Postado por Jayme Fucs Bar em 2 de Janeiro de 2010 às 5:28am
La derrota del Nobel Autor: Pilar Rahola
Y es que Palestina no es una causa, es una guerra ideológica, directamente enraizada con la obsesión anti sionista de determinada izquierda. Una izquierda que desprecia la libertad de expresión, y que, en su delirio, cuelga discursos de Ahmadineyad en sus webs.
De extremo a extremo, los extremos se encuentran en el odio a Israel. Y todos reciben subvención pública.
Ha pasado desapercibido. Como siempre. Las barbaridades que ocurren en Irán no nos interesan, porque no se acomodan al maniqueísmo ideológico. Si las víctimas fueran palestinas. Si los malos pudieran ser feroces israelíes de Tzáhal, o marines con cara de perro. Si la realidad cuadrara con las filias ideológicas, entonces se movería el dinero, montaría en cÆlera el griterío, y se rasgarían las vestiduras los monopolizadores del concepto solidaridad. Si, además, uno fuera listillo, entonces hasta podría conseguir miles de euros de subvención, para salvar a los palestinos de sí mismos. Veamos un ejemplo de este ideológico despilfarro. Los de Sodepau, la ONG mÄs anti israelí de Cataluña, han recibido del Ayuntamiento 556.408 euros para “mejora y fomento entre las mujeres de Cisjordania de su acceso a la salud sexual y reproductiva”.
¹What? ¹Eso le corresponde a un Ayuntamiento catalán? Pero hay más, si sumamos el resto de las iniciativas, Sodepau ha recibido casi 800.000 euros de dinero municipal, según respuesta a una pregunta de Jaume Ciurana. Es decir, que nuestro endeudado y pobre Ayuntamiento es tan rico y generoso, que dedica miles de euros a salvar, entre otras lindezas, la sexualidad de las mujeres palestinas. Si hiciera lo mismo con las mujeres prostituidas de las calles de la ciudad, serÕa de monumento. ¹Todas las ONG o entidades que trabajan en Barcelona gozan de tanta generosidad municipal? Claro que no, algunas no gozan de nada, y todas pecan de no ser pro palestinas, pasaporte imprescindible para que se abran las puertas del dinero progre. Y es que Palestina no es una causa, es una guerra ideolÆgica, directamente enraizada con la obsesión anti sionista de determinada izquierda. Una izquierda que desprecia la libertad de expresión, y que, en su delirio, cuelga discursos de Ahmadineyad en sus webs. De extremo a extremo, los extremos se encuentran en el odio a Israel. Y todos reciben subvención pública. Después son invitados en primera fila a los fastos de la Diada, y se permiten silbar a Noa. El dinero público alimenta muchos monstruos.
Mientras engordamos a estos fanáticos, algunas causas no tienen quien les escriba. En Irán, por ejemplo, acaban de confiscar el Premio Nobel que recibiió la luchadora Shirin Ebadi. Podría sorprender que un Gobierno se atreva a tal despropósito, pero Irán puede permitírselo todo. Esclavizar a mujeres, ir por el mundo con la bandera de un régimen teocrático medieval, condenar a muerte a homosexuales y a disidentes, y hasta burlarse de Alfred Nobel. Nadie llorarÄ por las víctimas iraníes. Nadie encabezará manifestaciones. Y ningún Hereu dará miles de euros para ayudarlos. No son víctimas, porque sus verdugos no forman parte de los males políticamente reconocidos. Y ya se sabe que la solidaridad no es un concepto neutral. Es un arma ideológica.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 28 de Dezembro de 2009 às 5:45am
Lula deve apresentar iniciativa de paz quando visitar Israel
MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO
O governo brasileiro pretende dar um passo além da retórica em seu desejo de ter um papel político relevante no Oriente Médio. O chanceler Celso Amorim disse ontem no Cairo que a ideia é apresentar alguma iniciativa de paz durante a visita do presidente Lula a Israel e territórios palestinos, prevista para meados de março.
Até lá, o ministro continuará mantendo encontros com representantes dos principais países da região, para avaliar como o Brasil pode contribuir no processo de paz. Após o Egito, a próxima parada é a Turquia, no início de janeiro.
"Isso vai criando as condições para que você possa oferecer uma coisa concreta. Não é algo que se elabora num gabinete", disse Amorim em entrevista à Folha. Ele não quis dizer de que tipo será a proposta. "Pode ser de conteúdo ou de procedimento. Até março teremos algo específico."
As tensões regionais foram o principal tema dos encontros mantidos pelo ministro brasileiro em sua rápida passagem pelo Cairo. Na agenda, conversas com o ditador Hosni Mubarak, o chanceler, Abul-Gheit, e o chefe do serviço de inteligência, Omar Suleiman, além do secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.
Foi a primeira viagem do chanceler brasileiro ao Oriente Médio desde as visitas em série de personalidades da região a Brasília, no mês passado, e uma chance de avaliar como é recebida num dos mais importantes países do mundo árabe a penetração do Brasil.
Na entrevista conjunta de Amorim e Abul-Gheit, um jornalista egípcio perguntou como as presenças dos presidentes de Israel, da Autoridade Nacional Palestina e do Irã em Brasília em menos de duas semanas se encaixavam nas ambições do Brasil para a região. "Não temos uma fórmula mágica para resolver os problemas", respondeu o chanceler. "Mas acreditamos que novos atores trazem novos ares, e isso pode ajudar."
A proposta de "arejar" as negociações já havia sido apresentada por Amorim em janeiro, durante visita a Israel, Síria, territórios palestinos e Egito, em plena ofensiva israelense contra a faixa de Gaza. Na época, o ministro sofreu severas críticas, inclusive de seus dois antecessores no cargo, por praticar uma diplomacia de muita visibilidade e pouco resultado.
Mas em sua terceira visita ao Egito neste ano, o chanceler brasileiro disse que está convencido de que o desejo brasileiro de ser mais atuante no Oriente Médio é cada vez mais bem-vindo na região.
Ele deu como exemplo o pedido feito por Mubarak para que o Brasil faça parte da força de manutenção da paz entre Israel e Egito, estacionada no deserto do Sinai. Amorim respondeu que o pedido terá de ser avaliado do ponto de vista legal.
Com o envolvimento crescente do Brasil na região e o interesse do país em se fazer ouvir, diz o chanceler, é natural que surja uma proposta concreta para lidar com o conflito. "A proposta surge quando você participa do diálogo. O Brasil não vai criar um plano de fora, mas, estando dentro do diálogo, ele pode surgir."
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Postado por Jayme Fucs Bar em 23 de Dezembro de 2009 às 10:53pm
Muere el capitán del barco de refugiados Exodus Yitzhak (Ike) Aharonovitch, el capitán del famoso barco de refugiados Exodo, murió a la edad de 86 años.
Nacido en Alemania en 1923, Aharonovitch llegó a Israel con su familia en 1932.
"Ike era un soñador y un luchador. Formó parte de una generación que vivió la historia, tanto en el pasado como en el presente", dijo su hermano, Deddy.
El Exodo zarpó de Francia en 1947, llevando a 4.554 pasajeros - la mayoría de los cuales eran sobrevivientes del Holocausto – con rumbo a la entonces Palestina controlada por los británicos.
La Marina británica capturó el buque y deportó a todos sus pasajeros a Europa. La amplia cobertura de los medios a la odisea humana, sin embargo, pronto obligó a los británicos para encontrar una solución.
Dentro del año de regreso a Europa, más de la mitad de los pasajeros del Exodo 1947 hicieron otros intentos de emigrar a Palestina.
Autoridades del Mandato británico detuvieron a muchos de ellos sin juicio en los campos de prisioneros en Chipre hasta enero de 1949, cuando se reconoce formalmente el Estado de Israel y todos los pasajeros sobrevivientes hicieron aliá.
El funeral de Aharonovitch se celebrará el viernes en el cementerio del Kibutz Givat Jaim.
Le sobreviven dos hijas, siete nietos, y un bisnieto de 2 años de de edad.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 21 de Dezembro de 2009 às 5:12am
O texto eh longo, mas eh tao esclarecedor que vale a pena le-lo. Herman RichterJudeus de seis braços. Pilar RaholaEsta é a conferência que deu Pilar Rahola em 16/12/2009 no Global forum for Combating Antisemitism, que se celebra nestes días em Jerusalém.
Para qualquer informação adicional, a web deste importante forum é:
http://www.gfantisemitism.org/Pages/default.aspx
Segunda-feira à noite, em Barcelona. No restaurante, uma centena de advogados e juizes. Reuniram -se para ouvirem minhas opiniões sobre o conflito do Oriente Médio. Sabem que eu sou um barco heterodoxo, no naufrágio do pensamento único que impera em meu país, sobre Israel. Querem me escutar. Alguém razoável como eu, dizem, por qué se arrisca a perder a credibilidade, defendendo os maus, os culpados? Digo-lhes que a verdade é un espelho quebrado, e que todos nós temos algum fragmento. E provoco sua reação: “todos vocês acreditam ser expertos em política internacional, quando falam de Israel, mas na realidade não sabem nada. Vocês se atreveríam a falar do conflito de Ruanda, da Cachemira, de Chechenia?”. Não. São juristas, seu terreno não é a geopolítica. Mas com Israel vocês se atrevem. Todo o mundo se atreve. Por qué? Porque Israel está sob a permanente lupa mediática, e sua imagem distorsida, contamina os cérebros do mundo. E, porqué forma parte do politicamente correto, porqué parece solidário, porqué é grátis falar contra Israel. E assim, pessoas cultas, quando leem sobre Israel estão dispostas a acreditar que os judeus teem seis braços, como na Idade Média acreditavam em todo o tipo de barbaridades. Sobre os judeus de antigamente e os israelenses de hoje, vale tudo.
A primeira pergunta, pois, é porqué tanta gente inteligente, quando fala sobre Israel, se torna idiota. O problema que temos, os que não demonizamos Israel, é que não existe o debate sobre o conflito, existem os letreiros; não nos cruzamos com idéias, nos deparamos com consignas; não gozamos de informações sérias, sofremos de periodismo de hamburguer, fast food, cheio de preconceitos, propaganda e simplismo. O pensamento intelectual e o periodismo internacional, demitiu-se em Israel. Não existe. É por isso que quando se tenta ir além do pensamento único, passa-se a ser suspeito, não solidário e reacionário, e é imediatamente segregado. Por qué?
Há anos que tento responder a esta pergunta: por qué? Por que de todos os conflitos do mundo, só interessa este? Por que se criminaliza um pequeno país, que luta por sua sobrevivência? Por que triunfa a mentira e a manipulação informativa, com tanta facilidade? Por que tudo, é reduzido a uma simples massa de imperialistas assassinos? Por que as razões de Israel nunca existem? Por que nunca existem culpas palestinas? Por que Arafat é um herói, e Sharon um monstro? E por fim, por que, sendo o único país do mundo ameaçado de destruição, é o único que ninguém considera vítima?
Não creio que exista uma única resposta a estas perguntas. Da mesma forma que é impossível explicar completamente a maldade histórica do anti-semitismo, torna-se impossível explicar a imbecilidade atual do anti-israelismo. Ambas bebem das fontes da intolerância, da mentira e do preconceito. Se, além disso, aceitamos que o anti-israelismo é a nova forma de anti-semitismo, concluimos que mudaram as contingências, porém mantêm-se intactos os mitos mais profundos, tanto do anti-semitismo cristão medieval, como do anti-semitismo político moderno. E esses mitos se despejaram no relato sobre Israel. Por exemplo, o judeu medieval que matava crianças cristãs para beber seu sangue, conecta-se diretamente com o judeu israelense que mata crianças palestinas, para ficar com suas terras. Sempre são crianças inocentes e judeus obscuros. Por exemplo, os banqueiros judeus que queriam dominar o mundo através do banco europeu, segundo o mito dos Protocolos, conecta-se diretamente com a idéia de que os judeus de Wall Street dominam o mundo através da Casa Branca. O domínio da imprensa, o domínio das finanças, a conspiração universal, tudo aquilo que configurou o ódio histórico contra os judeus, desemboca hoje no ódio aos israelenses. No subconsciente, pois, lateja o DNA anti-semita ocidental, que cria um eficiente terreno fértil. Mas, o que lateja no consciente? Por que surge hoje com tanta virulência uma renovada intolerância, agora centralizada, não no povo judeu, senão no estado judeu? Do meu ponto de vista, isso tem motivos históricos e geopolíticos, entre outros o cruel papel soviético durante décadas, os interesses árabes, o antiamericanismo europeu, a dependência energética do Ocidente e o crescente fenômeno islâmico.
