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El ministro de Servicios Religiosos, Naftali Bennett, autorizó la construcción de una gran plataforma para la oración para fieles no ortodoxos en la parte más meridional del Muro Occidental como un acontecimiento histórico, tras la lucha por la organización "Mujeres por el Muro" por la igualdad de género en el lugar santo. Pero algunas voceras de Mujeres del Muro, han rechazado la medida por considerar que aún mantiene la segregación de género, y se han burlado de la nueva plataforma como "una cubierta para tomar el sol con vistas al Muro de los Lamentos". El proyecto de 450 metros cuadrados se encuentra en el parque arqueológico en la zona conocida como el Arco de Robinson. Construido por orden de Bennett, permitirá servicios religiosos no ortodoxos que tienen lugar las 24 horas del día, los 365 días del año. Tendrá su propia arca con rollos de la Torá y libros de oración. El Estado de Israel, dijo Bennett, "hará historia" con la apertura de una zona para servicios de oración mixta e igualitaria. Desde 1998 se ha armado una zona de oración en el Arco de Robinson que fue ejecutada básicamente                    

                   por el Movimiento Masortí (Conservador), pero era pequeña y abierta por un horario limitado. Las Mujeres del Muro denunciaron enérgicamente cualquier intento de mezclar su reclamo como sectorial, reiterando que su lucha consiste en que se le permita rezar a la mujer en cualquier sección del Kotel, no en sectores segregados. Para añadir complejidad al asunto, Bennett escribió en su sitio Web dos versiones de su medida, una en inglés y otra en hebreo. En la versión hebrea, festejaba haber respondido al reclamo de las Mujeres por el Muro. En la versión inglesa, declaró estar orgulloso de haber presentado un gesto hacia la comunidad conservadora y reformista. El rabino Rick Jacobs, presidente de la "Union for Reform Judaism", dijo que si bien la propuesta de Bennett puede ser "un gesto de buena voluntad", no llega a alcanzar la igualdad judía en el Muro Occidental. "Si fuera a ser el primero y el último paso sobre el Kotel, crearía un conflicto doloroso e innecesario con el pueblo judío", dijo Jacobs, quien instó a Netanyahu para implementar la propuesta del presidente de la Agencia Judía Natan Sharansky "que, en su totalidad, promete la plena igualdad de todas las corrientes del judaísmo".
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SINTONIA SEMANAL - Um Conceito Equivocado de Oração

“A oração é misturada com o sentimento de tristeza, sofrimento, carência, diferentes exigências, e a incapacidade de justificar o Criador. Mas a oração em si deve ser de gratidão. Eu agradeço ao Criador por esta oportunidade de se comunicar, pelo fato de que Ele me criou de tal forma que eu tenho a necessidade de recorrer a Ele”. (Michael Latman; Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá de 11/09/12, O Zohar).

COMENTÁRIOS DO MORÉH ALTAMIRO DE PAIVA

Culturalmente fomos ensinados que devemos sempre pedir as coisas ao Criador. Não há nada a discordar sobre isso, mas a forma como fazemos é que precisamos melhor entender, pois não devemos ao nos conectar com D-us, expressar tristezas ou queixumes, pois não é o estado de dificuldade que move a sua bondade, mas a sua natureza em compartilhar essa bondade.

Ao conectarmos com o Criador que possamos fazer com alegria, mesmo que sejam traduzidas com lagrimas, mas nunca com tristeza. Certamente haverá respostas do mundo espiritual, daquele estado de consciência no qual habita o En Sof, o Bendito Seja Ele, o qual nos dará o que necessitamos, e não o que queremos nesta realidade de Malchut (fisicalidade). Shalom!

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Rosh Hashana e Yom Kipur 5774 - Bernardo Sorj

Festejamos Rosh Hashana, o ano novo, para afirmar o direito de cada comunidade a ter sua própria memória coletiva da passagem do tempo, e Yom Kipur para refletir sobre o sentido desta passagem para cada um.

O novo ano separa o tempo que é contínuo. Separamos para organizar nossas vidas, mas quem só separa esquece que o mais bonito não é o dia ou à noite, mas o amanhecer e o pôr do sol, que as outras culturas nos enriquecem porque são diferentes, que o puro e o impuro estão sempre juntos.

Toda separação do tempo é artificial e só é relevante se não nos permite realizar um balanço do que temos realizado e refletir sobre o que desejamos atingir. Sabendo que querer controlar o futuro só produz ansiedade e que as transformações não dependem de promessas infantis no início do ano, e sim de um esforço constante, pois as mudanças nos deixam inseguros e nos aprisionamos nas nossas formas de ser, ainda que empobrecedoras.

A passagem do tempo produz perdas, mas só graças à impermanência, a mudança é possível, e permite transformar a vida numa experiência enriquecedora.
Por isso devemos enfrentar nos medos, que não nos permitem:

• Superar nosso lado criança que quer que todos se ajustem a nossos desejos e vontades, que fala mais não ouve, e não entende o porquê das atitudes dos outros.
• Enfrentar nossas inseguranças, que nos fazem autoritários e enrijecem nossa sensibilidade.
De forma que possamos como adultos construir um mundo de respeito mútuo, aceitando nossas imperfeições e erros.

