu por volta de 787 a.C, e se vivesse hoje seria considerado um "socialista dessordeiro", mas Amós jamais conheceu essas teorias ele nada mais cumpriu os valores sociais existentes na (Torá) foi quem previu o fim do reino de Israel e sua total destruição. Ele vai enfrentar tudo e todos, será ameaçado de morte pelos poderosos, mais com todas as ameaças continuará sem tregua a denúnciar as injustiças sociais,reinantes em seus tempos, dedicará sua vida na luta por uma sociedade mais justa, igualitária e exigirá a garantia da dignidade dos pobres e oprimidos.

Sua crítica Social:
1. O enriquecimento da sociedade à custa dos pobres.
2. O suborno e a corrupção de juízes nos tribunais.
3. A opressão, a violência e a escravidão dos pobres.
4. Mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos.
5. Comerciantes desonestos, sem escrúpulo, que deixavam os pobres sem possibilidade de comprar  as mercadorias por preço justo.

Quais são os sete crimes que acusa Amos aos poderosos do Reino de Israel na linguagem de seu Tempo?

1." Vendem o justo por prata": - desprezo ao justo
2. "Vendem o indigente por um par de sandálias": - escravização por dívidas ridiculas
3." Esmagam sobre o pó da terra a cabeça dos fracos" – humilhação e opressão dos pobres
4." Tornam torto o caminho dos pobres" - exploram os pobres e seu direito.
5." Um homem e seu filho vão à mesma jovem": opressão e humilhação das empregadas e escravas
6." Se estendem as mãos sobre vestes penhoradas, ao lado de qualquer altar": falta de misericórdia aos mendigos e pobres
7." Bebem o vinho daqueles que estão sujeitos a impostos”: mau uso dos impostos /corupção.

Os problemas sociais e a falta de justiça estão presentes no dia a dia de Amos. A opressão e as grandes desigualdades nos bens materiais, a falta de sensibilidade pelo sofrimento do outro, a exclusão social, a hipocrisia religiosa e a ânsia de grandes lucros, levaram a Amos a agir pelos direitos dos mais frágeis e lutar e denunciar os poderosos.

A proposta de Sociedade de Amós na linguagem biblica
Levar uma vida caracterizada pela moral e justiça social.
Adorar a ADONAI cumprindo os valores divinos de ética e justiça social.
Amar a DEUS é colocar em prática o amor ao Proximo, pois a fé ao SENHOR deve ser expressa em atos de boas ações.

Saiba mais…

Judeus no Quilombo do Moinho - Jayme Fucs Bar

Judeus no Quilombo do Moinho - Jayme Fucs Bar
Em princípio de 2019 vieram no Kibbutz Nachshon dois amigos com um grupo de Jornalistas para fazer uma reportagem sobre o Kibbutz, mas estavam presente também no grupo (duas) mulheres que atuavam no movimento Negro.
A visita foi incrível e eu que vivo muitos anos fora do Brasil me ajudou a aprender bastante sobre essa realidade que é questão dos Negros no Brasil.
O interessante que na conversa me fez lembrar sobre um episódio que vivenciei e nunca tive a oportunidade de escrever e contar.
Aconteceu já alguns anos atrás, onde recebi uma família de Minas Gerais, pessoas realmente muito especiais que tenho contato até hoje, eles nasceram e foram criados num Quilombo de nome Moinho, e nesse dia estávamos viajando em direção ao Mar Morto e na viagem eles me contavam a história do Quilombo de Moinho as suas tradições, e como sobreviveram como uma sociedade fechada a mais de 400 anos.
O que mais me impressionou foi a frase de uma das integrantes do grupo que me disse:
" Você está vendo que eu tenho a pele parda, apesar de a maioria das pessoas do Quilombo de Moinho serem Negros!
" Na verdade, não entendi a onde ela queria chegar com essa afirmação!
E respondi: “Sim Estou Vendo”!
Porém, ela continuou a frase que realmente me desarmou! “ Eu tenho sangue de Judeu!”
Agora realmente não entendi nada!
E exclamei! “ Como assim? “
“Sabe Sr. Jayme eu sei que é difícil acreditar, mas no nosso Quilombo existe uma história que foi passada por cada geração que os brancos que chegaram fugidos no quilombo eram foragidos por não acreditarem na religião católica!”
E ela para me esclarecer me disse!
“ Hoje que temos mais informações e conhecimentos chegamos a conclusão que eram os Cristãos Novos que foram denunciados por ter prática Judaica!
“ Fiquei realmente congelado com a afirmação da senhora, onde estava dirigindo o carro com 5 pessoas, não me contentei logo que vi um posto de gasolina ainda no meio da estrada resolvi parar o carro para entender bem essa Historia, realmente Incrível!
Com carro já parado olho para todos e vejo que estão sorrindo com forma de aprovar o que ela acabou de me contar!
Esse trabalho de guia é muito gratificante ,muitas vezes, acho que eu que deveria pagar para receber tanto aprendizado das pessoas que encontro nessas viagens! Conviver com seres Humanos é uma eterna aprendizagem!
Ainda mais esse privilegio de ouvir essa historia de pessoas que viveram num Quilombo em Minas Gerias e ouvir de suas boca
“ Que Judeus viveram juntos com os Negros nos Quilombos”
Isso me fez pensar que realmente tem muita logica no que a Senhora e todos me relataram no carro! Os judeus portugueses que viveram no Brasil colônia, quando foram denunciados por suas práticas Judaica e persuadidos não tinham muita escolha entre ser torturados e queimados na fogueira ou decidir fugir! E para onde poderiam encontrar um lugar com certa segurança? Somente nos Quilombos junto aos Negros foragidos da escravidão.
O Quilombo provavelmente era pequenos estados muito bem organizados com leis e regulamentos próprios, que definiam a forma de viver e de se comportar, as pessoas tinham funções, domésticas, agrícolas e militares.
Se acredita que cada Quilombo tinha sua própria Liderança e provavelmente as decisões eram tomadas em assembleias, e a vida era em base do coletivismo.
Hoje Entendo que os Quilombos não somente abrigavam , negros e sim Judeus perseguidos pela inquisição!
Fico imaginando quando os Quilombos foram atacados e destruídos, Negros e Judeus um ao lado do outro lutaram até a morte por sua liberdade!
Quando homenageamos o dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra no Brasil, Nos judeus precisamos estar presentes e agradecer a esses heróis Negros dos Quilombos que nos deram abrigo e nos protegeram contra a tirania da Inquisição Católica.
No Final da viagem fiz um pedido pessoal a essa família, que um dia que eu fosse visitar Minas Gerais gostaria de conhecer o Quilombo do Moinho, para agradecer de perto a essa gente humilde que apesar do tempo, jamais devemos deixar de reconhecer aqueles Negros do Quilombo do Moinho que um dia nos abrigaram e lutaram por nossa liberdade!
Saiba mais…