Porém surge também de um conjunto de derrotas que sofremos como sociedades livres e que desemboca em um forte relativismo ético.
Derrota moral da esquerda. Durante décadas, a esquerda levantou a bandeira da liberdade alí onde existía a injustiça, e foi a depositária das esperanças utópicas da sociedade. Foi a grande construtora de futuro. Apesar de que a maldade assassina do estalinismo afundou essas utopías e deixou a esquerda como o rei nu, despojada de vestimenta, conservou intacta sua auréola de luta, e ainda marca as pautas dos bons e dos maus do mundo. Inclusive aqueles que nunca votariam posições de esquerda, outorgam um grande prestígio aos intelectuais de esquerda, e permiten que sejam eles os que monopolizam o conceito de solidaridade. Como sempre fizeram. Assim, os lutadores contra Pinochet, eram os lutadores da liberdade, mas as vítimas de Castro, são expulsos do paraíso dos heróis, e convertidos em agentes da CIA, ou em fascistas disfarçados. Lembro perfeitamente como, na juventude, na Universidade combativa da Espanha de Franco, ler Solzhenitsyn era um anátema… E assim, o homem que alçava o grito desde o buraco negro do Gulag estalinista, não podia ser lido pelos lutadores antifranquistas, porqué nem existiam as ditaduras de esquerda, nem as vítimas que as combatiam.
Esta traição histórica à liberdade, se reproduz no momento atual, com precisão matemática. Também hoje, como ontem, essa esquerda perdoa ideologias totalitárias, se enamora de ditadores e, em sua ofensiva contra Israel, ignora a destruição de direitos fundamentais. Odeia os rabinos, mas se enamora dos imans; grita contra Tzahal, mas aplaude os terroristas do Hamás; chora pelas vítimas palestinas, mas despreza as vítimas judias; e quando se comove pelas crianças palestinas, somente o faz se pode culpar os israelenses. Nunca denunciará a cultura do ódio, ou sua preparação para a morte, ou a escravidão que sofrem suas mães. E enquanto alça a bandeira da Palestina, queima a bandeira de Israel. Há um ano, no Congresso da AIPAC em Washington, fiz as seguintes perguntas: “Que patologias profundas afastam a esquerda de seu compromisso moral? Por que não vemos manifestações em París, ou em Barcelona contra as ditaduras islâmicas? Por que não há manifestações contra a escravização de milhões de mulheres muçulmanas? Por que não se manifestam contra o uso de crianças bombas, nos conflitos onde o Islã está implicado? por que a esquerda, só está obsecada em lutar contra duas das democracias mais sólidas do planeta, e as que sofreram os atentados mais sangrentos, Estados Unidos e Israel?”… Porqué a esquerda que sonhou utopías deixou de sonhar, quebrada no Muro de Berlím de seu próprio fracasso. Já não tem idéias, senão letreiros. Já não defende direitos, senão preconceitos. E o maior preconceito de todos é o que tem contra Israel. Acuso, pois, de forma clara: a principal responsabilidade do novo ódio anti-semita, disfarçado de anti-israelismo, provém daqueles que teriam que defender a liberdade, a solidarieedad e o progresso. Longe disto, defendem déspotas, esquecem suas vítimas e calam-se diante das ideologias medievais que querem destruir a civilización. A traição da esquerda é uma autêntica traição à modernidade.
Derrota do periodismo. Temos um mundo mais informado do que nunca, mas não temos um mundo melhor informado. Ao contrário, as autopistas da informação nos conectam com qualquer ponto do planeta, mas não nos conectam nem com a verdade, nem com os fatos. Os periodistas atuais não necessitam mapas, porque têm Google Earth, não necessitam saber história, porque têm Wikipedia. Os históricos periodistas que conheciam as raizes de um conflito, ainda existem, mas são uma espécie em vias de extinção, devorados por este periodismo de hamburguer que oferece notícias fast-food, a leitores que desejam informação fast-food. Israel é o lugar do mundo mais vigiado e, sem duvida, o lugar do mundo menos compreendido. É claro, também influi a pressão dos grandes lobbys do petrodólar, cuja influência no periodismo é sutil mas profunda. Qualquer mídia de massa sabe que se fala contra Israel, não terá problemas. Porém o que acontecerá se critica um país islâmico? Sem dúvida, então, se complicará a vida. Não nos confundamos. Parte da imprensa que escreve contra Israel, se vería refletida em uma aguda frase de Goethe: "ninguém é mais escravo que aquele que se julga livre, sem sê-lo". Ou tambén em outra, mais cínica de Mark Twain: “Conheça antes os fatos e então distorsa-os quanto queiras”.
Derrota do pensamento crítico. A tudo isto, cabe somar o relativismo ético que define o momento atual, e que se basea, não na negação dos valores da civilização, senão em sua banalização. O que é a modernidade? Pessoalmente eu o explico com este pequeno relato: se me perdesse em uma ilha deserta, e quisesse voltar a fundar uma sociedade democrática, só necessitaria três livros: as Tábuas da Lei, que estabeleceram o primeiro código da modernidade. “O não matarás, não roubarás,…” fundou a civilização moderna. O código penal romano. E a Carta de Dereitos Humanos. E com estes três textos, voltaríamos a começar. Estes princípios, que nos garantem como sociedade, são relativizados, inclusive por aqueles que dizen defendê-los. “Não matarás”…, depende de quem seja o objetivo…, pensam aqueles que, por exemplo em Barcelona, se manifestaram com gritos a favor do Hamás. “Vivam os direitos humanos”…, depende a quem se aplicam, e por isso não os preocupam milhões de mulheres escravas. “Não mentirás”…, depende se a informação é uma arma de guerra a favor de uma causa. A massa crítica social se adelgaçou e, ao mesmo tempo, engordou o dogmatismo ideológico. Nesta dupla virada, os valores fortes da modernidade foram substituídos por um pensamento débil, vulnerável à manipulação e ao maniqueísmo.
Derrota da ONU. E com ela, uma rotunda derrota dos organismos internacionais que devem velar pelos direitos humanos, e que se converteram em bonecos quebrados em mãos de déspotas. A ONU somente serve para que islamofascistas como Ahmadineyad, ou demagogos perigosos como Hugo Chávez, tenham um altofalante planetário de onde escarrar seu ódio. E, é claro, para atacar sistematicamente Israel. Também contra Israel, a ONU vive melhor.
Finalmente, derrota do Islã. O Islã das luzes sofre hoje o violento ataque de um virus totalitário que tenta frear seu desenvolvimento ético. Este virus usa o nome de Deus para perpetrar os horrores mais inimagináveis: apedrejar mulheres, escravizá-las, usar grávidas e jovens com atraso mental como bombas humanas, educar no ódio, e declarar guerra à liberdade. Não esqueçamos, por exemplo, que nos matam com telefones celulares via satélites conectados… com a Idade Média…
Se o estalinismo destruiu a esquerda, e o nazismo destruiu a Europa, o fundamentalismo islâmico está destruindo o Islã. E também tem, como as outras ideologias totalitárias, um DNA anti-semita. Talvez o anti-semitismo islâmico seja o fenômeno intolerante mais sério da atualidade, não em vão afeta a mais de 1.300 milhões de pessoas educadas, massivamente, no ódio ao judeu.
Na encruzilhada destas derrotas, se encontra Israel. Órfãos de uma esquerda racional, órfãos de um periodismo sério e de uma ONU digna, e órfãos de um Islã tolerante, Israel sofre o violento paradigma do século XXI: a falta de compromisso sólido com os valores da libertade. Nada surprende. A cultura judaica encarna, como nem um outra, a metáfora de um conceito de civilização que hoje sofre ataques de todos os lados. Vocês são o termômetro da saúde do mundo. Sempre que o mundo teve uma febre totalitária, vocês sofreram. Na Idade Média espanhola, nas perseguições cristãs, nos progroms russos, no fascismo europeu, no fundamentalismo islâmico. Sempre, o primeiro inimigo do totalitarismo tem sido o judeu. E nestes tempos de dependência energética e desconcerto social, Israel encarna, em sua própria carne, o judeu de sempre.
Uma nação pária entre as nações, para um povo pária entre os povos. É por isto que o anti-semitismo do século XXI vestiu-se com o eficaz disfarce do anti-israelismo. Toda a crítica contra Israel é anti-semita? Não. Mas, todo o anti-semitismo atual se tornou no preconceito e na demonização contra o Estado judeu. Uma nova vestimenta para um velho ódio.
Disse Benjamin Franklin: “onde mora a liberdade, alí está a minha pátria”. E acrescentou Albert Einstein: “a vida é muito perigosa. Não pelas pessoas que fazem o mal, senão por aquelas que se sentam para ver o que passa”. Este é o duplo compromiso aquí e hoje: não sentar-se nunca para ver passar o mal e
Defender sempre as pátrias da liberdade.
Obrigada.
Pilar Rahola
16/12/2009
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Postado por Jayme Fucs Bar em 17 de Dezembro de 2009 às 11:00am
Meus Gloriosos Heróis por Sheila Sacks
Se a década de 1940 marcou a história do século 20 pela barbárie da Shoá, por sua vez também iluminou o mundo com personagens especiais, genuínos heróis de todas as épocas. Dois deles, Mordechai Anilevitch e Howard Fast merecem ser lembrados nesse dezembro de 2009, quando mais uma vez celebramos a fé, a coragem e a liberdade na festa das Luzes. Líder da revolta do Gueto de Varsóvia, o jovem polonês Anilevitch tinha apenas 24 anos quando foi dizimado pela máquina nazista, em 1943. Já a salvo na Romênia, retornou à Polônia para organizar a resistência e mostrar ao mundo uma face judaica milenar, ancorada nos feitos e atos de nossos patriarcas e profetas. Membro do movimento sionista socialista Hashomer Hatzair, sua história de vida tem inspirando, ao longo do tempo, gerações de jovens judeus a trilharem o caminho do idealismo, do amor à liberdade e de respeito e defesa aos valores tradicionais de nosso povo.
Também o escritor Howard Fast (1914-2003) era um jovem de 34 anos quando escreveu a versão literária sobre a luta e a resistência tenaz do sacerdote Matatias e de seus cinco filhos, tendo à frente Judá, o macabeu, diante da ordem arbitrária de um poder central que impunha o culto, as leis e os costumes gregos na terra de Israel. Um épico sobre a saga dos irmãos guerrilheiros de Modiin, belíssimo enredo de audácia e persistência vivido há mais de 2 mil anos - algo em torno de 165 antes da era comum – por uma geração aquinhoada com as bênçãos da fé, da firmeza e da devoção.
Um hino à liberdade e à coragem
A obra Meus Gloriosos Irmãos foi publicada em 1948 e tem a mesma idade do estado de Israel. É um hino à liberdade e à coragem, tendo marcado a adolescência de milhares de jovens judeus em todo o mundo. Era uma época particularmente difícil para os judeus, pós-holocausto e de implantação de uma nação. O livro de Fast foi um talismã dos mais importantes para muitos jovens que, militando em movimentos sionistas, deixaram o aconchego de seus lares e ignorando os apelos de pais preocupados se engajaram na luta pela terra prometida. A determinação, a perseverança e a crença inabalável dos hashmoneus em seus objetivos encontravam semelhança e afinidade no heroísmo dos jovens da Haganá, durante aqueles anos difíceis. O escritor trouxe o bandeira de Judá para bem perto destes jovens audazes e sonhadores que liam e reliam aquelas páginas estimulantes, com o olhar e o coração em Sion.
