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Segue-se agora um extrato da Confissão de Conversão Obrigatória de um Judeu ao Cristianismo.

Eu, aqui e agora, renuncio a todo rito e observância da religião judaica, detestando todas as suas mais solenes cerimônias e dogmas, os quais outrora eu guardei e mantive. No futuro, eu não praticarei nenhum rito ou celebração relacionada com essa religião, nem qualquer costume do meu erro passado, prometendo não busca-la ou cumpri-la. [Eu] prometo nunca retornar ao vômito da superstição judaica. Nunca mais eu realizarei nenhum dos ofícios das cerimônias judaicas as quais eu fui ligado, nem nunca mais as apreciarem. [Eu] evitarei todo relacionamento com outros judeus, e manterei meu círculo de amizades entre apenas outros cristãos. [Nós não] nos associaremos com os judeus amaldiçoados, que se mantém sem batismo. Nós não praticaremos a circuncisão carnal, ou celebraremos a páscoa, os sábados, ou outros dias de festas relacionadas com a religião judaica. Com relação à carne de porco, prometemos observar a seguinte regra: De que se devido a um antigo costume, não somos capazes de come-la, não iremos por melindre ou erro, recusar as coisas que são cozidas com ela. E se em todos os pontos tratados acima fomos achados culpados de qualquer forma. [então] aqueles entre nós que forem achados culpados, ou perecerão pelas mãos de nossos companheiros, por fogueira ou apedrejamento ou, [se nossas vidas forem poupadas], perderemos imediatamente nossa liberdade, e vocês nos entregarão juntamente com toda nossa propriedade a quem lhes convier para a escravidão perpétua. [Eu] renuncio a toda adoração dos hebreus, à circuncisão, todos os seus legalismos, pão na levedado, a páscoa, o sacrifício de cordeiros, as festas das semanas, os jubileus, as trombetas, a expiação, os tabernáculos, e todas as outras festas hebraicas, seus sacrifícios, orações, aspersões, purificações, expiações, jejuns, sábados, luas novas, comidas e bebidas. E [eu] renuncio a todo costume e instituição das leis judaicas. Em uma palavra, eu renuncio a absolutamente tudo o que é judeu. Juntamente com os antigos, eu
excomungo também os rabinos chefe e os novos doutores malignos dos judeus. Se eu me desviar do caminho reto em qualquer modo e profanar a santa fé, e tentar observar a qualquer rito da seita judaica, ou se eu enganar a vocês, de qualquer forma, nos juramentos desse voto. Então que caiam todas as maldições da Lei sobre mim. Caiam sobre mim, sobre minha casa, e todos os meus filhos, todas as pragas que feriram o Egito, e para o horror de outros, que eu sofra em acréscimo, o destino de Data e Abirão, ou seja, que a terra me engula vivo, e depois de eu ter sido privado desta vida, serei ainda entregue ao fogo eterno, na companhia do diabo e seus anjos, compartilhando com os habitantes de Sodoma, e com Judas a punição do fogo; e quando eu chegar diante do tribunal do temível e glorioso juiz, nosso Senhor Jesus Cristo, possa eu ser contado naquela companhia a quem o glorioso e temível juiz, com semblante ameaçador dirá: Apartai vos de mim, malditos para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.

A história comprova que, nós, judeus, continuamos rejeitando Iehoshua de Nazaré e o Cristianismo.

Por que?

 Porque nós somos simplesmente judeus, vivemos o Judaísmo e temos nossas próprias convicções.

 Quando nós, judeus, somos sistematicamente questionados por não aceitarmos Iehoshua de Nazaré, respondemos com argumentos que, embora sejam bastante violentos, têm o objetivo de apenas esclarecer a posição judaica.

 Ao longo desta série de textos tornar-se-á inevitável, com esclarecimento histórico, que algumas denominações religiosas se sintam atacadas.

Não depreciamos as outras religiões, pois respeitamos a todos e por esta razão o Judaísmo não faz proselitismo como muitas denominações religiosas.

Para isto, vamos começar analisando o Novo Testamento.

O chamado Novo Testamento é constituído
de 27 livretos dos quais, quatro, os Evangelhos, são supostos relatos sobre a vida e os supostos ensinamentos de Iehoshua de Nazaré, 21 cartas, cuja autoria é atribuída aos primitivos discípulos de Iehoshua de Nazaré, porém, a maioria teria sido ditada pelo apóstolo Paulo, um judeu convertido posteriormente à seita dos nazarenos. Há um livro chamado de Atos dos Apóstolos, relatando alguns fatos e atividades dos discípulos após a morte do seu líder, e um livro místico, chamado Apocalipse. Tais livros formam o fundamento do Cristianismo e são apresentados à humanidade como a última Palavra do Eterno, em substituição à Torá e aos Profetas. No entanto, a patente contradição do chamado Novo Testamento com a Torá, por si só, já é suficiente argumento para refutar sua origem Divina, pois está escrito:

Vossa justiça é eterna é justiça eterna; e é firme a vossa Lei. (Salmo Hb119,142)

Assim, os cristãos devem concordar que qualquer luz de conhecimento posterior ao que foi revelado do Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos do maior profeta do Eterno, Moshe Rabênu (Moshe, nosso Mestre), sobre quem a mesma Torá declarou:

Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face. (Ninguém o igualou) quanto a todos os sinais e prodígios que o Senhor o mandou fazer na terra do Egito, diante do faraó, de seus servos e de sua terra, nem quanto a todos os feitos e às terríveis ações que ele operou sob os olhos de todo o Israel. (Torá Devarim) deuteronômio: 34,10-12).

 Ver também Torá (Shemot 33,11 )êxodo e Torá (números)Bamidbar 12,6-8.



Quando este texto foi escrito, ressaltando a autoridade Divina, conferida a Moshê, de forma preponderante, Israel ainda não existia como Estado.

 Só mais tarde, portanto, o Eterno, inaugurou a era dos profetas.

A expressão não se levantou mais, no verbo passado, é dada como fato consumado e definitivo, a ressaltar a impossibilidade de surgir, no futuro, um profeta mais qualificado do que Moshê.

A partir de então, todos os profetas do Eterno fundamentaram seus anúncios nas palavras que foram reveladas a Moshe, subordinando-se à autoridade daquele que também foi considerado pela própria Torá como o primeiro rei de Israel conforme escrito na Torá Devarim (Dt: 33,5.)

Existem centenas de fraudes no Novo Testamento quando comparado com a Torá, assim como, também internamente, os Evangelhos, as Epístolas de São Paulo, os livros dos Atos dos Apóstolos e do Apocalipse entram em contradição entre eles e quando a perspectiva profética do Tanach é posta em análise e confronto com o entendimento dos autores do Novo Testamento.

 É impossível não perceber, desde logo, que fraudes pessimamente arquitetada foram levadas a sério nos escritos testamentários, pelo menos como atualmente conhecidos. Em razão da fé cega de muitos cristãos, este assunto não é enfrentado como deve, salvo se por uns poucos teólogos de mente mais aberta, pois, do contrário, seria posta em evidência a grande questão embutida neste cenário de erros grotescos, a saber, que a figura de Iehoshua de Nazaré como mais um falso messias.

 Urge esclarecer, desde logo, que podemos distinguir três etapas históricas na origem primitiva do Cristianismo, todas excludentes entre si, dos ensinos propagados, tendo-se como paradigma a doutrina de Iehoshua de Nazaré, como subtendida dos relatos evangélicos.

 A primeira etapa é a própria seita dos nazarenos, também conhecida por O Caminho conforme escrito em Atos dos Apóstolos 9,2; 19,9 e 22,4, a qual ainda se identificava com o Tanach, conforme esclarecido por Paulo, após a sua "conversão" à seita, como está escrito em Atos dos Apóstolos 24,5 e 14; 26,22 e 28,23. Aos poucos, porém, Paulo rompeu com os nazarenos, estabelecendo uma divisão teológica irreversível, que, na prática deu origem ao Paulinismo (Segunda Etapa do Cristianismo), como está escrito em

 I Coríntios 1,12-16. Paulo desafiou a autoridade dos primeiros apóstolos, como Pedro, a quem considerava hipócrita, por apegar-se às tradições judaicas como está escrito em Gálatas 2,11-14.

Por fim, surgiu o Constatinismo (Terceira Etapa do Cristianismo), quando as mudanças estruturais pregadas por Paulo encontraram o campo fértil para o sincretismo com as religiões greco-romanas, sendo tal amálgama apresentado como a religião do nazareno, a qual espalhou-se pelo mundo, a partir de Roma.

Neste sentido, registra-se que o Novo Testamento, tal como hoje é conhecido, não pode ser visto como uma obra terminada dos primeiros discípulos de Jesus, mas como uma produção literária que foi forjada e distorcida durante uma época de fortes contendas religiosas e políticas, tanto da parte do Império Romano, em decadência naquela época, quanto da parte dos clérigos e autoridades religiosas, já empenhadas em disputas pelo poder mundano. No Império Romano, é destacada a figura do Imperador Constantino I,

O Grande, o imperador-sacerdote do deus-sol, ao qual eram dedicadas as festas saturnais do fim de ano (pelo calendário romano) em que incluíam também o Natalis Solis Invicti (Dia do Nascimento do Sol Vitorioso), posteriormente comemorado também como o Natal ou Nascimento de Iehoshua, no dia 25 de dezembro. Para enfatizar sua adoração a este deus, Constantino I, por meio do conhecido Edito de Milão promulgado no dia 7 de março de 313, transferiu o culto dos cristãos primitivos (judeus seguidores de Iehoshua - membros da seita dos nazarenos), ainda realizado no shabat, para o primeiro dia da semana, então conhecido como Dia do Sol, posteriormente chamado de Domingo (em latim: Dia do Senhor) pelos cristãos.

 


Dois marcos principais estão associados com o formato do
Novo Testamento atualmente conhecido.

O Primeiro Marco foi Concílio de Nicéia, iniciado no ano de 325. Este concílio foi convocado pelo imperador Constantino I, que o presidiu na sua abertura, mesmo sendo um pagão, pois jamais este imperador converteu-se ao Cristianismo, conforme relato fantasioso da igreja romana.

 Ele exerceu o cargo de sacerdote do deus-sol até que, no seu leito de morte, no ano de 337, o bispo de Roma procedeu ao ritual de conversão, quando ele nem sequer podia manifestar-se sobre se esta era sua vontade ou não. Neste concílio, foi aprovado, além da autoridade política dos bispos, o cânon do Novo Testamento, quando foram rejeitadas centenas de escritos tidos por sagrados por muitos cristãos fora de Roma e que eram compostos de relatos evangélicos, cartas dos apóstolos e também dos primeiros discípulos, hoje rejeitados. Também naquela ocasião, por meio do voto, foi aprovada a divindade de Iehoshua de Nazaré, que, a partir de então, passou a ocupar, oficialmente, o papel de segunda pessoa da trindade, abrindo-se a partir daí a oportunidade para o estabelecimento do culto mariano.

Pois Maria, genitora de Iehoshua de Nazaré, logo seria alçada ao papel de Mãe do Criador, já que, segundo esta doutrina, Iehoshua de Nazaré sendo Criador, sua genitora seria a mãe do Criador, como se pode verificar ainda hoje em muitos cultos religiosos. Pela importância do papel do imperador Constantino I,

 O Grande, na formação da nova religião, que, na verdade, é uma fé essavita (oriunda de Essav, irmão de Jacov, pai dos romanos e italianos), cujo objetivo é perseguir Israel, o Cristianismo pode ser chamado de Constatinismo. Através do imperador Constantino I, O Grande, foi possível elencar, durante o Concílio de Nicéia, as doutrinas principais da nova religião romana, de onde se espalharia pelo mundo, deixando um rastro de sangue jamais visto até hoje. De forma ainda mais marcante, o Constatinismo é a religião do Anti-judaísmo, como ficou bem claro no decorrer dos últimos dois mil anos, pois, para justificar sua própria existência, a nova religião romana renegou as suas origens judaicas, oriundas dos seguidores de Iehoshua de Nazaré, e decidiu destruir os judeus para que se consumasse o que ficou conhecido como Teologia da Substituição. A premissa desta teologia é que uma vez que a igreja surgiu, ela deverá substituir as sinagogas e, para isto, os judeus devem ser exterminados porque representam um entrave para a supremacia do Cristianismo, conforme uma das passagens do Novo Testamento:



“Com efeito, irmãos, vós vos tornastes imitadores das igrejas de Deus que estão na Judéia, das igrejas de Jesus Cristo. Tivestes que sofrer da parte dos vossos compatriotas o mesmo que eles sofreram dos judeus, aqueles judeus que mataram o Senhor Jesus, que nos perseguiram, que não são do agrado de Deus, que são inimigos de todos os homens, visto que nos proíbem pregar aos gentios para que se salvem. E com isto vão enchendo sempre mais a medida dos seus pecados. Mas a ira de Deus acabou por atingi-los. (I Tessalonicenses 2,14-16).”

