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O Estatuto de Pessoa Única n'Os Anagramas de Varsóvia (Editorial Record)

Richard Zimler

No início de Os Anagramas de Varsóvia, coloquei uma citação da personagem principal do romance, Erik Cohen, um psiquiatra idoso obrigado a mudar-se para o gueto judeu de Varsóvia a seguir à ocupação nazi da Polónia.
No mínimo dos mínimos, devemos aos nossos mortos o estatuto de Pessoa única.
Erik chega a esta compreensão da dívida que temos para com os nossos entes queridos enquanto escuta uma adolescente devastada cujo tio tinha acabado de ser assassinado. Sufocada pelas lágrimas, ela conta a Erik que o Tio Freddi, um aspirante a argumentista, estivera a trabalhar com uma estrela de cinema alemã num guião antes de ser internado no gueto. Erik fica muito comovido porque compreende como a rapariga precisa urgentemente que ele perceba que o tio era um indivíduo com esperanças, sonhos e medos. Por isso, escuta-a atentamente.
Qualquer pessoa que tenha sofrido com a morte de um grande amigo ou de um familiar sabe que ninguém iria alguma vez querer que uma pessoa amada fosse recordada apenas como um símbolo ou uma estatística. E todavia, aqueles que morreram no Holocausto tiveram, por vezes, a sua singularidade resumida a generalidades. Professores e historiadores, na tentativa de descreverem a magnitude desta tragédia, basearam-se com frequência — compreensivelmente — em factos e números. Obviamente, é vital ter um conhecimento claro e preciso da dimensão deste genocídio, mas este tipo de esforços não consegue, de modo geral, transmitir qualquer ideia daquilo que os judeus, ciganos e outros sofreram. Só uma história bem contada consegue fazê-lo, e é por isso que os romances e as memórias sobre este período são tão valiosos.
Estas considerações assumiram para mim um significado reforçado quando escrevi Os Anagramas de Varsóvia porque o livro é, em parte, sobre a vida quotidiana no gueto judeu de Varsóvia, uma secção da cidade com cerca de dois quilómetros quadrados e meio onde os alemães foçaram os judeus a viver a partir de Outubro de 1940. Chegaram a viver aí 450.000 pessoas, isoladas do resto do mundo por um muro de tijolo alto com uma vedação de arame farpado em cima.
Ao criarem esta «ilha» urbana judaica, os alemães esperavam condenar os seus residentes ao esquecimento — que o resto do mundo os esquecesse. E até certo ponto, conseguiram o seu objectivo. Mesmo hoje, quantos de nós conseguimos falar com alguma profundidade sobre uma pessoa ou uma família que lá viveram? Quantos de nós sabemos alguma coisa sobre as suas escolas ou o trabalho que faziam?
Por isso, parte do meu objectivo nos Anagramas de Varsóvia foi recrear o gueto, devolver a individualidade aos seus residentes — devolver-lhes a sua singularidade. Tentei fazer isso através das minhas personagens — através de Erik e dos outros. Na verdade, espero que quando os leitores ficarem a conhecer as suas fragilidades e os seus talentos, as suas derrotas e os seus triunfos, comecem a olhá-las como pessoas de carne e osso. Quero que aqueles que agarrem no meu romance sigam Erik na sua heróica – e perigosa – viagem. Quero que as pessoas saibam a pessoa notável que ele é.
Nos Anagramas de Varsóvia, Erik Cohen torna-se um dos muitos milhões perseguidos pelos nazis, mas ele também é muito mais do que isso. É um pai que se tenta redimir por ter negligenciado a filha quando ela era pequena. É um terapeuta empenhado e um amigo fiel. É resmungão quando está ensonado, é dado a gargalhadas ruidosas e é um fã dos Irmãos Marx e de Jazz. Demonstra uma coragem espantosa numa altura em que podia facilmente ter-se entregado ao desespero. E nos seus momentos mais difíceis, gosta de se sentar à janela do quarto, a fumar o seu cachimbo e a olhar para as estrelas. Gosta de imaginar que toda a natureza está do lado dos judeus na sua luta pela sobrevivência.

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O 1º Museu da História da Inquisição do Brasil

11419591080?profile=originalO 1º Museu da História da  Inquisição do Brasil

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“O Brasil terá seu primeiro  museu sobre a história da Inquisição, revelando verdades que foram escondidas.”

A inquisição chegou a Portugal em dezembro de 1496, quando Dom Manuel  casou-se com a viúva do Rei Ferdinando Aragão da Espanha, que havia expulsado  os judeus daquele país em 1492.   A partir de então, as leis da Inquisição, o Santo Ofício  e os Autos-de-fé foram introduzidos em Portugal.
  Assim, o Brasil nasceu durante plena Inquisição Íbero-lusitana que durou  quase três séculos e meio. Na verdade, o Brasil foi como um “Mar Vermelho” que  se abriu para milhares de judeus portugueses que foram forçados sob pena de  morte à conversão ao catolicismo. Eram os chamados Cristãos-Novos. “Marranos”,  “Anussim” ou mesmo “Criptos-Judeus” que esperavam encontrar no Brasil um lugar  mais seguro para se viver, pelo menos, longe das fogueiras inquisitoriais.  Entretanto, em 1591, o Brasil recebeu pela primeira vez o Inquisidor português Heitor  Furtado de Mendonça que aqui instalou uma extensão do Santo Ofício para perseguir,  processar, deportar, torturar e condenar esses imigrantes e seus descendentes,  dos quais muitos terminaram executados nas fogueiras da Inquisição em Lisboa.

Essa parte da história será mostrada no 1º Museu da História da  Inquisição do Brasil, que ora se inaugura através de painéis, gravuras e  pinturas de artistas como o pintor espanhol Francisco Goya e outros, além da  exposição de documentos e livros antigos, objetos e até mesmo através de  réplicas de alguns equipamentos de tortura em tamanho real como o polé, o  pôtro, o garrote e outros.

Todo este projeto é uma  iniciativa da ABRADJIN, Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da  Inquisição, que é uma  fundação privada, instituição com caráter cultural e educativo, sem fins  lucrativos, fundada em 09 de agosto de 2000 e que já conta com mais de mil  associados, respeitando o direito de crença de cada um. Sua sede está  localizada no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte-MG,  e atua por meio do Centro de Cultura e Memória Sefaradita Anussim. Porém,  somente agora a ABRADJIN  dá um  importante passo ao inaugurar o primeiro Museu da História da Inquisição do  Brasil que muito contribuirá no resgate da memória, cultura e legado dos sefaraditas  Cristãos-Novos, os quais marcaram importante presença como colonizadores do  Brasil. Portanto, este Museu engloba aspectos históricos, culturais,  educativos, artísticos, além de contribuir para a inclusão social, combatendo a  intolerância religiosa.

“A inauguração do museu acontecerá  no dia 19 de agosto próximo e o mesmo estará aberto ao público em geral,  principalmente a visitas de professores de história e alunos interessados em enriquecer  o conteúdo programático do currículo escolar. Mesmo antes de sua inauguração a  ABRADJIN já foi contatada por universidades e escolas que desejam fazer deste museu  um centro de extensão de seus respectivos Departamentos de História. Tal fato  mostra que há grande interesse pela busca desta parte da história do Brasil que  foi omitida nos livros didáticos”, afirmou o fundador e presidente da ABRADJIN, Marcelo  Miranda Guimarães.

image004.jpgO Museu da História da Inquisição oferecerá ao público uma biblioteca  com mais de 350 obras, constituída por uma coletânea de raríssimos e antigos  livros sobre a Inquisição datados de 1637 e outros documentos originais  anteriores a esta data. O Museu também conta com um mini-auditório com recursos  de multimídia onde são apresentados filmes e documentos sobre o período da  Inquisição, além da exposição de fotos, gravuras, textos e de pequenos objetos.  Contamos também com um banco de dados para pesquisas sobre a história e origem  do povo judeu como um dos colonizadores do Brasil, coletando e listando nomes e  sobrenomes judaicos desses importantes colonizadores, dos quais muitos foram  condenados e executados pela Inquisição. Além da exposição de objetos e  documentos antigos, o museu mostrará vestuários da época e exibirá um pedaço do  rolo de uma Torá (Pentateuco) que sobreviveu a perseguição inquisitorial na  Espanha, sendo usada ainda por muitos anos por judeus sefaraditas durante a  idade média. Esta será, com certeza, uma das maiores preciosidades do Museu.