Apesar do seu passado de militante comunista (foi preso em 1950) Fast sempre exaltou as suas raízes judaicas. Autor de mais de 80 livros traduzidos em 82 idiomas (dos quais 20 se transformaram em filmes ou seriados de TV – o mais conhecido é Spartacus, de 1960), ele considerava o movimento dos kibutzim a mais importante experiência socialista do século. Em carta ao jornalista e escritor anglo-israelense Daniel Gravon, ele conta que quando era jovem sonhava em atravessar a pé a Galiléia e ir até o sul de Israel. Isto nunca aconteceu, mas em 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, o escritor teve a oportunidade de ver, pela primeira vez, a cidade de Jerusalém e outras áreas de Israel. Ele estava a bordo de um avião militar, cujo destino era o Líbano. “Eu pedi ao piloto para que voasse em baixa altitude, e ele, de bom grado, atendeu ao meu pedido”, lembra Fast. “Nós passamos por Jerusalém e seguimos para o norte. Eu observava Israel , as áreas desertas e devastadas com alguns raros borrões verdes de um kibutz, ali e acolá. Trinta e cinco anos depois, quando retornei, a mudança era enorme.”
Mensagem permanece atual
Dois anos antes de falecer, Fast manifestou a sua tristeza por não ter condições físicas para mais uma vez visitar Israel. “Eu gostaria de retornar, mas receio que isso seja só mais um sonho. Afinal, faço 87 anos no próximo mês de novembro. Eu caminho devagar e me canso facilmente”. Corria o ano de 2001 e Fast também revelou a sua preocupação com o destino de nossa civilização, depois do ataque de 11 de setembro “Vivemos em um mundo que está ficando insano e percebo que as pessoas estão evitando viajar. Eu sinto que nunca mais verei Israel e isso, para mim, é um pensamento doloroso.”
É interessante notar que passados mais de 60 anos da publicação de Meus Gloriosos Irmãos, o livro continua a constar na bibliografia recomendada aos madrichim para ser utilizada nas atividades com crianças e jovens, durante o período de Chanucá. Apesar do contexto sócio-cultural ter sofrido mudanças radicais e a juventude atual em nada ser semelhante àquela dos anos 40 e 50 – onde não existiam a globalização e a tecnologia avançada dos meios eletrônicos - o conteúdo da obra de Fast permanece irretocável em seu sentido mais profundo: o de transmitir valores como o heroísmo e a bravura que não se acovardam mesmo diante de inimigos poderosos. Com o livro de Fast, a festa de Chanucá ganhou novo contorno e uma mensagem mais moderna e vibrante. O combate dos macabeus fundiu-se com a própria luta pelo nascimento e perpetuação do Estado de Israel, que mesmo nos dias que correm ainda mantém-se em alerta e de prontidão na defesa de sua cultura, de seu modo de ser, de sua religião e de sua liberdade.
Em tempo: a esses dois heróis de nossa história devo em grande parte o possível mérito do conto “Araguaia, meu amor”, premiado e incluído na coletânea Escritos Revelados. De Anilevitch, o modelo de coragem solidária, e de Fast o exemplo de uma arte narrativa engajada e inspirada.Saiba mais…
Postado por Jayme Fucs Bar em 15 de Dezembro de 2009 às 9:30pm
Bíblia, Buda e Nova Era: a ''fé mix'' está de modaA reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no jornal Il Giornale, 14-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.Sincretismo e fé "faça-você-mesmo". Enquanto em Roma se conclui o grande encontro organizado pelo cardeal Camillo Ruini com prelados e homens de cultura que se interrogam sobre a presença de Deus na sociedade contemporânea, dos Estados Unidos surge uma pesquisa, publicada neste domingo na primeira página do jornal USA Today, que apresenta os cidadãos norte-americanos atentos aos problemas do espírito, mas com uma crescente desenvoltura para passar das igrejas aos templos budistas, da paixão pela cabala judaica à atração pelas crenças ancestrais, do catecismo católico à reencarnação.
Segundo a pesquisa, realizada pelo Pew Forum on Religion & Public Life, 65% dos adultos norte-americanos, incluindo protestantes e católicos, adotam elementos das religiões orientais e da Nova Era. O sincretismo parece, portanto, em crescimento do outro lado do Atlântico, e 35% dos norte-americanos que participa das celebrações dominicais admite ter mudado mais de uma vez de igreja, não apenas no sentido de paróquia, mas saltando de uma confissão a outra e até de uma religião a outra.
Entre as curiosidades que aparecem na pesquisa está o dado sobre quantos norte-americanos acreditam que as estrelas e nos planetas podem influenciar na vida das pessoas (25% da população e 23% dos cristãos) e que estão convencidos de que os indivíduos podem renascer reencarnando-se mais de uma vez (24% da população e 22% dos cristãos).
Enquanto isso, 16% dos norte-americanos (e 17% dos cristãos) acreditam que pessoas com "o olhar diabólico" podem lançar malefícios e prejudicar as pessoas. Entre 47% e 59% dos norte-americanos teriam mudado de religião ao menos uma vez.
A questão do sincretismo e do supermercado das fés está muito no coração de Bento XVI, que, desde o início do seu pontificado, durante a Jornada Mundial da Juventude de Colônia, na Alemanha, disse que "junto com o esquecimento de Deus existe um 'boom' do religioso". Ele fala de uma religião que "não raramente torna-se quase um produto de consumo. Escolhe-se o que se gosta, e alguns sabem até como tirar proveito disso. Mas a religião buscada à maneira do 'faça-você-mesmo' no fim não nos ajuda".
Os dados da pesquisa norte-americana correspondem à realidade? E qual é a situação em um país tradicionalmente católico como a Itália? O Il Giornale dirigiu a pergunta a Massimo Introvigne, diretor do Cesnur, o centro de estudo sobre novas religiões. "Eu também recebi os dados da pesquisa e gostaria de dizer que há alguma perplexidade não tanto sobre os resultados, mas sim sobre a sua novidade: desde o pós-guerra a religiosidade dos EUA é descrita desse modo".
Quanto ao sincretismo italiano, Introvigne observa que, enquanto "cai o número dos italianos que acreditam na reencarnação – eram 15% há alguns anos, hoje são só 10% - cresce notavelmente por exemplo o percentual, também entre os católicos, daqueles que se dizem certos de que Jesus era casado. É o efeito 'Código da Vinci'".
Na Itália, mais do que a Nova Era, Introvigne vê o triunfo da "Antiga Era", isto é, da crença na magia, nos ritos dos feiticeiros, que obtém o consenso de 30% dos italianos e de 10% dos italianos que vão à missa. Um dado significativo que surge de uma recente e aprofundada pesquisa do Cesnur que durou um ano, referente aos fiéis católicos praticantes, que oscilam entre 18% e 20% da população. "Estão em diminuição, mas cresce a qualidade da sua participação nos sacramentos. Enfim, são uma minoria, mas com convicções enraizadas".
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Postado por Cris em 8 de Dezembro de 2009 às 12:57pm
Atividades de recepção da Equipe Base no Estado de PernambucoOlinda Dia 16/12• Horário: 10h• Local: Concentração na Praça do Carmo• Atividade: Marcha até a Prefeitura, recebida pelo Prefeito e a Câmara de Vereadores. Percurso: Praça do Carmo, sobe Rua Prudente de Morais, depois Rua 27 de Janeiro e chega a Prefeitura.• Descrição: Apresentação de Grupos de Afoxé, movimentos sociais, coletivos, bonecos de Olinda farão parte do evento.Recife Dia 16/12• Horário: 15h• Local – Concentração no Palácio do Governo.• Atividade: Cerimônia de recepção da Equipe Base no Estado.• Descrição: Recepção da comitiva da Marcha pelo Governo do Estado.Recife Dia 16/12• Horário: 16h• Atividade: Marcha• Descrição: Percurso - Praça da República, Ponte Maurício de Nassau, Rua Marques de Olinda, Rua Bom Jesus e Praça do Arsenal.Recife Dia 16/12• Horário: 17h30• Local: Praça do Arsenal• Atividade: Show• Descrição: Apresentação de bandas comemorando a chegada da Marcha na Cidade.1º - Chinelo de Iaia - coco de roda2º - Beth de Oxum - coco de umbigada3º - Tokada - Samba4º - Tiger - HIP HOP5º - Dj Zero - Música Eletrônica6º - Nação Corrompida - Hard CoreAtividades de recepção da Equipe Base no Estado da BahiaSalvador – Dia 17/12• Horário: 15:HS A 19:HS• Local: PRAÇA DO CAMPO GRANDE (HOTEL DA BAHIA) A PRAÇA MUNICIPAL• Atividade: Ato Público/Show• Descrição: Apresentação da Equipe base à população da cidade. Show com Marquinhos Marques ex- cantor do Olodum/Aloísio Menezes/Banda Tomalira /Grupo Nova Saga/Clube do Samba/Movimento Poeta da Praça/ Grupos de Teatros/Grupos de Danças,Grupos de Hip Hop. Organizações: Mundo sem Guerra-Instituto Martin Luther King Jr- Coletivo de Entidades Negras-Movimento Salvador Pela Paz-Instituto Mão Amiga- Prohomo- Família Eclesial Missionária da Redenção.Atividades de recepção da Equipe Base no Estado de BrasiliaDistrito Federal – Dia 16/12• Horário: As 18h,• Local: Palácio do Itamarati• Atividade: Solenidade em apoio à Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência• Descrição: Atividade promovida pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, contando com a presença de todos os embaixadores dos países que receberam a Equipe Base. Quem promove é o próprio Ministro Paulo Vannuci.Atividades nos 10 dias que antecedem à chegada da Equipe Base ao Estado do Rio de Janeiro.Rio de Janeiro Dia 08/12• Horário: à Partir das 13:30• Local: Teatro do SESI, na FIRJAN – Avenida Graça Aranha, nº 1, Centro/ RJ• Atividade: Entrega do prêmio Beija-Flor, pelo RIOVOLUNTÁRIO, aos que mais se destacaram no ano por seu trabalho voluntário.• Descrição: Premiação à Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência na categoria evento/Campos dos Goytacazes Dia 10 /12• Horário: 14h• Local: Câmara de Dirigentes Lojistas Rua Sete de setembro esquina com a Rua dos Goytacazes (antiga Rua do Gás)• Atividade: diplomação dos que mais compartilharam com o trabalho dos direitos da mulher - Diploma Cidadão Comdim/2009.• Descrição: Entrega de Diploma cidadão pelo Conselho Municipal dos Direitos da mulher.Rio de Janeiro Dia 10 /12• Horário: 8h• Local: Praça da Cinelândia, em frente à Câmara Municipal.• Atividade: Ato público de comemoração à passagem da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência pela cidade, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação.• Descrição: 1000 alunos de 17 escolas do Estado. À partir das da manhã, irão apresentar seus trabalhos desenvolvidos durante o ano no Tema da Cultura de paz e não Violência. Apresentação das ações desenvolvidas pelos comitês de não violência em escolas pelo mundo (Ana Paula Pinto, pedagoga,membro da rede internacional de educadores humanistas). Ao final, os jovens construirão um símbolo da não violência.Campos dos Goytacazes-Dia 11/12• Horário: 15h• Local: Jardim São Benedito• Atividade: Marcha da paz• Descrição: A Marcha partirá do local citado transitando até a Praça São Salvador, bandas de música das escolas participantes acompanharão a marcha.• Horário: 16h• Local: Praça São Salvador• Atividade: Evento cultural com a presença da Sra. Prefeita e autoridades locais/show• Descrição: Evento com palestrantes, vídeos da marcha, capoeira, corais, grupos de Hip-Hop e bandas escolares. Haverá uma revoada de pombos,será feito um símbolo de não-violência com crianças de 10 escolas e pedidos de paz serão colocados em um grande balão.Mesquita - Dia 11/12• Horário: 19h• Local: Local: em frente à Prefeitura Municipal de Mesquita• Atividade: Apresentação da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência no Ato solene de encerramento da Jornada de Direitos Humanos da Baixada.