E no lugar de dar tanta importância em possuir objetos que são perfeitos, pois não são humanos, investir mais:
• Na convivência e na leitura, que nos enriquecem para o resto de nossas vidas.
• Em nos perdoar quando erramos e compreensivos com quem erra, em particular as pessoas queridas e as mais fracas, pois são as que mais precisam de nossa compaixão.
• Em não confundir amor com possessão, educação com imposição;
• Em ajudar outras pessoas, contribuindo para que todas vivam num mundo onde possam desenvolver suas capacidades e individualidades.
Lembrando que o melhor presente que podemos dar a nós mesmos e aos seres queridos nunca é um objeto, e sim:
• Um gesto de carinho e valorização.
• Aconselhando e não reprimindo.
• Ouvindo e compreendendo antes de julgar.
• Diferenciando entre o essencial do secundário.
E nunca perdendo nosso lado infantil, que:
• É curioso e interessado em tudo.
• E se pergunta o porquê das coisas.
• E gosta de brincar e de rir.
Porque nossas vidas podem ser melhores se procuramos nos superar, agradecemos:
Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze.
Que vivemos, que existimos, que chegamos a este momento.

Bernardo Sorj

Rosh Hashana e Yom Kipur- 5773
Refletir antes de Julgar

Rosh Hashana nos coloca a pergunta: o que aprendemos no ano que passou?
E Iom Kipur nos lembra de que o mais difícil é aprender a julgar.

Por isso neste período refletimos sobre a nossa relação com os outros, pois é neles que espelhamos nossos desejos e nossos temores, nossas idealizações e nossos preconceitos, nosso egoísmo e nossa solidariedade.

Em cada julgamento que realizamos estamos julgando a pessoa que somos.

Iom Kipur nos lembra de que a capacidade de julgamento é o que nos faz humanos, mas também pode nos desumanizar, quando:

• Julgamos em forma apresada, e fomos injustos.
• Julgamos sob o efeito da cólera ou do medo, e agimos errado.
• Julgamos em forma preconceituosa, e humilhamos.
• Julgamos em forma dogmática, e desrespeitamos quem pensa diferente.
• Julgamos em função da opinião dos outros e não do que sentimos, e nos tracionamos.
• Julgamos a forma e não o conteúdo, e fomos banais.
• Julgamos quando o que deveríamos ter feito era só compreender.
• E usamos o poder no lugar do dialogo, e oprimimos.
• E valorizamos o que não merecia e desvalorizamos o que não devia.
• E humilhamos com nosso olhar ou com um comentário, incapazes de sair de nossa forma estreita de ser.

Porque o dia do perdão deve ser o dia em que nos propomos mudar nossa forma de julgar.

• E sermos mais prudentes e menos afobados.
• E sermos mais compreensivos e menos preconceituosos
• E sermos mais cautelosos e menos apressados.
• E sermos mais curiosos e menos dogmáticos.
• E sermos mais generosos e menos egoístas.
• Valorizando o essencial e não o supérfluo.
• Protegendo nossos interesses sem prejudicar os outros.
• Levando em conta nossos sentimentos sem perder a noção de justiça.
• Superando nossos preconceitos que são uma couraça empobrecedora.
• E não permitindo que os medos nos dominem.

De forma que possamos chegar ao próximo Rosh Hashana Yom Kipur tendo julgado menos porque nos conhecemos mais, nos colocando ainda que seja por um instante na pele do outro, acumulado assim menos arrependimentos e mais atos de amor, produzido menos dor e mais satisfação.

Porque queremos ser melhores, vale a pena viver e brindar:

Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze.
Que vivemos, que existimos, que chegamos a este momento.

Bernardo Sorj

Entre Rosh Hashana e Yom Kipur- 5772- Entre o Ano Novo e o dia do Perdão

Tempo de Encontro Consigo Mesmo

Porque Rosh Hashana marca a passagem do tempo e Yom Kipur nos interroga sobre o sentido de nossa vida, lembramos que ha:

• Tempo de olhar para o futuro e tempo de lembrar nosso passado.
• Tempo de nos pensar como indivíduos e tempo de nos pensar como comunidade.
• Tempo de realizar e tempo de refletir.
• Tempo de ficar sós e tempo de ficarmos juntos.
• Tempo de lembrar e tempo de esquecer.
• Tempo de ensinar e tempo de aprender
• Tempo de dar e tempo de receber.
• Tempo de falar e tempo de calar.
• Tempo de acreditar e tempo de duvidar.
• Tempo de se sentir culpado e tempo de se perdoar.
• Tempo de julgar e tempo de suspender o julgamento.
• Tempo de se entregar e tempo de se dissociar.
• Tempo de viver e tempo de morrer.
• Tempo de rir e tempo de chorar.
• Tempo de ser prudente e tempo de arriscar.
• Tempo de trabalhar e tempo de descansar.
• Tempo de semear e tempo de colher.
• Tempo de ser orgulhoso e tempo de ser humilde.
• Tempo de estar alegre e tempo de estar triste.
• Tempo de ter ilusões e tempo de perdê-las.
• Tempo de esperar e tempo de agir.
• Tempo de amar sem ser amado e tempo de ser amado sem amar.
• Tempos sem sentido e tempos com sentido.