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Uma sala do Museu é chamada “Memorial dos Nomes”, e foi  dedicada aos brasileiros vítimas da Inquisição. Nela constarão os nomes e  números dos processos de condenação dessas vitimas da crueldade e da  intolerância religiosa em nosso país.

Embora o Museu já esteja  constituído e pronto, precisamos ainda de recursos financeiros para alcançar  outros projetos, como o financiamento de Bolsas de Estudos para alunos de  mestrados e doutorados que desejam abordar em suas teses o tema da Inquisição,  mostrando sua origem, os milhares de processos dos condenados à tortura e à fogueira,  suas conseqüências e danos causados. Se você deseja contribuir para este  projeto, escreva para abradjin@anussim.org.br

Por meio do Museu da História da  Inquisição do Brasil, a ABRADJIN  tem por  objetivos:

  1. Disponibilizar  para a sociedade parte da história da Inquisição Íbero-Luso brasileira que foi  omitida devido à intolerância religiosa no período do Brasil colonial, quando  milhares de portugueses (dentre eles, judeus, hereges e outros) imigraram para  o Brasil fugindo da perseguição, da tortura e da execução nas fogueiras da  inquisição.
  2. Utilizar seu patrimônio cultural  como recurso educacional, turístico e de inclusão social.
  3. Oferecer para os interessados um  vasto material para consulta e estudo, como livros sobre a Inquisição, recursos  de multimídia para apresentação de filmes e exposição de fotos, gravuras,  textos, pequenos objetos e documentos do tempo da inquisição.
  4. Promover visitação de professores  de História e alunos que desejam enriquecer o conteúdo programático do  currículo escolar, fomentando a pesquisa, investigação, crítica e interpretação  dos fatos históricos e culturais.
  5. Disponibilizar seus bens  culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana.
  6. Auxiliar todo descendente dos “anussim”  interessado em descobrir e aprender mais sobre suas raízes.

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ABRADJIN Associação  Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição 1º Museu da História da Inquisição do Brasil Torne-se um associado da Abradjin e tenha livre acesso ao  Museu usufruindo gratuitamente de todo o seu acervo ou faça sua doação para  ampliação deste projeto inédito no Brasil.
Maiores  informações poderão ser obtidas pelo site www.anussim.org.br E-mail: abradjin@anussim.org.br Belo  Horizonte – MG- Tel. (31) 2512-5194

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O 1º MUSEU DA HISTÓRIA DA INQUISIÇÃO NO BRASIL

11419591080?profile=originalO 1º Museu da História da  Inquisição do Brasil

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“O Brasil terá seu primeiro  museu sobre a história da Inquisição, revelando verdades que foram escondidas.”

A inquisição chegou a Portugal em dezembro de 1496, quando Dom Manuel  casou-se com a viúva do Rei Ferdinando Aragão da Espanha, que havia expulsado  os judeus daquele país em 1492.   A partir de então, as leis da Inquisição, o Santo Ofício  e os Autos-de-fé foram introduzidos em Portugal.
  Assim, o Brasil nasceu durante plena Inquisição Íbero-lusitana que durou  quase três séculos e meio. Na verdade, o Brasil foi como um “Mar Vermelho” que  se abriu para milhares de judeus portugueses que foram forçados sob pena de  morte à conversão ao catolicismo. Eram os chamados Cristãos-Novos. “Marranos”,  “Anussim” ou mesmo “Criptos-Judeus” que esperavam encontrar no Brasil um lugar  mais seguro para se viver, pelo menos, longe das fogueiras inquisitoriais.  Entretanto, em 1591, o Brasil recebeu pela primeira vez o Inquisidor português Heitor  Furtado de Mendonça que aqui instalou uma extensão do Santo Ofício para perseguir,  processar, deportar, torturar e condenar esses imigrantes e seus descendentes,  dos quais muitos terminaram executados nas fogueiras da Inquisição em Lisboa.

Essa parte da história será mostrada no 1º Museu da História da  Inquisição do Brasil, que ora se inaugura através de painéis, gravuras e  pinturas de artistas como o pintor espanhol Francisco Goya e outros, além da  exposição de documentos e livros antigos, objetos e até mesmo através de  réplicas de alguns equipamentos de tortura em tamanho real como o polé, o  pôtro, o garrote e outros.

Todo este projeto é uma  iniciativa da ABRADJIN, Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da  Inquisição, que é uma  fundação privada, instituição com caráter cultural e educativo, sem fins  lucrativos, fundada em 09 de agosto de 2000 e que já conta com mais de mil  associados, respeitando o direito de crença de cada um. Sua sede está  localizada no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte-MG,  e atua por meio do Centro de Cultura e Memória Sefaradita Anussim. Porém,  somente agora a ABRADJIN  dá um  importante passo ao inaugurar o primeiro Museu da História da Inquisição do  Brasil que muito contribuirá no resgate da memória, cultura e legado dos sefaraditas  Cristãos-Novos, os quais marcaram importante presença como colonizadores do  Brasil. Portanto, este Museu engloba aspectos históricos, culturais,  educativos, artísticos, além de contribuir para a inclusão social, combatendo a  intolerância religiosa.

“A inauguração do museu acontecerá  no dia 19 de agosto próximo e o mesmo estará aberto ao público em geral,  principalmente a visitas de professores de história e alunos interessados em enriquecer  o conteúdo programático do currículo escolar. Mesmo antes de sua inauguração a  ABRADJIN já foi contatada por universidades e escolas que desejam fazer deste museu  um centro de extensão de seus respectivos Departamentos de História. Tal fato  mostra que há grande interesse pela busca desta parte da história do Brasil que  foi omitida nos livros didáticos”, afirmou o fundador e presidente da ABRADJIN, Marcelo  Miranda Guimarães.

image004.jpgO Museu da História da Inquisição oferecerá ao público uma biblioteca  com mais de 350 obras, constituída por uma coletânea de raríssimos e antigos  livros sobre a Inquisição datados de 1637 e outros documentos originais  anteriores a esta data. O Museu também conta com um mini-auditório com recursos  de multimídia onde são apresentados filmes e documentos sobre o período da  Inquisição, além da exposição de fotos, gravuras, textos e de pequenos objetos.  Contamos também com um banco de dados para pesquisas sobre a história e origem  do povo judeu como um dos colonizadores do Brasil, coletando e listando nomes e  sobrenomes judaicos desses importantes colonizadores, dos quais muitos foram  condenados e executados pela Inquisição. Além da exposição de objetos e  documentos antigos, o museu mostrará vestuários da época e exibirá um pedaço do  rolo de uma Torá (Pentateuco) que sobreviveu a perseguição inquisitorial na  Espanha, sendo usada ainda por muitos anos por judeus sefaraditas durante a  idade média. Esta será, com certeza, uma das maiores preciosidades do Museu.

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Uma sala do Museu é chamada “Memorial dos Nomes”, e foi  dedicada aos brasileiros vítimas da Inquisição. Nela constarão os nomes e  números dos processos de condenação dessas vitimas da crueldade e da  intolerância religiosa em nosso país.