Shavuot e os 10 mandamentos — Jayme Fucs Bar

Shavuot e os 10 mandamentos — Jayme Fucs Bar
Com certeza, grande parte das pessoas já ouviu falar nos dez mandamentos, porém não tenho certeza se todos sabem o que eles verdadeiramente significam.
Sempre que alguém me pede alguma orientação para entender melhor o mundo judaico, eu proponho que procure a fonte original, que é a Torá, e verifique certas expressões que foram traduzidas do idioma hebraico para o português.
Nesse caso, logo vamos identificar que não está escrito “10 mandamentos”, e sim “Assêret Hadibrot”, que, ao pé da letra, significa “As 10 falas”. Então, melhor dizendo, não são ordens nem leis, e sim 10 “ditos”. Esse entendimento nos ajuda a assimilar e a nos conscientizar de como viver neste mundo e melhorar o comportamento conosco e com o outro.
E se você quiser, podemos também definir numa linguagem mais moderna que os 10 mandamentos são a primeira constituição para a humanidade. Eles são e continuarão sendo um verdadeiro desafio de tentar organizar e reger nossas vidas de forma ética e moral.
A Torá descreve os Dez Mandamentos ou Assêret Hadibrot como um programa central que será revelado a Moisés no Monte Sinai.
Essa descrição tem uma grande importância para o judaísmo e também para toda a humanidade, pois muitos sábios afirmam que se você entender a profundidade desses 10 mandamentos, você poderá entender toda a Torá e os seus 613 preceitos (mitzvot).
O grande paradigma é que esses 10 mandamentos não foram escritos em papiros, e sim gravados em pedra vazada nos dois lados, e por que isso?
Alguns sábios conjeturam que a pedra vazada nos dois lados é a representação do sentido maximalista dessa unidade que representa Deus. Os 10 mandamentos não foram escritos com tinta e papiro, mas sim com a utilização de um único elemento: a pedra, a base de toda a criação.
Filo, um sábio judeu que nasceu e viveu em Alexandria em 15 a.C, declara nos seus escritos que os 10 mandamentos gravados na pedra nada mais eram do que a forma de compreender e realizar os 613 preceitos (mitzvot) que estão escritos na Torá.
Mais tarde, Maimônides definiu os dez mandamentos como "A essência do judaísmo e a raiz comum de toda a sabedoria existente na Torá”.
Os historiadores e pesquisadores bíblicos da atualidade acreditam que antes da destruição do segundo templo em 70 d.C existia um ritual que acontecia na festa de Shavuot, a festa do recebimento da Torá, quando era realizada uma grande cerimônia de renovação do pacto do povo de Israel com a arca da aliança. Nessa cerimônia, eles liam os dez mandamentos e se comprometiam a obedecê-los.
Também era costume nos tempos bíblicos de fazerem a leitura dos dez mandamentos no Shabat. O uso das tzitziot (franjas) na borda das vestes era a forma de trazer no corpo um lembrete da obrigação de cumprir os 10 mandamentos.
Outra curiosidade é que, no período bíblico, diferente do costume rabínico e da tradição judaica atual, a mezuzá era colocada no umbral superior da porta, e não lateral, onde estavam escritos de forma clara os dez mandamentos. É interessante notar que a corrente samaritana ainda mantém esse costume em suas casas.
Por outro lado, a corrente dos caraítas coloca as mezuzot nas portas, porém dentro da mezuzá, há um papiro não com o Shemá Israel, mas sim com os 10 mandamentos.
No aspecto místico do judaísmo, como a Cabala, o número dez se tornou uma base para a definição da plenitude e do equilíbrio do ser humano. De acordo com a interpretação de muitos cabalistas, a criação do mundo e do universo se deu com base nesses dez mandamentos, descritos e governados por dez sefirot.
Mais um aspecto para estimular a boa reflexão é entender a Torá como uma saga humana, e não uma doutrina religiosa. Os 10 mandamentos estão estruturados de tal forma que destacam a relação entre um ser humano e outro 7 vezes, ao passo que a relação entre o criador e o ser humano aparece apenas 3 vezes.
Apresento abaixo os 10 mandamentos como estão escritos na Torá, e tomei a iniciativa de fazer uma interpretação desses “ditos” no contexto da realidade do mundo em que vivemos nos dias de hoje.
1. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te libertou da terra do Egito, da casa da servidão.
(Todo ser humano tem o direito garantido a sua liberdade e de viver com dignidade.)
2. Não terás outros deuses diante de minha presença. Não farás para ti imagem esculpida, nem nada semelhante ao que há nos céus acima, ou na terra embaixo, ou na água debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem os servirás; pois Eu Sou o Senhor, teu Deus – um Deus zeloso, que visita as iniqüidades dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração dos que aborrecem. Mas mostrarei bondade para centenas de gerações àqueles que Me amarem e cumprirem Meus mandamentos.
(Todo ser humano deve se esforçar para não se deixar levar pelas ilusões.)
3. Não jurarás pelo nome do Senhor teu Deus em juramentos vãos; pois Deus não absolverá ninguém que use Seu nome em vão.
(Todo ser humano deve ser sincero e íntegro em sua vida e enfrentar sua própria realidade.)
4. Lembra-te do dia de Shabat, para santificá-lo. Por seis dias, deverás trabalhar e cumprir todas as tuas tarefas, mas no sétimo dia não deves fazer nenhum trabalho – tu, teu filho, tua filha, teu servo, tua serva, teu animal e o peregrino que estiver dentro de teus portões – pois em seis dias, Deus fez a terra, o mar e tudo que neles está, e Ele consagrou o sétimo dia. Por isso, abençoou o dia de Shabat e o santificou.
(Todo ser humano tem o direito a um dia de descanso para si e sua família.)
5. Honrarás teu pai e tua mãe para se prolonguem teus dias sobre a terra.
(Todo ser humano deve valorizar, respeitar e guardar seus pais com dignidade.)
6. Não matarás.
(Todo ser humano deve respeitar e garantir a vida do outro.)
7. Não adulterarás.
(Todo ser humano deve valorizar e resguardar os mais nobres princípios em relação ao outro.)
8. Não furtarás.
(Todo ser humano deve ter a capacidade de respeitar o que pertence ao outro e se impor limites. )
9. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
(Todo ser humano deve assumir responsabilidades por seus atos.)
10. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, seu servo, sua serva, seu boi, seu asno e tudo que seja do teu próximo.
(Todo ser humano deve aprender a amar e respeitar o próximo, e saber como usar o seu livre arbítrio.)
CHAG SHAVUOT SAMEACH!
Fontes:
Torá - A Lei de Moisés, da Editora Sêfer
Sobre Deus e o Sempre - Nilton Bonder
מקורות חג השבועות ומנהגיו https://www.sugat.com/shavuot-origin
Saiba mais…
Reflexões para um Judaísmo Secular Humanista para o século XXI Jayme Fucs Bar -
Como judeu que se define Secular Humanista, gostaria de compartilhar com voces uma pequena reflexões sobre O que vem a ser Judeu ou Judia Secular Humanista no Século XXI.
O Judaísmo Secular Humanista vem se convertendo, nos últimos 40 anos, não só em um pensamento filosófico, mais sim em um movimento organizado, ou melhor, em uma nova e atuante corrente do judaísmo do século XXI.
Desde meados da década de 1960, vem surgindo diversas comunidades organizadas do Judaísmo Secular Humanista, principalmente nos Estados Unidos e em Israel, mas também na Europa, Austrália, e america Latina.
Tais Comunidades têm como base a influência de personalidades e lideres como o Rabino Mordechai Kaplan, fundador do movimento judaísta reconstrucionista nos EUA e o Rabino Sherwin Wine (fundador do movimento Judaísmo Humanista nos EUA; e em Israel podemos citar ainda, entre os mais influentes, Yair Saban, fundador do movimento Meitar, que vê o judaísmo como cultura.e Yakov Malkin Fundador do Movimento Tmura para formação de rabinos seculares Humanista .
O que essas 4 grandes personalidades, Kaplan, Wine, Saban e Malkin , têm em comum é a centralidade do Homem no mundo, mas cada um entendem tais conceitos através de diferentes ângulos, e formas e interpretações complexas de pensamentos! Isso é que faz o Judaismo secular Humanista um movimento dinamico , democratico e pluralista.
Mas o que levou o pensamento filosófico do Judaísmo Secular Humanista a se organizar em comunidades estruturadas no século XXI?
Se Napoleão vivesse hoje, em plena Revolução Global, logicamente não faria aos 71 senedrim (lideres comunitários ) as 12 perguntas que fez na França de 1807. Talvez fizesse apenas uma pergunta:
Quem é judeu ou Judia?
E obteria inúmeras respostas, todas diferentes e corretas. Napoleão provavelmente sairia insatisfeito desse encontro! Sua grande dificuldade, em pleno século XXI, seria definir a quem fazer tal pergunta, uma vez que temos, hoje, um judaísmo de tantos tipos de rabinos e lideres comunitários diferentes.
Judaísmo é, hoje, uma fusão de identidades; não existe uma identidade judaica única, somos judeus de identidades diversificadas, de valores e conceitos que mudam num ritmo acelerado.
As identidades no Judaísmo deste século recriam-se, renascem, revitalizam-se em um novo e versátil judaísmo que se reinventa a cada momento, onde as correntes clássicas desse judaísmo se transformam para sobreviver e se adaptam aos novos padrões de uma mundo onde as identidades estão globalizadas.
O Judaísmo Secular Humanista faz parte integral desse processo, ele está tomando um novo ritmo, criará um novo rumo na vida judaica.
O que criou as bases do pensamento Judaico Secular Humanista no passado foi, sem dúvida, o resultado de um processo de 200 anos de emancipação, tem origem na revelação de Copérnico sobre a terra não ser mais o centro do universo; esse judaísmo assumiu a coragem de Darwin ao afirmar que o homem não é mais filho de Deus; esse judaísmo sentou-se no divã de Freud quando se identificou com a revelação de que o homem é um labirinto povoado pelo inconsciente; esse Judaísmo Secular Humanista é fruto do pensamento de Spinoza, Mendelssohn, Hess, Marx, Buber, Sartre, Levinas , Leibovitch, Theodor Hertzl e muitos outros.
Quem desejar se definir como um judeu ou Judia secular humanista do século XXI terá de enfrentar grandes desafios – não na necessidade de reafirmar o pensamento "O homem como centro do mundo, ou da vida judaica", mas na reconstrução dos fundamentos do pensamento judaico secular humanista, dentro da compreensão de que o judaísmo é uma civilização.
Compreender isso não é o suficiente. É preciso, ainda, saber se unir e atuar como judeus e Judias seculares humanistas. E para isso é necessária a organização em estruturas comunitárias voluntárias e ativas, como as que vêm surgindo nos últimos anos em sociedades judaicas em diversas partes do mundo.
Quem crê em um Judaísmo Secular Humanista precisa conhecer e agir de acordo com preceitos judaicos. Essa prática deverá estar presente em toda a esfera da vida da comunidade, nos aspectos cultural, histórico e educativo, realizando o ciclo da vida judaica , e mantendo dentro de nossa visão secular Humanista nossas festas e as tradições judaicas.
Para compreender melhor a prática desses conceitos, seguem algumas idéias já integradas e definidas em comunidades judaicas seculares humanistas:
• O Judaísmo Secular Humanista para o século XXI deverá restabelecer de forma clara o direito do povo judeu a seu centro civilizatório, que é a terra de Israel. Deverá lutar contra o racismo, o anti-semitismo e o fundamentalismo religioso; deverá restaurar a vida e a cultura judaica através da educação, fortalecendo o núcleo comunitário e os movimentos juvenis existentes como Habonim Dror e Hashomer Hatzair .
• A educação judaica secular humanista não somente depende da compreensão de seus rituais, mas também deve capacitar os seus indivíduos para uma amplitude cultural judaica voltada ao pensamento critico e analítico, para a formação de lideranças capacitadas a enfrentar as possíveis manifestações de antagonismo e hostilidade ao mundo externo.
• A expressão de civilização judaica tem como base de estudo de texto judaico a interpretação das expressões de nossos antepassados e relacionando-as ao pensamento moderno, condicionando-as e interpretando-as de maneira relevante dentro do contexto da sociedade humana e moderna.
• Devem ser incentivadas as manifestações culturais e artísticas como forma de criar um espaço comunitário atrativo, absorvendo, assim, judeus e Judias afastados do judaísmo.
O Judaísmo Secular Humanista acredita que judeu é todo aquele que se identifica como judeu e Judias e está vinculado de forma ativa a sua historia, cultura e tradições.
O filósofo humanista Kenneth Phife define sua visão de Deus de forma muito interessante:
"O humanismo nos ensina que é imoral esperar que Deus aja por nós. Devemos agir para acabar com as guerras, os crimes e a brutalidade desta e das futuras eras. Temos poderes notáveis. Termos um alto grau de liberdade para escolher o que havemos de fazer. O humanismo nos diz que, não importa qual seja a nossa filosofia a respeito do universo, a responsabilidade pelo tipo de mundo em que vivemos, em última análise, cabe a nós mesmos."
Se a responsabilidade sobre o mundo e os seres humanos cabe a nós e não mais a Deus, de que forma podemos assumi-la?
O Judaísmo Secular Humanista deve assumir o legado recebido pelo Profeta Moisés no alto do Monte Sinai. Devemos fazer de cada uma dessas comunidades a consciência da memória do Legado da Ética e da Moral recebido no Monte Sinai. Devemos nos responsabilizar e garantir que esse Legado seja difundido para todo mundo, com o intuito de alcançarmos um mundo melhor e mais humano.
Nenhuma descrição de foto disponível.
Saiba mais…