E que a sabedoria se encontra em compreender que o tempo é sempre um, no qual:

• Nosso passado esta sempre presente no nosso futuro.
• A comunidade é formada por indivíduos livres e os indivíduos não esquecem que sempre são parte de comunidades.
• Quem faz deve refletir e quem reflete deve agir.
• Porque os mortos continuam vivos em nos e a vida não pode desconhecer a morte.
• Paramos de falar para ouvir e ouvimos para entender o que estamos falando.
• A prudência não deve eliminar nossa coragem para ariscar e o risco deve ser responsável.
• Quem recebeu já retribuiu e quem deu já recebeu.
• Só aprendemos desaprendendo e só se ensina aprendendo.
• Quem semeou já recolheu e quem recolheu não deixa de semear.
• Não podemos ser orgulhosos se não somos humildes e somos humildes porque somos orgulhosos.
• Estamos sós quando estamos juntos e estamos juntos quando estamos sós.
• Acreditamos sem dogmatismo e duvidamos sem deixar de lutar pelo que acreditamos.
• Só somo livres para encontrar sentido à vida quando descobrimos que ele simplesmente é o que fazemos de nossas vidas.
• Choramos de alegria e rimos para não chorar.
• No há culpa sem perdão, nem julgamentos que não sejam questionáveis.

Porque o tempo nos permite amar e aprender, e ambos são o maior dom da vida, agradecemos:

Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze
Que vivemos, que existimos, que chegamos a este momento.

Bernardo Sorj

Rosh Hashana e Yom Kipur- 5771
O DIA EM QUE SUSPENDEMOS NOSSO JULGAMENTO

Rosh Hashana é a experiência coletiva da passagem do tempo e Yom Kipur é o dia que procuramos entender o que esta passagem significa para cada um.

Rosh Hashana é sobre o destino, pois o tempo não para, enquanto Yom Kipur é sobre a liberdade, a possibilidade de exercermos a nossa capacidade de julgar, e de não julgar.

A passagem do tempo, apesar do que ele nos traz de perdas e sofrimento, nos abre a possibilidade de aprender coisas novas e expandir nossos sentimentos, essencial para suportar nossas limitações e criar um mundo melhor para nós mesmos e para os outros.

Somos privilegiados por vivermos uma situação sem penúria materiais que nos possibilita múltiplas formas de enriquecer nossa percepção do universo: viajando, lendo, amando, comendo coisas gostosas, conhecendo pessoas, ouvindo musica ou olhando uma obra de arte. Mas todas elas são extremamente limitadas se permanecemos fechados dentro de marcos estreitos de julgamento de nós mesmos e dos outros.

Pois quem julga de forma estreita mal enxerga a si mesmo, pensa que possui a verdade e exclui a possibilidade de outras formas de percepção da realidade.

Na tradição talmúdica o Yom Kipur é o dia em que Deus julga as pessoas, mas para os humanos que não temos contato com os desígnios divinos, como diz o significado da palavra Kipur, é um dia de reparação e reconciliação.

Reparação e reconciliação somente são possíveis se deixamos de julgar. Yom Kipur é, portanto, o dia em que suspendemos nosso julgamento.

Pois nada é mais opressivo do que depender do julgamento do outro.
E nada nos produz mais sofrimento que o julgamento sobre nós mesmos.
Julgar é sempre uma forma de querer que o outro seja igual a nos, e que nos atinjamos um ideal irrealizável.

Julgar sem antes compreender é a forma mais grave de ignorância, pois, ao ignorar o outro, ficamos fechados no nosso pequeno mundo.

Julgar sem antes refletir é medo de que outro nos mostre aspectos que nos deixam inseguros em relação a nos mesmos.
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Yom Kipur é o dia que lembramos que muitas vezes julgamos não em função de valores de justiça, mas porque nos desagrada que o outro seja diferente a nos.

• É o dia em que jejuar significa desintoxicar-se de nossos julgamentos apressados.
• É o dia em que não precisamos perdoar, pois deixamos de julgar.
• É o dia em que não há expiação, pois não há culpa.
• É o dia em que não nos deixamos oprimir pela obsessão de dividir entre o certo e o errado e procuramos compreender.
• É o dia em que deixamos de culpar e nos culpar para termos mais compaixão conosco e com os que são diferentes a nós.
• É o dia em que não nos fechamos em sistemas rígidos que são sempre narcisistas e reconhecemos que vivemos numa zona cinza, porque nossos sentimentos são complexos e o ser humano é finito.
• É o dia em que aceitamos que não somos onipotentes e devemos fazer escolhas frágeis entre valores, interesses e afetos conflitantes.
• É o dia em que não há atos certos ou errados, mas só afirmação de melhorar nossa vida e a dos outros.
• É o dia em que podemos perdoar e nos perdoar porque paramos de julgar.

Porque a passagem do tempo nos permite amar e aprender, e ambos são o maior dom da vida, agradecemos:

Shehechyanu, ve´quimanau ve’higuianu lazman haze
Que vivemos, que existimos, que chegamos a este momento.

Bernardo Sorj

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Derramamento de sangue no Egito, guerra civil na Síria, impasse político na Tunísia: a Primavera Árabe deu lugar à violência que corre o risco de se intensificar devido à falta de maturidade das novas classes políticas, temem os especialistas.