Embora o Museu já esteja  constituído e pronto, precisamos ainda de recursos financeiros para alcançar  outros projetos, como o financiamento de Bolsas de Estudos para alunos de  mestrados e doutorados que desejam abordar em suas teses o tema da Inquisição,  mostrando sua origem, os milhares de processos dos condenados à tortura e à fogueira,  suas conseqüências e danos causados. Se você deseja contribuir para este  projeto, escreva para abradjin@anussim.org.br

Por meio do Museu da História da  Inquisição do Brasil, a ABRADJIN  tem por  objetivos:

  1. Disponibilizar  para a sociedade parte da história da Inquisição Íbero-Luso brasileira que foi  omitida devido à intolerância religiosa no período do Brasil colonial, quando  milhares de portugueses (dentre eles, judeus, hereges e outros) imigraram para  o Brasil fugindo da perseguição, da tortura e da execução nas fogueiras da  inquisição.
  2. Utilizar seu patrimônio cultural  como recurso educacional, turístico e de inclusão social.
  3. Oferecer para os interessados um  vasto material para consulta e estudo, como livros sobre a Inquisição, recursos  de multimídia para apresentação de filmes e exposição de fotos, gravuras,  textos, pequenos objetos e documentos do tempo da inquisição.
  4. Promover visitação de professores  de História e alunos que desejam enriquecer o conteúdo programático do  currículo escolar, fomentando a pesquisa, investigação, crítica e interpretação  dos fatos históricos e culturais.
  5. Disponibilizar seus bens  culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana.
  6. Auxiliar todo descendente dos “anussim”  interessado em descobrir e aprender mais sobre suas raízes.

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ABRADJIN Associação  Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição 1º Museu da História da Inquisição do Brasil Torne-se um associado da Abradjin e tenha livre acesso ao  Museu usufruindo gratuitamente de todo o seu acervo ou faça sua doação para  ampliação deste projeto inédito no Brasil.
Maiores  informações poderão ser obtidas pelo site www.anussim.org.br E-mail: abradjin@anussim.org.br Belo  Horizonte – MG- Tel. (31) 2512-5194

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Rabinos europeus criticaram decisão de um tribunal alemão, que classificou como lesão corporal a circuncisão religiosa. Religiosos afirmam que é pior ataque à comunidade judaica alemã desde era nazista.

Após um tribunal alemão ter considerado como crime a circuncisão religiosa de meninos, rabinos pressionam o governo alemão para que a prática não seja proibida. Em Berlim, rabinos ortodoxos de diversos países europeus apelaram nesta quinta-feira (12/07) para que as comunidades judaicas no país continuem realizando a circuncisão.

O presidente da Conferência Europeia de Rabinos, Pinchas Goldschmidt, disse numa reunião da entidade em Berlim que as comunidades judaicas na Alemanha e os pais afetados "não devem esperar por uma mudança da decisão judicial". Ele alertou que se o veredicto for confirmado na forma de uma lei “não haverá futuro para as comunidades judaicas na Alemanha".

Goldschmidt argumentou que uma proibição da circuncisão seria um sinal ainda mais forte contra a comunidade judaica do país do que a proibição do abate religioso de animais durante o regime nazista.

Esclarecimento jurídico

"As comunidades judaicas na Alemanha consideram o veredicto muito problemático", ressaltou Goldschmidt, em entrevista à Deutsche Welle. Ele diz esperar que o governo alemão contribua rapidamente para o esclarecimento jurídico do problema.

O religioso considera também "terrível" que os alemães sejam, em maioria, a favor da decisão, como indicam pesquisas de opinião. "Agora se trata de garantir os fundamentos de uma democracia liberal para o reconhecimento absoluto da liberdade religiosa de minorias", disse. A Conferência, liderada por ele, reúne cerca de 400 sacerdotes judeus do continente. Goldschmidt é o chefe dos rabinos moscovitas.

Goldschmidt tem esperança de que Berlim resolva os problemas existentes no âmbito da legislação. "Desejamos que isso seja resolvido o mais rápido possível", afirma. "Pois, afinal, a reconstrução de uma comunidade judaica na Alemanha do pós-guerra é de importância essencial para o futuro da Alemanha", observa o rabino.

Ele acredita que haja uma tendência crescente de marginalização de minorias religiosas na Europa e cita como evidências disso a proibição de minaretes na Suíça, a proibição do uso da burca na França e a controvérsia política sobre o abate religioso de animais na Holanda.
http://www.dw.de/dw/article/0,,16093374,00.html

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Está circulando na web uma polêmica e inusitada foto que mostra o que seriauma soldado israelense armada com um fuzil e usando biquíni em uma praia.

Informações apontam que a morena seria integrante das Forças de Defesa de Israel, segundo reportagem do "Sun". Membros da corporação são orientados a levar a arma aonde vão. A punição para a perda de um armamento é bastante severa em Israel.

O Exército israelense não confirmou.
O alistamento militar obrigatório envolve quase toda a população feminina de Israel, que tem que passar dois anos na caserna ao completar 18 anos
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A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou a descoberta de uma sinagoga do período romano (entre os séculos IV e V A.C.) em escavações na Galieia. Os arqueólogos encontraram partes de um extenso mosaico decorativo que enfeitava o chão da casa de orações.
O mosaico é feito de pedras coloridas de alta qualidade que descrevem uma cena bíblica: a história de Sansão. O profeta é visto colocando tochas entre os rabos de raposas (como relatado no Livro dos Juízes). Em outra parte, aparecem duas pessoas (provavelmente mulheres) e um medalhão com uma inscrição em hebraico. A inscrição diz algo sobre recompensas para pessoas que praticam o bem.
A descoberta aconteceu em Huqoq, um vilarejo localizado a 3km de Capernaum e Migdala, duas cidades importantes para o Cristianismo às margens do Mar da Galileia, onde Jesus Cristo foi começou sua pregação.

-- Essa descoberta é significante só porque poucas sinagogas desse período são decoradas com mosaicos mostrando cenas bíblicas – diz Jodi Magness, professor do departamento de Estudos Religiosos da Universidade de North Carolina. – O tamanho monumental das pedras das paredes da sinagoga sugerem um alto nível de prosperidade nesse vilarejo.

http://oglobo.globo.com/blogs/lafora/posts/2012/07/02/arqueologos-descobrem-mosaico-milenar-453365.asp

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Em mensagem à deputada Manuela D´Ávila (PC do B/RS), o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, repudia texto de teor antissemita publicado no site do Partido Comunista do Brasil por José Reinaldo Carvalho, editor do site Vermelho.

Carvalho comenta o anúncio publicado neste mês pela Conib na mídia brasileira contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Rio+20.

Leia abaixo a mensagem de Claudio Lottenberg:

“Lamento o teor do texto que é assinado por uma liderança do PC do B fazendo injustas e mentirosas colocações a respeito da entidade que presido. Face ao nosso respeito mútuo imaginei que deveria me dirigir a V. Exa. não tome isto como algo de caráter pessoal, mas sim como um repúdio de alguém que no respeito à diversidade entende que limites devam ser preservados.

O texto não condiz com uma sociedade plural como a nossa e muito menos com o padrão cultural que tradicionalmente faz parte da história de seu partido.

Antes de mais nada, quero que V. Exa. saiba que inúmeros são os judeus que participaram do partido comunista. Vários foram presos, torturados num momento em que se mesclavam a falta de liberdade democrática com o ranço do antissemitismo. Quem sabe por isso, assim como muitos, eu me senti profundamente ofendido pelas palavras do senhor José Reinaldo Carvalho.

Traçar um quadro de similaridade entre os sionistas e os nazistas reflete não só uma falta de conhecimento histórico, mas, sobretudo, um sinal de alerta para que nos mantenhamos firmes contra os negacionistas da história. Provavelmente, o senhor José Reinaldo tem, sim, muita identidade com o déspota e negacionista Mahmoud Ahjmadinejad.

Estamos de fato instalados num país democrático e tolerante, e justamente por isso temos todo o direito de nos manifestar. Fizemos dentro da propriedade que nos é devida, tendo sido algo que foi reconhecido não por nossa comunidade somente, mas por todas as minorias e grupos que consideram este cidadão, o presidente do Irã, uma pessoa desclassificada.

Caso o senhor José Reinaldo tivesse tomado o cuidado de fazer uma leitura isenta, ele constataria que ali nada existe quanto às relações amistosas entre o nosso país e o Irã, mas sim contra o seu presidente, eleito de forma discutível, como é patente nos relatos feitos pela mídia. Ignorante, desprende em sua abordagem que ali se incita um sentimento discriminatório contra a fé islâmica, o que em momento algum surge em qualquer parte do texto.