Sobre a existência de Deus na Torá por Oren Fucs Bar

11419603459?profile=original
                   

O Mundo todo conhece bem a história de Moisés como o grande profeta, que subiu no Monte Sinai para receber a Torá. Sera no Monte Sinai que ele vai receber os 10 mandamentos e escrever  junto a presença de Deus os primeiros cincos livros da bíblia.

As correntes religiosas monoteístas, vêem na Torá como uma expressão perfeita de Deus no mundo. Será que a Torá realmente expressa o reflexo da perfeição de Deus no universo? Será  que realmente Deus participou na escritura do texto bíblico? Acho que não…. Eu vou tentar debater essa crença na minha logica pessoal. Eu não nego a existência de Deus mas se existe alguma coisa que pode ser chamado de Deus, não é aquilo que esta na bíblia.

Antes que debatermos vamos ver o que a gente pensa em comum no sentido de Deus:

1-       Deus é único e ele e a única coisa no universo que podemos chamar de Um.

 

2-       Deus é perfeito e não tem defeito se tem defeito não pode ser Deus.

 

3-       Deus vai além dos nossos conhecimentos e bem além da nossa capacidade de tentar entender ou definir algo em relação a ele.

 

4-       Deus é além da nossa definição e expressão lingüística.

 

 

Se concordamos ate agora vamos continuar….

 

No meu ponto de vista (eu não exijo que ninguém pensa assim),se Deus é perfeito provavelmente a existência dele no mundo tem que ser refletiva em coisas perfeitas, coisas que não podem ser mudadas.

Se você pegar uma pedra e larga ela, com certeza a pedra cai, se você ferver a água no fogo a água vai evapora e vai se transformar em gás. Essas são as leis da natureza regras perfeitas. Integras que não da para escapar delas.

As leis naturais e os fenômenos da natureza são exemplos da presença de Deus no nosso mundo material. É verdade que Deus esta também nos defeitos porem não é uma forma perfeita dele. Quero dizer que se o próprio Deus escreveu a Torá então a Torá terá que ser perfeita em todos os sentidos.

Então existe um problema logico em pensar que Deus é sobre natural e ao mesmo tempo existe em tudo, e pode intervir na humanidade como passa os textos bíblicos.

1-    A bíblia não tem existência atemporal

Se realmente Deus esta na bíblia a bíblia deveria ser relevante em muitos sentidos até hoje. Acontece que a bíblia foi escrita para as pessoas daquela época por isso que muitos assuntos que estão comentados na bíblia perderam o nosso conhecimento e compreensão.

 A bíblia tinha um objetivo claro que era lutar contra o mundo pagão, questão que hoje já não é muito relevante pelo menos no mundo ocidental. A bíblia comenta sobre 613 leis que temos que cumprir, no entanto mais da metade dessas leis são impossível de se cumprir hoje.

Se Deus escreveu a bíblia, a bíblia teria que ser escrito numa forma mais clara para que as pessoas de todas as gerações pós bíblicas pudessem entender e usar no seu dia dia.

 

 

2-    Problema filosófico

Argumentar que Deus está pessoalmente nas histórias bíblicas vem contradizer a afirmação que Deus significa perfeição. Na bíblia Deus esta sendo apresentado como se fosse um dos Deuses da mitologia grega: ele tem raiva, interesse, ele fala com Moisés, e se pode inclusive  negociar com ele. Na bíblia Deus tem vontades e necessidades.

 Vontades e necessidades significam falta de perfeição e defeitos.´´ Não é bom que o homem esteja só´´(genesis capitulo 2) , Será que já no capítulo dois de Gênesis Deus cria o homem e admiti que tenha feito um erro de não ter criado a mulher?

3-    Os estudos modernos

O problema da Torá é principalmente no sentido das comprovações dos estudos históricos. Apesar de não ser o propósito do livro, a bíblia não é confiável nos detalhes históricos. Temos muitos exemplos como: A história da criação do mundo e a história da arca de Noé já eram histórias conhecidas por outras culturas e foram copiadas e adptadas nas histórias bíblicas.

Os primeiros cinco livros da bíblia é datada a 1200 a.C. grande parte dessas historia já existiam na babilônia e em outras regiões do oriente médio e provavelmente influenciaram os escritores da bíblia. A outra questão é o fato que o mundo existe 2.5 bilhões de anos pela ciência e não 5774 anos. Fora os milagres que a ciência não admitiu têm vários eventos bíblicos que a arqueologia e a pesquisa moderna contradizem os fatos bíblicos.

4-    Na minha logica

Se o próprio Deus escreveu realmente a bíblia para a humanidade a influência da bíblia sobre o mundo devia ser positiva. Mas se pensássemos bem sobre a influência mundial da bíblia a gente perceberia quanto sofrimento e dor a bíblia trouxe a humanidade.

Eu sei que em muitos sentidos a bíblia deu também muita alegria as pessoas, mas também é importante pensar que dentro do contexto geral esse livro foi em muitas vezes mal interpretado, dando autoridade e legitimidade para matar e tirar os direitos da liberdade e da dignidade de muitos seres humanos.

Por mais que possa parecer estranho o povo judeu o criador da bíblia, é que vai mais sofrer através da história com esses tipos de autoridades religiosas institucionalizadas.

É importante dizer a todos aqueles que estão lendo esse artigo para que não se assuste, pelo fato que um ou mais ser humano provavelmente tenha escrito a bíblia, isso não significa que esse livro perdeu o valor, ao contrário! O judaísmo pode continuar seguindo com a cabeça erguida e orgulhoso dessa magnifica obra que é a Torá, que possui uma enorme complexidade de pensamentos e valores humanos, sendo sem dúvida parte integral da história e da cultura desse povo tão especial que é o povo judeu.

Saiba mais…

A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg

A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg

"Para a ética judaica, um princípio básico da mensagem moral transmitido ao povo judeu é o de que somos responsáveis uns pelos outros. Para a ética judaica é proibida a indiferença ao sofrimento de outros.