"Os países árabes estão entrando em um período de turbulência e de mudanças, que provavelmente será marcado por mais violência interna, polarização e concorrência regional", considera Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.

No Egito, cerca de 900 pessoas, em sua grande maioria manifestantes que apoiavam o presidente deposto Mohamed Mursi, foram mortos em seis dias, e a violência experimentou uma nova escalada segunda-feira com um ataque contra a polícia na instável Península do Sinai.

A crise varreu quase todos os ganhos da revolta contra Hosni Mubarak em 2011, "especialmente o multipartidarismo com a entrada dos islâmicos na política e as primeiras eleições democráticas", ressalta Sophie Pommier, professora de Ciências Políticas.

"O Egito está indo de encontro a parede. Os atores são incapazes de firmar um compromisso político", considera essa especialista em Egito.

O chefe do Exército e novo homem-forte do Egito, o general Abdel Fatah al-Sissi, insistiu domingo que seu país não se curvará diante dos "terroristas", e o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammad Badie, acaba de ser preso.

"Se a Irmandade (Muçulmana) for dissolvida, atravessaremos uma linha vermelha", afirma Pommier.

"A grande questão é se a comunidade internacional também irá repetir seus erros, por medo do islamismo, ou baterá com o punho na mesa, dizendo aos militares que ninguém mais pode ser enganado por este tipo de estratégia", diz.

Para Emile Hokayem, as revoltas no mundo árabe "expuseram a imaturidade política das principais facções políticas", como mostra a breve experiência da Irmandade Muçulmana no poder no Egito, onde se mostrou "alienada" dos segmentos da sociedade em que deveria se apoiar.

A situação é ainda mais crítica na Síria, onde a violência provocou mais de 100 mil mortes e cerca de 2 milhões de refugiados, segundo a ONU, desde o início, em março de 2011, da revolta popular contra o presidente Bashar al-Assad que se transformou em insurreição armada.

"Ninguém pode vencer na Síria. Assad pode sobreviver a médio prazo e esperar que os seus inimigos se enfraqueçam, mas nunca será capaz de" ganhar a guerra, ressalta Emile Hokayem, que acaba de publicar um livro sobre o levante sírio.

Para ela, se um "desmembramento formal da Síria permanece improvável, uma divisão macia de fato do país em várias entidades menores (...) toma forma."

Nadim Shehadi, especialista em Chatham House, espera ainda mais violência na Síria e no Egito, na medida em que "os velhos regimes sabem como manipular a violência."

A Líbia também luta para recuperar a estabilidade, porque o ex-regime de Muammar Kadafi "destruiu todas as instituições do país", segundo Shehadi.

E o impasse político também atingiu a Tunísia, onde nem a oposição nem os islamitas no poder cedem às suas exigências, apesar das negociações diretas e indiretas.

Apenas o Iêmen, único caso no mundo árabe onde a revolta levou a uma solução negociada, avança de alguma forma, sob a égide das Nações Unidas, no processo de reconciliação política.

Mas o diálogo nacional, que deveria ser concluído em setembro, estagnou em parte devido a espinhosa questão sulista, e as eleições gerais previstas para fevereiro de 2014 podem não acontecer.

"Serão necessários vários anos, senão décadas, para que a cultura política do mundo árabe reconheça que os mecanismos da democracia sozinhos não bastam e que são indispensáveis os valores da tolerância inclusão", considera Emile Hokayem.

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Rosh Hashaná: O Dia do Julgamento - Revista Morasha

Hayom harat olam..."
Hoje é o dia do nascimento do mundo. Hoje Ele convoca em juízo todas as criaturas do universo..."
(da oração de Mussaf de Rosh Hashaná)

Rosh Hashaná, comemorado no primeiro e segundo dias do mês hebraico de Tishrei, é diferente de todas as outras festividades judaicas. Todas as demais marcam uma experiência significativa na história de nosso povo, enquanto que Rosh Hashaná celebra um evento universal: a criação do primeiro homem e da primeira mulher. Rosh Hashaná não é, portanto, apenas uma data sagrada para o judaísmo, mas uma celebração universal, que enfatiza a necessidade de que cada ser humano tenha plena consciência de sua missão nesta vida.

O Zohar, obra em que se alicerça a Cabalá, ensina que quando o primeiro homem foi criado, D’us imediatamente o informou acerca de seus poderes, revelando-lhe sua missão de vida: "...Frutificai-vos e multiplicai-vos e enchei a terra, subjugando-a e dominando os peixes do mar e as aves dos céus, bem como todo ser que se arrasta pela terra" (Gênese 1:28). O Criador ordenava, pois, aos primeiros homem e mulher criados que conquistassem e governassem o mundo todo.

Nossos sábios revelam o verdadeiro significado dessa missão atribuída ao homem de “conquistar o mundo”. Explicam-nos que quando D’us criou Adão, sua Divina Alma permeou e irradiou-se por todo o seu ser, dando-lhe, assim, o poder de dominar os outros seres. Mas que quando as demais criaturas chegaram-se a Adão para coroá-lo como seu criador, ele lhes apontou o engano, dizendo: “Reunamo-nos e juntos exaltemos a D’us, nosso Criador”!