• Descrição: Atividade promovida pela Organização ComCausa, durante toda semana, terá seu encerramento, com a presença do ministro Paulo Vanucci. O Prefeito, que já aderiu à Marcha, se pronunciará.Campo Grande – Dia 13/12• Local: Na frente do Clube dos Suboficiais e Sargentos na Rua Magnesita Santíssimo• Horário: 11 até 13 h - Concentração• Atividade: Marcha por ruas da Cidade.• Descrição: Marcha de Motos e Carros com Trio Elétrico pela cidade, divulgando o evento posterior.Escolha do casal que representará Campo Grande na Marcha em 19 de dezembro.Campo Grande – Dia 13/12• Local: Clube dos Suboficiais e Sargentos.• Horário: 15h até 20h• Atividades: Evento de apresentação da Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência à população.• Descrição: Homenagens a parentes de vitimas de violência, Show de música e dança, diploma a pessoas destacadas na luta contra a violência. O ingresso para o evento será 1 Kg de alimento não perecível. Estes serão doados a:“Creche “Minha Casa” e “Centro de Recuperação de Dependentes Quimicos Maranatá”.Atividades de recepção da Equipe Base no Estado do Rio de JaneiroNiterói Dia 18/12• Horário: 17h• Local: Câmara Municipal de Niterói• Atividade: - Solenidade de recepção da Marcha na cidade.• Descrição: Nesta ocasião, os vereadores do conselho Municipal pela Paz – ComPaz – se pronunciarão. Presença das organizações parceiras. Apresentação do Coral do Colégio Pedro II, do bairro Barreto, e a banda do Liceu Nilo Peçanha Espera-se a presença do Prefeito, que também aderiu.Niterói Dia 18/12• Horário: 19h• Local: Em frente à Camara de Vereadores• Atividade: Ato/Show• Descrição: Apresentação da Marcha Mundial à população. Saudações da Equipe Base. Show no qual Dominguinhos da Estácio já confirmou presença.Cidade do Rio de Janeiro Dia 18/12• Horário: 19h• Local: Câmara vereadores da Cidade do Rio de Janeiro• Atividade: Solenidade de Recepção da Equipe Base da Marcha Mundial na Cidade.• Descrição: Com a presença de representantes das organizações que ajudam a promover a Marcha na cidade como o Mundo Sem Guerras, o Partido Humanista, a Convergência das Culturas, os Conselhos Permanentes de Não Violência nas Escolas, VivaRio; Ação da Cidadania contra a Fome e Pela Vida, O Centro Mundial de Estudos Humanistas, A Comunidade para o Desenvolvimento Humano, o MHUDE, dentre outros, a Equipe Base será homenageada com o pronunciamento de vereadores. Com a presença do Vereador Reimont e a participação de deputados, como Molon e Gilberto Palmares.Cidade do Rio de Janeiro Dia 18/12• Horário: Sem informação• Local: Comunidade da Maré• Atividade: Inauguração do Muro da Paz na Maré com Show de artistas locais.Cidade do Rio de Janeiro Dia 19/12• Horário: à partir das 8h• Local: Praia Copacabana - Concentração Figueiredo Magalhães• Atividade: Caminhada e ato.• Descrição: Além das organizações promotoras, estarão presentes representantes da Federação de motoclubes RJ, do projeto longevidade da Prefeitura/Dom Pixote, do Centro de Democratização da Informática, Mães da Cinelândia, PeaceNow. Artistas confirmados: Priscila Camargo, Sandra de Sá, Rhana Abreu, Jorge Israel, Banda Canastra, entre outros. Na caminhada, todos no chão. Ao final, se fará um ato com o pronunciamento da Equipe Base da Marcha Mundial e os artistas apresentarão algumas músicas no tema da Paz e da não violência.Cidade do Rio de Janeiro Dia 19/12• Horário:• Local: Santa Teresa• Atividade: Evento de comemoração da passagem da Marcha Mundial pela cidade• Descrição: Promovido pela sub-prefeitura do bairro, ainda não informaram os detalhes.Cidade do Rio de Janeiro Dia 19/12• Horário: 19h – concentração no saguão do Bondinho. Evento: de 20h até 22h• Local: Corcovado• Atividade – Evento exclusivo para 150 convidados, celebrando a Marcha Mundial.• Descrição - Recepção no saguão com apresentação de vídeos da Marcha pelo mundo.No alto do corcovado haverá o pronunciamento da Equipe Base. Logo depois, um Ato Interreligioso. Jorge Vercillo cantará algumas músicas e fechando o evento, palavras do Porta Voz da Marcha no Rio, Marcos Pantoja.Atividades de recepção da Equipe Base no Estado de São PauloCotia Dia 20/12• Horário: 13h• Local: Rua Katoji Sogabe, 195 – Bairro Caucaia do Alto• Atividade: Encontro pela Paz e pela e a Não Violência no Parque Caucaia• Descrição: Caminhada pelo Parque, apresentações culturais e musicais, pedido pela Paz e pelo Desarmamento NuclearCidade de São Paulo Dia 20/12• Dia: 20/12• Horário: 14h• Atividade: Marcha e Show pela Paz e pela Não-violênciaDescrição: o show com a apresentação de Max de Castro, Simoninha, Vange Milliet e outros artistas.Local: Concentração da Marcha na Rua Barão de Itapetininga com a Av. Ipiranga indo até a Praça da Sé onde começará o Show.Atividades de recepção da Equipe Base no Estado do ParanáLondrina - Dia 22/12• Horário:15h• Local: Concentração na Pça Santos Andrade.• Atividade/Descrição: Recepção na Câmara dos vereadores e Coletiva imprensa à equipe base da Marcha Mundial.Londrina - Dia 22/12• Horário:17h• Local: Saul Elkind• Atividade cultural• Descrição: Apresentação cultural com o grupo de capoeira GERAÇÃO BRASILLondrina - Dia 22/12• Horário:18h• Local: Concentração em frente à Câmara dos vereadores• Atividade: Carreata.• Descrição: Com a Equipe base, com a escolta do Corpo de Bombeiros e a CMTU.Londrina - Dia 22/12• Horário:18:30h• Local: Praça Tomi Nakagawa• Atividade: “Abraço à Praça”• Descrição: Com a participação de todos, junto à equipe base, será realizada uma grande roda, simbolizando a união necessária para a construção de uma cultura de Paz e Não Violência.Curitiba – Dia 22/12• Horário:14h• Local: Concentração na Pça Santos Andrade.Atividade: Marcha• Descrição - Marcha segue pela rua XV até a Boca Maldita. Grupos espiritualistas e culturais como maracatu e capoeira acompanham a atividade.Curitiba – Dia 22/12• Horário: 15h30 às 18h• Local: Boca Maldita• Atividade: Ato/Show• Descrição: Pronunciamentos do Porta-voz da Marcha Mundial em Curitiba Regis Garret, e dos membros da Equipe Base. Logo após, começa um show com bandas e no chão, em tendas, uma feira com oficinas, palestras, apresentações culturais. Organizações confirmadas até agora: Curitiba Medita, Voa Voa (Maracatu), Hare Krishna.Atividades de recepção da Equipe Base no Estado de Santa CatarinaÀ confirmarAtividades de recepção da Equipe Base no Estado do Rio Grande do SulPorto Alegre Dia 24/12• Horário:• Local: Rodoviária de Porto Alegre• Atividade: coletiva de imprensa e divulgação da chegada da Marcha à Cidade• Descrição: Encontro com jornalistas. Logo após, saída em ônibus de turismo da Prefeitura da cidade, acompanhado por carro de som que anunciará a chegada e a agenda da marcha mundial na cidade.Porto Alegre Dia 24/12• Participação da Equipe base no mega-show de Natal da TV RBS e da Prefeitura de Porto Alegre.Porto Alegre Dia 25/12• Horário:18h• Local: Às margens do Guaíba (próximo a Usina do Gasômetro Centro Cultural de POA)• Atividade: Mística com a Marcha Mundial• Descrição: durante o pôr-do-sol, Expressões livres artísticas, culturais e espirituais,Canoas Dia 26/12• Horário:15h• Local: Biblioteca Municipal da Cidade de Canoas• Atividade: Coletiva de imprensa com o Prefeito Jairo Jorge, o Porta-voz da Marcha em RS e com a Equipe base da Marcha Mundial.• Descrição: Mesa redonda do Prefeito, porta-voz RS e delegação internacional da Marcha Mundial; Confraternização e exibição de vídeos da viagem da Marcha Mundial;Canoas Dia 26/12• Horário: 23:30h• Atividade: Confraternização da Equipe Promotora da Marcha em RS com a Equipe base e viagem de todos rumo a Montevidéu, Uruguai, próxima parada da Marcha Mundial, rumo à Punta de vacas, Argentina.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 6 de Dezembro de 2009 às 7:19pm
O Projeto Cultivar tem o objetivo de plantar 1 milhão de árvores de Mata Atlântica e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de enfrentar o problema das mudanças do clima.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Instituto Bio Atlântica lançaram ontem (30) o Projeto Cultivar, cujo objetivo é plantar 1 milhão de árvores de Mata Atlântica e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de enfrentar o problema das mudanças do clima. O projeto será levado a todos os cursos do Serviço Social da Indústria e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Sesi/Senai).
Ontem, no lançamento do projeto, 400 alunos do Sesi e do Senai e de escolas públicas plantaram as primeiras mil mudas na comunidade do Batan, em Realengo, na zona oeste da cidade. Matriculam-se anualmente nas duas instituições cerca de 200 mil alunos e todos eles terão incluído o conteúdo sobre mudanças climáticas e reflorestamento entre as disciplinas estudadas.
O gerente de Meio Ambiente do Sistema Firjan, Luís Augusto Azevedo, informou que a meta de plantio de 1 milhão de árvores de Mata Atlântica deverá ser alcançada nos próximos cinco anos. "É um projeto educacional que visa à mudança de consciência, de atitude das pessoas, e isso será feito de forma prática, plantando árvores”, disse Azevedo, em entrevista à Agência Brasil.
O projeto identificou 52 espécies nativas da Mata Atlântica e prevê o plantio de 200 mil mudas anualmente.
Com o lema “O Sistema Firjan planta, o Rio de Janeiro colhe”, a entidade pretende mostrar que a preocupação com o meio ambiente não é novidade para as indústrias fluminenses. "A questão das mudanças climáticas é muito séria e envolve mudança de atitude, economia de energia, mudança de combustíveis. Enfim, uma série de questões que já foram acordadas", afirmou.
De acordo com Azevedo, faltava ainda uma ação que envolvesse os alunos do Sistema Sesi/Senai e a sociedade. "Por isso, resolvemos expandir essa preocupação, essa mobilização para a sociedade como um todo. E plantando Mata Atlântica, que é um patrimônio do nosso estado”.
O Projeto Cultivar não se restringirá à capital fluminense. Ao todo, são 13 áreas selecionadas, que englobam vários municípios e incluem parques nacionais e estaduais. “Nossa ideia é buscar regiões onde se possa fazer alguma coisa significativa em termos de recomposição de trechos de Mata Atlântica e mobilizar as pessoas para essa tarefa, acrescentou Azevedo.
Segundo ele, a Firjan espera a adesão de outras instituições empresariais e da sociedade. “Estamos ansiosos por parceiros e abertos a todo tipo de apoio.” A Firjan foi a primeira entidade empresarial brasileira a fazer um inventário de emissões de gases causadores do efeito estufa. O plantio de mil mudas, hoje no Batan, faz parte do esforço de compensação das emissões das 58 unidades do Sistema Firjan em 2008, que totaliza 12 mil árvores.
O inventário referente a 2009 deverá estar concluído até março do ano que vem. As compensações serão feitas também dentro do Projeto Cultivar. “O inventário possibilita não apenas compensar nossas emissões, mas identificar onde elas são mais relevantes e agir para diminuí-las”, concluiu o representante da Firjan.