Para a ética judaica, a pobreza não é um problema apenas dos pobres, mas de todos. Leibowitz observa que os profetas dizem “Não haverá pobres entre vós”. Não estão dizendo o que irá acontecer, mas o que deveria acontecer. Sua voz não é de oráculo, senão de exigência moral. Para que não haja pobres, a sociedade deve tomar algumas medidas. Diante daqueles que, na América Latina, atribuem a pobreza dos pobres a eles mesmos, o judaísmo se revolta porque considera tal atitude uma injustiça..
Para a ética judaica as grandes desigualdades são severamente censuradas pelo judaísmo. Os profetas questionaram-nas implacavelmente e julgaram moralmente os poderosos que as fomentavam..
Na ética judaica, ajudar os outros é um dever imprescindível. Como tal, não merece nenhum prêmio nem reconhecimento. O Rabino Abraham Y. Heschel diz que ajudar é simplesmente “o modo de viver correto”. O prêmio está em viver-se desta forma.
A ética judaica está viva e fresca, podendo ajudar a enfrentar o “desencanto do mundo”, o “vácuo dos sentidos” e a inadiável conscientização dos paradoxos da grande pobreza em meio à riqueza potencial que particularizam a América Latina e o mundo. A mensagem deste conjunto ético foi dita pelo sábio do Século I, Hillel: “Se eu não for por mim, quem o será?” significa dizer que todos devemos defender nossa saúde, nossa vida, nossa família; somos insubstituíveis nisto. Mas, acrescentou: “E se eu for somente para mim?”, significando que a vida sem solidariedade, responsabilidade pelo destino de outrem, amor ao próximo, transcedência, não faz sentido. Finalizou: “Se não agora, quando?” O que espera a ética judaica de cada um de nós é que entremos em ação, agora!"

Saiba mais…
A Rainha Ester e o poder das mulheres criptojudias - Jayme Fucs Bar
A história de Purim é reveladora do poder feminino oculto. Talvez esse seja o motivo pelo qual o nome de Deus não aparece em nenhum momento na Meguilat Ester, o Livro de Ester. Embora Deus esteja oculto em cada um de nós, pode ser que Ele se oculte de uma forma ainda mais especial e sutil nas mulheres.
Nos meus anos de estudo sobre o criptojudaísmo de Portugal, sempre tive a grande curiosidade de entender como, em condições históricas quase impossíveis de se preservar o judaísmo, o Purim, ou melhor, o jejum em homenagem à Rainha Ester, podia ser considerado tão sagrado quanto o jejum de Yom Kipur! Além disso, eu me deslumbrava, contemplando o motivo pelo qual Ester foi considerada uma das personalidades bíblicas mais adoradas, ao lado do próprio Moshe!
E por quê?
Com a Inquisição e a proibição do judaísmo em Portugal, o judaísmo rabínico entrou em colapso total. Porém, graças às mulheres, o judaísmo conseguiu sobreviver nesse obscuro tempo que durou mais de três séculos!
Elas tiveram um papel significativo para a sobrevivência e a continuidade do judaísmo, tanto em Portugal quanto no Brasil. Além do mais, a história de Purim, mais especificamente a história da Rainha Ester, serviu de referência para essas mulheres, que se tornaram, na prática, os verdadeiros rabinos de sua época.
Se analisarmos a história de Purim, perceberemos que essa é uma história centrada no feminino. Durante os terríveis tempos da Inquisição, cada homem sabia que tinha uma Rainha Ester ao seu lado: não somente uma parceira, mas aquela que daria continuidade ao legado judaico de seus filhos e de toda a família.
Mesmo nos dias de hoje, há uma Rainha Ester em cada casa, e essa é a nossa maior riqueza, a origem do nosso sucesso, pois muito dependemos dela para criarmos os filhos como judeus e judias.
Ainda que os homens pensem que são o Rei Assuero e que saem para conquistar o mundo, é a nossa Rainha Ester quem vai servir de bússola e nos orientar para o caminho correto.
O homem pode acreditar que é o Rei Assuero quem controla o seu palácio, mas, se ele for sábio, saberá que as pedras e os pilares que sustentam seu lar são a sua mulher e companheira, a Rainha Ester da casa.
Parece que esses conceitos eram muito claros para a vivência do criptojudaísmo em Portugal e no Brasil. Acredito que as mulheres tinham o relato da festa de Purim e a história da Rainha Ester como referência clara de sobrevivência e força.
Ester era uma mulher bonita e atraente. Porém, seu encanto ia além disso. Ela soube ter paciência e calma, foi sábia diante do perigo que ameaçava a existência do povo judeu. Na verdade, naquele tempo, não somente os judeus que viviam na Pérsia corriam perigo, mas qualquer um que vivesse nos espaços dominados pelo Rei Assuero!
Ester não temeu e sentiu a necessidade de se arriscar pelo Povo de Israel. E assim também provavelmente se sentiram as mulheres judias no período das perseguições religiosas em Portugal e no Brasil. Elas estavam dispostas a fazer de tudo para transformar essa realidade.
Ester usou todos os meios para exercer influência discreta sobre o Rei Assuero, que governava 127 províncias. Da mesma forma, as mulheres portuguesas lançaram mão de todos os recursos existentes para passar o legado judaico aos seus filhos e netos, mantendo-se fiéis ao juramento de jamais perder a fé na Lei de Moisés e de guardar o mesmo segredo da Rainha Ester!
As mulheres aprenderam muito com a leitura da meguilat. No período da Inquisição, a maior vingança em relação ao Santo Ofício era passar adiante a verdade judaica dessa força, e assim seguir “ledor vador” [de geração em geração]. Elas sabiam que o milagre se revela somente por meio da ação humana. Embora Adonai esteja oculto em cada um de nós, foi a sabedoria e os atos dessas mulheres determinadas que ajudaram a manter vivas as tradições de seu povo.
Haman foi enforcado com seus dez filhos em uma árvore. A Inquisição portuguesa que, por mais de trezentos anos, perseguiu e tentou aniquilar o judaísmo, também terminou enforcada pela história na árvore da ignorância.
Assim como Ester ajudou na redenção de Israel, as mulheres judias portuguesas se dispuseram a lutar por sua descendência em nome do Povo de Israel.
Infelizmente muitos integrantes das comunidades criptojudaicas que se organizam atualmente no Brasil e em Portugal, mais especificamente em Belmonte, negligenciam a cultura do criptojudaísmo e seguem somente a tradição rabínica sefardita ortodoxa. A meu ver, cometem um grande erro em relação à memória e à tradição criptojudaicas, que sobreviveram graças à resiliência das mulheres.
Sem dúvida alguma, as comunidades dos Bnei Anussim, de qualquer que seja a corrente, têm a obrigação moral de garantir um lugar especial para a Rainha Ester, que é representada por todas essas mulheres batalhadoras — sem elas, o criptojudaísmo de Portugal e do Brasil jamais teria sobrevivido.
Chag Purim Sameach!
Saiba mais…

Ecokosher- Jayme Fucs Bar

Tenho nos últimos anos me preocupado em estudar as fontes diretas da Torah como forma de entender e me aprofundar melhor sobre as origens de nossas tradições, que foram modificadas profundamente nos últimos 1300 anos.
Para quem não sabe, a linhagem rabínica foi a maior reformadora do judaísmo de todos os tempos. Foi graças a ela que conseguimos sobreviver e adaptar o judaísmo no mundo, principalmente com a destruição do Segundo Templo, o exílio e a diáspora.
As consequências disso, porém, é que conhecemos hoje mais as leis rabínicas do que as próprias leis da Torah.
Se os profetas chegassem hoje, em nossos tempos, provavelmente não reconheceriam o que chamamos de judaísmo!
Sim, o judaísmo mudou e continua a mudar para poder se adaptar, sobreviver e dar respostas aos dilemas e às mudanças que vivenciamos em nossa saga de mais de 2000 anos de diáspora, até que acontecesse o verdadeiro milagre que foi a criação do Estado de Israel.
O problema é que, depois que Yosef Karo escreveu o Shulchan Aruch, no ano 1563 da Era Comum, nada mais pode ser escrito ou criado dentro do contexto judaico ortodoxo, fato que muitas vezes leva as leis rabínicas a muitas contradições, pois não é possível saber adaptar suas leis aos novos dilemas da atualidade!
Exemplo claro são, as leis da kashrut que são praticadas hoje na maioria do mundo judaico religioso estão desconectadas das mudanças que o mundo pós-moderno vem sofrendo. Com sua economia de mercado global altamente competitiva, a kashrut não oferece nenhuma importância à qualidade ecológica dos alimentos e nem se preocupa se os trabalhadores que produziram esses produtos receberam os seus direitos com dignidade.
A kashrut não faz nenhum controle ou avaliação da quantidade de produtos químicos e pesticidas que envenenam e intoxicam nossos alimentos, nem existe algum pensamento sobre as causas e danos profundos ao ecossistema e à saúde daqueles que consomem os produtos.
Como podemos dizer que frutas e legumes pulverizados com pesticidas podem ser considerados kasher ?
Como pode ser que não exista nenhum procedimento da kashrut para controlar o sofrimento de animais como as aves e as vacas que são criadas em confinamento?
Como podemos considerar a carne de gansos kasher, quando esses animais sofrem severas crueldades e são alimentados de forma violenta?
Como pode ser que os ovos das galinhas que comemos são kasher, se as galinhas produzem uma super produção de ovos graças à mutilação de seus sistemas sexuais?
Será que podemos chamar tudo que comemos hoje de kosher mehadrim ?
Dentro do que está escrito na Torah, é lógico que não!
A Torah nos obriga a observar o mandamento da não-crueldade com os animais e o respeito ao meio ambiente. A gravidade da ofensa pela crueldade animal não é diferente de comer carne de porco ou de misturar leite com carne!
Na verdade, o Talmud promulgou leis detalhadas para a preservação de animais há mais de 1300 anos, com base no conjunto de leis da Torah. Infelizmente, grande parte do mundo religioso esqueceu as verdadeiras fontes da Torah e da kashrut. As vistorias e supervisões se tornaram hoje um bom negócio, perfeitamente integrado ao mercado de consumo global sem escrúpulos e sem limites.
Vivemos uma realidade de muitos desastres ecologicos, e problemas sociais , portanto chegou o momento para refletir sobre esses temas e, quem sabe, mudar os paradigmas sobre o atual pensamento da kashrut, pois temos que começar a desenvolver um novo conceito: a kashrut social e ecológica com base no que está escrito na Torah.
A Torah nos ensina que somos obrigados a criar sistemas de kashrut baseados na justiça social e no respeito à natureza. Assim, devemos ter uma kashurt que seja voltada para os seus verdadeiros valores de respeito aos animais e às plantas, bem como aos direitos e à dignidade dos trabalhadores que produzem esses alimentos.
Vamos fazer renascer a Eco-Kosher como um padrão moral-econômico para as empresas e as indústrias, vamos consolidar os direitos de seus trabalhadores e vamos assegurar que nós seres humanos não possamos mais prejudicar o meio ambiente e trazer mais sofrimento aos animais.
Hoje, em Israel, como também no mundo judaico, existem várias comunidades e rabanim que veem a kashrut como uma boa oportunidade para aumentar a conscientização sobre questões do meio ambiente e da desigualdade social.
Acredito que se soubermos ampliar esse conceito de Eco Kosher em nossa vida judaica isso poderá nos ajudar e fornecer soluções práticas para resolver estes graves problemas.
Shabat Shalom!