Em uma nota marginal da Bíblia da Editora Ave Maria - Edição 119ª - Página 1512, em referência ao versículo 16 desta passagem, está escrito: Atingi-los: porque os judeus eram agora rejeitados por Deus.
Esta teologia serviu de pretexto máxime pela mentira de que foram os judeus que assassinaram Iehoshua de Nazaré, para respaldar a tese de ser a vontade do Eterno toda a sorte de perseguição aos judeus, nestes quase vinte séculos da chamada Era da Graça do Cristianismo.

O Segundo Marco desta história deturpada pelos doutores em teologia da igreja romana, como bem sabido dos estudiosos, está ligada ao Bispo Dâmaso (Papa Dâmaso), que determinou a São Jerônimo que iniciasse um procedimento a uma reforma do Novo Testamento, para eliminar os conteúdos judaicos, retirando as possíveis dúvidas sobre a origem de Iehoshua, a quem nenhum livro de História daquela época se referiu, e retirando passagens que retratassem a humanidade de Iehoshua. Em sua obra intitulada Retractationis, Jerônimo confessa sua resistência em obedecer à ordem papal e principalmente suas crises de consciência em ter cumprido uma missão que resultou no maior fraude do que aquela perpetrada pelo Concílio de Nicéia. Sobre a farsa a que fora levada pela ordem papal,
Jerônimo escreveu ao Papa:

De velha Obra me obrigais a fazer nova Obra. “Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos por todo mundo, e, como diferem entre si, que eu distinga os que estão de acordo com o verdadeiro Texto Grego. É um piedoso trabalho, mas é também um perigoso arrojo, da parte de quem deve ser por todos julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido. Qual, de fato, o sábio e mesmo o ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar, depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um “sacrílego”, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir e corrigir alguma coisa nos antigos Livros? Um duplo motivo me consola dessa acusação: O primeiro é que Vós, que sois o Soberano Pontífice, me ordenais que o faça; O segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a aprovação dos maus.” (Consultar Obras de São Jerônimo da autoria de León Denis).

Por isto, quando um cristão não estuda o Novo Testamento com o devido cuidado, o grau de sua ignorância começa atingir grandes proporções. Para saber se o Novo Testamento é ou não de inspiração divina, devemos comparar com a Revelação do Sinai, pois qualquer luz de conhecimento posterior ao que foi revelado do Sinai deve, necessariamente, concordar com os escritos do maior profeta do Eterno, Moshe Rabênu (Moshe, nosso Mestre), sobre quem a Torá declara:

Não se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor conversava face a face. (Ninguém o igualou) quanto a todos os sinais e prodígios que o Senhor o mandou fazer na terra do Egito, diante do faraó, de seus servos e de sua terra, nem quanto a todos os feitos e às terríveis ações que ele operou sob os olhos de todo o Israel. (Torá Devarim 34,10-12).Dt,

Foi assim que, depois de muitas distorções, o Novo Testamento transformou-se em uma coletânea de textos contraditórios, espúrios, com acréscimos atualmente denunciados como invenções nas várias versões das bíblias hodiernas, cujas edições atuais registram entre parêntesis ou em notas marginais a denúncia de fraudes. É significativo analisar que, em razão de tais mentiras e embustes, um número incalculável de seres humanos foi morto, ou assumiram o papel de mártires de uma fé cujas bases de sustentação são o engodo, a credulidade, a falsificação de fatos históricos e a deturpação dos textos sagrados dos judeus, utilizados de forma contraditória, o que serviu para prática de tramas e deboches.

Na verdade, os cristãos, sem perceberem que são vítimas de uma falsidade histórica, ainda admiram-se de os judeus até hoje não aceitarem Iehoshua de Nazaré como seu Messias. Este cenário está mudando hoje, pois muitos cristãos, especialmente os descendentes dos convertidos à força durante a Inquisição, os B’ney Anussim, estão retornando para o Judaísmo através do estudo da Torá, a revelação dada aos judeus no Sinai e do estudo dos livros proféticos (Torá (Dt) Devarim 4,5-8 e Tehilim (salmo)147,19-20).

A partir de agora vamos tornar conhecido do público o que o Cristianismo precisou fazer para sustentar a sua fé decadente.

 Para isto, deve ser lembrada a passagem de um discurso realizado por Paulo de Tarso em sua I Epístola aos Coríntios:

Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível.

 Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da lei, embora o não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da lei.

 Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus – porquanto estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei. Fiz-me fraco para os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante. (I Coríntios 9,19-23)

Desta forma, é possível entender as monstruosidades praticadas por fiéis, apologistas e líderes das igrejas

Cristãs em todo o mundo, pois torturaram e assassinaram milhões de pessoas. Assim, como ensina Paulo de Tarso, elas fizeram de tudo para se manterem no poder. E, finalmente, é possível entender a origem dos milhares de denominações religiosas cristãs espalhadas, ainda hoje, em todo o mundo.

Desejamos a todos os leitores que entendam que muito do que foi e ainda é ensinado contra a Torá, o shabat, a alimentação kasher, as festas, as tradições etc, é oriundo de um ódio contra aquilo que possui origem no Eterno, Bendito Seja. Começaremos o nosso estudo analisando as profecias presentes nos escritos dos Evangelhos, pois os cristãos afirmam que tais escritos são Palavras de Salvação. Mas, devemos salientar que aqueles que ensinam que o Antigo Testamento é uma preparação para o Novo Testamento devem se lembrar que este último deve estar de acordo com o que foi previsto pelos profetas de Israel, mas mostraremos que isto não é verdade. Para enriquecer este pensamento, devemos nos lembrar de um dos discursos de Paulo de Tarso em sua II Epístola aos Coríntios:

Em posse de tal esperança, procedemos com total desassombro. Não fazemos como Moisés, que cobria o rosto com um véu para que os filhos de Israel não fixassem os olhos no fim daquilo que era transitório.

 Em conseqüência, a inteligência deles permaneceu obscurecida. Ainda agora, quando lêem o Antigo Testamento, esse mesmo véu permanece abaixado, porque é só em Cristo que ele deve ser levantado. Por isso, até o dia de hoje, quando lêem Moisés, um véu cobre-lhes o coração. Esse véu só será levantado quando se converterem ao Senhor. Ora, o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós temos o rosto descoberto, refletimos como num espelho a glória do Senhor e nos vemos transformados nesta mesma imagem, sempre mais resplandecentes, pela ação do Espírito do Senhor. (II Coríntios 3,12-18)

Mostraremos que este véu não está posto sobre os olhos de nós, judeus, mas, ao contrário, tomaremos passagens dos livros proféticos presentes nos Evangelhos que, a priori, parecem fazer alusão a Iehoshua de Nazaré, mas que na realidade não fazem, e mostraremos, durante o nosso estudo, que são os cristãos que possuem um imenso véu nos olhos. Para salientar isto citamos a continuação do discurso anterior de Paulo de Tarso:

Por isso, não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia. Afastamos de nós todo procedimento fingido e vergonhoso. Não andamos com astúcia, nem falsificamos a palavra de Deus.

Pela manifestação da verdade nós nos recomendamos à consciência de todos os homens, diante de Deus. Se o nosso Evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cujas inteligências o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a luz do Evangelho, onde resplandece a glória de Cristo, que é a imagem de Deus. (II Coríntios 4,1-4)

Desta forma, nós, judeus, vamos mostrar, através dos Evangelhos, as passagens dos livros proféticos presentes nos mesmos que
foram incluídas fora de seu verdadeiro contexto para que se acreditasse na messianidade e divindade de Iehoshua de Nazaré, representando, assim, autenticais falsificações.

Se esta atitude foi de fato um ato de fraude, distorção, malícia, desespero da parte dos autores dos Evangelhos ou costume do povo da época que, ao produzirem seus escritos, desejavam mostrar ou provar algo, não convém nesta obra questionar.

Outro objetivo deste estudo é tornar conhecido um engano cometido (ou até malícia) pelos cristãos de uma forma geral: a de afirmarem que os judeus não aceitam Iehoshua de Nazaré devido aos dois mil anos de perseguição cristã. Desta forma, apologistas cristãos ainda tentam remover do conhecimento público o real motivo da rejeição a Iehoshua de Nazaré por parte de nós, judeus: As fraudes presentes nos Evangelhos.

Bibliografia

Martin Luther - On the Jews and Their Lies, Translated by Martin H. Bertran, Fortress Press - Philadelphia (1955)

Manual de la Historia Judia – Desde los Origines hasta Nuestros Dias - Simon Dubnow - Translated by Salomon Resnick – Editorial S. Sigal - 4ª Edition - Buenos Aires (1955) ISBN: ?????

Bíblia Sagrada - Editora Ave Maria - Edição 119ª

Mordechai Moré s’t(Marcos Moreira Da silva s,T) Presidente da fisba ( federação Israelita Sefaradita  benei Anussim)e Roshe(líder da sinagoga casa de Israel)  da beit Israel são Paulo são Mateus.


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Publican el manuscrito del suicidio de Stefan Zweig - AURORA

El novelista austríaco Stefan Zweig se suicidó en 1942 para acabar con su vida "en el momento apropiado" tras haber visto a Europa, su "patria espiritual", entonces inmersa en la Segunda Guerra Mundial, "destruirse a sí misma", según la nota que dejó.

El manuscrito, redactado en alemán, fue publicado en Internet por la Biblioteca Nacional de Israel, con motivo del 70 aniversario de la muerte del literato, periodista e intelectual judío.

Zweig huyó a Brasil en 1936, tres años después de que los nazis hubiesen subido al poder en Alemania y dos antes de que invadiesen su país natal.

El escritor ingirió un veneno letal con su mujer, Lotte, en la ciudad de Petrópolis, a 66 kilómetros de Río de Janeiro.

En la nota, encabezada con el portugués "declaraçao" (declaración) y luego desarrollada en alemán, Zweig explica que dice adiós a este mundo "de propia voluntad y con la mente clara" y agradece a Brasil su hospitalidad.

"Cada día he aprendido a amar más este país, y

no habría reconstruido mi vida en ningún otro lugar después de que el mundo de mi propio lenguaje se hundiese y se perdiese para mí, y mi patria espiritual, Europa, se destruyese a sí misma", escribió.

Pero, continua, rehacer una vida pasados los sesenta años de edad requiere "poderes especiales", cuando "su propio poder se ha gastado tras años de errar sin hogar".

"Prefiero, pues, poner fin a mi vida en el momento apropiado, erguido, como un hombre cuyo trabajo cultural siempre ha sido su felicidad más pura y su libertad personal. Su más preciada posesión en esta tierra", argumenta antes de desear a todos sus amigos que "vivan para ver el amanecer tras esta larga noche".

La nota fue recogida por la policía brasileña, que tuvo que recurrir a un doctor judío local para traducirla del alemán.

El médico pidió entonces quedarse con el original por su significado histórico, pero la policía se negó, porque lo necesitaba como evidencia en el caso.

El mismo doctor compró la nota veinte años después a un policía jubilado y en los noventa la donó a la Biblioteca Nacional de Israel, ubicada en Jerusalén. EFE

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OLGA BENARIO

E OLHA QUE NO RACHA DE 1992 ELA FOI BARRADA NA PORTA DO TEATRO ZACARO PELO ROBERTO FREIRE A E SUA TROUPE.RISOS

MAS É BOM QUE A OLGA SEJA VISTA E LEMBRADA. QUEM SABE ELES NÃO COMEÇAM A VER OS ANUSSINS TAMBEM? COMO VC DISSE NESSE AR TEM AVIÃO KKKKKKKAS COISAS ESTÃO MUDANDO

SHALOM

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AICA - Ativistas Independentes da Causa Animal

11419591861?profile=originalOntem, 12/02/2012 em nossa  Sinagoga Teshuvá, em Curitiba tivemos a 1ª Reunião dos Ativistas Independentes da Causa Animal. Esse grupo visa auxiliar na organização das manifestações que deverão acontecer em Defesa dos Animais a partir de agora.

O grupo se formou a partir de 22/01, na Manifestação CRUELDADE NUNCA MAIS, quando vimos a necessidade de organização devido ao grande número de participantes.