A missão de “subjugar o mundo” significa que o propósito do homem, nesta vida, é santificá-la, a começar por ele e os que o cercam, para que todos os seres vivos saibam que D’us é nosso Criador. D’us criou apenas um homem – dele criando a mulher – e impôs a ambos esta tarefa. O Talmud explica que uma das razões para que D’us criasse apenas um ser humano foi transmitir o ensinamento de que cada um de nós é um microcosmo do universo todo. Nossos sábios dizem que cada ser humano deve habituar-se a dizer “o mundo todo foi criado apenas por minha causa”. Não se trata de uma afirmação de egocentrismo ou egoísmo. Bem ao contrário, significa que cada pessoa tem sobre si a responsabilidade por todo o restante do mundo. Como cada um de nós representa Adão, cada um de nós herda e carrega a missão ordenada pelo Criador à primeira criatura humana em quem Ele insuflou vida. Assim sendo, qualquer um de nós tem a capacidade de “subjugar o mundo”. Se a pessoa não cumpre essa tarefa e não utiliza os seus inestimáveis poderes divinos da forma mais plena possível, terá falhado não apenas ele, mas sua falha afetará o bem-estar e o destino do mundo inteiro. Esta conscientização de maior poder do indivíduo e de responsabilidade coletiva e as subseqüentes decisões e ações que tal conscientização enseja são dos principais temas dos dias sagrados de Rosh Hashaná.

Aniversário da Criação

Na liturgia de Rosh Hashaná, proclamamos: “Hoje é o dia do nascimento do mundo, do início da Obra de Tuas mãos...”. Mas, por que Rosh Hashaná é chamado de “início da Obra Divina” se a Criação do mundo se iniciou cinco dias antes de Adão ser formado? Por que seria este o dia chamado de “primeiro” quando, conforme revela a Torá, era, de fato, o sexto dia?

Uma das respostas a estas perguntas é que no sexto dia da Criação – o primeiro dia do mês hebraico de Tishrei – a existência teve conteúdo e sentido com a criação de Adão e Eva. O aniversário do mundo não é computado a partir da criação das galáxias, plantas ou animais, que não possuem o livre arbítrio; nem tampouco é calculada a partir da criação dos anjos, que cega e infalivelmente seguem todas as ordens e diretivas Divinas. Mais precisamente, o propósito do universo se concentra na força interna do ser humano de escolher entre o bem e o mal, de viver consoante com a vontade de Seu Criador ou não. No sexto dia da Criação, quando Adão e Eva abriram seus olhos e contemplaram o mundo Divino, foram agraciados com a opção de a Ele atender ou a Ele se opor. O ser humano é o protagonista da história ininterrupta do universo e, portanto, a sua criação foi o que determinou o primeiro dia do mundo.

A cada Rosh Hashaná, repetimos o apelo de Adão a todas as criaturas vivas: “Vinde, para que juntos louvemos e nos curvemos, ajoelhando-nos diante de D’us, nosso Criador”. Durante os dois dias dessa festividade, intensificamos a nossa conscientização da presença do Criador, comprometendo-nos a aumentar nossa percepção de Sua Majestade e de Seu domínio sobre nossas vidas. Por esta razão, proclamamos em nossas preces de Rosh Hashaná: “Nosso D’us e D’us de nossos pais, reina sobre todo o universo com Tua glória, eleva-Te sobre toda a terra, na Tua magnificência, e manifesta-Te no esplendor da majestade do teu poder a todos os habitantes do Teu universo. E saberá todo ser vivo que Tu o fizeste, e toda criatura que Tu a criaste, e todo aquele em quem insuflaste uma alma viva proclamará: “O Eterno, D’us de Israel, é Rei Majestoso e Seu Reino a tudo domina”.

O Talmud (Rosh Hashaná 10b-11a) conta que além da criação de Adão, outros inícios significativos ocorreram em Rosh Hashaná. Os Patriarcas Abraham e Jacob nasceram nesse dia. Abraham representou um novo despertar para toda a humanidade após Adão e Noé não terem conseguido disseminar o monoteísmo e a moralidade pelo mundo. Jacob foi um recomeço para o povo judeu, pois por seu intermédio os judeus se tornaram uma família que, a partir de então, desenvolveu-se em uma nação. E foi também em Rosh Hashaná que o povo judeu, no Egito, foi dispensado do trabalho escravo, marcando o início de sua libertação que culminaria no Monte Sinai, onde receberam a Torá, tornando-se, a partir de então, um povo amadurecido a ponto de constituir uma verdadeira nação.

Por que dois dias? A explicação cabalista

O fato de Rosh Hashaná marcar o aniversário da Criação é exatamente a razão que faz dessa data o Dia do Julgamento. Qualquer plano deve ser avaliado, de tempos em tempos, para ver o seu andamento, se atingiu seus objetivos e propósitos. Como Rosh Hashaná foi o primeiro dia em que um ser com um propósito determinado passou a fazer parte deste mundo que conhecemos, D’us escolheu esse dia para a avaliação anual de Seu universo e do quanto os seres humanos tinham alcançado em levá-lo à perfeição. Nós, judeus, o Povo Eleito, recebemos d’Ele a ordem de cumprir todos os mandamentos de Sua Torá. Os não judeus têm a obrigação de cumprir as Sete Leis de Noé, que proíbem idolatria, blasfêmia, assassinato, imoralidade sexual, roubo, ingestão de qualquer parte de um animal vivo e a corrupção da justiça. Os não judeus também têm a obrigação de praticar caridade, atos de bondade e zelar pela eficiência e justiça de seus tribunais civis.