Saiba mais…

A democracia necessita HUMANISTA PLURALISMO
Por  Prof. Yaakov Malkin

Pluralismo Humanista repudia o relativismo que nega os princípios do humanismo e da democracia. Homens e mulheres não nascemos humanos, mas crescer em sua humanidade no contexto de uma cultura nacional. Eles também podem ser desumanizado, pelo nacionalismo e racismo ... Como pluralismo humanista é incompatível com o relativismo que justifica todas as ideologias.

Humanidade e desumanização
Somente homens e mulheres têm o potencial de uma rica humanidade ou para a desumanidade dos matadouros nazista e acampamento Gulag-guardas. Outros animais só percebem o potencial genético de suas espécies. Nas palavras de um dos fundadores do humanismo renascentista europeu, Pico della Mirandola:
O homem possui a dignidade que deriva da capacidade de escolha lhe dado. Em cada ser da Criação não é uma semente que determina as suas qualidades, só pode ser homem como um animal em sua instintividade, como um anjo na sua sabedoria, como uma planta verde em sua indiferença, e como Deus, em sua visão sobre o universo e si mesmo, e no stainlessness de sua conduta. (1486)

Humanismo leva em todas as visões de mundo que fazem o crescimento do ser humano na humanidade o seu valor supremo, a norma suprema pela qual qualquer postulado, comportamento, ou regime é julgada e espesso. Pluralismo e da democracia são as qualidades de uma sociedade e cultura que incentivar e fortalecer este crescimento de homens e mulheres na sua humanidade - como eles aprendem as formas de sua sociedade e cultura, mantendo uma apreciação crítica e independente de ambos.

O relativismo, que diz que todas as partes para um debate são igualmente direito, incluindo as partes que negam outras partes o direito de expressar seus pontos de vista ou de igualdade de direitos, este relativismo coloca a democracia e os homens e as potencialidades das mulheres para a humanidade em perigo real.

A Personalidade Humana desenvolve dentro de um Programa Nacional de Cultura e Sociedade
A humanidade ea desumanidade dos seres humanos só podem ser realizados no estabelecimento de um nacional (ou étnicas, regionais ou tribais a cultura), uma vez que não há ambiente cultural no mundo que não está em um destes. Às vezes, diferentes culturas nacionais co-existir dentro de uma civilização.

A cultura nacional é uma combinação única de linguagem, o universo das associações, a consciência de um património histórico e os trabalhos criativos que medeiam, de tradição e costume. Ele é único na forma de suas afinidades com outras culturas nacionais, na profundidade de sua exposição às comunicações internacionais e tecnologia, e no lugar e função assumida pela religião na vida pública e individual.

Cultura e Civilização
A "cultura" de um povo (ou nação, entidade étnica, e assim por diante), deve ser distinguido, como é aqui utilizado, o termo da civilização '. 'Civilização' é um nome para todos os meios organizacionais e tecnológicas e ferramentas que serve a existência da sociedade e prover as necessidades físicas e materiais dos indivíduos que compõem uma sociedade. "Cultura" é um nome para o complexo de fenômenos e obras criativas que compõem o contexto espiritual em que homens e mulheres são educados de língua, costumes, religiosos e seculares tradições, crenças e atitudes para a humanidade e do universo, os significados a vida humana, a fenômenos naturais, de valores éticos, e para a vida ea morte. Como Buber (no rosto do homem ????):
A civilização é o intelectual de uma reformulação científico, prático e utilitarista ordenação das coisas. É a realização e atualização do que ordena sob a forma de regimes e instrumentos ...
Cultura é a ação do espírito do homem à procura de expressão, a sua aspiração, e se esforça para dar forma a sua essência. Tudo esta acção e movimento encontra no mundo é, mas o material com o qual deseja configurar dessa forma. Os produtos do espírito do homem são de seu próprio tempo, mas também são percebidos como símbolos as dimensões da alma. Ao contrário da civilização, a cultura não pode acumular, mas tem que ser renovada a cada geração. As obras de cultura não são meios para fins, mas fins em si mesmos e suas intrínsecas, ou seja auto-suficiente enche nossas vidas ...
Cultura contém as configurações que homens e mulheres assumem, usando os materiais e as tradições oferecidos pela sua sociedade.
Nas obras de uma cultura que encontramos expressões da solidão e singularidade de seus criadores e do próprio homem.
Obras criativas e tradição são as duas faces da cultura: só em conjunto é que os dois possuem valor cultural.
Aprender as formas da sociedade de uma pessoa e Cultura, mantendo simultaneamente uma apreciação crítica e independente de ambas as
Homens e mulheres crescem em sua humanidade, no contexto de uma cultura nacional, um processo moroso e complexo composto de duas tendências aparentemente opostas: (a) aprender os caminhos da nossa sociedade e cultura (socialização dos termos deselegante "e" aculturação "aproximados este)-isto é, a adaptação à sociedade e suas convenções comportamentais e leis, absorvendo os valores considerado absoluto, e material de aprendizagem da cultura e produções artísticas e outras características de destaque, e (b) desenvolver a personalidade independente e uma capacidade de crítica , de onde vem a autonomia espiritual que provoca-nos a rever e reavaliar tudo o que a sociedade ea cultura têm inculcado, para desenvolver uma criatividade expressiva nossa singularidade particular, e de modo a cumprir o nosso próprio potencial único.

As duas vertentes desse processo de prosseguir no contexto da cultura nacional, do vernáculo falado, nos contextos da família, comunidade e sociedade nacional em que homens e mulheres crescem desde a infância até a maturidade, e no contexto de uma maior ou menor exposição aos meios de comunicação internacionais e para as entradas de outras culturas nacionais veiculados através dos meios de comunicação.

Em nossos dias, a civilização está levando a uma escala global diante dos nossos olhos em tecnologia, comunicações, vestuário, governança. Ao mesmo tempo, os movimentos nacionais e particularismos étnicos estão mexendo e exercitar a musculatura política e cultural.

Os judeus da Diáspora são, na maior parte criada na cultura nacional do país de acolhimento e, em menor grau, nas culturas da sua comunidade judaica local. Judeus israelenses estão criado e educado na cultura nacional israelo-judaica, que tem o carimbo como todos os outros da cultura global, mas ainda mantém e enfatiza sua particularidade, uma particularidade da linguagem, do património histórico e cultural, dos escritos de familiares desse património, das festas nacionais e religiosas, dos costumes e da tradição, e assim por diante. Os cidadãos árabes de Israel, cerca de vinte por cento da população, crescer dentro de uma cultura palestino-israelense que, embora intimamente relacionada à de países árabes vizinhos, também agora abrindo mais e mais para os agrados da cultura global. Dentro de duas das culturas nacionais de Israel, agora temos os movimentos humanistas em desenvolvimento, determinada a combater tendências anti-humanista e assim trazer uma melhor qualidade e mais rica da vida.

Chauvinismo e racismo Dehumanize
Todos os humanistas, sejam elas religiosas ou seculares, repudiar um relativismo que tolera a educar as pessoas para a degradação da sua humanidade, no nacionalismo, racismo, chauvinismo ou sexual. Nacionalismo e racismo e chauvinismo ensinar seus discípulos a se ver como uma nação superior ou raça ou sexo, uma concepção que lhes permite causar aos outros o que eles odeiam a si mesmos, para tratar outros seres humanos como meio e não termina, e para guia de seu próprio comportamento com o que eles defendem como princípios éticos, mas que se aplicam apenas ao seu próprio sexo, raça ou grupo nacional.

