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Nenhum dia de Paz
por Paulo Wainberg 10.06.2010
Não conheço Israel. Nunca viajei para lá e, talvez, um dia, faça uma viagem turística para conhecer os lugaresque tanto imaginei, com base em leituras da História e da Bíblia. Etambém pelas notícias, referências e informações gerais a que temosacesso.
Sou judeu de nascimento, absolutamente nada religioso (aliás tenho restrições absolutas à religião, qualquerreligião), ateu de fé, brasileiro e gaucho, orgulhoso do meu País e domeu Estado, Medium" size="4"">colorado genético e não abro.
Assim, resumidamente, apresento-me com um ser social que não teve qualquer ingerência em suas origens, qualquer escolhasobre sua condição como, aliás, somos todos os humanos, frutos de umatavismo eventual que condiciona nossas emoções e, não raro, destorcenossa razão.
Atrevo-me a dizer que, naquilo que nos interessa e diz respeito, é impossível a imparcialidade e isenção, qualidadesaplicáveis apenas quando tratamos dos interesses alheios.
O melhor exemplo com o qual conforto meus inevitáveis condicionamentos resume-se a uma prosaica frase: Se eutivesse nascido na Argentina, acharia Maradona melhor do que Pelé eponto final!
Com isto quero dizer que somos produtos das contingências e que nossas escolhas pouco influem nas nossas crenças, nanossa formação e nos nosso heróis.
É esta contingência que me coloca na situação peculiar de ser sempre a favor do Brasil, no macro, do Rio Grande doSul, no micro, de Israel no universal e do Internacional no particular.
Deu para entender?