Nos Dois Dias do Juízo, D’us julga judeus e não judeus, indistintamente, bem como todos os outros seres vivos. Pois está escrito: “Em Rosh Hashaná, o Dia do Ano Novo, será inscrito e no Yom Kipur, o dia de jejum da Expiação, será confirmado: quantos terão de sair do convívio humano e quantos terão que nele entrar; quem viverá e quem morrerá... quem em sossego e quem em meio a tumulto... quem em pobreza e quem em abundância; quem será elevado e quem humilhado será”. Enquanto, por assim dizer, D’us está em Seu Trono Celestial, julgando-nos, nós oramos implorando pela vida, saúde e sustento para o ano vindouro, pois que em Rosh Hashaná os atos de cada indivíduo são minuciosamente examinados; durante esses dois dias, estão sendo julgados, pelo Juiz e Provedor Celestial, o destino e o sustento, no ano por vir, de cada um dos seres vivos sobre a terra. Os estudiosos místicos ensinam que o comportamento do povo judeu afeta não apenas a sua própria sentença, a ser proferida em Rosh Hashaná, mas também a do mundo e daqueles que nele habitam.

Durante o ano, as comunidades que vivem fora de Israel celebram as festas judaicas durante um dia a mais do que aqueles que habitam a Terra Santa. No entanto, mesmo os que residem em Israel têm que guardar a data sagrada de Rosh Hashaná por dois dias – no primeiro e segundo dias do mês de Tishrei. O Livro do Zohar, escrito pelo grande místico e mestre da Torá, Rabi Shimon bar Yochai, explica o porquê: Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento, representa o atributo Divino da Guevurá – justiça e disciplina severas. E, como todas as criaturas vivas estão sendo julgadas em Rosh Hashaná e não suportariam a aplicação da severa sentença Divina, acrescenta-se um segundo dia à celebração. Esse segundo dia é principalmente governado pelo atributo de Malchut – que, sendo o atributo Divino que permeia o Shabat, é um atributo de julgamento clemente e misericordioso.

Nos dias que antecedem Rosh Hashaná, reunimo-nos nas sinagogas para recitar as preces de Selichot – pedidos de perdão Divino. O Zohar revela a importância da confissão dos pecados diante do Criador: “Aquele que encobre suas transgressões, jamais prosperará; mas quem as confessa e abandona, obterá a misericórdia” (Provérbios 28:13) do Santo, Bendito Seja Ele. Rosh Hashaná, portanto, não é apenas um dia de julgamento, mas especialmente de auto-análise e julgamento de nossos próprios atos.

Diariamente, mas em especial durante a festividade de Rosh Hashaná e nos dias que a antecedem e sucedem, cada um de nós deve indagar a si próprio quanto de seus propósitos conseguiu realizar e a que novas determinações de crescimento e aperfeiçoamento pessoal se propôs para o ano que está por iniciar. Cada um de nós, judeus, deve refletir sobre o fato de ter a responsabilidade de “subjugar e conquistar o mundo”, cumprindo as instruções do Criador do Mundo, por Ele entregues a nós em Sua Torá. Em Rosh Hashaná, somos responsabilizados não apenas pelo que fizemos, mas também pelas boas ações que poderíamos ter realizado – e não o fizemos. Fomos bondosos e generosos com os menos favorecidos? Mantivemos nossa fé e elevada moral mesmo diante de provações e atribulações? Oramos com sinceridade e cumprimos os mandamentos de D’us com seriedade de intenção e total entrega? Conseguimos elevar-nos e santificar o mundo através do estudo da Torá – com a plenitude que estava a nosso alcance? O julgamento de Rosh Hashaná requer que pesemos as mínimas e infinitas possibilidades e oportunidades que são colocadas diante de nossos olhos, diariamente.

Ano após ano, nos dois dias de Rosh Hashaná, D’us determina se cada um de nós está desempenhando sua missão de vida em toda a sua plenitude – para assim santificar a si próprio e a todo o mundo, através da proclamação da Majestade do Criador e de ações consoantes com as Suas determinações. Então, enquanto “...todos os habitantes do mundo desfilam diante d’Ele feito um rebanho”..., e Ele, como um pastor, vistoria as suas ovelhas, determinando “o destino de cada criatura e anotando a sua sentença: ...quem viverá e quem morrerá..., quem em pobreza e quem em abundância, quem será humilhado e quem será elevado”...eis que, repentinamente, um som penetrante eleva-se da Terra e reverbera, em sua magnitude, pelos Céus. É o chamado do shofar, o simples toque de uma trombeta que anuncia que o Povo Eleito por D’us está coroando-O como seu Rei, anunciando a todos os seres vivos que...”O Eterno, D’us de Israel, é Rei Majestoso e Seu Reino a tudo domina”.

Proclamando mensagens com uma eloqüência que as palavras jamais seriam capazes de transmitir, o simples chamado do shofar desperta a consciência do homem para um compromisso renovado e mais profundo com seus atos e missão de vida.