Educação para o nacionalismo eo chauvinismo nega o mestre três valores humanistas decretado por Hillel e Kant:
• Que você não deve fazer aos outros o que você teria feito o ódio a si mesmo
• Que você não deve tratar os outros seres humanos como meios, mas como fins em si mesmos
• Que nenhuma regra de comportamento é ético que não é universalmente aplicável.

Uma educação humanista inculca estes três valores, luta para garantir a igualdade de direitos para toda nação, raça e sexo, reconhece cada homem e mulher o direito à dignidade e também a sua obrigação de respeitar a dignidade dos outros.

Em contrapartida, um macho de ensino-chauvinista, por exemplo, ensina valores da desigualdade, que permitem que as mulheres e meninas para ser humilhado, de ser distanciado para as seções de mulheres de ônibus e sinagogas, e ser privado de seu direito à igualdade no casamento e perante os tribunais religiosos de direito. Em todos estes actos e na bênção manhã diário do Criador "que você não me fizeram uma" mulher-macho correções educação machista nas mentes de seus estudantes a convicção de desonesto na superioridade do homem sobre a mulher.

Pluralismo humanista pode encontrar nenhuma compatibilidade com todos os princípios relativista, que encontra legitimidade e justiça em todas as visões de mundo e nos valores deles derivados, não excetuando o canibalismo e filosofia do Talebã, e fazê-lo em razão simples de que "tendo gerado em seus crentes "ambiente cultural, devem ser considerados como produtos de uma cultura diferente", e certamente não como valores vergonhoso desumanizar seus adeptos. (Essa linha de pensamento pode reivindicar ser novo e "pós-modernista", mas na realidade imita a argumentação relativista da Herder do século 19 na Europa, um dos primeiros a definir "cultura".)

Humanista Valores Hold precedência sobre os Mandamentos Halakhic
Os valores são, como vimos, os padrões pelos quais julgamos e espesso.
Os mandamentos Halachá (mitzvot) não são valores, mas as leis a serem testadas em função dos valores.
Valores humanistas derivam da convicção de que os valores morais são criações humanas concebidas para o bem da humanidade.
Os valores do judaísmo são valores universais no vestido judaica e são de modo algum a mesma coisa que os mandamentos halakhic.

O valor "Não façais aos outros aquilo que você não teria feito a você" é um valor universal que Hillel deu um contexto judaico, acrescentando: "Essa é toda a Torá". É, naturalmente, não a totalidade da Torah, mas aparentemente foi, na opinião abalizada de Hillel, a essência ética da Bíblia, os Dez Mandamentos, a prioridade concedida pelos profetas com a justiça social sobre os rituais de culto, e de Jó protestos contra o Holocausto visto em três gerações de sua família por um complô tramado entre Deus e Satanás, pela simples razão de que ele era um homem justo (como é contada na narrativa quadro a esta magnífica obra judia, cuja figura central, no entanto, não é judeu).

Regra de Hillel ignora ou invalida muitos mandamentos da Torá, como a de um massacre de populações inteiras, homens, mulheres e crianças. Mandamentos como estes, ao que parece, Hillel não se localize na Torá essencial, uma Torá que sentia poderia ser encapsulado em um valor ético universal.

Humanista anti-relativismo exige que todas as leis, secular e religioso igualmente, ser testados contra os valores humanistas e, portanto, que cada ser modificado ou limitado ou, se necessário, até que anulou corresponde a esses valores. É por isso que uma democracia iluminada, como a nossa, tem um Tribunal Supremo, que decide sobre a base dos valores fundamentais da justiça e não apenas em consonância com as leis aprovadas por uma maioria parlamentar que passa.

Separando Mitzvot que correspondem aos valores humanistas dos que Não
Humanistas, seculares e religiosos igualmente, reconhecer mitsvot como legítimos, desde que estejam em conformidade com os valores da igualdade, liberdade, dignidade humana e outros valores congruentes com os valores de Hillel e mestre Kant. Aqueles que não são rejeitados. Isso trouxe muitos humanistas religiosos para viver em conflito com os usos tradicionais mitzvot ou violar seus valores humanistas (Yeshayahu Leibowitz fez este ponto em sua 'I Am Not A endereço humanista ", a ser encontrado em Free Judaísmo e Religião em Israel, 1999). Há muitos humanistas religiosos trabalhando na reforma Halachá para alinhá-la com os princípios da justiça, ou de ter a bênção "que você não me fez uma mulher" removido da liturgia, para ter "a mulher seções de sinagogas acabar com, a concessão de igualdade para homens e mulheres, incluindo o direito de eleição para o rabinato Dayan e dayanate [= juiz religioso], para liberar a sábado a partir das normas e regras para impedir as pessoas de gozar os seus dias de descanso semanal, e assim por diante e assim por diante. Mudanças como essas, hoje aceito como necessário pela maioria dos judeus religiosos do mundo, incorporam uma abordagem, que repudia a eternização dos costumes e mitsvot simplesmente porque a tradição tem santificou gerações passadas e atribuíram-lhes o próprio Deus.

Crucial para a guerra de culturas agora a ser travada em Israel no fim do século 20 é a batalha entre aqueles que apóiam a precedência de valores humanista e democrático sobre a Halachá seus mandamentos e os representantes da minoria ortodoxa, que prevalece a procura de Halachá e suas mitsvot sobre a democracia e as suas leis e tribunais, o Supremo Tribunal incluído. Uma abordagem relativista que justifica e incentiva atitudes anti-democráticas e apóia o direito à incitação difusão das seitas tais atitudes, portanto, ameaça a própria existência da democracia, para não mencionar o pluralismo que é o seu fiador e principal sustentáculo.

Os argumentos racionais para negar relativismo pluralista Fundamentação
Parece que a cara dele de ser contraditório que o pluralismo humanista, que exige a liberdade de expressão e congratula-se com uma gama de opinião e de crença, deve ser tão categoricamente contra o relativismo, que, afinal, dá legitimidade a todas as opiniões e crenças. A resposta para o paradoxo é que o valor fundamental para qualquer humanista é a expansão da humanidade dos homens e das mulheres: os humanistas não pode justificar, nem se reconciliar com a desumanização ideologias que destroem a democracia e destruir o tecido da sociedade que permite que o relativismo de existir.

Esta é uma escala de prioridades que só surgiu mais forte a partir da análise racional e testes empíricos no laboratório da vida real. Olhe para os resultados da aplicação dos princípios do pluralismo e da democracia, com as condições necessárias para a humanidade a desenvolver ea flor, as contradições e limitações que, na vida real trazer as pessoas para justificadamente violar regras de comportamento decorrentes de valores humanistas, por exemplo, a defesa a si mesmo pela força letal contra uma mentalidade atacante, ou exercer a compaixão de matar alguém implorando para ser libertado do sofrimento incurável e inútil. "Não matarás" deriva do humanismo valor atribui à santidade da vida, mas nos dois casos citados, mesmo que este valor pode ser ultrapassado com a justiça.

Análise racional dos factos da história mostra que as pessoas expandir sua humanidade de forma aberta, livre evolução da sociedade. As ideologias do egoísmo, como o racismo dos movimentos sócio-políticos ou de regimes ditatoriais, o ataque do tecido social e ensinar a desumanização, como aconteceu quando o nazismo racista assumiu a Alemanha ea maior parte da Europa, ou sob o império do comunismo stalinista, ou no tempo de Mao revolução cultural Tse Tung ". Vamos proteger a democracia ea capacidade de uma sociedade democrática, para chamar as pessoas para uma humanidade mais ampla, educando todos os cidadãos em valores humanistas e pela luta contra a legitimidade dos movimentos racistas e chauvinistas.

A indulgência que as democracias subvenção ao perigo de incitamento racista e chauvinista sua própria existência, testemunha o destino da República de Weimar no pós-Primeira Guerra Mundial na Alemanha. Educação que inculca valores humanistas, tornando as pessoas conscientes das obrigações que têm com outros indivíduos e à sociedade em geral, incluindo o dever de defender os seus direitos, irá promover um ponto de vista positivamente crítica e resistência a qualquer movimento pregando o egoísmo eo anti-humanismo.

Relativismo substituir por uma garantia dos direitos democráticos a todas as minorias
Não pode haver nenhuma justificação para a exploração da democracia e dos seus recursos para operar anti-democrática de sistemas educativos, que ensinam os sistemas de obediência cega a um líder religioso ou secular e implantar mecanismos de demagogia junto com ameaças do fogo do inferno, diabos e fantasmas e de incitar assustar as pessoas em guerra contra as instituições e os princípios da sociedade democrática.

O relativismo que respeita todas as opiniões e todas as leituras contraditórias da realidade como nega igualmente corrigir a si mesmo, negando a existência de uma realidade descoberto pela experiência, de pesquisa, debate e colocação de hipóteses para refutar ou confirmar por meio de testes empíricos.

A democracia das decisões por maioria está empenhada em defender todas as minorias e individuais de tratamento arbitrário e qualquer forma de coacção, com excepção das vital para a existência da própria sociedade. Em consonância com este, que permitirá um minoria de educar seus filhos de acordo com suas próprias luzes, prevêem que cumpre seus deveres para com a sociedade em geral e faz uma componente de educação que o reconhecimento das leis da sociedade mais ampla democracia e dos direitos que concede a cada indivíduo na mesma. Sem esta condição, que para beneficiar a sociedade deve conceder direitos a todas as minorias e individual em que se deve primeiramente cumprir uma das obrigações da sociedade para que nenhuma sociedade aberta e da democracia não pode existir.