Fonte: Agência Brasil
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Postado por Jayme Fucs Bar em 2 de Dezembro de 2009 às 3:07am
Destino do 'Cemitério das Polacas' provoca polêmica
Abandonado por muitos anos, o Cemitério Israelita de Inhaúma está hoje no centro de uma delicada discussão no seio da comunidade judaica do Rio. O campo-santo é atualmente administrado pela diretoria do Cemitério Comunal Israelita do Caju, que apresentou à Prefeitura um plano de recuperação da área. O projeto prevê a reconstrução de uma capela e de uma área de preparação dos corpos, entre outras intervenções que permitirão a realização de novos enterros no local, oferecendo uma alternativa à necrópole do Caju, que está lotada, enquanto a de Inhaúma ainda tem cerca de 50% de área ociosa.
A historiadora Beatriz Kushnir denuncia o projeto como uma tentativa de expurgo da memória das mulheres que constituíram a Associação Beneficente Funerária e Religiosa Israelita. Beatriz aponta que a reforma incluiria o cercamento dos túmulos já existentes, através de muros ou cercas-vivas. A historiadora atribui a medida às normas judaicas que estabelecem o isolamento de prostitutas e suicidas nos cemitérios.
— O que se quer fazer é, à força, colocar muretas, cercas-vivas, ou o nome que se der, no cemitério, e condená-las definitivamente como párias. Isso apagaria a memória do local, tiraria dele a ideia de sítio histórico — critica Beatriz.
O presidente do Cemitério Comunal Israelita do Caju e vice-presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, Jayme Salomão, alega que o projeto não isolaria os túmulos. Segundo Salomão, não seriam construídos muros e as cercas-vivas apenas dividiriam o terreno em quadras:
— Queremos preservar o legado deixado por nossas antepassadas. Mas a ideia não é transformar Inhaúma num museu, e sim reaproveitá-lo como um cemitério.
Salomão afirma que o objetivo do projeto é permitir que a venda de novos túmulos gere receita para bancar a manutenção do cemitério. O projeto para a construção de novas instalações está orçado em R$ 800 mil. A restauração das lápides depredadas teria um custo estimado de cerca de R$ $1,2 milhão, calcula. Segundo Salomão, o dinheiro para as reformas seria coletado entre a comunidade judaica, sem participação do município.
Determinada a preservar o caráter de sítio histórico do cemitério, Beatriz propõe uma solução alternativa para o impasse. A pesquisadora lembra que a última presidente da associação, Rebecca Freedman, morta em 1984 aos 103 anos, foi enterrada no Cemitério Comunal Israelita do Caju ("sem cerca em volta da lápide", ironiza). Beatriz sugere que o corpo de Rebecca seja transferido para Inhaúma, junto das companheiras de associação, e que seu jazigo no Caju seja vendido. Mesmo reconhecendo as dificuldades colocadas pelas normas judaicas para a exumação de corpos, a historiadora acredita que o valor arrecadado seria suficiente para financiar a restauração das lápides de Inhaúma.
Beatriz criou uma petição virtual em defesa da preservação do Cemitério Israelita de Inhaúma. A petição, que recebeu até hoje 528 assinaturas, pode ser acessada no blog da historiadora: http://polacas.blogspot.com.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 28 de Novembro de 2009 às 11:00am
O ENSINO SURGIU CONTRA A APRENDIZAGEM por Augusto de Franco em 28 outubro 2009
.Investigações heterodoxas sobre o começo do ensino e a origem do professor
Draft 1
Suprime a instrução e terminarão os males.
Tao Te King
Tudo que não invento é falso.
Manoel de Barros (1996) no Livro sobre Nada
Fomos levados a acreditar que o ensino era o antecedente da aprendizagem. Em termos lógicos:
|| ensino => aprendizagem;
donde, formalmente:
|| não-aprendizagem => não-ensino.
Nada disso. O ensino surgiu - como instituição - contra a aprendizagem. E não-ensino, dependendo das circunstâncias, pode até aumentar as possibilidades de aprendizagem. O que é sempre um perigo para alguma estrutura de poder.
Onde começou o ensino? Qual é a origem do professor?
Neste breve resumo de uma exploração mais longa, procuro mostrar que ensino é ensinamento. E que ensinamento é, originalmente, (reprodução de) estamento (ou da configuração recorrente de um cluster enquistado na rede social).
Alguém tem alguma coisa que precisa transmitir a outros. Precisa mesmo? Por quê? Alguém conduz (um conteúdo determinado, funcional para a reprodução de uma estrutura e suas funcionalidades). E alguém recebe tal conteúdo (tornando-se apto a reproduzir tal estrutura e tais funcionalidades). Eis a tradição.
Os primeiros professores foram os sacerdotes. A primeira escola já era uma burocracia sacerdotal do conhecimento (uma estrutura hierárquica voltada ao ensinamento). Isso significa que só há ensinamento se houver hierarquia (uma burocracia do conhecimento).
O que se ensina é um ensinamento. Quando você ensina, há sempre um ensinamento. Mas quando você aprende há apenas um aprendizado, não há um “aprendizamento”, quer dizer, um conteúdo pré-determinado do aprendizado.
O que se aprende é o quê? Ah! Não se sabe. Pode ser qualquer coisa. Não está predeterminado. Eis a diferença! Eis o ponto! A aprendizagem é sempre uma invenção. A ensinagem é uma reprodução.
Como tudo isso pode ter começado?
É surpreendente constatar, como fizeram Joseph Campbell, Samuel Noah Kramer e outros renomados sumeriologistas, que os elementos centrais da nossa cultura, dita civilizada, compareciam em uma espécie de modelo ou protótipo ensaiado em complexos do tipo cidade-templo-Estado como Eridu, Nippur, Uruk, Kish, Acad, Lagash, Ur, Larsa e Babilônia. Esse modelo já estava em pleno funcionamento, segundo interpretações de relatos que não puderam ser contestadas, a partir do quarto milênio. Em particular a obra de Kramer (1956): “A história começa na Suméria”, revela as raízes sumerianas do atual padrão civilizatório (1).
Há doze anos tomei o seguinte trecho de Campbell (1959), em “As Máscaras de Deus”, como uma espécie de epígrafe da minha investigação:
“Um importante desenvolvimento, repleto de significado e promessas para a história da humanidade nas civilizações por vir, ocorreu... [por volta] (de 4.000 a. C.), quando algumas aldeias camponesas começaram a assumir o tamanho e a função de cidades mercantis e houve uma expansão da área cultural... pelas planícies lodosas da Mesopotâmia ribeirinha. Esse é o período em que a misteriosa raça dos sumérios apareceu pela primeira vez em cena, para estabelecer-se nos terrenos das planícies tórridas do delta do Tigre e do Eufrates, que se tornariam em breve as cidades reais de Ur, Kish, Lagash, Eridu, Sipar, Shuruppak, Nipur e Erech... E então, de súbito... surge naquela pequena região lodosa suméria – como se as flores de suas minúsculas cidades subitamente vicejassem – toda a síndrome cultural que a partir de então constituiu a unidade germinal de todas as civilizações avançadas do mundo. E não podemos atribuir esse evento a qualquer conquista da mentalidade de simples camponeses. Tampouco foi a conseqüência mecânica de um mero acúmulo de artefatos materiais, economicamente determinados. Foi a criação factual e claramente consciente (isto pode ser afirmado com total certeza) da mente e ciência de uma nova ordem de humanidade que jamais havia surgido na história da espécie humana: o profissional de tempo integral, iniciado e estritamente arregimentado, sacerdote de templo” (2).
Respeitados estudiosos confessam até hoje sua perplexidade diante da constelação desse ‘precedente sumeriano’ – para usar a feliz expressão do matemático Ralph Abraham (3). É o caso, por exemplo, da antropóloga e assirióloga Gwendolyn Leick, que leciona em Richmond (Londres). No seu “Mesopotâmia: a invenção da cidade” (2001), ela declara que “muito se tem escrito sobre o “súbito” aparecimento dos sumérios na Mesopotâmia e suas possíveis origens... [mas] a questão da origem dos sumérios continua aguardando solução, e tudo o que podemos dizer é que, no início do Primeiro Dinástico, sua língua foi escolhida para ser vertida em escrita. Talvez os sumérios se tivessem tornado politicamente dominantes e exercido o controle dos centros de formação de escribas nas primeiras cidades (4).
Essa casta ou estamento – composta pela burocracia sacerdotal que administrava as nascentes cidades-templo-Estado sumerianas – configurou o primeiro padrão de transmissão de ensinamento. Ensinavam como um imperativo para reproduzir seu próprio ensinamento; quer dizer, ensinavam para reproduzir (ou multiplicar os agentes capazes de manter) seu próprio estamento.
Por que? Ora, porque o livre aprendizado na rede social de então não seria capaz de cumprir tal função, que nada tinha a ver com sua sobrevivência ou com sua convivência. Não se tem notícia de escola, ensino ou professores em sociedades de parceria (5). Quando a rede social foi subitamente centralizada pela configuração particular que se constelou com o surgimento do complexo cidade-templo-Estado, os programas verticalizadores que começaram a rodar nessa rede eram replicados em outras regiões do espaço e do tempo pela transmissão-recepção de seus códigos – e já havia programas elaborados, como os que os sumérios denominavam “ME” (6) – aos membros do mesmo grupo social.
Ou seja: já havia um ensinamento (secreto, por certo, acessível somente aos membros do estamento). Já havia ensinantes (os primeiros professores, membros da casta sacerdotal) e ensinados (os futuros administradores em formação).
Essa hipótese é fortalecida pela investigação das origens da Kabbalah. O símbolo central desse sistema de sabedoria – a chamada “Árvore da Vida” – foi, sem dúvida, herdado do simbolismo templário do complexo Templo-Estado sumeriano, o qual deve ter passado ao judaísmo posterior por intermédio da Golah – a organização dos cativos (seqüestrados nas elites de Jerusalém) na Babilônia sob o reinado de Nabucodonozor e seu sucessor.
Não se sabe a origem da 'árvore da vida', mas ela aparece nas imagens da tamareira gravadas nas mais antigas tabuinhas sumerianas encontradas pelos escavadores. E aparece também – com o mesmo esquema, que depois foi transmitido pela tradição (cabalística) – na forma de uma nave, ladeada por dois seres alados (com cabeças de águia) (7). Uma nave – talvez como as naves dos templos, até hoje – que não sai do lugar, mas por meio da qual se pode “viajar” para os céus caso se tenha acesso ao “combustível” adequado: ao “fruto da vida” e à “água da vida”...
O mesmo schema básico da árvore da vida, representada em vários mundos que se interceptam (os da emanação, da criação, da formação e do produzir) compõe o que foi chamado de “Escada de Jacó”, uma escada pela qual os mensageiros – ou as mensagens – podem subir e descer estabelecendo os fluxos entre o céu e a terra. O céu, é claro, fica em cima. A transmissão, é claro, é top down.
Essa ideologia de raiz babilônica (suméria) que, quase dois milênios depois, foi se chamar de Kabbalah (cabala), na Idade Média européia, fez uma operação tremenda de “engenharia memética” no símbolo original, ressignificando a árvore da vida como uma “árvore do conhecimento”, quer dizer, tomando a vida pelo conhecimento da vida e do que com ela foi feito... Isso significa obstruir o acesso à vida, facultando-o somente aos que possuem o conhecimento (aquilo que a cabala chamou de “ensinamento” e que é transmitido então numa cadeia, tida por ininterrupta, que começa com o arquimensageiro Raziel, passa para Enoc – o escriba, não por acaso – e daí para os patriarcas e para os sacerdotes). Kabbalah vai designar, então, essa tradição sacerdotal: condução (transmissão-recepção) do ensinamento original por parte daqueles que são capazes de reproduzir esse mesmo padrão de ordem sagrada, isto é, separada do vulgo, do profano, daquele que não foi ordenado.
Isso tudo não somente fez, mas faz ainda, parte de uma experiência fundante de verticalização do mundo, que prossegue enquanto a tradição permanece ou se refunda toda vez que o meme é replicado. Do ponto de vista da memegonia, aqui pode estar a origem da relação mestre-discípulo ou professor-aluno.