 

A PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO SERÁ DIA 28 DE ABRIL, CONTRA A VISSECÇÃO DE ANIMAIS, OU SEJA , CONTRA A UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS EM EXPERIMENTOS DE LABORATÓRIOS.

 

É O JUDAISMO HUMANISTA DO PARANÁ  TENTANDO CUMPRIR COM NOSSO PAPEL EM PROMOVER O TIKUN OLAM.

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Plantas Relvantes para o Judísmo

Olá a todos, sou botãnico do Jardim Boânico do Recife e estou reestrurutrando o Jardim Ecumênico desta instituição. Lá existe espaços para várias religiões importantes no Brasil. e portanto, do Judaismo, por enquanto tive dificuldades com as planta, mas to pensndo nas do Sukat, q são muito relvantes pelo pouco que vi na internet. Mas peço ajuda quanto as plantas e como conseguí-las (viveiros q vendem em recife, próximo ou na net). E também q me mandassem uma descriçao do judaísmo para colocar nas placas. Agradeço a todos. Não tenho religião, mas tenho mente aberta p ouvir o q cada umadelas tem para me dizer1

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Muito além de Olga por Jacques Gruman: Blog da REA

É curioso. Um filme que retrata a vida de uma revolucionária, Olga, de Jayme Monjardim, foi exaltado por setores da comunidade judaica que nunca esconderam suas predileções conservadoras. Olga Benário Prestes virou celebridade instantânea, personagem cult, irmã judia. Que elixir milagroso destruiu preconceitos ideológicos e jogou Olga nos braços dos inimigos de suas idéias? Como diria o Barão de Itararé, há algo no ar além dos aviões de carreira.

A situação é semelhante, por exemplo, ao caso de Che Guevara. A imagem do guerrilheiro desfila nas camisetas de milhões de jovens que não fazem a menor idéia de quem foi aquele cabeludo-barbudo. A exibição da foto sedutora do rebelde com causa e jeitão de hippie esconde a ignorância dos consumidores de boas grifes. O mesmo com Olga. Quando se ressalta uma duvidosa identidade judaica, abafa-se o seu traço principal: a militância permanente, começada na adolescência, pela destruição do capitalismo. Falar da companheira de Prestes sem colocar em primeiro plano esta identidade política é falsificar a verdade histórica.

Moacyr Scliar escreveu sobre a “irmandade espiritual” que une mulheres “judias e revolucionárias” como Olga, Emma Goldman e Rosa Luxemburgo”.[1] Olhando de perto, entretanto, constata-se com facilidade que nenhuma destas três figuras extraordinárias tinha a mais remota ligação com qualquer vertente do judaísmo. Nenhuma inspirou-se em conhecimentos judaicos para formular teorias políticas ou atuar na sociedade. Nenhuma demonstrou sequer um vínculo afetivo com a história e as tradições judaicas.

É claro que, sob o ponto de vista “técnico”, eram judias, pois nasceram de ventres judeus. Também se pode argumentar que, no caso de Olga, os assassinos não tiveram a menor dúvida sobre sua identidade judaica. Os racistas “sabem”. É o pertencimento definido de fora, pela segregação. Será que genética e preconceito são suficientes para definir quem é judeu? Duvido.

Olga Benário Prestes (1908-1942)

É um exercício interessante abrir as trajetórias de Olga, Emma e Rosa para se tentar detectar rastros de identidade judaica. Olga Benário, nascida em Munique, foi criada dentro de uma típica família alemã de classe média. Não recebeu nenhum tipo de educação judaica, formal ou informal. Dentro de casa, não se celebravam as festas judaicas.  Muito cedo mergulhou na política, paixão que nasceu da leitura dos processos de trabalhadores defendidos por seu pai, Leo Benário. Com 16 anos, saiu de casa para morar em Berlim com Otto Braun, jovem dirigente comunista. A partir de então, sua vida se confunde com a atividade revolucionária.

Olga não teve relação familiar harmoniosa. Repudiava a vida fútil de sua mãe e tinha sérias divergências políticas com o pai. Ruth Werner[2] relata uma passagem em que Olga, então em Moscou, comenta que só teve um verdadeiro lar quando se hospedou na casa de uma família de operários, em Munique. É sintomática a maneira carinhosa como se dirigia a dona Leocádia, mãe de Luiz Carlos Prestes. Chamava-a sempre de “mamãe”, revelando a descoberta de um carinho antes desconhecido no convívio familiar. Não se conhece qualquer passagem da vida de Olga que se possa associar ao judaísmo. Sua deportação para a Alemanha nazista, gesto odioso da ditadura Vargas, teve motivação política. O fato de ser judia foi, seguramente, apenas uma cereja no bolo totalitário, um agravamento da “culpa”, mas não sua causa.

Emma Goldman (1869-1940)

Emma Goldman, anarquista, foi presença marcante da esquerda não-bolchevique nas três primeiras décadas do século passado. Nasceu na Lituânia em 1869 e sua família, ao contrário da de Olga, praticava a religião judaica, freqüentando a sinagoga aos sábados e nas chamadas grandes festas. Raramente, porém, falavam com os filhos sobre isso. Emma diz que suas primeiras idéias sobre Deus e Diabo, pecado e punição, vieram através dos criados russos de seus pais.[3] O ambiente doméstico era-lhe tremendamente opressivo, pois muito cedo, mostrou que não se satisfaria com o papel de objeto-de-cama-e-mesa reservado para as mulheres de seu tempo. O pai, a quem Emma atribui uma “presença aterrorizante”, queria casá-la à força quando tinha quinze anos. Encontrando resistência, jogou no fogo os livros de estudo da filha, dizendo que as meninas não precisavam estudar tanto. Bastava que soubessem preparar um bom guefilte fish e uma boa massa e dar aos seus maridos muitos filhos. A mãe era fria com os filhos. Quando Emma se aproximou da puberdade e sentiu, aflita, a primeira menstruação, levou uma bofetada da mãe (“Isso é necessário para uma moça quando se transforma em mulher, para se proteger da desgraça”).

Aos 16 anos, enfrenta a ira paterna e vai morar nos Estados Unidos. Em 12 de novembro de 1887, cinco líderes operários são enforcados em Chicago, na esteira dos acontecimentos que levam à criação do Dia Internacional do Trabalho. O impacto em Emma foi tremendo. Ela começa a ligar-se a círculos anarquistas e, em pouco tempo, sua militância decola. Dá conferências, ajuda a editar jornais, formula idéias originais. Dedica sua vida à emancipação dos trabalhadores em geral e das mulheres em particular. Afirma que o casamento tradicional é um arranjo econômico e uma prisão. O verdadeiro amor prescinde do aval de rabinos e sacerdotes.

Em 1917, empolga-se com a revolução dos sovietes e viaja à URSS. Desencanta-se, porém, com a nascente burocracia e a intolerância com as diferenças políticas. “Minha idéia sobre a revolução não é a de um extermínio contínuo das dissidências políticas”. Exila-se na França e, nos anos 30, colabora com os anarquistas espanhóis durante a guerra civil. Morre no Canadá, em 1940, e seu corpo é levado para os Estados Unidos e enterrado junto dos operários enforcados em 1887. Nenhum de seus movimentos, nenhuma de suas posições públicas, nenhum de seus legados teóricos, nada, enfim, tem sequer um sopro judaico. A longínqua história familiar, limitadora e repressiva, serviu-lhe apenas de contraponto para formulações libertárias.

Rosa Luxemburgo (1871-1919)

O caso de Rosa Luxemburgo é o mais complexo dos três. Nascida Rozalia, na cidade polonesa de Zamosc, foi a caçula de cinco irmãos. Mesmo sem receber educação religiosa, teve algum contato com tradições judaicas, principalmente através de sua mãe, Lina. Ao longo da infância e da adolescência aprendeu o que era ter ascendência judaica. O sistema de cotas nas escolas polonesas impôs-lhe a exclusão. Este sentimento, ao lado do defeito físico que aparece aos cinco anos de idade (quando passou a coxear), criam na jovem Rosa uma férrea vontade de se sobressair. Era a forma de contrabalançar as desvantagens que tinha, a social e a física. Nasce, assim, um personagem robustecido, que, de acordo com sua biógrafa Elzbieta Ettinger[4], ajudou a encobrir sua insegurança. Nos anos de escola, lembra Elzbieta, tornou-se conhecida como “forte”, um epíteto que lhe agradava mais do que “manca” ou “judiazinha suja”.

Em dezembro de 1881, Rosa, então com 12 anos, testemunha um pogrom em Varsóvia. A experiência é traumática e jamais cicatriza. Ela terá sempre dificuldades com as multidões (traço exótico para uma oradora vibrante, que cansou de falar para as massas).

Rosa não era apegada a nenhum dos pais. Ainda Elzbieta, em passagens fundamentais:

“As preocupações deles – os filhos, a casa, a vida cotidiana –, suas preferências pequeno-burguesas e seu judaísmo transparente embaraçavam-na (…). Se, quando adulta, Rosa Luxemburgo desdenhou de seu meio, foi porque, já como adolescente, tivera dificuldades com ele. Cresceu acostumada com as implicações do anti-semitismo, mas não com a noção de que este lhe dizia respeito. Ela se acreditava polonesa, ainda que ninguém mais o fizesse (…) Torcia o nariz para os homens com peiot, barbas compridas e caftans longos (…) Queria, como os poloneses, que eles fossem embora. Quando outros a associavam a estes judeus, acreditava ser por ignorância ou maldade.”

Ao ligar-se a um círculo socialista clandestino, teve o prazer de escolher um grupo, o seu grupo, no qual todos a tratavam como igual. A partir daí, todo o passado de ligação com rudimentos judaicos (sempre externos) desaparece. Tal como Olga e Emma, envereda pela luta revolucionária e tudo o que pensou e criou sequer tangencia o judaísmo.

Surge, inevitável, a dúvida: o engajamento revolucionário dissolve a identidade judaica? Basta lembrar Isaac Deutscher para saber que não. Deutscher jamais esqueceu os anos no shtetl polonês onde cresceu e estudou a religião judaica. Rompeu mais tarde com ela, mas procurou formas alternativas de identidade judaica que, até hoje, permanecem vivas. Escreveu e proferiu palestras sobre temas judaicos, visitou Israel e posicionou-se sobre o sionismo. Harmonizou, com sensibilidade, marxismo e judaísmo.

Em alguns lugares da Itália, celebrou-se durante muito tempo um dia que comemorava o estabelecimento de guetos.[5] Este aparente paradoxo se explicava pela garantia que as muralhas davam aos judeus para preservarem suas tradições. Não havia chance de ceder às tentações dos goim. O novo, o diferente, que estava do outro lado do muro, ficava na mesma categoria do ameaçador. No Brasil, não há guetos. Temos ampla liberdade de opção existencial, política, religiosa. Esta é, por definição, uma via de mão dupla: somos livres para entrar, mas também para sair. Se valorizamos isso, precisamos respeitar as escolhas de Olga, Emma e Rosa, que trilharam caminhos fora do judaísmo. Isso não as diminui. O que desmerece sua memória é forçar identidades apenas pela via do DNA ou da torpeza anti-semita.

http://espacoacademico.wordpress.com/2012/02/04/muito-alem-de-olga/


* JACQUES GRUMAN, Diretor da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação, do Rio de Janeiro. Publicado na REA, nº 43, dezembro de 2004, disponível em http://www.espacoacademico.com.br/043/43cgruman.htm

[2] WERNER, Ruth. Olga Benário: a história de uma mulher corajosa. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1990.

[3] GOLDMAN, Emma. Living my life. Dover Publications, 1970, New York.

[4] ETTINGER, Elzbieta. Rosa Luxemburgo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1989.

[5] ROTH, Cecil. Pequena história do povo judeu. São Paulo: Fundação Fritz Pinkuss, 1964.

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Parabéns Paulo Blank!

Obrigado, Senhor, por nos ter dado Paulo Blank.
Obrigado, Paulo Blank, por compartilhar inteligência e cultura com que Hashem lhe brindou, naturalmente exteriorizadas em seu discurso fértil, sabiamente sereno, mas eminentemente crítico, poético e filosófico, características de sua atuação marcante, preciosa e constante, baluarte a honrar-nos e iluminar-nos neste Cantinho de sonhadores que, por transcendermos juntos,  em Grupo, já não é mais apenas um sonho, mas o princípio e o desenvolvimento de uma Nova Realidade.
Ainda contamos com 57 venturosos aniversários. Mazal Tov! Chico Munhoz  (Bauru-SP).
Obrigado, Senhor, por ter nos dado Paulo Blanc!