Pluralismo Humanista é um reconhecimento dos direitos e liberdades dos homens e mulheres para prender opiniões contrárias e professam crenças conflitantes. Para entender e defender esses direitos e liberdades individuais de uma sociedade vai exigir de seus indivíduos para cumprir suas obrigações para com ela e manter a sua posição como uma sociedade que permita a cada pessoa a desenvolver a sua humanidade. Assim sendo, não se pode admitir um relativismo, legitimando crenças e opiniões que negam os direitos de todos à liberdade e igualdade e que põem em causa a própria existência da sociedade como um contexto no qual a humanidade pode florescer.

Pluralismo humanista, um quadro de conduta para aqueles que estão por valores humanistas, contém nenhuma justificação para os ensinamentos do egoísmo, racismo, nacionalismo ou chauvinismo masculino, nem admite qualquer direito de incitar as pessoas em nome de tais ensinamentos, mesmo se " eles são um componente de uma cultura tribal ou comunal e tradição ". Reconhecendo a legitimidade da controvérsia subsume um reconhecimento da ilegitimidade do totalitarismo que o silêncio de toda a controvérsia.

* O Texto foi  traduzido no Googel do Hebraico ao Portugues, logicamente perde muito do texto original, mas ajuda a ter uma ideia desse pensamento profundo e Humanista do Prof. Yaakov Malkin

Saiba mais…

Um dia, estava com uma família de passeio em Tzfat , com um menino de doze anos, muito esperto e curioso.

Estávamos todos na Sinagoga de Isaac Luria, já na saída, quando o menino comentou: “Jayme, essa sinagoga não tem uma mezuzah na porta?”.

Eu, que já havia entrado nessa sinagoga centenas de vezes, respondi com toda a segurança do mundo:

“Claro que tem!”.

O menino insistiu na pergunta, o que me levou à curiosidade de voltar com ele até lá! Quando chegamos, olhei para a porta dessa importante sinagoga e, de verdade, percebi que não havia nenhum mezuzah no umbral, algo que nunca tinha observado!

Logo pensei em voz baixa " Como pode não ter uma Mezuza numa sinagoga , ainda mais a Sinagoga do rabino Cabalista Issac Luria ?

Minha curiosidade aumentou e fui até um dos mekubalim que estavam no local, então perguntei:

"Desculpa, mas por que não há uma mezuzah na entrada da sinagoga?”

O mekubal , de forma direta, me disse: "Não precisa!”.

Eu exclamei, surpreso: "Mas por quê?”

E ele me respondeu: “É porque você está dentro da mezuzah!".

Saiba mais…

SER JUDEU - Lu Anastacio

SER JUDEU - Lu Anastacio
"Passos que caminham há mais de 3000 anos
Que se expandem pelo mundo
E se unem a tantos outros
Passos que partem do coração e a ele voltam
"Vá para si mesmo!"
Ser judeu para além do sangue,
pacto moral.
Sou judeu e resisto no tempo.
Sou judeu por meus valores.
Sou judeu, minha força e resistência.
De que é feito o coração judaico?
Esperança e amor. "
Saiba mais…

Ancestralidade Crípto-judaica

Escrevo este post em homenagem a minha 13ª Avó, Maria da Costa e demais antepassados crípton-judeus. Maria da Costa, filha de João Lopes de Elvas e de Inês Alvares, uma família de origem judaico sefardita, foi presa por seguir a fé judaica em 03/06/1618 por Ordem da Inquisição de Portugal, ela tinha com 35 anos de idade, seu Processo n.º 11992, Inquisição de Lisboa (disponível para acesso em Torre do Tombo). Condenada, como sentença consta: “Abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penas e penitências espirituais”. Auto de Fé de 05/05/1624. Encontrar processos como o de minha 13ª Avó, marcou minha vida e materializou a fala de meus falecidos avós, pois a memória de que éramos descendentes de cristãos novos me foi revelada por minha avó paterna quando eu tinha 12 anos de idade. Como tive o privilégio de conhecer meus 4 avós e um casal de bisavós, minha infância foi cercada de histórias dos antepassados.
Já adulto passei a pesquisar minhas raízes e buscar documentos que me levassem o mais longe possível em minha ancestralidade e se passaram 23 anos desde que comecei a pesquisar minha genealogia e constatei que meus avós tanto os paternos quanto os maternos descendiam de cristãos novos. Nesse tempo venho estudando a história do povo judeu e identificando em minha vida e nos costumes ensinados por meus avós muito da cultura judaica, fato que enche meu coração de alegria e me faz sentir parte do povo judeu, pois sou uma semente de Israel.

Saiba mais…

Ancestralidade Crípto-judaica

Escrevo este post em homenagem a minha 13ª Avó, Maria da Costa e demais antepassados crípton-judeus. Maria da Costa, filha de João Lopes de Elvas e de Inês Alvares, uma família de origem judaico sefardita, foi presa por seguir a fé judaica em 03/06/1618 por Ordem da Inquisição de Portugal, ela tinha com 35 anos de idade, seu Processo n.º 11992, Inquisição de Lisboa (disponível para acesso em Torre do Tombo). Condenada, como sentença consta: “Abjuração de veemente, cárcere a arbítrio, penas e penitências espirituais”. Auto de Fé de 05/05/1624. Encontrar processos como o de minha 13ª Avó, marcou minha vida e materializou a fala de meus falecidos avós, pois a memória de que éramos descendentes de cristãos novos me foi revelada por minha avó paterna quando eu tinha 12 anos de idade. Como tive o privilégio de conhecer meus 4 avós e um casal de bisavós, minha infância foi cercada de histórias dos antepassados.
Já adulto passei a pesquisar minhas raízes e buscar documentos que me levassem o mais longe possível em minha ancestralidade e se passaram 23 anos desde que comecei a pesquisar minha genealogia e constatei que meus avós tanto os paternos quanto os maternos descendiam de cristãos novos. Nesse tempo venho estudando a história do povo judeu e identificando em minha vida e nos costumes ensinados por meus avós muito da cultura judaica, fato que enche meu coração de alegria e me faz sentir parte do povo judeu, pois sou uma semente de Israel.