E D’us Misericordioso, Aquele que penetra nas profundezas do coração de cada um de nós, irá certamente responder a nosso propósito de tomar boas resoluções, enviando as Suas bênçãos para que as mesmas se realizem em sua plenitude.

Que neste Rosh Hashaná que se avizinha, e que se iniciará num Shabat – um dia de misericórdia e favor Divinos – possa Aquele que está nas Alturas Celestiais “erguer-se do Trono do Julgamento e sentar-se no Trono da Misericórdia”, para desta forma inscrever todos os Seus filhos no Livro da Vida, abençoando-os com um ano de paz, saúde, júbilo e tranqüilidade material e espiritual.

Bibliografia:
• Commitment, Memory and Deed: www.chabad.org/holidays/JewishNewYear/
• The Neurology of Time; ibid
• The Man in Man; ibid
• To Will a World; ibid
• Rebbe’s Message – 25th of Elul, 5719 – Rabbi Menachem Mendel Schneerson, Z.T.K.L.
• Rosh Hashana Machzor – Artscroll Mesorah – Rabbi Nosson Scherman, Rabbi Meir Zlotowitz, Rabbi Avie Gold
• The Wisdom of the Zohar – Isaiah Tishby (Editor), David Goldstein (Translator)

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SHAVUAH TOV - Em pé na Caminhada

Recomeça as atividades em um mundo cheio de desafios e incertezas. Deixamos um pouco o Oásis, o SHABAT, e retomamos a lida, cujo objetivo é um mundo melhor, onde as mãos humanas tem obrigações em reconstrui-lo, sob os cuidados de uma luz maior. Temos  certeza que a nuvem do entusiasmo nos guiará nessa diáspora, permitindo-nos um apredizagem no nosso viver, contribuindo para a paz e a justiça social. SHAVUAH TOV, Boa Semana!

Moréh Altamiro Paiva

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Engenheira recebeu 10 mil votos, mas não pode assumir o cargo porque foi considerada muito sexy

Nina Siakhali Moradi, 27 anos, foi eleita suplente com mais de 10 mil votos Foto: Gawker / Reprodução  Nina Siakhali Moradi, 27 anos, foi eleita suplente com mais de 10 mil votos  Foto: Reprodução

Uma engenheira de 27 anos foi impedida de assumir o cargo de vereadora em uma cidade do Irã porque o conselho eleitoral considerou que ela é “sexy demais”. Nina Siakhali Moradi era suplente de um vereador indicado para um cargo na prefeitura e deveria assumir uma cadeira no conselho de Qazvin.

“Não queremos uma modelo na passarela do conselho”, disse um oficial. Moradi foi eleita suplente com uma campanha focada nos jovens. A sede da campanha da engenheira recebia reuniões de jovens, o que irritou os políticos mais conservadores.

Os votos que ela recebeu foram anulados supostamente porque a jovem só foi eleita por sua beleza. Uma coalizão de opositores alegou que Moradi violou “normas islâmicas” ao basear sua campanha em cartazes que valorizavam sua boa aparência.

Em declarações à imprensa local, Moradi disse que vai recorrer argumentando que ganhou o seu lugar através do voto do povo.

Com informações do Gawker.

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 Faleceu na terça-feira 13 ago 2013 no Rio de Janeiro um dos ultimos pilotos de caça que participaram das operações aéreas brasileiras na Itália combatendo o nazismo na Segunda Guerra Mundial, o Brigadeiro Rui Moreira Lima, aos 94 anos e 2 meses. Recentemente havia recebido da Assembleia Legislativa de sua terra natal, o Maranhão, a Medalha Manuel Beckman, o cristão-novo que antes de Tirdentes já dera a vida lutando pelo ideal da Independencia. Rui era Conselheiro-Nato da ANVFEB – Associação Nacional dos Veteranos da FEB. Abaixo transcrevemos o pronunciamento do Brigadeiro Moreira Lima no Dia do Holocausto de2008 e a Nota Ofical do Comando da Aeronáutica.

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Discurso do Brigadeiro na cerimonia de 24 de Janeiro de 2008 no Itamaraty, organizada pela FIERJ-Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro e o Centro de Informação da ONU no Rio de Janeiro, no Salão Nobre do Palácio Itamaraty, Rio de Janeiro, com a honrosa presença do Exmo. Sr. Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, do Exmo. Sr. Governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, do Exmo. Sr. Governador do Estado da Bahia Jaques Wagner, diversas autoridades de todos os escalões, militares, ex-combatentes brasileiros e de nações amigas, partisans, líderes comunitários e religiosos.

Quando entrei aqui na casa, um repórter me perguntou se era necessário uma reunião desse tipo para relembrar. Agora mesmo tivemos aqui um palestrante que fez um discurso muito bonito, em que ressaltou não se poder esquecer um fato dessa natureza, porque não se compreende que a vida humana haja sido tratada dessa maneira, com tamanho desprezo, com deboche, com raiva.

Judeus, poloneses, russos, prisioneiros, eslavos, ciganos, essa gente toda foi morta, morta friamente, com vontade de matar. Não era a Alemanha, eram os nazistas, é preciso que se preste muita atenção, os nazistas, esses bandidos, insensíveis, matadores profissionais, matavam de uma maneira terrível, foram escolhendo, foram matando aos poucos, matavam nas valas, depois criaram salas de biometria, medindo peso, altura.