Relativo ao inexpressivo José Reinaldo Carvalho, a interpretação que faço é que no desejo de encontrar algum espaço, usa e abusa da ignorância, apropriando-se de chavões com a única finalidade tornar-se alguém com relevância. De fato, deve estar vivendo alguns momentos de glória ao lado de pessoas inexpressivas, e que felizmente representam uma minoria.

Reitero minha estima e consideração."

Claudio Lottenberg

http://www.conib.org.br/noticia-completa.asp?id=1427

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Há pouco mais de um mês, em 17 de maio, as agências internacionais revelaram a vontade do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, de estar presente nas Olimpíadas de Londres, a serem realizadas em julho e agosto próximos, para acompanhar o desempenho dos atletas iranianos. A notícia também deixava claro que a presença do político persa não seria bem vista pelas autoridades do Reino Unido. “Me encantaria estar ao lado dos atletas iranianos durante os Jogos Olímpicos para estimulá-los, mas eles (britânicos) têm problemas com minha presença”, disse Ahmadinejad. Vale lembrar que em novembro de 2011 um grupo de estudantes islâmicos invadiu, depredou e saqueou o prédio da embaixada britânica em Teerã, inclusive acuando os funcionários, o que levou o governo do Reino Unido a fechar a sua embaixada naquele país. Na ocasião, o primeiro-ministro David Cameron qualificou de “ultrajante” o ataque à embaixada e pediu ao governo iraniano que processasse os culpados.

Diferentemente de Londres, Ahmadinejad não deve ter sido assolado por dúvidas quanto à conveniência de sua presença na Rio+20 – a conferência da ONU para o desenvolvimento sustentável que ocorreu no Rio de Janeiro, de 13 a 22 de junho – e a possível receptividade que mereceria das autoridades brasileiras, a grande maioria ainda sob a chancela carismática do ex-presidente Lula. Com efeito, nas 48 horas que passou em solo carioca, o líder iraniano teve uma cobertura da imprensa brasileira acima da esperada, levando em conta a quantidade de chefes de Estado e personalidades políticas presentes ao evento representando 193 países. A mídia o acompanhou quando ele discursou, emoldurado por coleção de bandeiras e o logo da ONU; em sua conversa com os jornalistas iranianos; na entrevista coletiva para a imprensa internacional; no café da manhã para 70 intelectuais brasileiros, do qual foi anfitrião; e na reunião com Ban Ki-Moon, o secretário-geral das Nações Unidas.

Performance midiática

Presente no plenário da Cúpula de Chefes de Estado, Lula ouviu o discurso de Ahmadinejad, que o cumprimentou logo depois de finalizar a sua participação, quando ambos conversaram. Segundo a agência O Globo, “após um abraço caloroso, os dois trocaram algumas palavras com a ajuda de um intérprete e Ahmadinejad disse a Lula que o povo do Irã reza por sua total recuperação”. Momentos antes, em mais uma de suas performances midiáticas, o iraniano havia aconselhado os “amigos” governantes a recorrerem ao sentimento da “compaixão” no gerenciamento do mundo.

“Detentor de um dos pronunciamentos mais aguardados do primeiro dia de reunião dos chefes de Estado”, de acordo com a jornalista Ângela Chagas, do portal Terra, Ahmadinejad também aproveitou os seus 20 minutos de fama (a Rio+20 reuniu 4 mil jornalistas) para atacar os países ricos e a atual ordem mundial que, segundo ele, “é formada por um grupo minoritário de nações desenvolvidas que está sempre impondo padrões para os outros seguirem”.

A repercussão de suas palavras ganhou destaque através da Agência Brasil(“Presidente iraniano pede que países usem amor e compaixão para garantir o futuro do mundo”); agência EFE, espanhola (“Na Rio+20, Ahmadinejad pede ordem mundial que se baseie na compaixão”); Uol notícias (“Em discurso rápido, Ahmadinejad pede compaixão para enfrentar crise”); BBC-Brasil (“Ahmadinejad defende mundo mais igualitário na Rio+20”); agência Estado (“Ahmadinejad critica imposições de países desenvolvidos”); portal G1 (“Presidente do Irã defende mundo igualitário na Rio+20”); Folha de S.Paulo (“Presidente do Irã pede mudanças com base em um Deus único”) e de centenas de sites e blogs repetidores de notícias.

Diante desse despudor de repisar o óbvio, da pregação falsa e enganosa, da impostura das palavras que soam como galhofa frente ao continuado martírio de grupos religiosos minoritários, como os Bahá´is (350 mil fiéis no país), perseguidos pelo braço autoritário e sem compaixão do líder iraniano, que inclusive os impede de ter acesso ao ensino superior, à mídia nacional, talvez premida pelo tempo, repercutiu as frases de efeito e os parágrafos propositalmente pseudo-sentimentalistas, sem contestação ou crítica, face ao conhecido histórico de Ahmadinejad – possuidor de um currículo povoado de atentados e assassinatos contra aqueles que o contestam.

Recente relatório do Conselho de Direitos da ONU (março de 2012) apontou para um aumento assustador de execuções no Irã, que cresceram de 100, em 2003, para 670, em 2011, sendo 249 realizadas secretamente. O relator especial para o Irã, Ahmed Shaheed, sem permissão para visitar o país, contou com depoimentos que indicaram padrões recorrentes de violações de direitos humanos fundamentais, como o de opinião e de opções religiosas. Não poupando nem menores de idade em suas execuções, o regime de Ahmadinejad também é acusado pela justiça argentina por sua responsabilidade no atentado ao prédio de uma associação judaica, ocorrido em 1994, em Buenos Aires, quando morreram 85 pessoas e 300 ficaram feridas. Há poucos meses, em entrevista à TV estatal alemã ZDF, Ahmadinejad voltou a despejar afirmações cínicas acerca do Holocausto (“é mentira”), do Estado de Israel (“eles nunca foram os governantes dessa terra”) e das reais finalidades do programa nuclear iraniano (“bombas atômicas são amorais. Em princípio, sou contra”).

Energia nuclear para todos

Na coletiva à imprensa, realizada um dia após o pronunciamento de “paz e amor” na plenária da Rio+20, o presidente do Irã outra vez se valeu de premissas ilusórias para advogar proposições que teriam como base a sua verdade, que é contestada pela maior parte das democracias respeitáveis integrantes da ONU. Ahmadinejah afirmou que os Estados Unidos usam o discurso de temor pela fabricação de bombas atômicas para “mascarar” o interesse pelo petróleo iraniano. Também acusou os EUA e o grupo de países que fazem parte das negociações (Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) de serem contra o uso da energia nuclear pelo Irã porque, segundo ele, “não querem o progresso” de seu país. Acenando para o Brasil e os amigos bolivarianos Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Hugo Chávez (Venezuela) e Raúl Castro (Cuba), o iraniano disse acreditar que a energia nuclear, como outros meios energéticos, deve ser acessível a todas as nações.

Também em relação à entrevista, a mídia embarcou na performance teatral de Ahmadinejad, na sua fala mansa e no seu jeitão dissimulado, somando frases e opiniões que em nada remetem para a figura ditatorial, radical e fria desse político que mente, solenemente, acerca de tudo que envolva as suas ações. A entrevista produziu os seguintes títulos: “Ahmadinejad contesta críticas do Ocidente sobre programa nuclear do Irã” (agência EFE); “Ninguém deve possuir armas nucleares, diz Ahmadinejad no Brasil” (G1); “Ahmadinejad critica monopólio da energia nuclear” (O Globo); “Presidente do Irã defende democratização da energia nuclear para mudar a ordem mundial” (R7 Notícias); “Brasil pode ter papel importante na nova ordem mundial, diz presidente do Irã” (Agência Brasil).