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O Historiador, o Diplomata, e o espião

Por Clifford D. May

Como os especialistas vêem a ameaça representada pelos governantes do Irã


Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas


JERUSALEM --- O Irã não é nosso inimigo. O regime que se enriquece enquanto mata, oprime e empobrece iranianos comuns; o regime que incita genocídio contra Israel, que ameaça seus vizinhos do Golfo Pérsico e promete um "mundo sem a América" – é que é o nosso inimigo. Este foi um dos pontos-chave colocados em uma discussão domestica por um trio de indivíduos extraordinários reunidos em um jantar em Tel Aviv na semana passada.

Na mesa estavam Bernard Lewis, em minha opinião, o maior historiador vivo do Oriente Médio, Uri Lubrani, enviado de Israel ao Irã antes da queda do xá e conselheiro de líderes do Estado Judeu desde então; e Meir Dagan, um pára-quedista aposentado, da elite, e general, que foi recrutado em 2002 pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon para reconstruir o Mossad como uma agência de inteligência "com uma faca entre os dentes." (Dagan demitiu-se deste posto em 2010 e tem sido cada vez mais franco desde então.)

Um pequeno grupo de jovens Americanos, profissionais da segurança nacional -  do Hill, o Departamento de Defesa, Segurança Interna, até mesmo do departamento de polícia do D.C - partiram pita com eles. Nenhum dos três minimizou quão terrível serão as conseqüências se o dedo de Mahmoud Ahmadinejad vier a repousar em um gatilho nuclear. O presidente Iraniano faz parte de uma escola extremista de teologia xiita, que, explicou o general Dagan, aguarda com interesse por uma guerra apocalíptica que iria "acelerar a chegada do Mahdi," salvador final da humanidade. Mas ele acha que Ahmadinejad e seus associados não estão tão perto como muitos analistas acreditam da aquisição de uma capacidade nuclear. "Dois anos para ter uma arma destas, em minha opinião", disse ele.

Se isso estiver correto – e é um grande se - significa que temos um pouco de tempo para descobrir se medidas duras sem o uso de força militar podem ser eficaz. Dagan observa também, que bombardear as instalações nucleares do Irã não poria fim à busca do regime por armas nucleares: Isso só vai atrasá-lo por talvez dois ou três anos. A tecnologia, a perícia, e os componentes estão todos facilmente disponíveis. A Coréia do Norte e o Paquistão as possuem - e ambos já as proliferaram antes.

A grande questão é esta: Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas. É o regime que governa o Irã, mais do que as armas ou as instalações onde elas são produzidas, que constitui o verdadeiro problema. A partir disso segue-se que a mudança do regime - não a destruição de seu hardware - é o grande objetivo.

O embaixador Lubrani, que previu a revolução Iraniana de 1979 - quando o então presidente Jimmy Carter, entre outros, viam o Irã como "uma ilha de estabilidade" - acredita que a mudança de regime é uma meta realista. Na verdade, ele está convencido de que haverá outra revolução Iraniana e de que ela pode acontecer mais cedo ou mais tarde - em breve, em vez de tarde demais.

O que levanta a questão: Com base nas análises do historiador, do diplomata, e do espião, pode uma estratégia coerente ser construída? Podemos nós no Ocidente tardiamente aprender, como Lubrani coloca, a jogar xadrez, um jogo de estratégia inventado no Irã? Eu diria que essa estratégia pode começar com seis políticas específicas.

  1. Apertar o laço das sanções ao máximo para aumentar a pressão sobre a economia Iraniana. Isto precisa ser feito com cuidado: assustar os mercados de petróleo aumentando o preço do petróleo vai colocar mais dinheiro, não menos, nos cofres do regime. Mas as sanções podem funcionar se nos concentrarmos na redução das receitas de petróleo do Irã. Os países europeus deveriam impor um embargo sobre as compras. Outros países deveriam forçar descontos. Quanto menos compradores, maiores os descontos – e consequentemente menores serão as receitas de petróleo do Irã ..

 

  1. Isolar diplomaticamente o regime – de verdade. Muito tempo atrás, quando o Aiatolá Khomeini ordenou a execução de um romancista Britânico por "insultar" o Islã, ou quando as autoridades Iranianas falaram pela primeira vez em varrer Israel do mapa, ou quando, mais recentemente, a embaixada Britânica em Teerã foi atacada, deveria ter sido imposto um sério isolamento diplomático: dizendo não ao financiamento de agências internacionais manipuladas por iranianos, sem nenhuma visita a Nova York de Ahmadinejad ou dos czares do petróleo Iraniano à Europa, nem sequer permitir o pouso de aviões Iranianos nos aeroportos Ocidentais. Este é o momento.

 

  1. Não subestimar o potencial da alta tecnologia, usar armas de ponta cibernética para atrasar ainda mais o programa de desenvolvimento nuclear Iraniano. O Stuxnet worm, uma arma cibernética pelo qual ninguém reclamou crédito, pode atrasar o programa Iraniano por pelo menos um ano. O Ocidente precisa manter uma vantagem ofensiva e defensiva neste novo e crítico campo de guerra. Medidas mais convencionais clandestinas também podem desempenhar seu papel - coisas que explodam no meio da noite, inesperadas mortes de indivíduos que contribuam no desenvolvimento de armas nucleares ilegais. (Nenhuma destas opções devem ser discutidas mais do que o necessário em fóruns públicos, por sinal.)

 

  1. A ameaça de uso da força deve ser credível. Governantes do Irã devem perder o sono com a possibilidade de que um ataque militar - contra suas instalações nucleares ou contra eles mais diretamente - pode ser visto pelos Americanos e Israelenses como uma opção menos ruim.

 

  1. Ajudar a Síria a se libertar do Irã. Sob o comando de Bashar al-Assad, a Síria tem sido uma ponte entre os mundos Árabe e Sunita para o Irã. A Síria também tem sido patrono do Hezbollah, legião estrangeira terroristas do Irã, e do Hamas também. Uma oposição Síria incrivelmente corajosa está tentando derrubar a dinastia. A perda da Síria seria um duro golpe para o regime de Teerã. A América e o Ocidente deveriam estar fazendo tudo o que podem para apoiar os rebeldes.

 

  1. A oposição anti-regime no Irã também merece apoio moral e ajuda material, que deveria ter começado em 2009, quando, logo após eleições flagrantemente fraudulentas, protestos em massa eclodiram com manifestantes cantando: "Obama! Você está conosco ou contra nós” O Professor Lewis lamentou: "Nós não fizemos absolutamente nada para ajudá-los. É um absurdo incompreensível."

 

Além de todas estas ações acima, reconhecer que isto se tornou a prioridade top da segurança nacional: No que foi mal entendido como uma "Primavera Árabe", as massas de miseráveis no Egito e em outros lugares agora podem estar chegando à conclusão de que "o Islã é a resposta.” Os Iranianos, tendo testado essa proposição ao longo de décadas, sabem que esta é a resposta errada. Ser governados por mulás os fez menos livres e mais pobres do que jamais foram sob o comando do Xá. Lewis, Lubrani, e Dagan concordam que estes desencantados Iranianos podem oferecer a última e melhor esperança para o mundo Muçulmano - e para o encerramento da guerra global contra o Ocidente.

 

A alternativa é arriscar-se à possibilidade de que jihadistas com ambições globais e armas nucleares farão a mais sangrenta era da história do século 21. Esse é o ponto mais importante que Lewis, Lubrani, e Dagan estão tentando comunicar - em um jantar na semana passada em Tel Aviv e em outras ocasiões.

 

Clifford D. May é presidente da Foundation for Defense of Democracies, um instituto político com foco na segurança nacional e política externa.  

 

Artigo original:

The Historian, the Diplomat and the Spy

 

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Data, 27 de janeiro, lembra a libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia; tema deste ano são as “Crianças e o Holocausto”.

Documento de identificação. Imagem: Unesco.

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova York.

Alunos de todo o mundo vão poder aprender mais sobre as histórias dos sobreviventes do Holocausto com uma nova plataforma online, lançada pelas Nações Unidas. O lançamento coincide com o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, marcado neste 27 de janeiro.

A base de dados foi organizada em parceria com o Instituto Shoa, do diretor de cinema Steven Spielberg. Com o aplicativo, IWitness, poderão ser acessados testemunhos de cerca de mil sobreviventes do genocídio praticado pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. O projeto também tem o apoio da Universidade do Sul da Califórnia.

Trem

Além dos depoimentos, também podem ser acessados quase 52 mil documentos.

Nesta entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, o sobrevivente do campo de Auschwitz, Aleksander Laks, lembrou o dia em que conseguiu escapar das mãos dos nazistas.

“Eu estava no trem, depois da morte do meu pai, que foi assassinado numa latrina. Ele foi assassinado a pauladas e queimado numa pira, e veio uma ordem que nenhum prisioneiro podia cair vivo nas mãos dos aliados. Eu fui levado para ser afogado. No meio do caminho, fomos bombardeados, e entrei na cidade de Immendingen, e lá fui libertado dentro de um trem. Estava morrendo, pesava 28 kg, não enxergava praticamente, não podia andar, mas assim mesmo sobrevivi.”

Comunidades

Para o subsecretário-geral das Nações Unidas para as Comunicações e Informação Pública, Kiyo Akasaka, “os estudantes vão poder aprender mais sobre o Holocausto e o seu significado histórico hoje em dia. Em breve, eles vão descobrir a relação com as suas vidas e comunidades”.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto marca o aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. O tema deste ano são “Crianças e o Holocausto”.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2012/01/onu-marca-dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto/

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La bandera de Israel apareció en sitios web de Irán merced a la acción de un grupo de "hackers" que se autodenominan Equipo de las FDI (Fuerzas de Defensa de Israel), utilizando el idioma inglés: "IDF team". Los piratas de Internet, bloquearon varios sitios del gobierno iraní y lograron poner en algunos la imagen de la bandera nacional.
La intrusión se cometió contra los portales de la prensa televisiva del gobierno persa, que emite programación en inglés, y contra los sitios del ministerio de Salud y el de Educación Médica. Los servidores internet de esas oficinas gubernamentales paralizaron su funcionamiento, lo mismo que el de la prensa televisiva.
El equipo de "hackers" anunció su acción en los portales iraníes y colocaron una inscripción que expresaba: "¿Qué tienes para decir sobre esto, Ahjmadinejad?".
Esta acción parece representar otro paso más en la escalada

de la guerra por Internet llevado a cabo entre piratas informáticos israelíes y árabes, luego que durante este mes un "cybernavegante" saudita publicara los datos de tarjetas de crédito y cuentas de israelíes. La respuesta no se hizo esperar y también fue subida a Internet una serie de datos sobre cuentas bancarias de usuarios sauditas y de los Emiratos Arabes.
El último ataque sufrido en Israel se registró en la parálisis de los servidores del Centro Médico Sheba, en Tel Hashomer y el centro hospitalario privado Assuta. La acción fue reivindicada por un grupo autodenominado "Palestina anónima".
De esa manera, la respuesta de los piratas informáticos israelíes apuntó a Irán sobre lo que informaron previamente a medios de prensa de Israel. El equipo de "cybercombatientes"anunció que seguirá su acción en la medida que continúen recibiéndose ataques en los portales locales de Internet.
Antes aún, las instalaciones cibernéticas que funcionan en los centros de refinamiento y enriquecimiento de uranio de Irán fueron saboteadas por medio de virus informáticos, aunque nadie se adjudicó oficialmente aquella acción.