Não foi a toa que uma mente arguta como a de Harold Bloom (1975) – ecoando, aliás, o erudito Gershom Scholem – percebeu que Kabbalah era uma ideologia de professores. Na origem de tudo está... uma Instrução: “o Ein-Sof instrui a Si mesmo através da concentração... Deus ensina a Si mesmo o Seu próprio Nome, e, dessa forma, começa a criação” (8). (Ein-Sof é uma formidável abstração dos cabalistas do século 13: o nada primordial do qual emana a “seiva” que percorre a “árvore” numérica que constitui a estrutura do universo, criando, formando e produzindo a existência).
Nessa memegonia, Deus é o primeiro professor e o ato de ensinar está na raiz do ato de criar o mundo. O conhecimento (via ensinamento) – e não a existência e a vida – é o objetivo: a origem e o alvo. Deus cria o mundo para se conhecer. Ele ensina, não aprende. Logo, seus “delegados”, ou intermediários (os sacerdotes), também ensinam. Todo corpus sacerdotal é docente.
É por isso que há uma enorme dificuldade de conciliar visões próprias de sistemas tradicionais de sabedoria com a visão das redes de aprendizagem. A tradição - dita espiritual - com raras exceções (como o Tao, mas não o taoismo; como o Zen - esse formidável sistema de desconstituição de certezas -, mas não o budismo) em geral replicou atitudes míticas, sacerdotais, hierárquicas e autocráticas. Maturana levantou a hipótese da "brecha" (na civilização patriarcal e guerreira) para mostrar como pôde ter surgido a democracia (9). Mas, na verdade, não foi só a democracia que penetrou pela "brecha": vertentes utópicas, proféticas, autônomas e democráticas floresceram ao longo da história e continuam florescendo - intermitentemente - toda vez que comunidades conseguem estabelecer uma interface para conversar com a "rede-mãe" (10). Essas duas vertentes permaneceram e ainda permanecem em permanente tensão.
O professor como transmissor de ensinamento e a escola como aparato separado (sagrado na linguagem sumeriana) surgiram, inegavelmente, como instrumentos de reprodução de programas centralizadores que foram instalados para verticalizar a "rede-mãe".
De certo modo, os deuses do panteão patriarcal e guerreiro foram os primeiros programas meméticos centralizadores (11). O IHVH bíblico – ensinador – encarna uma rotina desses programas (e é representado por uma das sefirot – um evento – na 'árvore da vida' ressignificada, no mundo da emanação).
Como os deuses do panteão patriarcal e guerreiro da Mesopotâmia do período Uruk (c. 4000-3200) – período sucedido, logo em seguida, não por acaso, pela escrita (no Primeiro Dinástico I: c. 3000-2750) – foram criados à imagem e semelhança dos homens que começaram a se organizar segundo padrões hierárquicos, tudo isso é muito relevante para entendermos que a transmissão do ensinamento já foi fundada, de certo modo, em contraposição ao livre aprendizado humano na rede social muito menos centralizada (ou até, quem sabe, distribuída) dos períodos pré-históricos anteriores (desde, pelo menos, o Neolítico). Para essas sociedades de dominação, nada de aprender (inventar). Era preciso ensinar (para replicar).
A tradição é tão forte que há até bem pouco a doutrina oficial católica romana (e ela não é a única) ainda dividia a igreja em docente (ensinante: os hierarcas) e discente (ensinada: os leigos). E as escolas, que também se estruturaram, em certo sentido, como igrejas (mesmo as laicas), consolidaram sua estrutura com base na separação de corpos entre docentes e discentes.
Aprender sem ser ensinado é subversivo. É um perigo para a reprodução das formas institucionalizadas de gestão das hierarquias de todo tipo. Por isso o reconhecimento do conhecimento é, até hoje, um reconhecimento não do conhecimento-aprendido, mas do conhecimento-ensinado, dos graus alcançados por alguém no processo de ordenação a que foi submetido. Como twittou outro dia Pierre Levy (12), as universidades não têm mais o monopólio da distribuição do conhecimento, mas retêm em suas mãos o monopólio da distribuição do diploma.
Referências
(1) KRAMER, Samuel (1956). A história começa na Suméria. Lisboa: Europa-América, 1977.
(2) CAMPBELL, Joseph (1959): op. cit.
(3) ABRAHAM. Ralph, McKENNA, Terence & SHELDRAKE, Rupert (1992). Caos, criatividade e o retorno do sagrado: triálogos nas fronteiras do Ocidente. São Paulo: Cultrix, 1994.
(4) LEICK, Gwendolyn (2001): Mesopotâmia: a invenção da cidade. Rio de Janeiro: Imago, 2003.
(5) FRANCO, Augusto (1998-2001): Sociedades de dominação e sociedades de parceria.
(6) Cf. Inana and Enki: cuneiform source translation at ETCSL (The Electronic Text Corpus of Sumerian Literature, University of Oxford, England) in ETCSL translation: t.1.3.1 http://etcsl.orinst.ox.ac.uk/cgi-bin/etcsl.cgi?text=t.1.3.1#
Cf. ainda: What are ‘me’ anyway? In Sumerian Mythology FAQ (Version 2.0html): http://home.comcast.net/~chris.s/sumer-faq.html#A1.5. Another important concept in Sumerian theology, was that of me. The me were universal decrees of divine authority. They are the invocations that spread arts, crafts, and civilization. The me were assembled by Enlil in Ekur and given to Enki to guard and impart to the world, beginning with Eridu, his center of worship. From there, he guards the me and imparts them on the people. He directs the me towards Ur and Meluhha and Dilmun, organizing the world with his decrees. Later, Inanna comes to Enki and complains at having been given too little power from his decrees. In a different text, she gets Enki drunk and he grants her more powers, arts, crafts, and attributes - a total of ninety-four me. Inanna parts company with Enki to deliver the me to her cult center at Erech. Enki recovers his wits and tries to recover the me from her, but she arrives safely in Erech with them. (Kramer & Maier 1989: pp. 38-68: op. cit.)
Cf. também ‘Me (mythology)’ na Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Me_(mythology)
(7) Cf. Sobre Kabbalah e redes: um abstruso paralelo heurístico in Escola-de-Redes.
(8) BLOOM, Harold (1975). Cabala e crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
(9) MATURANA, Humberto & VERDEN-ZÖLLER, Gerda (1993). Amor y Juego: fundamentos olvidados de lo humano – desde el Patriarcado a la Democracia. Santiago: Editorial Instituto de Terapia Cognitiva, 1997.
(10) FRANCO, Augusto (2008). Escola de Redes: Novas visões sobre a sociedade, o desenvolvimento, a internet, a política e o mundo glocalizado. Curitiba: Escola-de-Redes, 2008.
(11) FRANCO, Augusto (2008): O Olho de Hórus
(12) Cf. @plevy: "Universidades não tem monopólio da distribuição do conhecimento, só do diploma" (9:54 AM Sep 30th from Seesmic).
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Postado por Jayme Fucs Bar em 25 de Novembro de 2009 às 5:16am
A visita do presidente do Irã exige reflexão moral
Adriana Dias
Se você pudesse decidir os laços comerciais do Brasil com a Alemanha de Hitler, você teria aceitado de braços cruzados? Seis milhões de judeus foram exterminados pelo regime hitlerista. Você aceitaria laços comerciais com a Alemanha nazista, para comprar pólvora, produzida pelos judeus escravizados nos campos de concentração, ou para vender produtos brasileiros a este regime, porque seu país precisa de pólvora ou de superávit comercial?
Milhares de gays foram perseguidos e mortos pelos nazistas. Cerca de 50 mil gays foram classificados como "criminosos" e "degenerados" pelo Terceiro Reich, e de 10 mil a 15 mil deles foram enviados a campos de concentração. Você aceitaria laços comerciais com a Alemanha nazista, se soubesse disto?
Você acha que Hitler abriria mão do que desejava (exterminar judeus, homossexuais, Testemunhas de Jeová, ciganos, dominar o mundo) se alguém tentasse convencê-lo?
Ditadores não são convencidos. É preciso que a liberdade e a democracia denuncie todas as ditaduras.
Que preço moral estamos dispostos a pagar pelo laço comercial com o Irã? Podemos, como seres humanos aceitar a repressão e o fuzilamento de mulheres, gays, baha'is, como problemas internos iranianos? Seriam os campos de concentração nazista problemas internos da Alemanha? Podemos apertar a mão do presidente do Irã sem banharmos estas mesmas mãos no sangue das crianças executadas pelo regime totalitário iraniano?
Receber Ahmadinejad não é uma decisão apenas de "caráter pragmático": é uma decisão que implica, sim, em reflexão moral: fornecer alimentos, máquinas, ou o que quer que seja, implica na espécie de aliança que está se construindo.
O silêncio do mundo permitiu milhares de mortos nos regimes nazi-facista. Resta a pergunta: vamos nos calar novamente?
Não há desculpas: Silêncio é aceitação. O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons, afirmou Martin Luther King.
Adriana Dias é antropóloga e doutoranda da Unicamp.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 24 de Novembro de 2009 às 3:05am
Parashat Vaiteze: "E Saiu Jacó de Beer Sheva e foi para Haran"GENESIS,29-31
AQUI TAMBÉM EXISTEM ANJOS.
Na estrada Jacó repousa a cabeça numa pedra e sonha. Artistas buscam o extraordinario para criar.Místicos desejam o extraordinario para encontrar a revelação.Uma passagem em que a cabalá fala do sapateiro que iluminou martelando o solado. Ele se transformou em Metraton, o anjo escriba do mudo superior.No tempo do agora Anjos Subitos cantam a gloria do divino e desaparecem. Tal qual Heráclito que diz aos visitantes surpresos com a simplicidade de sua casa que ali também existem deuses, Jacó se surpreende ao descobrir que na estrada havia Deus e ele não sabia. Porque a religião ritualizada coloca a pedra de Jacó dentro do templo?
Entre o comum e o incomum uma reflexão sobre a criação, a dedicacão,os tempos repentinos, a intensidade vivida no ordinário da vida . O humanismo judaico se encontra nos ensinamentos da Torah.
Kabalat, Shabat do livro Dia 27 novembro 2009 de 19:00 a 22:00
Local: Auditório da Escola Eliezer-Max - Rua: Rua da Laranjeiras,405 - Laranjeiras
Cidade: Rio de Janeiro -rj -Telefone: 2225-5618/9131-0253 ou 2527-5497
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Visita indesejávelJosé Serra, Folha de S. Paulo, 23/11/09O mesmo país que tentou oferecer segurança e consolo a vítimas do Holocausto estende honras a quem banaliza o mal absoluto?É DESCONFORTÁVEL recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.Como reagiríamos se apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?A acusação nesse caso não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a presidente Cristina Kirchner?Democracia e direitos humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova República?O extremismo e o gosto de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças, mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal absoluto?As contradições não param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e, juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas atividades de proliferação?Enfim, trata-se da indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo brasileiro.JOSÉ SERRA, 67, economista, é o governador de São Paulo. Foi senador pelo PSDB-SP (1995-2002) e ministro do Planejamento e da Saúde (governo Fernando Henrique Cardoso) e prefeito de São Paulo (2005-2006).