“Roubando os nossos bolsos”

Por fim, coube a um café da manhã em um hotel à beira do mar, na Zona Sul do Rio, com a participação de 70 brasileiros convidados do presidente do Irã, tornar-se o evento mais retrô da Rio+20, no melhor estilo déjà vu (expressão francesa que significa “já visto”) dos anos 1960. Na reportagem de Rafael Lima, publicada pela Veja.com, os leitores são informados da presença de professores universitários, lideranças estudantis, UNE e políticos de partidos como PSB, PCdoB e PT, entre os comensais, que adoraram ouvir “o ditador” lançar ataques deliberados aos Estados Unidos. “É como se enquanto estamos aqui, tomando esse café da manhã, os Estados Unidos estivessem roubando os nossos bolsos”, disse o iraniano para delírio dos antiamericanos, registrou o repórter (“O fã clube brasileiro de Ahmadinejad”).

A reportagem também confirma o intento estratégico de Ahmadinejad de se aproximar dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e particularmente do Brasil e dos brasileiros para “limpar sua imagem”, que na opinião dele tem sido distorcida pela mídia, “que apresenta uma visão desfavorável do Irã e do mundo islâmico”. Uma tarefa, diga-se de passagem, que parece já estar sendo delineada, tendo em vista o teor da cobertura oferecida ao presidente iraniano na Rio+20, o que o levou a avaliar sua estadia carioca como “positiva” no café da manhã com seus admiradores brasileiros. De fato, o contato incidental de uma mídia nacional apressada e pouca cuidadosa no quesito da pesquisa com as múltiplas agências de notícias europeias de viés ideológico, e mais a presença oficial da Agência Brasil, a competente e eficaz estatal de notícias vinculada à Presidência da República (que distribui seus textos, muitos em inglês, para todo o país, América Latina, Portugal e países africanos), devem ter proporcionado a Ahmadinejad a surpreendente sensação de que não está só, nem tampouco isolado, nesse quadrante do mundo. Pelo menos, por enquanto.

***

[Sheila Sacks é jornalista, Rio de Janeiro, RJ]

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O Serviço de Salvamento de Israel oferece um atendimento especial para realizar sonhos de pacientes que se encontram à beira da morte.

 

 
 
A 'Ambulância dos desejos' possui equipamentos de UTI para atender pacientes terminais. (Foto: BBC)A 'Ambulância dos desejos' possui equipamentos de UTI para atender pacientes terminais. (Foto: BBC)

No último dia 21 a israelense Sima Akrish, da cidade de Ashkelon, se casou. Porém, para ela, a alegria da ocasião não seria completa sem a presença de sua tia, Miriam Yhia, que se encontra hospitalizada no hospital Hadassa de Jerusalém, em estado terminal.

A família recorreu ao Serviço de Salvamento de Israel - Magen David Adom - (estrela de David vermelha, em tradução livre), depois de ouvir falar sobre o atendimento especial oferecido pela organização.

Trata-se da "Ambulância dos desejos", que possibilita a realização dos mais diversos sonhos de pacientes que se encontram à beira da morte.

"Foi uma experiência maravilhosa para todos nós", afirmou a mãe da noiva, Lea Akrish, à BBC Brasil. "A Ambulância dos desejos trouxe Miriam ao casamento em Ashkelon e todos riram e choraram ao mesmo tempo, ao vê-la participando conosco da festa de casamento da minha filha".

De acordo com os médicos, Miriam, que sofre de câncer no cérebro, pode morrer a qualquer momento.

Mas, segundo o relato de Lea, seu estado de espírito "melhorou muito" depois de participar do casamento da sobrinha. "Antes do casamento ela já nem falava mais", disse Lea. "Mas durante a festa até chegou a cantar e a sorrir".

O idealizador da Ambulância dos desejos, Assi Dvilansky, disse à BBC Brasil que nos últimos três anos centenas de pessoas se beneficiaram da oportunidade única que o projeto proporciona.

Semion Lerner, de 64 anos, que sofre de esclerose múltipla foi levado para ver o Mar Morto. (Foto: BBC.)Semion Lerner, de 64 anos, que sofre de esclerose múltipla foi levado para ver o Mar Morto. (Foto: BBC.)

Sem fronteiras

"O projeto é aberto a todos os doentes terminais, de todas as origens, nacionalidades, raças e religiões", afirmou Dvilansky, que também é o diretor de Projetos Especiais do Magen David Adom.

De acordo com Dvilansky, a Ambulância dos desejos já levou um menino iraniano de 13 anos para ver a Mesquita de El Aqsa em Jerusalém Oriental, projeto que foi realizado com a colaboração da Turquia e da administração palestina da mesquita (Waqf).

"Apesar dos problemas entre Israel e o Irã, fizemos todos os esforços para possibilitar que aquele menino pudesse realizar seu sonho antes de deixar este mundo", disse. "Muitas vezes é bastante complicado realizar os desejos das pessoas, porém nós não poupamos esforços para dar a elas e a suas famílias a oportunidade de um momento feliz em meio às dificuldades que estão passando", afirmou.

Na segunda-feira, um doente terminal que sofre de esclerose múltipla foi levado para participar da cerimônia de conclusão dos estudos secundários de sua filha.

Embora esteja quase completamente incapaz de se mexer (se comunica apenas por intermédio do piscar dos olhos), o paciente, que no passado era diretor da mesma escola onde sua filha se formou, teve a oportunidade de rever o local onde trabalhava e de estar perto da família.

Paciente Katy foi levada por paramédicos para almoçar com marido na costa mediterrânea. (Foto: BBC)Paciente Katy foi levada por paramédicos para almoçar com marido na costa mediterrânea. (Foto: BBC)

Equipamentos

A ambulância utilizada para o projeto é um veículo especialmente fabricado para suprir qualquer necessidade médica que possa surgir durante as viagens.

Um sistema especial de amortecedores evita que o paciente sofra com eventuais buracos na estrada, e um aparelho de vídeo permite que ele veja o percurso por intermédio de uma tela instalada em frente à cama, dentro da ambulância.

Uma equipe de paramédicos especialmente treinados acompanha os pacientes nas viagens.

"O paciente vê o caminho como se estivesse sentado ao lado do motorista", disse Dvilansky.

A ambulância é especialmente grande, possibilitando que o doente seja transportado na própria cama do hospital.

"Já levamos pessoas para ver o mar, passear em Tel Aviv, conhecer o Mar Morto, participar de festas familiares, visitar museus", afirmou. "O serviço é grátis e aberto a todos".

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/ambulancia-dos-desejos-em-israel-realiza-sonhos-de-doentes-terminais.html

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, proibiu um espetáculo de dança baseado na vida de Anne Frank e sugeriu que o tema fosse trocado para o sofrimento palestino. Os coreógrafos Offer Zaks, israelense, e sua esposa venezuelana, María Barrios, autores da obra, recusaram-se a seguir a ordem e tiveram sua companhia, uma das principais de Caracas, fechada.

Eles fugiram para Israel onde, em 12 de junho, o espetáculo teve sua estreia.

http://sizedoesntmatter.com/culture/anne-franks-diary-reinterpreted-in-dance/

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Ted y el futuro del liderazgo judío

En Ciencia Política, se dice que una de las diferencias más relevantes entre el líder y el anti-líder es la visión que diseñan e intentan alcanzar los primeros, en contraposición con el cortoplacismo populista de los segundos. 

Dice al respecto Joseph S. Nye Jr., de la Universidad de Harvard y ex asesor del presidente estadounidense Bill Clinton, que “sin una visión es difícil guiar a los demás a parte alguna”. Por otra parte, Abraham Infeld explicó que la razón por la cual Moshé se convirtió en uno de los líderes más importantes de la historia es “porque tenía una cualidad más importante que todas las otras: sabía a dónde quería llevar a su gente”. 

En fin, quizás se estén preguntando qué tiene que ver toda esta conceptualización múltiple sobre visión y liderazgo con TED y con el futuro de los judíos, y cuál es la relación entre todos estos factores.

Acá va una posible aproximación: si se quiere transportar a las juderías mundiales hacia unas mucho más fortalecidas en el futuro, hay que potencializar la relación positiva entre los líderes capaces de crear visiones y adelantarse a comprender el futuro, y el diseño de estrategias prácticas, creativas y posibles. 