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ecbfe13cb8.jpgNo dia da primeira sessão do novo parlamento do período pós-Mubarak, fala o porta-voz da Igreja Católica no Egito.
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 24-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"A vitória dos partidos islâmicos dá medo aos cristãos, mas expressa a vontade da população egípcia". É o que afirma à AsiaNews o padre Rafiq Greich, porta-voz da Igreja Católica egípcia, na subida ao poder da Irmandade Muçulmana e dos salafistas que, nas recentes eleições, receberam mais de 60% dos votos. "Durante a votação – continua o padre –, eles cometeram muitas irregularidades, mas nada comparável às eleições falsas dos anos de Mubarak". "Para não perder o consenso – explica –, os partidos islâmicos estão mantendo nesta fase inicial um perfil baixo. Nos últimos dias, declararam mais de uma vez que os cristãos e as minorias religiosas terão os mesmos direitos que os cidadãos muçulmanos, mas ainda é prematuro fazer prognósticos positivos ou negativos".
A primeira sessão do parlamento egípcio depois da deposição de Mubarak foi aberta na manhã desta segunda-feira, 23 de janeiro, às 11h (hora local), com um minuto de silêncio para rememorar os mártires da Revolução dos Jasmins e continuará durante toda a tarde. Em pauta, está a nomeação do presidente da Câmara Baixa: Mohamed el-Katatni, do Justiça e Liberdade. Nos próximos dias, os deputados irão eleger os 200 membros da Assembleia Constituinte e discutirão a passagem do poder legislativo do Conselho Superior do Exército (Scaf) ao novo parlamento.
As eleições para a Câmara Baixa ocorreram entre novembro de 2011 e janeiro de 2012 e foram vencidas pelo Partido Justiça e Liberdade (Irmandade Muçulmana), a primeira força política do país com 45% dos votos e 235 assentos no parlamento de um total de 498. Al-Nour, formação ligada aos salafistas, grupo extremista islâmico, obteve mais de 20% das preferências, iguais a 123 assentos. Os principais partidos seculares nascidos durante a Revolução dos Jasmins, Wafd e o Egyptian Bloc ganharam 38 e 34 cadeiras.
Segundo o Pe. Greich, as forças moderadas presentes no parlamento deverão observar com atenção os movimentos da maioria e permanecer unidas para combater a força das alas mais extremistas.
"O primeiro campo de confronto – explica – será escrever a nova Constituição da qual dependerá o futuro democrático do Egito". O sacerdote salienta, no entanto, que todos os poderes ainda estão nas mãos do Exército. "Nessa fase de transição – comenta –, os militares têm o direito de veto sobre as emendas do parlamento e influenciarão a seu favor a nova Constituição. No entanto, para ter um quadro claro da situação, teremos que esperar pelas eleições presidenciais de junho, data em que o Exército assegurou a sua saída da cena política egípcia".
Enquanto isso, temem-se novos protestos em vista do aniversário da Revolução dos Jasmins, que será celebrado no próximo dia 25 de janeiro. Nos últimos dias, o general Tantawi, chefe do Scaf, reiterou a política de tolerância zero contra manifestações violentas e destacou o risco de uma conspiração estrangeira contra o país. Para mostrar a sua boa vontade, no último dia 21 de setembro, o Scaf concedeu a liberdade para 1.959 pessoas presas durante os protestos de 2011.

 

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/506089-egito-os-islamicos-nos-dao-medo-mas-venceram-as-eleicoes

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Nos grandes levantes, as analogias literalmente explodem no ar. Protestos de 2011 que emocionaram o mundo - a Primavera Árabe, os verões quentes na Espanha e na Grécia, o outono dos movimentos Ocupe nos Estados Unidos - inevitavelmente foram comparados aos anni mirabiles de 1848, 1905, 1968 e 1989. Certamente, algumas coisas fundamentais ainda se aplicam e os padrões clássicos se repetem. Os tiranos tremem, as correntes se partem e os palácios são invadidos. As ruas se tornam laboratórios mágicos onde se criam os conceitos de cidadania e de companheirismo, e ideias radicais adquirem repentinamente um poder telúrico. O Iskra (jornal político redigido por emigrantes russos na Alemanha, de cunho marxista) torna-se o atual Facebook. Mas será que o cometa dos protestos persistirá no céu do inverno ou não passará de uma chuva de meteoros rápida e ofuscante? Como o destino das journées revolutionnaires de outrora nos adverte, a primavera é a estação mais curta, principalmente quando os communards combatem em nome de um "mundo diferente", para o qual não existe projeto concreto nem imagem idealizada.

'Os 200 milhões de operários chineses são a classe sob maior risco do planeta', diz historiador - Carlos Barria/Reuters
Carlos Barria/Reuters
'Os 200 milhões de operários chineses são a classe sob maior risco do planeta', diz historiador

Mas talvez isso venha mais tarde. Por enquanto, a sobrevivência de novos movimentos sociais exige que eles finquem raízes na resistência das massas à catástrofe econômica global, o que, por sua vez, pressupõe - sejamos honestos - que a disposição atual para a "horizontalidade" possa abranger uma "verticalidade" disciplinada para debater e empreender estratégias de organização. A estrada será assustadoramente longa até alcançar os pontos de partida de tentativas anteriores para a construção de um mundo novo. Entretanto, uma certa geração já iniciou corajosamente a jornada.

Será que o agravamento da crise econômica, que está devorando grande parte do mundo, acelerará uma renovação global da esquerda? Os pontos a seguir são conjeturas minhas. Com a finalidade de instigar o debate, são simplesmente pensamentos em voz alta sobre algumas das especificidades históricas dos acontecimentos de 2011 e os resultados que poderão apresentar nos próximos anos. A premissa subjacente é a de que o segundo ato do drama poderá acarretar cenas hibernais, num cenário de colapso do crescimento econômico baseado em exportações nos países do bloco Brics e também da estagnação persistente na Europa e nos Estados Unidos.

1. Pesadelos do capitalismo Em primeiro lugar, devemos prestar um tributo ao medo e ao pânico do capitalismo. O que era inconcebível apenas um ano atrás, até mesmo para a maioria dos marxistas, agora é o fantasma que assombra as páginas dos editoriais da imprensa econômica: a iminente destruição de boa parte da estrutura institucional da globalização e a erosão da ordem internacional depois de 1989. Existe uma crescente apreensão de que a crise da zona do euro, seguida por uma recessão mundial sincronizada, possa nos fazer voltar ao mundo dos anos 30 com seus blocos monetários e comerciais semiautárquicos, obcecados por ressentimentos nacionalistas. Nesse cenário, a norma hegemônica do dinheiro e da demanda já não existe: os EUA estão demasiado enfraquecidos; a Europa, demasiado desorganizada; e a China, com pés de barro, demasiado dependente das exportações. Até as potências de segundo escalão gostariam de ter a própria apólice de seguro representada pelo urânio enriquecido; guerras nucleares regionais se tornariam uma possibilidade. Muito distante? Talvez, mas também é bizarra a crença nas viagens no tempo para os anos loucos da década de 90. Nossas mentes analógicas simplesmente não conseguem resolver todas as equações diferenciais geradas pela incipiente fragmentação da zona do euro ou consertar uma pane no motor do crescimento da China. Enquanto a explosão em Wall Street, em 2008, foi antecipada por vários especialistas, com maior ou menor precisão, o que agora se aproxima rapidamente está muito além da capacidade de previsão de qualquer cassandra ou de três Karl Marx.

2. De Saigon a Cabul Se um apocalipse neoliberal está realmente por perto, Washington e Wall Street serão considerados os principais anjos exterminadores, por explodirem ao mesmo tempo o sistema financeiro do Atlântico Norte e o Oriente Médio (e ainda destruíram qualquer chance de frear o desastre climático). As invasões do Iraque e do Afeganistão ordenadas por Bush poderão ser consideradas, numa retrospectiva histórica, atos ditados pela clássica arrogância desmedida: rápidas vitórias por meio de armas modernas e ilusões de onipotência, seguidas por longas guerras de desgaste e atrocidades que ameaçam acabar quase tão mal para Washington quanto a aventura de Moscou com a travessia do Rio Oxus, um quarto de século atrás. Numa das frentes, os Estados Unidos foram bloqueados pelo Taleban, com o apoio do Paquistão, e na outra, pelos xiitas, com o apoio do Irã. Embora ainda presa a Israel, e capaz de encher os céus de drones assassinos ou coordenar um ataque mortífero da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Washington não conseguiu a garantia de imunidade para as forças americanas no Iraque, limitando o número de tropas num país que constitui o eixo do Oriente Médio. Com os levantes democráticos na Tunísia e no Egito, Obama e Hillary Clinton foram obrigados a aplaudir polidamente a eliminação de dois dos regimes por eles favorecidos.

O óbvio dividendo da retirada - um equilíbrio mais racional do poderio militar e dos objetivos americanos de conformidade com a redução dos recursos fiscais e da influência econômica global - continua refém dos planos mirabolantes de Tel-Aviv ou de uma ameaça mortal ao absolutismo saudita. Embora as vastas reservas de petróleo pesado do Canadá e de xisto betuminoso dos Montes Allegheny possam reduzir diretamente a dependência dos EUA dos campos do Oriente Médio, ainda não são suficientes para libertar a economia americana, como alguns pretendem, dos preços da energia nos mercados mundiais, determinados pela política no Golfo.

3. O 1848 árabe A revolução política do mundo árabe, que ainda não se concluiu, é de dimensões épicas em sua energia social, uma surpresa histórica comparável a 1848 ou a 1989. A ela se deve a reformulação da geopolítica da África do Norte e do Oriente Médio, que torna Israel um obsoleto posto avançado da Guerra Fria (e portanto mais perigoso e imprevisível do que nunca), permitindo ao mesmo tempo que a Turquia, abandonada pela União Europeia (o que, afinal, não é de todo ruim), reivindique uma influência central em territórios outrora otomanos. No Egito e na Tunísia, os levantes também contribuíram para resgatar o autêntico significado de democracia das versões expurgadas propagadas pela Otan. Paralelos provocadores podem ser traçados com as "revoluções das flores" do passado e do presente. Como em 1848 e 1989, a megaintifada árabe é um levante gerado pela reação contra um sistema autocrático regional, em que o Egito pode ser considerado análogo à França no primeiro caso, e talvez à Alemanha Oriental no segundo. O papel da Rússia contrarrevolucionária é hoje desempenhado pela Arábia Saudita e pelos países do Golfo. A Turquia representa a Inglaterra liberal como modelo regional de parlamentarismo e sucesso econômico moderados, enquanto os palestinos (esticando a analogia até seu ponto de ruptura) constituem uma romântica causa perdida como os poloneses; e os xiitas, indignados forasteiros como eslovacos e sérvios. (O Financial Times aconselhou recentemente Obama a pensar como um "novo Metternich".)

Vale a pena passar rapidamente os olhos pelo volumoso material de Marx e Engels a respeito de 1848 (bem como as interpretações posteriores de Trotski) na tentativa de compreender a mecânica fundamental dessas revoluções. Um exemplo é a convicção de Marx, que acabou cristalizada em dogma, de que na Europa nenhuma revolução - democrática ou socialista - poderia ser bem-sucedida enquanto a Rússia não fosse derrotada numa grande guerra ou passasse por uma revolução interna. Se a substituirmos pela Arábia Saudita, a tese continuará fazendo sentido.

4. Partido do povo O Islã político está ganhando um mandato popular tão amplo (embora talvez não mais duradouro) quanto o concedido pelos acontecimentos de 1989 aos liberais da Europa Oriental. E nem poderia ser diferente. Nos últimos 50 anos, Israel, os Estados Unidos e a Arábia Saudita - os dois primeiros por meio de invasões e a terceira pelo proselitismo - praticamente destruíram a política secular no mundo árabe. Na realidade, com o fim inevitável do último baatista em seu bunker de Damasco, os grandes movimentos políticos pan-árabes dos anos 50 (nasserismo, comunismo, baatismo, Irmandade Muçulmana) terão sido reduzidos à Irmandade e a seus rivais wahhabis.

A Irmandade, principalmente em seu berço egípcio, é a última solteirona dos movimentos políticos, depois de esperar mais de 75 anos para assumir o poder, apesar do apoio maciço de que desfruta ao longo do Nilo, estimado em vários milhões já no fim dos anos 40. A persistência desse veterano movimento político multinacional em pelo menos cinco países árabes constitui também uma das principais diferenças entre o levante de 2011 e os precedentes europeus. Tanto em 1848 e em 1989, os movimentos democráticos populares possuíam uma organização política apenas embrionária. Na realidade, em 1848 não existia praticamente nenhum partido político de massa no sentido moderno, fora dos Estados Unidos. Por outro lado, em 1989-91 o vácuo deixado pela organização política e pelo conhecimento das relações internacionais foi rapidamente preenchido por um grupo de conservadores alemães e comissários de Wall Street, que afastaram a maior parte das verdadeiras lideranças populares.

Em contraposição, a Irmandade Muçulmana foi aparecendo sem estardalhaço como uma esfinge no cenário egípcio. Suas amplas organizações de fachada, operando na semilegalidade, criaram impressionantes elementos de um Estado alternativo que incluem as redes assistenciais cruciais para os pobres. As listas dos seus mártires (como o "Lênin islâmico" Sayyid Qutb, assassinado por Nasser em 1966) são tão conhecidas entre os egípcios mais observantes quanto as listas dos reis para os ingleses ou dos presidentes para os americanos. Apesar de sua imagem assustadora no Ocidente, ela evoluiu até abraçar aspectos do islamismo mais preocupado com o livre mercado, representado pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento na Turquia.