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Um manifesto popular foi realizado em Curitiba-PR, neste sábado, dia 21 de novembro, contra a vinda do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil no próximo dia 23.O manifesto serviu para mostrar a insatisfação dos curitibanos com a chegada do presidente iraniano, que é conhecido internacionalmente por ferir os direitos humanos em seu país, bem como negar o Holocausto judeu, além de dizer publicamente que deseja apagar Israel do mapa. Em um ano onde a comunidade judaica no Paraná comemora 120 anos, o manifesto serviu também para mostrar solidariedade ao povo judeu que tanto tem contribuído com o Paraná nos mais diversos campos da sociedade.Uniram-se ao movimento várias pessoas ligadas às religiões de matriz africana (que comemoraram esta semana a semana da consciência negra), LGBT, cristãos, judeus, além de pessoas que passavam pelo local e vestiram a camisa em favor da justiça, da tolerância e da paz, deixando claro que o Brasil é o país da diversidade, e governantes totalitários jamais serão bem recebidos em nosso país. Foram distribuídos 2.000 panfletos explicativos sobre o porquê do manifesto, buscando assim deixar a sociedade a par dos acontecimentos, para que não venha a ser enganada pela mídia tendenciosa que busca confundir as pessoas, além de “desinformá-las”, mudando o foco do manifesto.Após a concentração na Boca Maldita, os manifestantes se dirigiram para o Largo da Ordem, onde tiveram a oportunidade de dar uma “sapatada” simbólica na foto de Ahmadinejad. Além disso, os manifestantes deixaram sua assinatura de protesto após dar a sapatada.Explicações plausíveis:- Este manifesto é contra a forma de governo de Ahmadinejad, e, de forma alguma contra o povo iraniano nem contra o islamismo como muitos têm buscado ventilar pela imprensa, tentando ofuscar ou manchar esse movimento popular que está sendo realizado a nível nacional. Se nosso presidente não se comporta corretamente e isso faz com que ele não seja tão popular, e alguma pessoa o critica por isso, essa pessoa não está criticando a todos os brasileiros, nem ao cristianismo, que é a principal religião do país; está criticando ao indivíduo e sua forma de governar.- Entendemos que um governo deve priorizar seu povo. Ele deve ser seu líder, seu guardador, seu representante, buscando sempre o bem-estar do seu povo. Não vemos isso no caso de Ahmadinejad, o qual governa o povo iraniano sob ameaças, não permitindo que o povo tenha a liberdade de se expressar, nem de decidir suas próprias vidas, mantendo-os coagidos, com medo, sem direito à voz. E quando alguns tentam falar, são mortos. O Brasil não pode ser conivente com um governo desses. Nosso receio é que essa visita encoraje mais seguidores desse tipo de governo no Brasil e no mundo, visto que Ahmadinejad está buscando o foco da mídia de forma a beneficiar à sua pessoa junto ao governo Lula.-Acima dos tratados e pactos comerciais está a vida humana. Oxalá isso não chegue a nosso país! Que os acordos comerciais não venham a ser mais importantes que a vida dos brasileiros. Que o dinheiro e a sede de poder não falem mais alto que a vida humana. Que nosso presidente não siga os passos de Ahmadinejad, porque nós não permitiremos.- Ahmadinejad é um perigo para o mundo. Suas palavras inflamam o antissemitismo, o ódio e a intolerância. Sua forma de governo é totalitária. Não se dá ao povo nenhum direito. Tudo é por imposição e ameaças de morte. Lembra muito a ditadura sofrida pelos brasileiros.-Seus discursos neonazistas estão pondo o mundo em tensão, e é preciso que estejamos em alerta enquanto é tempo. É preciso que algo seja feito. É preciso que o mundo leve a sério suas ameaças de apagar Israel de mapa. O mundo não pode cometer o mesmo erro duas vezes contra um povo que tem contribuído tanto com a humanidade.- O passado nos ensinou que a neutralidade e a omissão são ingredientes perfeitos para que o terror impere no mundo. Não é possível que um único homem (certamente tendo seus seguidores pelo mundo) fale o que bem entenda, e a comunidade internacional se cale e não aja. Ele mesmo disse que o programa nuclear no Irã é como um trem desgovernado e sem freios. Então é preciso desconectar esses trilhos. Não queremos que o Brasil seja um seguimento desse trilho por onde passa esse trem desgovernado.- Como dizia Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.” Nós brasileiros não nos calaremos diante dessa ameaça à paz mundial. Nós dizemos: AQUI NÃO! E tomara que o mundo inteiro seja inspirado por esses movimentos que estão ocorrendo no Brasil. E que seja: AQUI NÃO! No mundo inteiro.
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Um manifesto popular foi realizado em Curitiba-PR, neste sábado, dia 21 de novembro, contra a vinda do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil no próximo dia 23.O manifesto serviu para mostrar a insatisfação dos curitibanos com a chegada do presidente iraniano, que é conhecido internacionalmente por ferir os direitos humanos em seu país, bem como negar o Holocausto judeu, além de dizer publicamente que deseja apagar Israel do mapa. Em um ano onde a comunidade judaica no Paraná comemora 120 anos, o manifesto serviu também para mostrar solidariedade ao povo judeu que tanto tem contribuído com o Paraná nos mais diversos campos da sociedade.Uniram-se ao movimento várias pessoas ligadas às religiões de matriz africana (que comemoraram esta semana a semana da consciência negra), LGBT, cristãos, judeus, além de pessoas que passavam pelo local e vestiram a camisa em favor da justiça, da tolerância e da paz, deixando claro que o Brasil é o país da diversidade, e governantes totalitários jamais serão bem recebidos em nosso país. Foram distribuídos 2.000 panfletos explicativos sobre o porquê do manifesto, buscando assim deixar a sociedade a par dos acontecimentos, para que não venha a ser enganada pela mídia tendenciosa que busca confundir as pessoas, além de “desinformá-las”, mudando o foco do manifesto.Após a concentração na Boca Maldita, os manifestantes se dirigiram para o Largo da Ordem, onde tiveram a oportunidade de dar uma “sapatada” simbólica na foto de Ahmadinejad. Além disso, os manifestantes deixaram sua assinatura de protesto após dar a sapatada.Explicações plausíveis:- Este manifesto é contra a forma de governo de Ahmadinejad, e, de forma alguma contra o povo iraniano nem contra o islamismo como muitos têm buscado ventilar pela imprensa, tentando ofuscar ou manchar esse movimento popular que está sendo realizado a nível nacional. Se nosso presidente não se comporta corretamente e isso faz com que ele não seja tão popular, e alguma pessoa o critica por isso, essa pessoa não está criticando a todos os brasileiros, nem ao cristianismo, que é a principal religião do país; está criticando ao indivíduo e sua forma de governar.- Entendemos que um governo deve priorizar seu povo. Ele deve ser seu líder, seu guardador, seu representante, buscando sempre o bem-estar do seu povo. Não vemos isso no caso de Ahmadinejad, o qual governa o povo iraniano sob ameaças, não permitindo que o povo tenha a liberdade de se expressar, nem de decidir suas próprias vidas, mantendo-os coagidos, com medo, sem direito à voz. E quando alguns tentam falar, são mortos. O Brasil não pode ser conivente com um governo desses. Nosso receio é que essa visita encoraje mais seguidores desse tipo de governo no Brasil e no mundo, visto que Ahmadinejad está buscando o foco da mídia de forma a beneficiar à sua pessoa junto ao governo Lula.-Acima dos tratados e pactos comerciais está a vida humana. Oxalá isso não chegue a nosso país! Que os acordos comerciais não venham a ser mais importantes que a vida dos brasileiros. Que o dinheiro e a sede de poder não falem mais alto que a vida humana. Que nosso presidente não siga os passos de Ahmadinejad, porque nós não permitiremos.- Ahmadinejad é um perigo para o mundo. Suas palavras inflamam o antissemitismo, o ódio e a intolerância. Sua forma de governo é totalitária. Não se dá ao povo nenhum direito. Tudo é por imposição e ameaças de morte. Lembra muito a ditadura sofrida pelos brasileiros.-Seus discursos neonazistas estão pondo o mundo em tensão, e é preciso que estejamos em alerta enquanto é tempo. É preciso que algo seja feito. É preciso que o mundo leve a sério suas ameaças de apagar Israel de mapa. O mundo não pode cometer o mesmo erro duas vezes contra um povo que tem contribuído tanto com a humanidade.- O passado nos ensinou que a neutralidade e a omissão são ingredientes perfeitos para que o terror impere no mundo. Não é possível que um único homem (certamente tendo seus seguidores pelo mundo) fale o que bem entenda, e a comunidade internacional se cale e não aja. Ele mesmo disse que o programa nuclear no Irã é como um trem desgovernado e sem freios. Então é preciso desconectar esses trilhos. Não queremos que o Brasil seja um seguimento desse trilho por onde passa esse trem desgovernado.- Como dizia Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.” Nós brasileiros não nos calaremos diante dessa ameaça à paz mundial. Nós dizemos: AQUI NÃO! E tomara que o mundo inteiro seja inspirado por esses movimentos que estão ocorrendo no Brasil. E que seja: AQUI NÃO! No mundo inteiro.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 21 de Novembro de 2009 às 8:45am
UMA DESCOMPOSTURA FABULOSA NO FACINOROSO Reinaldo Azevedo
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
No dia 24 de setembro de 2007, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega ao Brasil na segunda, falou na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, num evento organizado pela Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da instituição. Aquele ano foi dedicado às questões iranianas, e a presença do facinoroso foi apenas um dos eventos. Lee Bollinger, presidente da Columbia — lá, os reitores têm esse título — optou por fazer uma fala introdutória, prévia, ao discurso de Ahmadinejad. E fez história. A descompostura é fabulosa.
No vídeo abaixo, não está toda a sua fala. Antes do ponto em que vocês podem assistir, ele agradece os esforços dos coordenadores do evento e lembra: “Ouvir idéias que nós deploramos não implica endossá-las nem é sinal de fraqueza ou ingenuidade diante dos perigos reais inerentes a essas idéias”. O reitor se preparava para lançar um foguete contra Ahmadinejad.
https://www.youtube.com/watch?v=vWUvHDp_R_0
“Uma das premissas cruciais da liberdade de expressão é que não tornamos honrada a desonra quando abrimos o debate para que ela se manifeste”. O reitor diz compreender o ponto de vista daqueles que acreditam que aquele evento — a presença de Ahmadinejad na Columbia — jamais deveria estar acontecendo, desculpa-se com aqueles que se sentirem pessoalmente atingido pelo fato e diz que fará o máximo para aliviar seu sofrimento. De modo enfático, afirma: “Que fique claro de uma vez por todas: este evento não tem absolutamente nada a ver com o ‘direito’ de quem fala, mas apenas com o nosso direito de ouvir e falar. Fazemos isso por nós”.
Lee Bollinger exalta os valores da liberdade, fala da necessidade de entender o mundo e lembra que a universidade não ocupa escalões do poder. Não faz a paz nem faz a guerra. Mas forma cérebros. E então passa a se dirigir diretamente a Ahmadinejad.
A brutal repressão de professores universitários, jornalistas e defensores dos direitos humanos
O reitor cita casos de perseguição a professores — um deles formado na Columbia e convidado a dar aula na Universidade, diz que a Anistia Internacional acusa a execução de 210 pessoas, 21 delas só no dia 5 de setembro. Entre os mortos estavam crianças e defensores dos direitos humanos. Lembra que se fazem execuções públicas, violando convenções internacionais de direitos civis de que o Irã é signatário. Isso tudo antecede o trecho do vídeo que está aí. O texto que segue depois dele são trechos da fala do reitor dirigindo-se diretamente a Ahmadinejad
1s até 2min37s“Essas e outras execuções coincidiram com a selvagem repressão contra ativistas estudantis e professores, acusados de fomentar a chamada ‘revolução suave’ (…) Como disse a doutora Esfrandiari num entrevista, ele ficou presa numa solitária por 105 dias porque o governo acreditava que os EUA planejavam uma “Revolução de Veludo” no Irã. Nesta mesma sala, no ano passado, nós aprendemos alguma coisa sobre a Revolução de Veludo de Vaclav Havel. E ouviremos algo semelhante de Michelle Bachelet, presidente do Chile. Estas duas histórias extraordinárias lembram-nos de que não há prisões suficientes para impedir uma sociedade que queira ser livre de ser livre.
Nós, nesta universidade, não temos receio de protestar contra o nosso governo e de contestá-lo em nome desses valores. E não temos receio de criticar o seu governo.
Vamos deixar claro de saída: senhor presidente, o senhor exibe todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel.
E eu lhe pergunto: por que as mulheres, os membros da religião Baha’i, homossexuais e muitos dos nossos colegas professores são alvos de perseguição em seu pais?
Por que, numa carta ao secretário geral da ONU na semana passada, Akbar Gangi, um dissidente, e outras 300 personalidades, entre intelectuais, escritores e laureados com o Prêmio Nobel acusam que a sua retórica inflamada contra o Ocidente busca desviar a atenção do mundo das condições intoleráveis que o seu regime criou dentro do Irã, em especial o uso da Lei de Imprensa para banir os críticos?