TED, al respecto, es la comunidad de ideas de la era digital por excelencia que, en forma de conferencias sobre “ideas que valen la pena difundir” a través de todo el planeta, brilla, entre otros, por dos aspectos memorables a los que debemos prestarle atención si es que en verdad queremos avanzar hacia un futuro judío mejor: 

- Forma: charlas interactivas, con una duración equivalente a lo que se ha descubierto científicamente dura la atención humana en su máximo esplendor, las cuales se transmiten, además, en un ambiente colorido, apasionante y conmovedor. La magia de TED es lo que le impide a las moscas volar en sus shows.

- Contenido: quienes hablan en TED lo hacen tanto desde la eficiencia como desde aquello que mejorará al mundo hacia uno más humano y más habitable. Sus mensajes buscan no sólo adelantarse al futuro explicándolo, sino dibujando una visión a largo plazo y contagiando el deseo por alcanzarla entre todos con cada una de sus palabras.

Ahora bien, de nuevo, ¿qué tienen que ver TED, su forma y su contenido con el futuro de los judíos?

Si bien creo que son innumerables los espacios en los cuales se debe girar globalmente los ojos hacia el mañana, como ser las estructuras organizacionales de las comunidades, la relación jóvenes-adultos en referencia al liderazgo comunitario, entre otras, voy a detenerme, por cuestiones de espacio, específicamente en la educación.

FORMA

En primer lugar, muchos líderes y empleados comunitarios no se han aburrido de subrayar que los nuevos tiempos, esto es, la globalización, Facebook y Twitter, YouTube, el Play Station y los iPhones están alejando a los jóvenes hacia una vida virtual-individual que los desplaza del activismo clásico y del aprendizaje y la curiosidad que hubo de caracterizar a ellos mismos en su pasado y a los judíos a lo largo de la historia.

Error: la indiferencia y la apatía no tienen en la raíz a los chicos o al contexto global, sino que quienes deben cargar con la mayor cuota de responsabilidad en tener que causar interés y desafiar a los jóvenes en tanto únicos garantes del futuro del judaísmo y del sionismo son los líderes. Como lo hace TED.

Su apatía proviene justamente de quienes no comprenden, ni quieren comprender, que los paradigmas educativos actuales son anacrónicos, y que se siguen utilizando haciendo de cuenta que tienen un valor mitológico en si mismos como si fueran vacas sagradas. Ken Robinson se enfocó justo en esto en una de las más maravillosas charlas TED habidas hasta el momento. 

A modo de ejemplos, si se sabe que los jóvenes disfrutan de la tecnología, valoran la estética de las imágenes y la dinámica de los videos, en lugar de culpar a los dispositivos por llevarse la atención de los chicos, debemos utilizarlos en nuestro beneficio: es jugar con éstos en el mismo equipo o mirar el partido desde las gradas.

En fin, “vamos a hacerlo así porque así se hizo siempre” es uno de los argumentos más escuchados en la educación no formal judía, además de ser una de las piedras más insoportable en el camino hacia un futuro judío mejor.


CONTENIDO

Siguiendo, y con respecto al contenido, los judíos, al menos el liderazgo judío, se pierde muchas veces en el pasado.

Pero los jóvenes son cada vez más escépticos, y culparlos e intentar educarlos como antes no es ni de cerca el mejor remedio. Por el contrario, un buen líder debe adaptarse a ellos para liderarlos. No para darles en bandeja lo que ellos quieren, sino para, generando un acercamiento, lograr despertarles la curiosidad e interactuar con ellos en su propio idioma.

Esto es, explicarles solamente sobre sionismo o sobre corrientes judías será una pérdida de tiempo si es que lo que se quiere lograr es renovación, cambio e involucramiento en los chicos en el sentido de que ellos mismos quieran seguir avanzando y fortaleciendo el significado de lo que nosotros creemos es suyo, pero lo cual no podemos ni debemos imponerles.

Se debe apuntar a la crítica y al debate. No decirles sólo lo que es; sino preguntarles sobre cómo es, cómo será y cómo quieren que sea. Y cuán suyo lo sienten. En lugar de explicarles cómo hacer y cómo no hacer Hasbara o qué significa identificarse con el judaísmo, se les debe dar herramientas para que ellos lo decidan solos, teórica y prácticamente. El aditivo en la explicación debe ser el futuro; es decir, repensar hacia dónde vamos de la manera en la cual nos estamos encaminando debe ayudarnos en cuanto a formar nuevos conceptos e identidades en las futuras generaciones.


HACIA UN NUEVO LIDERAZGO DEL FUTURO JUDÍO

Es por todo eso que debemos buscar otros medios que nos resulten útiles para crear y desarrollar personas con sentido humano, crítico y comprometidos con los dilemas de su sociedad y de su pueblo tanto en las ideas como en la práctica, de igual manera en que debemos reinventar las formas y los contenidos conforme a re-significar colectivamente los desafíos del judaísmo y del sionismo, haciéndoles un lugar en el futuro, en lugar de eliminarlos producto de la mediocridad y la apatía de cerrarle los ojos a los cambios del hoy y a los que vendrán mañana. 

La coherencia entre el pasado y el presente con lo que sentimos, pensamos y hacemos es demasiado relevante tanto en lo individual como en lo colectivo para nuestra realización como seres miembros de una sociedad mayor. Ahora debemos ser coherentes también con lo que va a pasar mañana, pero empezando hoy, y creando nuevas visiones; así como lo está haciendo TED. 

Para ser líderes capaces de fotografiar el futuro y lograr llevar a la gente hacia allí, pero sin perder la crítica y la democracia, se debe hacer en parte lo que dijo Santiago Bilinkis en su charla en TedxMontevideo: se debe seguir el "ejemplo del mariscal del fútbol americano: tiremos 'la pelota' hoy donde creamos que esté el futuro en cinco años". 

Y yo agrego: conociendo ese futuro y entendiendo todo el poder que tenemos si es que nos disponemos a liderar “bien”, intentemos entonces re-direccionar el lanzamiento de la pelota hacia donde nos parezca mejor, y no sólo hacia donde tiende a ir por pura realidad. Qué es “mejor” y cómo llegar a él es el gran desafío a superar.

 

Fuente: http://www.mensuarioidentidad.com.uy/reflexiones/646

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verdade dos livros

Precisamos separar o que é de D'us e o que é dos homens neste planeta. Pois D'us não se restringe á este planeta, Ele é o Criador do Universo. A origem dos pensamentos há milênios mudam de acordo com a compreensão e de acordo com cada escala evolutiva da sociedade. Mas sabemos que existem várias pessoas que usam os "LIVROS" com intuito de "engessar" as idéias de constante busca da "VERDADE". Toda vez que o "ser humano" tentou causou dissidências e segmentarismo. As religiões afastam o homem da Unicidade á D'us. Devemos ser TODOS EM TORNO DE UM SÓ - Shalom.

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Grupo é contra a vinda de presidente do Irã à Rio+20. Faixa diz: "Rio não dá boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad".

 

 
 
Um protesto contra a vinda do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à Rio+20 ocupou a pista junto à praia da Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Os manifestantes exibiam cartazes com dizeres em inglês: "Rio não dá boas-vinda (Foto: Tássia Thum/G1)Os manifestantes exibiem uma faixa com dizeres em inglês: "Rio não dá boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad" (Foto: Tássia Thum/G1)
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Integrantes de cerca de 30 movimentos sociais e religiosos protestaram, na orla de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, contra a vinda do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à Rio+20. Em um dia de sol e praia cheia, os manifestantes iniciaram a caminhada por volta das 11h deste domingo (17), com faixas e cartazes, na pista próxima ao calçadão da praia da Avenida Vieira Souto, que é interditada ao tráfego e se transforma em área de lazer aos domingos e feriados.