5. O 18 Brumário do Egito? Entretanto, como demonstrou vividamente o primeiro turno das eleições parlamentares do Egito, a Irmandade Muçulmana não pode mais declarar-se a representante exclusiva da religiosidade popular. O fato de o Partido salafista Al-Nour provisório obter, ao que se calcula, 24% dos votos (em comparação aos 38% da Irmandade) destaca a turbulência existente nas bases populares da sociedade egípcia. Na realidade, embora os salafistas tenham preferido abster-se inicialmente da revolução de 25 de janeiro, talvez agora constituam a maior organização de quadros do mundo sunita. Seguindo as pegadas da Irmandade Muçulmana, e consideravelmente subsidiados por Riad, eles cultivam um nefasto conflito com os coptas e os sufis. O equilíbrio de poder entre os dois campos islâmicos provavelmente será decidido neste ano pelo preço do pão e pela política do Exército. Se a Irmandade tivesse chegado ao poder mais cedo, na década passada, o crescimento global teria sido fortalecido pelo apelo e pela possibilidade do caminho turco. Mas como todos os sinais apontam agora para a crise, o paradigma de Ancara (como o modelo brasileiro na América do Sul) poderá acabar perdendo seu sucesso econômico e seu considerável apelo regional.

Por outro lado, a imagem pública salafista - incorruptível, antipolítica e sectária - será automaticamente atraída por uma maior miséria e pelas eventuais ameaças ao Islã. Alguns elementos das Forças Armadas egípcias indubitavelmente já analisaram a "opção palestina" de uma tácita ou formal aliança com os salafistas. Existem circunstâncias que podem oferecer de antemão o seguinte cenário: a persistente resistência dos generais a uma transferência substantiva do poder; a incapacidade da Irmandade Muçulmana de atender às mínimas expectativas populares de bem-estar econômico; ou o fato de a coalizão liberal de esquerda tornar-se o árbitro das maiorias parlamentares. (Israel, por sua vez, poderia desestabilizar a democracia egípcia com um único ataque aéreo. Como reagiriam os partidos sunitas a um ataque contra o Irã?)

Nessa eventualidade, a esquerda egípcia estuda o 18 Brumário desde Nasser. Conhece profundamente questões como plebiscitos, lumpenproletariat, governantes napoleônicos e sacos de batatas. Seus grupúsculos e redes, aliados aos trabalhadores e aos jovens de todas as denominações políticas, foram fundamentais para a revolução de 25 de janeiro, e para a nova ocupação da Praça Tahrir, em novembro. Poderá um governo de maioria islâmica garantir o direito da nova esquerda e dos sindicatos independentes de se organizarem? Essa será a prova de fogo da democracia egípcia.

6. Colapso mediterrâneo Enquanto isso, o sul da Europa enfrenta a mesma devastação por ajuste estrutural que a América Latina experimentou nos anos 80. As ironias são terríveis. Apesar de o centro-norte europeu ter desenvolvido um caso repentino de amnésia aguda, alguns anos atrás a imprensa financeira estava elogiando a Espanha, Portugal e até a Grécia (além da Turquia, fora da UE) por suas competências na redução dos gastos públicos e elevação das taxas de crescimento. Logo em seguida ao colapso de Wall Street, os temores da UE se centraram principalmente na Irlanda, Báltico e Leste Europeu. O Mediterrâneo como um todo era percebido como relativamente bem protegido do tsunami financeiro que cruzava o Atlântico com velocidade supersônica.

De sua parte, o Mediterrâneo árabe teve pouca participação nos circuitos trombóticos de investimento de capital e trading de derivativos, e por isso teve uma exposição direta mínima à crise financeira. O sul da Europa, por sua vez, tinha governos em geral obedientes e, no caso da Espanha, bancos fortes. A Itália era simplesmente grande e rica demais para quebrar, enquanto a Grécia, apesar de incômoda, era uma economia liliputiana (meros 2% do PIB da UE) cujas traquinagens pouco ameaçavam os brobdingnagianos. No entanto, uma defesa mais plausível poderia ser feita de que é o sucesso alemão que está realmente causando a ruína da zona do euro. Com sua mão de obra barata no leste, suas vantagens de produtividade incomparáveis e seu fanatismo de tipo chinês sobre enormes superávits comerciais, a Alemanha compete com vantagens de sobra com seus irmãos de euro no sul da Europa. A UE como um todo, por sua vez, tem seu maior superávit comercial relativo com a Turquia e com Estados norte-africanos não produtores de petróleo (US$ 34 bilhões em 2010), assegurando sua dependência de remessas de fora, turismo e investimento estrangeiro para equilibrar as contas. Por conseguinte, o Mediterrâneo inteiro está agudamente sensível aos movimentos cíclicos da demanda e às taxas de juros na UE, enquanto Alemanha, França, Grã-Bretanha e os outros países ricos do norte fazem mercados secundários servir de amortecedores de choques.

O euro é a caixa de redução dessa economia Grosseuropäische de múltiplas velocidades. Para a Alemanha, o euro funciona como um marco alemão simplificado que, por ser menos vulnerável a uma valorização súbita, assegura uma precificação competitiva para as exportações alemãs enquanto subtrai pouco do poder de veto de facto de Berlim dentro da economia da UE. Para os sul-europeus, por outro lado, ele é uma barganha faustiana que atrai capital nos bons tempos, mas os leva a abdicar do uso de ferramentas monetárias para combater déficits comerciais e desemprego nos tempos ruins.

Agora que a varíola ibérica e helênica infectou a Itália e ameaça a França, uma visão de amor real da Euroeuropa está surgindo de Berlim e Paris: integração fiscal via revisão de tratado. Depois de perderem o controle da política monetária e terem sido obrigados a desfolhar seus setores públicos sob a supervisão de técnicos da UE e do FMI, os países devedores ainda estão sendo solicitados a aceitar um veto permanente franco-alemão sobre seus orçamentos e gastos públicos. No século 19, a Grã-Bretanha enviou com frequência suas canhoneiras para impor essas tutelas a países inadimplentes da América Latina ou da Ásia. Os Aliados sujeitaram a Alemanha da mesma maneira em Versalhes, e com isso semearam o Terceiro Reich.

Seja por submissão a Sarkozy-Merkel ou por default e saída da zona do euro (e, talvez, da UE), as economias mediterrâneas estão sendo sentenciadas a anos de cruel hiperdesemprego. Mas suas populações não vão aceitar mansamente esse boa-noite. Portugal e Grécia, tendo chegado mais perto de verdadeiras revoluções sociais nos anos 70, preservam as culturas de esquerda mais sólidas da Europa. Na Espanha, o novo governo conservador representa um amplo e convidativo alvo para uma renascente esquerda unida e ao muito maior, mas ainda amorfo, movimento de protesto da juventude. Aliás, as brasas do anticapitalismo provavelmente serão reacendidas por toda a Europa. Mas a direita anti-imigrantes e anti-Bruxelas pode ganhar bem mais que a esquerda com a ruptura da zona do euro e a formação de um círculo com os vagões da UE em torno do centro. Como no caso dos salafistas do Egito ou do Tea Party nos Estados Unidos, os partidos da nova direita europeia têm políticas de identidade e furor de criar bodes expiatórios para pronta entrega. Uma ambição extraordinária para a esquerda anticapitalista na Europa Ocidental seria a reocupação do espaço político mantido pelos comunistas por 30 anos após 1945. Os movimentos liderados por Marine Le Pen e Geert Wilders, por outro lado, têm esperanças razoáveis de se mostrarem um sério desafio às muito maiores e mais bem financiadas agremiações conservadoras em suas políticas nacionais. A tomada pela extrema direita do Partido Republicano nos Estados Unidos lhes oferece um modelo inspirador.

7. Motor de revolta As rebeliões universitárias de 1968 na Europa e nos Estados Unidos foram espiritual e politicamente alimentadas pela Ofensiva do Tet no Vietnã, as insurgências guerrilheiras na América Latina, a Revolução Cultural chinesa e os levantes dos guetos nos EUA. Da mesma maneira, os indignados do ano passado extraíram sua força primordial dos exemplos de Túnis e Cairo (os vários milhões de filhos e netos de imigrantes árabes no sul da Europa tornam essa conexão intimamente vívida e militante). Por conseguinte, jovens passionais na faixa dos 20 anos agora ocupam praças dos dois lados do Mediterrâneo fundamental de Braudel. Em 1968, porém, poucos dos jovens brancos que protestavam na Europa (com a importante exceção da Irlanda do Norte) e nos Estados Unidos compartilhavam as realidades existenciais de seus congêneres em países do Sul. Mesmo se profundamente alienada, a maioria podia esperar transformar sua formação universitária em carreiras afluentes de classe média. Hoje, ao contrário, muitos dos manifestantes em Nova York, Barcelona e Atenas enfrentam perspectivas dramaticamente piores que as de seus pais e mais próximas das de seus congêneres em Casablanca e Alexandria. Alguns dos ocupantes do Parque Zuccotti, se tivessem se formado dez anos antes, poderiam ter saído da universidade direto para salários de US$ 100 mil anuais num fundo de hedge ou banco de investimento. Hoje eles trabalham na Starbucks.

Globalmente, o desemprego de adultos jovens atingiu níveis recordes, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) - entre 25% e 50% na maioria dos países com protestos puxados por jovens. De mais a mais, no cadinho norte-africano da revolução árabe um diploma universitário é inversamente proporcional à probabilidade de emprego. Também em outros países o investimento familiar em educação, quando a dívida assumida é considerada, paga dividendos negativos. Ao mesmo tempo, o acesso à educação superior se tornou mais restrito dramaticamente nos EUA, Grã-Bretanha e Chile.

8. Filas do sopão A crise econômica combina a deflação de ativos populares (os valores das casas e, com eles, do capital familiar nos EUA, Irlanda, Espanha) com forte inflação de itens essenciais para o custo de vida, em especial, combustíveis e alimentos. Na teoria clássica, quando se espera que tendências de preço amplas caminhem em sincronia com o ciclo econômico, essa é uma bifurcação incomum. Na realidade, ela pode ser ainda mais assustadora. A crise das hipotecas nos Estados Unidos e alhures é parte da crise financeira mais geral e, ou será resolvida por intervenção do governo ou pela simples destruição das pretensões de valorização. O preço básico do petróleo bruto, por sua vez, pode cair à medida que a Ásia industrial desacelere e os níveis de produção aumentem no Iraque. O debate sobre o pico da produção de petróleo me parece indeterminável e interminável. Mas os preços dos alimentos parecem estar subindo como uma tendência secular, determinada por forças em grande parte externas à crise financeira e à desaceleração industrial. Aliás, um coro crescente de vozes de especialistas vem advertindo, desde o início dos anos 2000, que o sistema global de segurança alimentar está em colapso. Causas múltiplas se alimentam e se ampliam mutuamente: desvio de grãos para a produção de carne e biocombustíveis; corte neoliberal de subsídios a alimentos e à sustentação de preços; especulação desenfreada em futuros de safras e terras agrícolas de primeira; subinvestimento em pesquisa agrícola; preços voláteis da energia; exaustão de solos e esgotamento de aquíferos; secas e mudanças climáticas; e assim por diante. Na medida em que um crescimento mais lento reduzirá algumas dessas pressões (chineses comendo menos carne, por exemplo), o puro impeto do aumento populacional - outros 3 bilhões de pessoas no tempo de vida dos manifestantes de hoje - manterá as pressões do lado da demanda (as culturas geneticamente modificadas foram promovidas como uma solução milagrosa, é claro, mas mais provavelmente para os lucros do agronegócio que para colheitas líquidas).

"Pão" foi a primeira reivindicação dos protestos na Praça Tahrir, e a palavra ecoa na Primavera Árabe com quase igual intensidade que no outubro russo. As razões são simples: os egípcios comuns, por exemplo, gastam cerca de 60% de seu orçamento familiar em petróleo bruto (aquecimento, cozinha, transporte), farinha, óleos vegetais e açúcar. Em 2008, os preços desses produtos básicos subiram repentinamente 25%. A taxa de pobreza oficial no Egito aumentou abruptamente em 12%. Aplique-se a mesma proporção a outros países de "renda média" e a inflação dos produtos de consumo básicos eliminará uma fração substancial da "classe média emergente" do Banco Mundial.