Saiba mais…

A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg

A Ética Judaica: de Bernardo Kliksberg
"Para a ética judaica, um princípio básico da mensagem moral transmitido ao povo judeu é o de que somos responsáveis uns pelos outros. Para a ética judaica é proibida a indiferença ao sofrimento de outros.
Para a ética judaica, a pobreza não é um problema apenas dos pobres, mas de todos. Leibowitz observa que os profetas dizem “Não haverá pobres entre vós”. Não estão dizendo o que irá acontecer, mas o que deveria acontecer. Sua voz não é de oráculo, senão de exigência moral. Para que não haja pobres, a sociedade deve tomar algumas medidas. Diante daqueles que, na América Latina, atribuem a pobreza dos pobres a eles mesmos, o judaísmo se revolta porque considera tal atitude uma injustiça..
Para a ética judaica as grandes desigualdades são severamente censuradas pelo judaísmo. Os profetas questionaram-nas implacavelmente e julgaram moralmente os poderosos que as fomentavam..
Na ética judaica, ajudar os outros é um dever imprescindível. Como tal, não merece nenhum prêmio nem reconhecimento. O Rabino Abraham Y. Heschel diz que ajudar é simplesmente “o modo de viver correto”. O prêmio está em viver-se desta forma.
A ética judaica está viva e fresca, podendo ajudar a enfrentar o “desencanto do mundo”, o “vácuo dos sentidos” e a inadiável conscientização dos paradoxos da grande pobreza em meio à riqueza potencial que particularizam a América Latina e o mundo.
A mensagem deste conjunto ético foi dita pelo sábio do Século I, Hillel: “Se eu não for por mim, quem o será?” significa dizer que todos devemos defender nossa saúde, nossa vida, nossa família; somos insubstituíveis nisto. Mas, acrescentou: “E se eu for somente para mim?”, significando que a vida sem solidariedade, responsabilidade pelo destino de outrem, amor ao próximo, transcedência, não faz sentido. Finalizou:
“Se não agora, quando?” O que espera a ética judaica de cada um de nós é que entremos em ação, agora!"
שבת שלום! Shabbat Shalom!
Saiba mais…
Massada em terras portuguesas - Noite de Chanuka de 1496
Jayme Fucs Bar
Um dos livros que mais aprecio sobre a história dos judeus de Portugal é do rabino e historiador Alemão Meyer Kayserling, que nos meados do século XIX ainda, quando os arquivos do Santo Ofício da Inquisição em Portugal permaneciam
secretos, ele decidiu pesquisar e divulgar uma temática esquecida:
" A História dos judeus de Portugal”.
Eu pessoalmente considero o trabalho realizado por Meier Kayserling um dos mais fiéis retratos da triste trajetória do judaísmo Português.
Não sei quantas vezes já li e consultei esse livro, e aqui estou em Portugal - Belmonte, festa de Chanucá , e mais uma vez com esse livro aberto em minhas mãos, aproveitando esses tempos da pandemia para pesquisar sobre essa rica fonte de informações que Meier Kayserling nos oferece. Por acaso abro uma página e me dou de frente com um episódio no período de Dom Manuel e, cada vez que avanço na leitura, lágrimas caem dos meus olhos!
É inacreditavel como o povo judeu tem que sofrer tantas perseguições e incalculáveis tentativas de extermínio.
E tudo isso aconteceu num belo dia de 24 de dezembro. Por acaso essa era uma noite de Natal e também o acender da primeira vela de Chanuka. Foi nesse triste dia que se decretou o destino dos judeus de Portugal, onde o rei Dom Manuel ordenou que os judeus teriam um prazo de 10 meses para se converter ao cristianismo e, se não, teriam que abandonar Portugal.
Uma grande maioria começou a providenciar a partida e começaram a abandonar Portugal, principalmente para o império Otomano e Holanda, mas essa situação desagradou muito ao rei que tinha esperanças de uma conversão sem o uso da força. Somente uma minoria, principalmente os judeus mais ricos, optaram por essa opção.
Dom Manuel, frustado com seus planos e incentivado pelo clero fanático, não esperou terminar o prazo que ele próprio determinou! E vai publicar a pavorosa ordem na noite de Páscoa de 1497, em que todas as crianças judias menores de 14 anos fossem arrancadas de suas casas e levadas para serem criadas e educadas na fé cristã.
Incrível como existem vários relatos sobre esse diabólico episódio em nome da fé cristã e muito pouca coisa foi escrita até hoje.
Fico imaginando os gritos de despero de cada pai e mãe judia, agarrados com unhas e dentes para salvar seus filhos!
Entre muitos relatos está um de um cristão velho de nome Coutinho.
“ Vi com meus próprios olhos como muitos foram arrastados pelos cabelos à pia batismal!
Vi como um pai de cabeça coberta sob dores e lamentação acompanhou seu filho e, de joelho, clamou que o todo-poderoso fosse testemunha que jamais abandoriam a fé mosaica e desejariam a morte do que a fé cristã”
Outro episódio conta sobre um judeu de nome Isaac Ibn Zachin homem erudito que matou seus filhos e se suicidou, pois queria morrer como judeu.
Há também relatos de mães que se suicidaram agarradas aos braços com seus filhos, se atirando nos poços e rios.
Mas também não faltaram verdadeiros e bons cristãos que, vendo toda essa barbaridade, não refutaram em ajudar a esconder certas crianças e, quando foram descobertos, pagaram com suas vidas.
Um soberano trasfigurado num monstro vendeu os judeus pelo amor ao poder e estava definitivamente convencido em obrigar todos os judeus a adotarem o Cristianismo.
O Mês de Outubro chegou àqueles que ainda tinham a esperança em acreditar nas palavras do rei e foram, por sua ordem, se concentrar no Porto de Lisboa como a última oportunidade de abandonar Portugal. Cerca de 20 mil judeus e judias se apresentaram nesse Macabro encontro e "ficaram a ver Navios”, termo até hoje popularmente usado que muitos não sabem a sua verdadeira e triste origem.
Chegando ao seu destino o “Porto da desgraça”, foram presos e encaminhados como gado para o matadoro, onde foi anunciado que o prazo havia expirado e, à força, foram batizados em pé com baldes de água “Benta”. Quem tentou fugir ou reagir foi imediatamente morto!
Mesmo que, oficialmente, a Inquisição Portuguesa tenha sido decretada em 1536, durante o reinado de D. João III, pelo Papa Paulo III.
Aqui fica registrado que em Chanuka (29 de Kislev) de 24 de Dezembro de 1496 foi oficialmente a data do fim do judaísmo em Portugal.
Eu sei que estamos na véspera de Chanuka (Chag Orim) Festa das Luzes e esse texto que escrevo não é fácil de ler, mas me sinto na obrigação de acender uma pequena vela de Chanuka para iluminar e homenagear as vítimas desse triste episódio, que ficou esquecido na nossa história!
Quem não conhece a história do último baluarte de resistência dos judeus em Massada contra a opressão romana e o seu tráfico fim do suicídio coletivo !?
Em Portugal isso também aconteceu!
Eu chamaria essa data de Massada em terras portuguesas!
Saiba mais…

PRECISAMOS DE ALGUÉM...

PRECISAMOS DE ALGUÉM...
Que entenda a necessidade de criarmos o nosso próprio marco comunitário, ter os nossos próprios rabinos, nossas sinagogas, nossos centros de estudos, manifestando a nossa própria forma de ser judeu e Judia Secular humanista.
Precisamos de alguém...
Que esteja interessado em ser parte de um grupo que define que judeu e Judia é todo aquele que se identifica como judeu e Judia e se sente vinculado à sua história, cultura e tradições.
Precisamos de alguém...
Que esteja interessado na valorização da educação judaica como instrumento maior para a formação da identidade judaica secular humanista, identidade que assuma responsabilidades comunitárias, sociais, políticas e ecológicas.
Precisamos de alguém...
Que acredite que o Judaísmo é uma das práticas da liberdade e da dignidade do povo judeu e defenda o direito à liberdade e à dignidade de todos os seres humanos.
Precisamos de alguém...
Que possa compreender que o Judaísmo é uma civilização, que o Estado de Israel é o centro da Civilização judaica e que a revolução sionista foi uma revolução cultural que proclamou a soberania espiritual dos judeus e judias no centro de sua cultura e civilização.
Precisamos de alguém...
Que não tenha medo de enfrentar este mundo de crises, de individualismo, de guerras, de racismo e de preconceitos, de competição e de consumismo, e que entenda que o Judaísmo secular Humanista procura enfrentar a essas realidades.
Precisamos de alguém...
Que acredite que a história judaica é uma das sagas do ser humano, que o Tanach e o Talmude são referências originárias do significado da moral e da ética do ser humano e que está em nossas mãos a responsabilidade na resolução dos problemas humanos.
Precisamos de alguém... Que acredita numa comunidade judaica Secular humanista da visão dos profetas de Israel, almejando uma sociedade de paz, justiça e respeito ao outro.
Precisamos de alguém...
Que Não Esquece jamais de Saber Amar o Proximo.

Saiba mais…

Eu tinha meus 17 anos em 25 de outubro de 1975, quando o Jornalista Vladimir Herzog foi assassinado nos porões do DOI - CODI, em São Paulo. E o absurdo foi que Herzog chegou de forma voluntária, para prestar esclarecimentos sobre a acusação de ser ativista do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Foi torturado e assassinado cruelmente pelos carrascos da ditadura militar e, como era comum na época, ou o corpo desaparecia ou simulavam a morte por suicídio ou ataque cardíaco.
Nessa época, já como ativistas do Hashomer Hatzair do Rio de Janeiro, fizemos uma reunião sobre o tema com outros jovens da minha idade, na nossa sede na Tijuca, sobre a situação comunitária de aceitar ou não a resolução oficial que Vladimir Herzog tinha se suicidado na prisão! Me lembro do impacto que tivemos como jovens de achar que não poderia existir uma voz na comunidade que pudesse falar em voz alta a verdade que Vladimir Herzorg foi assassinado cruelmente!
Não podíamos julgar ninguém, pois esse era um período obscuro de trevas e de medo, que cada brasileiro e brasileira vivia! Medo de ser mais um Herzog nos porões do DOI CODI .
Mas dentro desse abismo obscuro de medo e insegurança, sempre aparece, nos momentos difíceis do Judaísmo, uma Luz que nos ilumina e traz esperanças!
Essa luz foi Henry Sobel, um jovem rabino de 31 anos, que se negou a aceitar a versão oficial dos carrascos da ditadura Militar de que Vladimir Herzog tinha se suicidado. A Farsa era total e absoluta e o DOI CODI divulgou uma foto de Herzog pendurado por um cinto amarrado ao pescoço na prisão.
Henry Sobel enfrentou a ditadura sem ter medo das consequências e decidiu ir contra tudo e contra todos da comunidade judaica, que temiam confrontar com as autoridades do regime Militar.
E contrariando a versão oficial e as pressões internas, Sobel enterrou Herzog como um judeu assassinado e não como um judeu que se suicidou.
Esse ato foi um desafio claro à versão oficial do regime Militar instalado no Brasil, e uma Luz que incentivou muitos jovens judeus e judias a ser parte da luta contra a Ditadura, resgatando o direito a dignidade ao povo brasileiro e a restauração da democracia, com o fim do regime militar.
“Remova os sapatos de seus pés, porque o local onde você pisa é solo sagrado” Shemot 3:6.
O Rabino Sobel e Vladimir Herzog, tornaram com seus pés o solo sagrado aqui na terra e serão para sempre, lembrados como exemplos na luta pela liberdade e pelos direitos Humanos.
Henry Sobel e Vladimir Herzog que seus nomes e suas memórias sejam para sempre guardados na árvore da vida!

Saiba mais…

Tópicos do blog por tags

  • e (5)

Arquivos mensais