Ahmadinejad é esperado na capital fluminense para participar do encontro com cerca cem chefes de estado na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU). O protesto criticou a política iraniana de desenvolvimento de armas nucleares e o histórico de tortura e terrorismo ocorridos no governo de Ahmadinejad. Lideranças de movimentos gays, da juventude judaica e do candomblé também participaram da caminhada.

Os manifestantes também criticaram a intolerância religiosa, desrespeitos aos direitos humanos e a homofobia. Cerca de 3 mil pessoas, segundo organizadores do protesto, também cantaram músicas parodiando a vinda do presidente do Irã ao Rio. Uma delas diz: “Eu quero tchu, eu quero tchá, fora Ahmadinejad!” Eles esperam que, com esse protesto, a presidente Dilma Rousseff não estreite relações com Ahmadinejad. O grupo é contra a aproximação política entre Brasil e Irã.

Alguns manifestantes confeccionaram imitações de troncos de árvores com material reciclado, como garrafas PET e papelão. Nos “troncos”, havia bilhetes pendurados dizendo: “Desrespeito aos direitos humanos não se sustenta”; “Homofobia não se sustenta”; “Intolerância religiosa não se sustenta”; “Negar o Holocausto não se sustenta”.

Vereadora quer tornar Ahmadinejad “persona non grata” no Rio O movimento começou a ser organizado há cerca de um mês através das redes sociais. Nesta terça-feira (19), a vereadora Teresa Bergher (PSDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio, vai propor que Ahmadinejad se torne “persona non grata” na capital. Ela acredita que, caso a medida seja aprovada, o presidente iraniano sinta-se inibido de voltar outras vezes ao Rio.

Silvia Blumberg na passeata em Ipanema (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)Silvia Blumberg na passeata em Ipanema (Foto: Rodrigo Gorosito/G1)

“Essa minha proposta de considerar o Ahmadinejad ‘pessoa non grata’ no Rio é um alerta aos nossos governantes para que não o convidem para vir a nossa cidade. Em minha opinião, ele nega e viola todos os direitos humanos, além de pregar a mentira, como negar a existência do holocausto”, afirmou Teresa.

A designer de jóias Silvia Blumberg se emocionou durante o ato contra Ahmadinejad. Ela conta que perdeu uma prima durante um atentado terrorista na Cisjordânia, em 2006. Helena Halevy era brasileira e morou em Israel por 20 anos. Em 2006, Silvia conta que Helena e o marido deram carona a um homem vestido de judeu ortodoxo. Na verdade, segundo Silvia, o homem carregava uma bomba amarrada ao corpo.

“O Brasil não pode se juntar ou manter conversas com um homem que só representa a si mesmo. Os iranianos não têm culpa”, afirmou ela. “O homem é o maior símbolo da natureza. Gostaria que, na Rio+20, discutissem a tolerância. É disso e de respeito que precisamos para viver”, acrescentou. “Ainda tenho muitos parentes morando em Israel e tenho medo dessa política de armas nucleares que Ahmadinejad é a favor”, concluiu Silvia.

Os organizadores do protesto informaram que pretendem fazer outras manifestações, inclusive na porta do hotel onde Ahmadinejad ficará hospedado durante a Rio+20.

Manifestantes protestam contra vinda de Ahmadinejad em Ipanema (Foto: Rodrigo Gorosito) Em outra faixa, os manifestantes ironizam a Rio+20, e protestam: "Rio menos 20" (Foto: Rodrigo Gorosito)
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O LIVRO É DE TEOLOGIA JUDAICA, REALMENTE IRÁ SABER SE O LIVRO É OU NÃO JUDAICO, SE O LER.

EU LI, GOSTEI, UMA VEZ QUE É  DE CONTEÚDO PROFUNDO,

COM DADOS SIGNIFICATIVOS SOBRE JUDAISMO.

CLARO QUE TRATA DA QUESTÃO MESSIÂNICA, ESCATOLOGIA, SIMBOLISMO JUDAICO, CONTEMPLANDO TODOS OS LADOS, DANDO ENFASE PARA A QUESTÃO MAIS DE CUNHO JUDAICO, COM CERTEZA.

O LIVRO PROCURA ESPECIFICAR DETALHADAMENTE AS DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE AS DUAS RELIGIÕES. 

O ENFOQUE TEM COMO PONTO DE PARTIDA O JUDAISMO, POR ISTO FOI DIVULGADO NESTE SITE, SENDO UM LIVRO QUE PAUTA PELA DEMOCRACIA E PESQUISA, INDEPENDENTEMENTE DE CRENÇA RELIGIOSA, É MUITO LEGAL POR QUE TODAS AS PESSOAS O PODEM LER, E A PARTIR DA LEITURA TODOS TIRAR AS SUAS CONCLUSÕES.

ESPERO TER ESCLARECIDO AS PERGUNTAS DOS COLEGAS, QUE AINDA NÃO ADQUIRIRAM UM EXEMPLAR,

NO SITE  https://www.clubedeautores.com.br/book/130254--Judaismo_ou_Cristianismo_Por_q...

SHALOM

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KAHAL ZUR ISRAEL

 

A Identidade de um Povo

 

 

Sepultada viva nos passos da Historia,

Ela foi transformada e usada para outros fins.

Por centenas de anos coletando memorias,

Ali, entre escombros, ela não teve fim.

 

São tantos os que por ali passaram…

São poucos os que por ali ficaram…

 

São menos ainda os que continuaram,

Enquanto outros tantos se dispersaram.

 

Com sua descoberta no solo brasileiro,

Ela marca o retorno da sua grandeza.

Se erguendo imponente das cinzas e poeira,

Marcada pelos anais da Historia

 do tempo que viveu.

 

Aos meus irmãos e irmães, que agora a frequentam,

Confirmados,

Autenticados,

Reconhecidos.

Que não se esqueçam daqueles dispersados

que por razões históricas foram esquecidos.

 

Sou parte deste povo

 disperso por este solo brasileiro.

Levando comigo memorias,

algumas vivas,

outras esquecidas

e outras simplesmente adormecidas.

Mas carrego em meu viver,

esta estrutura de fe

que nos fazem sobrepassar as marcas da Historia.

 

 

 

By Cema Milicich

US, California, June 04, 2012

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O Governo de Israel começou a tomar ações para expulsar todos os refugiados Africanos de Israel, sem dar a possibilidade de verificar as causas politica que os levaram a abandonar seu paises e chegarem a Israel.
 
Na Foto: Chanichim do Hashomer, que  participam das atividades do  ( Ken) - no sul de Tel Aviv, serão deportadas junto com seus pais . Essas Crianças  estarão correndo serios risco de vida, devido a guerra civil no Sudão !
 
Em 1951 Israel não somente foi o primeiro dos países do mundo a assinar  o acordo internacional de solidariedade e proteção aos refugiados, como foi também o pais a escrever com suas própias mãos parte esse acordo.
 
Nesta triste e vergonhosa realidade política do atual  governo de Israel , Esquecem esses políticos:
 
  DE ONDE VIEMOS!
 
E O QUE PASSOU O POVO JUDEU NA SUA HISTORIA COMO UM ETERNO REFUGIADO! .
 
Vivendo aqui em Israel Penso em voz alta!
 
Ou a Memoria desses Políticos são Curtas!
 
Ou  perderam de vez o sentido dos valores Judaico!

 

Jayme Fucs Bar

 

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Entrevista de Jayme Fucs Bar

Essa entrevista deve estar em algum lugar do JH, mas mesmo assim a publicarei.

Judaísmo Humanista: entrevista de Jayme Fucs Bar por Denise Wasserman

29 | 07 | 2010 » Jayme Fucs Bar

  

O Judaísmo Secular Humanista é uma corrente dentro do judaísmo que vem reunindo progressistas e intelectuais em várias partes do mundo. Mais do que um pensamento filosófico, é um movimento organizado e atuante que nasceu na década de 1960 e tem a sua maior expressão nos Estados Unidos e em Israel. Mas também na Europa, Austrália, México e Uruguai, o Judaísmo Humanista tem como base a influência de personalidades e líderes, como o Rabino Mordechai Kaplan, fundador do movimento judaísta reconstrucionista nos EUA e o Rabino Sherwin Wine (fundador do movimento Judaísmo Humanista também nos EUA e em Israel).