9. Esperando a China pousar Marx culpou a Califórnia - a Corrida do Ouro e seu resultante estímulo monetário ao comércio mundial - pelo encerramento prematuro do ciclo revolucionário dos anos 1840. Logo depois de 2008, os países do chamado Brics se tornaram a nova Califórnia. O dirigível Wall Street caiu do céu e se espatifou na terra, mas a China continuou voando, com Brasil e Sudeste Asiático em formação cerrada. Índia e Rússia também conseguiram manter seus aviões no ar. A levitação resistente dos Brics causou espanto em consultores de investimento, colunistas de economia e astrólogos profissionais - que proclamavam que a China, ou a Índia, agora poderia segurar o mundo com uma mão, ou que o Brasil em breve ficaria mais rico que a Espanha. Sua credulidade eufórica decorria, é claro, de uma ignorância das soberbas técnicas de prestidigitação usadas pelos houdinis do Banco do Povo da China. A própria Pequim, em forte contraste, há muito manifestou temores significativos sobre a excessiva dependência do país de exportações, a ineficiência do poder de compra das famílias e a existência de uma escassez de moradias a preços acessíveis lado a lado com uma imensa bolha imobiliária.

No fim do ano passado, os artigos de fé dos otimistas da China de repente encolheram nas páginas editoriais e o cenário de "pouso acidentado" se tornou o preferido dos apostadores. Ninguém sabe, nem mesmo a liderança chinesa, por quanto tempo mais a economia pode continuar voando em face dos ventos contrários globais. Mas a inevitável lista de baixas de passageiros estrangeiros já foi compilada: América do Sul, Austrália, boa parte da África e a maior parte do Sudeste Asiático. E - de particular interesse - a Alemanha, que hoje comercia mais com a China que com os Estados Unidos. Evidentemente, uma recessão global totalmente triangulada é precisamente aquele pesadelo não linear ao qual aludi no começo. É quase uma tautologia observar que, em países do bloco Brics, onde as expectativas populares de progresso econômico foram recentemente alçadas tão alto, a dor da "repauperização" pode ser intolerável. Milhares de praças públicas podem pedir para ser ocupadas, incluindo uma chamada Tiananmen (da Paz Celestial).

Pós-marxistas ocidentais - vivendo em países em que o tamanho absoluto ou relativo da força de trabalho industrial encolheu dramaticamente na última geração - matutam preguiçosamente sobre se a "agência proletária" está ou não obsoleta agora, obrigando-nos a pensar em termos de "multidões", espontaneidade horizontal, o que for. Mas esse não é um debate na grande sociedade em industrialização que Das Kapital descreve ainda mais precisamente que a Grã-Bretanha vitoriana ou a América do New Deal. Os 200 milhões de operários fabris, mineiros e trabalhadores da construção chineses são a classe sob maior risco do planeta (perguntem ao Conselho de Estado em Pequim). Seu pleno despertar da bolha ainda poderá determinar se uma Terra socialista ainda é possível ou não. / TRADUÇÃO DE ANA CAPOVILLA E CELSO PACIORNIK

MIKE DAVIS, URBANISTA, AMBIENTALISTA E HISTORIADOR AMERICANO DE FORMAÇÃO MARXISTA, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. EM 2002 GANHOU O BOOK PRIZE POR LATE VICTORIAN HOLOCAUSTS, NÃO LANÇADO NO BRASIL. ENTRE OUTROS TÍTULOS, ESCREVEU PLANETA FAVELA (BOITEMPO EDITORIAL) E CIDADES MORTAS (EDITORA RECORD). ESTE ENSAIO FOI PUBLICADO ORIGINALMENTE NA THE NEW LEFT REVIEW

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Aconteceu um verdadeiro milagre em Curitiba. Timidamente organizada superou todas as expectativa. Os organizadores não esperavam tanta gente.

Estou aí de camisa laranja. Tivemos que improvisar para organizar o trânsito.

http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/01/manifestacao-contra-maus-tratos-animais-mobiliza-curitibanos.html

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ONGs, protetores independentes e simpatizantes da causa em defesa dos animais promtetem realizar, neste domingo, uma grande manifestação nas ruas de Curitiba em defesa dos animais e pelo fim das práticas de crueldade. Os ativistas se encontram a partir das 9h30, na praça Tiradentes, no centro de Curitiba e com faixas, cartazes e camisetas seguem, às 10 horas, em caminada até o Largo da Ordem,onde todo domingo é realizada a Feira de artesanato da cidade.
A manifestação integra o movimento nacional "Crueldade Nunca Mais", idealizado e organizado pelos protetores de animais do Brasil, que prevê, no domingo, manifestações simultâneas em dezenas de cidades do País. A atividade, segundo os organizadores é a primeira de uma série de ações futuras.

O movimento também organizou uma petição oficial do movimento, com objetivo de coletar 1,5 milhão de assinaturas em todo País. O principal objetivo do movimento é a penalização correta e efetiva para quem comete crimes de maus tratos aos animais.

"A Amigo Animal apóia este movimento independente. Recebemos inúmeras denúncias diariamente de maus-tratos contra animais, e entendemos que somente com uma legislação mais rigorosa e punitiva será criada uma consciência coletiva pelo respeito a todos os animais não-humanos", diz Marcelo Misga, presidente da ONG Amigo Animal ,de Curitiba.

Mais informações:

www.crueldadenuncamais.com.br
Extraído do site
BONDENEWS - CURITIBA
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Nomes e derivações de nomes!

Shalom!

Muito me interessou amateria sobre nomes e sobrenomes de familias judaicas.

Faço ressaltar apenas que o meu nome é HORTA e muitos parentes são Oorth, Dórta, Orta, Dorta, porisso preciso saber como é escrito no original hebraico.

E, tambem proponho a criação de um trabalho de pesquisas de sobrenome e suas derivações.

 

Obrigado

 

David Horta Ribas

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O que o mundo precisa agora?

11419591257?profile=originalO que o mundo precisa agora?
É amor, doce amor!
É a única coisa que tem muito pouco.
Não só para alguns, mas para todos!
Adonai, não precisamos de mais montanhas...
Há muitas montanhas e colinas para subir.
Há muitos oceanos e rios para atravessar.
O bastante para durar até a Redenção!
Oque o mundo precisa agora?
É amor, do Seu amor!
É a única coisa que tem muito pouco.
Não só para alguns, mas para todos!
Adonai, não precisamos de mais campos de batalha...
Há campos de milho e trigo o bastante para plantar.
Há raios de sol e da lua o bastante para brilhar sobre IsraEl.
Escute, por favor Adonai, se quizer saber...
O que o mundo precisa agora?
É amor, do Seu amor!
É a única coisa que tem muito pouco.
Não só para alguns, mas para todos! Amém.

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Un grupo de piratas informáticos israelíes bloqueó las páginas web de las bolsas de Arabia Saudita y de los Emiratos Árabes Unidos en respuesta a un ataque similar que sufrieron varios organismos y compañías de Israel.

Los piratas, que se hacen llamar IDF-Team (en referencia al acrónimo de las fuerzas armadas israelíes), consiguieron paralizar las páginas del mercado de valores saudita (Tadawul) y de la bolsa de Abú Dhabi (ADX), según la edición digital del diario israelí "Haaretz".

El grupo anunció en internet que el ataque se produjo en respuesta a la "patética" piratería de sitios israelíes y advirtieron de que si continúan los ataques contra Israel, pasarán "a la siguiente fase bloqueando páginas web por un período de entre dos semanas y un mes".

Otro pirata informático israelí publicó en internet una lista con 30.000 contraseñas de correos electrónicos y páginas de Facebook de ciudadanos árabes.

Este pirata, que se hace llamar Hannibal, dijo en un mensaje en internet que su acción era "un contraataque" a la publicación de los detalles de tarjetas de crédito israelíes en internet por parte de un pirata saudita.

Asimismo, aseguró disponer de 30 millones de contraseñas de correos electrónicos y señaló que si el primer ministro, Benjamin Netanyahu, declara una ciber-guerra, está preparado para publicar los detalles de 10 millones de cuentas bancarias y 4 millones de tarjetas de crédito árabes.

Las páginas web oficiales de la Bolsa de Tel Aviv, la aerolínea israelí El Al y el banco Leumí dejaron de funcionar en un nuevo ataque

de piratas informáticos a sitios de internet israelíes, que se suceden casi a diario desde comienzos de año.

Estos nuevos ataques tuvieron lugar un día después de que el movimiento islamista Hamás llamase a los "hackers" palestinos y árabes a "llevar a cabo una guerra electrónica contra la ocupación israelí".

El portavoz de Hamás en Gaza, Sami Abu Zuhri, declaró que los actos de piratería "suponen la apertura de un nuevo campo de resistencia a la ocupación y son el principio de una guerra electrónica contra la ocupación israelí".

Israel ha reforzado en los últimos meses las unidades del Ejército destinadas a prevenir la piratería informática.

En diciembre, el Ejército de Defensa de Israel (Tzáhal) reclutó a alrededor de 300 jóvenes para aumentar la seguridad en la red y enfrentarse a lo que consideran una amenaza creciente.

A principios de enero un grupo piratas informáticos de Arabia Saudita, que se identificó como "Group-XP" se atribuyó el robo y publicación de datos de miles de tarjetas de crédito israelíes.

La información revelada incluía los números de las tarjetas, sus códigos de seguridad, direcciones personales, nombres, números de teléfono y del documento nacional de identidad de sus propietarios y habían sido sustraídas de una base de datos de clientes del popular sitio israelí de deportes www.one.co.il.

Poco después era atacada la página oficial del viceministro de Exteriores, Dani Ayalón, quien calificó de "ataques terroristas" los incidentes cibernéticos y advirtió de que Israel "responderá con fuerza a los hackers que dañen la soberanía del ciberespacio israelí". EFE

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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 7.666, DE 11 DE JANEIRO DE 2012

 

Promulga o Acordo-Quadro de Cooperação no Campo Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, firmado no Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 2008.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e

Considerando que o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel celebraram, no Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 2008, um Acordo-Quadro de Cooperação no Campo Educacional;

Considerando que o Congresso Nacional aprovou esse Acordo-Quadro por meio do Decreto Legislativo no 209, de 7 de abril de 2010;

Considerando que o Acordo-Quadro entrou em vigor, no plano externo, para a República Federativa do Brasil, em 18 de janeiro de 2011, nos termos do parágrafo 3o de seu Artigo VI; 

DECRETA: 

Art. 1o  O Acordo-Quadro de Cooperação no Campo Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Estado de Israel, firmado no Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 2008, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém. 

Art. 2o  São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo-Quadro, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 

Art. 3o  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 11 de janeiro de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 

DILMA ROUSSEFF
Antonio de Aguiar Patriota
Fernando Haddad

Este texto não substitui o publicado no DOU de 12.1.2012 e retificado em 1'2.1.2012

ACORDO-QUADRO DE COOPERAÇÃO NO CAMPO EDUCACIONAL ENTRE
 O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DO ESTADO DE ISRAEL
 

O Governo da República Federativa do Brasil

e

O Governo do Estado de Israel

(doravante denominados “Partes”), 

Guiados por sua vontade de desenvolver e fortalecer os laços de amizade existentes entre os dois países; 

Desejosos de aprofundar suas relações no campo educacional e de conformidade com o Convênio de  Intercâmbio Cultural assinado em 24 de junho de 1959,  

Acordaram o seguinte: 

Artigo I 

As Partes procurarão facilitar, encorajar , promover e implementar a cooperação no campo da educação e, com este fim, deverão:

a) estimular e facilitar o estreitamento dos laços entre suas respectivas instituições educacionais e profissionais, incluindo escolas e universidades;

b) encorajar a participação em cursos de treinamento e em viagens de estudo relevantes educacional e profissionalmente oferecidos pela outra Parte;

c) encorajar o estabelecimento de parcerias e de redes que envolvam instituições de ensino superior, centros de pesquisa e tecnologia e agências governamentais;

d) buscar desenvolver o contato, a cooperação e a troca de visitas entre professores, pesquisadores, leitores, estudantes e gestores educacionais dos dois países, inclusive por meio de missões acadêmicas e bolsas de estudo, quando oportuno;

e) promover a participação de representantes de cada Parte em congressos, seminários, simpósios e outros eventos acadêmicos e científicos oferecidos pela outra Parte, assim como  a organização conjunta desses eventos;

f) encorajar o intercâmbio de informações e de visitas de especialistas em sistemas educacionais, estatísticas e políticas educacionais,  currículo escolar, tecnologias de ensino, literatura científica, pedagógica e metodológica, bem como de experiências e programas específicos;

g) encorajar o intercâmbio de informações sobre certificação e reconhecimento mútuo de diplomas e títulos acadêmicos com vistas a facilitar as condições de comparação e de equivalência dos certificados do ensino fundamental e médio, bem como dos graus, títulos e diplomas técnicos e científicos, universitários e tecnológicos;

h) promover publicações educacionais e científicas conjuntas;

i) promover o desenvolvimento conjunto de materiais didáticos apropriados; e

j) encorajar a cooperação entre os jovens dos dois países por meio do contato direto entre organizações de jovens, autoridades estatais e instituições especializadas em atividades para a juventude. 