Por que o senhor tem tanto medo de que os cidadãos iranianos expressem suas opiniões em favor de mudanças? (…)
O senhor me deixa liderar uma delegação de estudantes e professores da Columbia para falar na sua universidade sobre liberdade de expressão, com a mesma liberdade que lhe garantimos hoje? O senhor fará isso?”
A negação do Holocausto
2min43s -3min59s
“Em dezembro de 2005, num programa da TV estatal, o senhor se referiu ao Holocausto como uma invenção, uma lenda. Um ano depois, o senhor apoiou uma reunião de negadores do Holocausto.
Para os iletrados, os ignorantes, isso é propaganda perigosa. Quando o senhor vem a um lugar como este, isto faz do senhor simplesmente um ridículo. Ou o senhor é um provocador descarado ou é espantosamente mal-educado [sem formação intelectual].
O senhor precisa saber que a Columbia é um centro mundial de estudos judaicos e, agora, em parceria com o Instituto YIVO, de estudo do Holocausto. (…) A verdade é que o Holocausto é o mais documentado evento da história humana. (…). O senhor vai parar com esse ultraje?
A destruição de Israel
4min2s -4min54s
Doze dias atrás o senhor disse que o estado de Israel não pode continuar a existir. Isso repete inúmeras declarações inflamadas que o senhor tem feito nos últimos dois anos, incluindo a de outubro de 2005, segundo a qual Israel tem de ser “varrido do mapa”.
A Columbia tem mais de 800 ex-alunos vivendo em Israel. Como instituição, temos profundos laços com nossos colegas de lá. Eu, pessoalmente, tenho me manifestado com força contra propostas de boicotar estudantes e especialistas de Israel dizendo que isso seria boicotar a própria Columbia. Mais de 400 colegas e reitores neste país pensam o mesmo. Minha pergunta, então, é: “O senhor planeja nos varrer do mapa também?”
Financiamento do terrorismo
4min58s - 5min55s
De acordo com o Council on Foreign Relations, está bem documentado que o Irã é patrocinador do terror, financiando grupos violentos como o libanês Hezbollah, que o Irã ajudou a organizar em 1980, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica.
Enquanto o governo que o precedeu colaborou com s EUA na campanha contra o Taliban, em 2001, o seu governo está atacando sorrateiramente as tropas americanas no Iraque, financiando, armando e garantindo livre trânsito para líderes insurgentes como Muqtada al-Sadr e suas forças.
Há inúmeros relatos que ligam o seu governo com os esforços da Síria para desestabilizar o frágil governo do Líbano por meio da violência e do assassinato político.
Minha questão é esta: por que o senhor apóia organizações terroristas que continuam a golpear a paz e a democracia no Oriente Médio, destruindo vidas e a sociedade civil na região?
Guerra por procuração contra as tropas dos EUA no Iraque
5min57s-6min45s
O general David Patraeus afirmou que armas fornecidas pelo Irã (…) estão contribuindo para a sofisticação de ataques, “que não seriam possíveis sem o apoio do Irã”. Muitos formados da Columbia e estudantes estão entre os bravos militares que estão servindo ou serviram no Iraque e no Afeganistão. Eles, como outros americanos com filhos, filhas, pais, maridos e mulheres que estão em combate vêem, certamente, o seu governo como inimigo.
O senhor pode lhes dizer e a nós por que o Irã está lutando uma guerra que não é sua no Iraque, armando a milícia Shi’a, alvejando e matando tropas americanas?
Finalmente, o programa nuclear do Irã e as sanções internacionais
6min46s-10min30s
Nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU avalia ampliar as sanções [contra o Irã] pela terceira vez porque o seu governo se recusa a suspender o programa de enriquecimento de Urânio
(…)
Por que o seu país se recusa a aderir ao padrão internacional de verificação de armas nucleares, em desafio a acordo que o senhor fez com a agência nuclear das Nações Unidas? E por que o senhor escolheu fazer o seu próprio povo vítima dos efeitos das sanções internacionais, ameaçando fazer o mundo mergulhar na aniquilação nuclear?
Deixe-me encerrar com este comentário. Francamente, com toda sinceridade, senhor presidente, eu duvido que o senhor tenha coragem intelectual de responder essas questões.
(…)
Voltei
Quem, no Brasil, diria estas meras verdades a Ahmadinejad?
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Postado por Jayme Fucs Bar em 21 de Novembro de 2009 às 8:37am
A BOBAGEM DE LULA SOBRE O ORIENTE MÉDIO Blog do Reinaldo Azevedo
20 de novembro de 2009
Vamos deixar claro — e não direi o famoso “de uma vez por todas” porque certamente terei de dizer isto novamente: eu, realmente, não dou a menor bola para a popularidade de Lula quando aponto as suas patacoadas. Uma bobagem não deixa de ser uma bobagem porque aquele que a anuncia ou pronuncia tem apoio popular. Dispenso-me de lembrar que regimes fascistas só prosperaram com o apoio das massas. Nem é um argumento necessário porque fica parecendo que essa circunstância é importante para demonstrar a tese. Não é. Estamos falando de uma essencialidade. A crença ou não da maioria nisso ou naquilo não torna isso ou aquilo verdades, entenderam?
O que me importa que Lula esteja por cima da carne seca? Aí eu me acho mais necessário ainda — e, fiquem certos os petralhas, outros também me acham. Se Lula fosse a encarnação da justiça universal, talvez eu fosse cuidar de outros assuntos. Mas também não estou muito certo disso. Daria um jeito de testar tanta bondade, acho eu. Assim, senhores aduladores do Grande Líder, estejam certos de que não me constranjo; tampouco os “sucessos” de Lula me infelicitam. Ao contrário: eles só provam a necessidade de haver quem o conteste. E a contestação de governos e governantes é apanágio das sociedades livres. E esta ainda é. Por enquanto ao menos. Franklin Martins não deve gostar do que eu penso. Mas eu também não gosto do que pensa Franklin Martins.
Por que esta longa introdução? Porque Lula resolveu falar o seguinte sobre o Oriente Médio:
“Quem deveria estar à frente do processo [de paz] é a ONU, não os Estados Unidos - que são um dos responsáveis pela crise. Por isso o Brasil reivindica mudanças na ONU, para que ela seja representativa de 2010, e não de 1948, quando foi criada, porque a geopolítica do mundo mudou.”
Trata-se de uma asneira pantagruélica no que concerne aos fatos e de uma confissão da delinqüência da política externa brasileira. Acusar os EUA de serem os responsáveis pelos conflitos no Oriente Médio é expressão da mais pura boçalidade, do antiamericanismo mais tacanho, da cretinice irremediável. Nem os seus adoradores conseguiriam indicar um só evento que tornasse ao menos verossímil a afirmação. Não fossem os EUA apoiarem Israel, aquele estado teria sido esmagado durante a Guerra Fria? No plano das hipóteses, pode até ser. No plano dos fatos, Israel derrotou seus inimigos com as suas próprias forças — muito especialmente em 1967, numa vitória que, nas primeiras horas, era dada como improvável.
Lula evidencia, com todas as letras, por que o Brasil, dado o atual quadro, NÃO PODE SER membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Temos um bando de primitivos cuidando da nossa diplomacia. Ademais, na segunda, Lula recebe Mahmoud Ahmadinejad, o homem que promete varrer Israel do mapa e que já negou o Holocausto. Não só isso: é também o financiador do terrorismo no Líbano, nos territórios palestinos e no Iraque.
E Lula acha que os EUA são culpados pela crise no Oriente Médio.
Lula é popular? Lula tem 80%? Dane-se a popularidade dele. Sua opinião sobre o Oriente Médio é boçal.
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Postado por Jayme Fucs Bar em 21 de Novembro de 2009 às 1:28am
Movimento de Justiça e Direitos Humanos divulga manifesto contra visita de Ahmadinejad
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul acaba de me enviar um manifesto tornado público contra a visita ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Segue íntegra.MANIFESTO DE REPÚDIO DO MJDH À VISITA DE AHMADINEJAD AO BRASILO Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grade do Sul, ao longo de sua história, vem lutando por garantir direitos e liberdades para todos os Homens. Durante a Ditadura Militar, auxiliou brasileiros e estrangeiros a fugirem dos regimes autoritários.
Com o fim da Ditadura, vem atuando na denúncia das arbitrariedades que persistem e na defesa dos cidadãos que se percebem oprimidos. Dentre estas ações, se destaca a luta contra o neonazismo, que, no Rio Grande do Sul, ataca negros, judeus, punks e outras minorias que não consideram “puras”.
Neste sentido, iniciou ação judicial que resultou na condenação de Siegfried Ellwanger, um de seus líderes, proprietário da Editoria Revisão, que publicava livros negando a existência do Holocausto.
Assim como se opõe ao estado das (boas) relações do governo brasileiro com o regime genocida de Omar Hasan Ahmad, ditador no Sudão (que extermina a população negra do sul do país desde 2003, com o resultado de, até aqui, mais de 300 mil mortos e cerca de três milhões de refugiados na região de Darfur) e da China, cujas ações no Tibet significam a morte, nos últimos 40 anos, de 1,2 milhão de pessoas e a destruição de mais de 6 mil monastérios budistas, o MJDH vem agora repudiar a decisão de convidar Mahmoud Ahmadinejad, presidente da República Islâmica do Irã, para estar no Brasil.
No Irã, os direitos humanos não existem. Os veículos de comunicação são todos controlados pelo Estado. Mulheres são açoitadas e execradas por mera suspeita de adultério; homossexuais por sua opção sexual. A liberdade religiosa tampouco existe, e minorias como os muçulmanos sunitas e bahais são perseguidas e proibidas de realizar seus cultos.
Não há real oposição política. Os partidos laicos não existem, e seus integrantes (por exemplo, os do Partido Comunista Iraniano, que auxiliaram na derrubada da Ditadura do Xã Reza Pahlavi) foram exterminados ou obrigados a viver no exílio.
Deve-se lembrar também que, quando no primeiro semestre, o MJDH se manifestou contra a presença de Ahmadinejad, já se denunciava que o Irã é o segundo país que mais aplica a pena de morte no mundo (atrás da China).
Lá, os enforcamentos são feitos em praça pública, e este foi o destino de Delara Darabi, uma jovem de 21 anos, aprisionada desde os 17 anos. Ela foi assassinada a despeito dos apelos de entidades internacionais para que a execução fosse comutada por outra pena.
Ahmadinejad também é tristemente famoso por negar o Holocausto, e suas aparições em eventos diplomáticos são boicotadas por países democráticos. Além disso, funcionários iranianos foram condenados, na Argentina (inclusive um atual ministro de estado), pelo planejamento do atentado à Associação Judaica Argentina, em Buenos Aires, em 1994.
A oposição a Ahmadinejad se repete em todo mundo, inclusive no Irã. Neste ano, após sua “reeleição”, denunciada como fraudulenta, o povo iraniano foi às ruas para protestar e acabou violentamente reprimido. A morte da jovem Neda Soltani, difundida pela Internet, mostrou a dimensão dessa opressão.
Assim, o senhor Lula da Silva estará recebendo Ahmadinejad, um fato que repudiamos, pois agride a todos que respeitam os direitos humanos fundamentais e escarnece de um país que enviou tropas para combater o nazismo e o totalitarismo genocida na 2ª Guerra Mundial.
A visita de Ahmadinejad ao Brasil é uma mancha em nossa diplomacia; ela degrada nossos ideais de justiça e liberdade. Como brasileiros livres, denunciamos a recepção deste tirano e esperamos que o governo brasileiro, se deseja realmente ocupar a vaga que merecemos, no Conselho de Segurança, mostre que o país está engajado na luta pelas liberdades, que denuncie as tiranias e nunca receba em nosso solo assassinos.
Nós, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que buscamos zelar pelo primado da decência e dos valores democráticos, declaramos, nesta data que marca a libertação de nosso povo, a oposição a tal infeliz visita e requeremos que o Estado brasileiro retome sua tradição de respeito aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
Porto Alegre, 15 de novembro de 2009.
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