Para conhecer melhor esta linha de pensamento, entrevistamos o brasileiro Jayme Fucs Bar, que mora em Israel há 28 anos e é o coordenador do site Judaísmo Humanista que congrega hoje 412 membros. Vamos lá?

. Você é o coordenador do site Judaísmo Humanista. Quando começou a seguir por essa linha, e qual é o seu papel dentro desta comunidade?

- A minha formação judaica vem da comunidade do Rio de Janeiro e, como muitos de minha geração, tivemos uma vivência judaica secular, porém o encontro com uma visão judaica humanista aconteceu no Colégio Scholem Aleichem, no Hashomer Hatzair e mais tarde no Kibutz Nachshon, no qual vivo desde 1982.

. Quando e onde surgiu o movimento dos judeus humanistas?

- O Movimento do Judaísmo Humanista organizado tem suas origens no Movimento Kibutziano, no Bundismo (movimento de um grupo de judeus na Rússia revolucionária, que tentou oficializar na Segunda Internacional Comunista seu direito de manter a identidade étnica), e também na ação de Sherwin Wine, um rabino Reformista, que deixou o Movimento Reformista, pois concluiu que o judaísmo era muito mais que uma religião. Vivo num Kibutz em Israel, como muitos outros Kibutzim. Celebramos todo o ciclo de vida judaico e todas as festividades de forma não religiosa. Compartilhamos em nossos festejos de um ritual dentro dos aspectos culturais e da tradição judaica e, sobretudo, com um grande compromisso ético e moral da Torá, que nos ensina o respeito profundo à vida e ao ser humano.

. O que este movimento se diferencia, na prática, do judaísmo ortodoxo?

- Para mim, o perfil básico que faz a grande diferença em relação a outras correntes é a definição de que judeu é todo aquele que se define como parte integral da história, cultura e tradição judaica, independentemente dos dogmas exigidos pelas correntes religiosas, que definem que para ser judeu é preciso ser filho de mãe judia. Ser judeu está totalmente relacionado com uma identidade cultural judaica, e uma relação profunda com a história e tradição milenar do povo judeu. Estou ciente que esse tema está impregnado de um grande dogma entre as comunidades judaicas do Brasil e do mundo. Mas é preciso falar, debater e não ter medo de enfrentar e romper com esse dogma, pois de fato existem fora da vida comunitária milhares de judeus que foram criados, educados e se identificam com a parte integral de nosso povo, porém, estão marginalizados e excluídos. Essa situação é cada vez mais grave dentro do mundo judaico atual, onde o judaísmo organizado se torna cada vez mais uma opção religiosa, onde existem milhares de famílias que institucionalmente “perdem” sua condição judaica, surgindo uma necessidade vital de criar e se congregar em comunidades seculares humanistas, que proporcionam a esses judeus uma nova opção de continuidade judaica organizada.

. Como o judaísmo humanista é visto em Israel?

-A questão das correntes judaicas em Israel é muito mais complicada que nas comunidades judaica no mundo. Primeiro porque não existe separação entre Estado e Religião em Israel. A outra é que o sistema parlamentar de Israel não proporciona aos partidos de maioria laica governar sem a minoria religiosa ortodoxa, e o mais trágico dessa realidade é que grande parte dessa ortodoxia não é sionista e não se alista ao exército, porém controla o poder e o monopólio do judaísmo.
Existem hoje em Israel cerca de 120 mil pessoas que têm o direito à lei do retorno, defendem o país, porém não são reconhecidos como judeus pela ortodoxia, isso quer dizer, podem morrer por Israel em suas batalhas e em suas guerras, mas não podem ser enterrados como judeus e muito menos casar em Israel. O Judaísmo Humanista em Israel tem como agenda na Knesset e na sociedade Israelense a luta pela separação do Estado da Religião e o direito a todas correntes judaicas de serem legitimadas.

. Existem rabinos ou sinagogas na linha humanista?

-Existe um processo novo na sociedade israelense de criação de Beit Midrash seculares humanistas, como resposta ao processo de ortodoxia da sociedade israelense. Existem hoje dezenas de Instituições desse tipo, como: Bina, Meitar, Alma. Uma delas, na qual participo e estudo, é o Centro Tmura de Jerusalém que formam Rabanim Seculares Humanistas.

. Como o judaísmo humanista é visto pelos mais religiosos?

-Acho que todas as correntes judaicas são legitimas e têm o seu lugar dentro da vida das comunidades, porém essas ideias do judaísmo secular humanista organizado que propõem uma alternativa compatível a muitos judeus do século XXI , vêm sendo criticadas por grupos religiosos e tradicionalistas, e eu como judeu secular humanista exijo o meu legítimo direito de me congregar e me definir como uma corrente judaica legítima, que tenha seus próprios rabanim,shilichm tziburiim, batei midrash, centros culturais etc, realizando todos os serviços judaicos como Kabalat Shabat,Brit Milá, Bar –Bat Mitzvah,casamento, festejos judaicos, conversão, sepultamento, enfim, o ciclo da vida judaica completo.

. Em que país (fora Israel) o judaísmo humanista é mais forte?

-Com referência à vida comunitária, sem dúvida, é nos EUA, onde os processos judaicos comunitários acontecem. Devemos prestar atenção como o judaísmo americano vem aos poucos recriando o judaísmo, como resposta aos novos dilemas judaicos numa sociedade pós-moderna e globalizada. Vale a pena acompanhar esse magnífico processo de renovação judaica criado pelo movimento reconstrucionista do Rav Modechay Kaplan e do movimento Humanista do rav Sherwin Wine.Venho aprendendo muito com essas comunidades nos EUA.

. Qual é a relação do judeu humanista com o Sionismo?

- O meu Judaísmo Humanista é também inseparável do compromisso com o destino do Estado Judeu. Acredito que o Judaísmo Secular Humanista deverá ser uma manifestação moderna de um Sionismo renovador e progressista, que deverá cumprir, na prática, a carta magna da independência do Estado Judeu de almejar um Estado dos sonhos dos profetas de Israel. Um Estado judeu baseado na paz e no respeito mútuo entre os povos, e na justiça e solidariedade para todos os seus cidadãos. O Judaísmo Humanista deverá ter hoje mais do que nunca, um papel político claro e critico sob os rumos atuais do Estado Judeu. Isso quer dizer: não abrir mão de reivindicar pela necessidade da separação entre Estado e Religião, e o direito de todas as correntes judaicas à legitimidade institucional; não ter medo de lutar pelo reconhecimento mútuo ao direito legítimo do Estado Judeu e do Estado Palestino de viverem um ao lado do outro com fronteiras reconhecidas e seguras.

. Fale sobre o site Judaísmo Humanista ( http://judaismohumanista.ning.com/ )

- O site foi criado em junho de 2009. Surgiu da necessidade de termos um espaço judaico mesmo que no virtual, para que as pessoas possam se manifestar, estudar, refletir e questionar sobre o tema Judaísmo Secular humanista. A repercussão desse site foi mais do que esperada, temos, até o momento, 412 membros e média de 1300 pessoas nos visitando por mês, inclusive realizaremos em breve um encontro desse grupo no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Judaísmo humanista é um grande desafio do judaísmo pós- moderno e o crescimento ou não desse movimento na atualidade dependerá somente de cada um de nós, judeus seculares humanistas, nas nossas possibilidades de sairmos do conformismo e do individualismo e assumir na prática a responsabilidade de se organizar e criar nossas próprias keilot, dando respostas diretas para nossas necessidades como judeus seculares e, principalmente, uma opção real para um judaísmo de roupas novas que possa encarar o século XXI com fé (EMUNAH) no ser humano.

http://www.pazagora.org/2010/judaismo-humanista-entrevista-de-jayme-fucs-bar-por-denise-wasserman/

Data da pesquisa 11/06/2012.

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