Artigo II 

1.As Partes identificam as seguintes áreas como prioritárias na cooperação bilateral:

a) desenvolvimento de estudos brasileiros em Israel e de estudos sobre Israel no Brasil, incluindo o ensino dos idiomas português e hebraico;

b) educação superior e estudos de pós-graduação, incluindo as modalidades de doutorado-sanduíche e programas de pós-doutorado, dupla titulação e co-tutela de teses;

c) tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação;

d) educação e treinamento técnico e vocacional;

e) administração escolar e liderança, incluindo treinamento de professores e intercâmbio de informações sobre padrões educacionais, avaliação e indicadores;

f) inclusão social na educação, particularmente mediante programas de tutoria para crianças oriundas de contextos socio-econômicos desfavorecidos, bem como alfabetização de jovens e adultos e programas de educação continuada;

g) agricultura em regiões semi-áridas, educação rural e ambiental;

h) inovações em educação;

i) continuidade da pesquisa e do trabalho educacional relacionado ao Holocausto, especialmente nos curricula escolares;

j) promoção de estudos relativos às conseqüências negativas de fenômenos como intolerância, racismo, anti-semitismo e xenofobia, e a adaptação de livros didáticos de acordo com esse propósito e com as respectivas leis e regulamentos nacionais das Partes. 

2.As Partes poderão acordar mutuamente a identificação de novas áreas para atividades em conjunto em outros campos além dos mencionados no presente Artigo. 

Artigo III 

1.Para os fins de implementação do presente Acordo, será criada uma Comissão Educacional Brasileiro-Israelense. A referida Comissão deverá reunir-se alternadamente no  Brasil e em Israel para acordar e definir os detalhes dos programas de cooperação, incluindo seus aspectos financeiros. 

2.A convocação e a agenda das reuniões da Comissão Educacional Brasileiro-Israelense serão estabelecidas por meio dos canais diplomáticos apropriados. 

3.A implementação dos programas de cooperação acordados pela Comissão deverão ser negociados pelas Partes por via  diplomática. 

Artigo IV 

1.As Partes assegurarão os meios legais apropriados para a efetiva proteção dos direitos de propriedade intelectual de todos os materiais obtidos no âmbito do presente instrumento, de acordo com suas respectivas leis e regulamentos nacionais. 

2.Os direitos de propriedade intelectual obtidos como resultado de atividades conjuntas serão fixados por condições mutuamente acordadas e estabelecidas em contratos e acordos em separado. 

3.Nenhuma das Partes transmitirá qualquer informação obtida no âmbito da implementação do presente Acordo a qualquer terceira Parte sem o prévio consentimento escrito da outra Parte. 

Artigo V 

1.As despesas relativas às atividades decorrentes do presente Acordo serão cobertas nos termos mutuamente acordados pelas Partes. Sua implementação estará sujeita à disponibilidade de recursos apropriados em cada país.

2.Todas as atividades a serem realizadas no âmbito do presente instrumento deverão estar de acordo com as leis e regulamentos do país nos quais forem executadas. 

Artigo VI 

1.Qualquer controvérsia que surja na interpretação ou implementação do presente Acordo devem ser resolvidas amigavelmente, por meio dos canais diplomáticos apropriados. 

2.O presente Acordo poderá ser modificado por mútuo consentimento das Partes. Qualquer modificação deve ser feita por escrito e seguirá os mesmos procedimentos aplicados para sua entrada em vigor. 

3.Este Acordo está sujeito à aprovação ou ratificação pelas Partes, de conformidade com as respectivas formalidades nacionais, e entrará em vigor na data do recebimento da segunda notificação que informar à outra Parte o cumprimento dos requisitos legais. 

4.Este Acordo permanecerá em vigor por cinco (5) anos, sendo automaticamente renovado por períodos de cinco (5) anos, a menos que uma das Partes notifique a outra por escrito de seu desejo de denunciá-lo. A denúncia deste Acordo não afetará a conclusão dos programas e projetos em curso, a menos que as Partes acordem de outra forma. 

Assinado no Rio de Janeiro, em 6 de agosto de 2008, que corresponde ao dia 5 de AV de 5768, em dois exemplares, em português, hebraico e inglês, sendo todos os textos igualmente autênticos. Em caso de divergência de interpretação, o texto em inglês prevalecerá.  

PELO GOVERNO DA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL:

_____________________________

FERNANDO HADDAD
Ministro da Educação 

PELO GOVERNO DO ESTADO
DE ISRAEL:

_____________________________

YULI TAMIR

Ministra da Educação

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El legado de Albert Einstein a la humanidad - AURORA

 

Albert Einsten nació en Ulm, Alemania en 1879. Sus padres: Hermann y Pauline eran judíos de clase media. Desde muy joven se interesó por las matemáticas. Con tan sólo doce años conocía perfectamente la geometría euclidiana. Tímido y retraído, con dificultades en el lenguaje y lento para aprender en sus primeros años escolares; apasionado de las ecuaciones, cuyo aprendizaje inicial se lo debió a su tío Jakov que lo instruyó en una serie de disciplinas y materias, entre ellas álgebra: ``...cuando el animal que estamos cazando no puede ser apresado lo llamamos temporalmente ``x” y continuamos la cacería hasta que lo echamos en nuestro morral”, así le explicaba su tío, lo que le permitió llegar a temprana edad a dominar las matemáticas. Dotado de una exquisita sensibilidad que desplegó en el aprendizaje del violín. De Joven vivió en Munich, en esa época comenzó a tocar violín con obras de Beethoven y Mozart, judío de nacimiento no practicaba la religión. A la edad de quince años, se traslado junto a sus padres a Pavía, Italia. Un año después, viajó a Suiza, donde consiguió su ciudadanía (en 1900), aprobó los exámenes en una escuela secundaria, se graduó como físico e ingresó al Instituto Politécnico Nacional de Zurich, dónde pasó dos años como profesor suplente. En 1902 estaba trabajando en la Oficina Suiza de Patentes de Berna; en él debía de anotar los detalles de los inventos que se registraban en la oficina. En 1903, se casó con Mileva Maritsch (Física al igual que Albert), tuvo dos hijos con ella: Hans Albert y Eduard, ella falleció en 1948, 29 años después de haberse divorciado de Einstein. En 1905 le escribió una carta a un amigo prometiéndole cuatro trabajos, en la cual describía que el primero se trataba sobre la radiación y la energía de la luz, dónde afirmó que ésta en ciertas circunstancias se comporta como una partícula; en el segundo trataría sobre el tamaño del átomo; el tercero trató sobre el movimiento que presentan las partículas dentro de un fluido (el movimiento browniano); el cuarto sobre la electrodinámica de los cuerpos en movimiento, y el quinto (uno más de los que había prometido) se titulaba ``la relatividad espacial``. Estos artículos fueron publicados por fin en el número 17 de la revista alemana Anales de Física. La teoría de la relatividad espacial decía, en pocas palabras, que no es posible viajar a la velocidad de la luz, y mucho menos a mayor velocidad que ella; y como segundo término que cada objeto viajando a distinta velocidad con respecto a otro, posee un espacio y un tiempo propio, es decir, que el tiempo y el espacio son ``relativos`` de cada persona según la velocidad que posean. De aquí surgió la famosa ecuación: E=m.c*, donde                    

                   muestra la equivalencia entre la energía que posee cada objeto (aunque se encuentre en reposo) y su masa, en dónde la primera es igual a la segunda multiplicada y vuelta a multiplicar por la velocidad de la luz (300.000 kilómetros por segundo). Luego de esto, Einstein empezó a adquirir fama y se empezó a mezclar más con sus colegas. Dejó la oficina de patentes y se convirtió en profesor en Berna, Praga y luego en Zurich. En un congreso, en 1909, pronunció un discurso en el cual hablaba sobre la relatividad y sobre los cuantos (éstas son unidades individuales, las cuales transportan la energía de los rayos luminosos) y su fama siguió en aumento. Hizo muchas presentaciones de sus teorías que aunque no eran del todo entendidas por sus oyentes causaban sensación. En el año 1914 Albert se trasladó a Berlín, dónde le había otorgado el puesto de investigador en la Academia Prusiana de Ciencias. Este fue el año de su divorcio luego cayo enfermó, poco tiempo después se caso con su prima Elsa, quien con sus dos hijas fueron a cuidarlo durante su enfermedad. En los años siguientes se dedicó a la búsqueda de una teoría más general; la llamó Teoría de la Relatividad General. En ella se abordaba el tema de la gravedad y decía que la luz es atraída por la acción de ésta. En 1919 se prepararon dos excursiones para verificar esta afirmación: una a Brasil y la otra a la isla Príncipe, pues ocurriría un eclipse. Allí se demostraría la aparente desviación de la posición de las estrellas cercanas al Sol (visualmente hablando, claro está). La teoría fue demostrada. Se comprobó la desviación de la posición de las estrellas que se encontraban cerca del borde del Sol eclipsado. Ese mismo año viajó por Londres, visitó la tumba de Newton y llegó a Estados Unidos. En 1922 viajó a París; un año antes había ganado el Premio Nobel de Física. En el año de 1933 Elsa y Albert volvieron a EE.UU., dónde ocupó un puesto en el Instituto de Estudios Superiores en Princeton, Nueva Jersey. En el año 1939, junto con otros físicos, Einstein escribió una carta al presidente Franklin D. Roosevelt en la que pedía un programa especial para el estudio de la destrucción del átomo y la reacción en cadena; pero se le hizo caso omiso. Volvió a escribirle al presidente (en 1945) pero nuevamente no fue tomado en cuenta. Declinó una propuesta para la presidencia del Estado de Israel en 1952. Finalmente murió el 18 de abril de 1955, dignamente, pues se negó a ser operado de una ruptura en la arteria aorta. Su cuerpo fue cremado y sus cenizas se esparcieron en algún lugar que no se dio a conocer, pues esas fueron sus instrucciones: no quería que su tumba se convirtiera en un lugar de peregrinaje.
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Un grupo de arqueólogos israelíes ha encontrado en Akko (San Juan de Acre), en el norte del país, un sello con forma de candelabro empleado para marcar el pan hace más de 1.500 años, informó la Dirección de Antigüedades de Israel.

El sello, de pequeño tamaño y hecho de cerámica, dejaba sobre la superficie del pan la huella de un candelabro de siete brazos como el empleado en el Templo de Jerusalén.

Se trataba de una forma de marcar el pan destinado a las comunidades judías de la época que vivían bajo el Imperio Bizantino.

"Esta es la primera vez que un sello de este tipo es hallado en una excavación científica controlada, lo que hace posible determinar su origen y su fecha", afirmó Danny Syon, uno de los directores de la excavación en Hurbat Uza, un poblado rural a las

afueras de San Juan de Acre, ciudad notoriamente cristiana por aquella época.

Según los arqueólogos, el hallazgo demuestra que los judíos vivían en la zona y que el pan era marcado para enviarlo a los que residían dentro de la ciudad, una suerte del actualmente empleado sello "kosher" para productos que se acogen a las estrictas normas de la cocina judía.

La costumbre también se asemeja a la que tenían los cristianos de la época, que marcaban sus panes con una cruz.

En letras griegas, alrededor del sello judío, aparece lo que parece ser el nombre del panadero, Launtius, común entre la comunidad judía de la época.

David Amit, otro de los arqueólogos a cargo de la excavación y experto en sellos de pan, explicó en el comunicado que "el candelabro (menorá) fue grabado en el sello antes de meterlo en el horno, y el nombre del panadero después".

"De ello deducimos que los sellos con la menorá eran fabricados en serie para los panaderos, y que cada uno de éstos le agregaba después su nombre", explicó.

En el yacimiento arqueológico de Hurbat Uza han sido hallados hasta ahora varios objetos que corroboran la existencia de una comunidad judía en torno a San Juan de Acre, ciudad milenaria que, por su estratégica situación geográfica, fue siempre ambicionada por los distintos conquistadores de Tierra Santa. EFE

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