Assassinavam com um tiro na cabeça, na nuca, a vítima caía sobre um lençol; mas estava se gastando muito lençol, muita lentidão, passaram a matar pela fome, tirando a comida. Estou falando como membro de um esquadrão da Força Aérea que combateu na Itália, que combateu contra o nazifascismo. Nesse meu esquadrão éramos 49 pilotos, 9 morreram em combate, 5 caíram prisioneiros, 3 foram recolhidos pelos partisans, pelos guerrilheiros, e ficaram até o fim da guerra, 6 voltaram por doença, estafa aérea, pneumonia, problemas de coluna, infelizmente um, por covardia; não se pode apontar, porque nasceu assim, geneticamente; essa pessoa nem poderia estar ali, mas foi, e voltou.

Por isso é que vocês, judeus estão aqui, reunidos e eu estou aqui com vocês, batendo palmas, e gritando, por que; EU VI! EU VI!

(Palmas intensas)

Nós tivemos um colega que foi prisioneiro em Sztetin. Ninguém sabe por que que ele caiu na Itália, atravessou a Alemanha e foi parar na fronteira da Polônia, Prússia Oriental. Permaneceu preso até a ocupação, perdeu 12 kg esse rapaz. A comida eram 3 batatas por dia, um pedacinho de pão, um chá de ersatz, uma sopa no fim da noite que também não era sopa, era alguma coisa rala qualquer.

Eu até não digo nada contra os alemães, porque também estavam passando fome, eles estavam passando mal. Mas esse homem, neste campo de prisioneiros, eram 10 mil prisioneiros, lá em Sztetin ele reclamava por falta de comida: mas não estão dando comida, vamos morrer, cada dia morria alguém, inanição, entrava em avitaminose, caiam os dentes.

Foi montada uma ponte aérea de B-17 para transporte dos prisioneiros libertados. Esse colega meu estava no campo, um dia saiu e foi visitar um campo de judeus. Ele era mineiro, sabe Dornellles (Senador Francisco Dornelles), era mineiro, e me dizia: Rui você nunca me viu chorar, seu apelido era “Moita Paes”, falava pouco.

Quando escrevi um livro, “Senta a Pua”, contando a história do Grupo de Caça, ele disse o seguinte: Quando vi o quadro, fiquei com vergonha, com vergonha de ter reclamado, por ter sido maltratado nesse campo… Por aí vocês têm uma idéia… É uma pena que só tenha esse tempo para falar….

(Palmas intensas)

O Brigadeiro retorna ao seu lugar intensamente ovacionado pelo público de pé.

NOTA OFICIAL – COMANDO DA AERONAUTICA

O Comando da Aeronáutica lamenta informar o falecimento do Major-Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima, ocorrido na manhã de 13 de agosto na cidade do Rio de Janeiro. O herói de guerra morreu às 3h30 no Hospital Central da Aeronáutica, onde estava internado havia dois meses.

O velório será realizado a partir das 11h30 no auditório do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), na Praça Marechal Âncora, 15-A, no Centro do Rio de Janeiro. O sepultamento está marcado para as 16 horas no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Nascido na cidade de Colinas em 12 de junho de 1919, o Major-Brigadeiro do Ar Rui ingressou nas Forças Armadas em 31 de março de 1939. Foi piloto de combate no 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o combate, executou 94 missões.  Posteriormente, foi comandante da Base Aérea de Santa Cruz.

É o autor do livro Senta a Pua!, no qual conta as memórias dos combates no teatro de operações na Itália. Posteriormente, o livro ganhou uma versão em documentário, com o mesmo nome.

Brasília, 13 de Agosto de 2013.

Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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O que o humor e o judaísmo têm em comum? Os convidados  Aroeira, Marcelo Madureira e Paulo Blank, cada um dentro do seu tema escolhido, nos mostraram. E foi simplesmente maravilhoso! Uma aula divertida, pincelada com música, humor e reflexão.

A ideia de realizar um Salão de humor judaico, a princípio, parecia algo comum, já realizado, porém ao pesquisarmos sobre este tema, não encontramos nenhum  evento parecido ou tão específico.

Falar do humor judaico para um público eclético foi uma iniciativa ainda mais inédita, pois estaríamos saindo das quatro paredes da comunidade judaica e ampliando o nosso universo para a comunidade maior.

Foi então que surgiu o espaço ideal: a Livraria Cultura, recém-inaugurada e com todos os requisitos para abrigar o nosso Salão. A resposta foi imediata e desde de dezembro do ano passado começamos a elaborar o que se viu na última segunda-feira, dia 5 de agosto. Marcamos um “golaço”!

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Público presente ao evento

Outras parcerias foram fundamentais: Midrash Centro Cultural, que será o local do nosso segundo e último dia de Salão, Na’amat Rio e Wizo Rio que apostaram e confiaram na nossa proposta. Podemos dizer que o evento está sendo organizado basicamente por mulheres.

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Sarita, Francis, Karen e Denise

Francis Waymberg, Sarita Schaffel , Denise Wasserman (eu) e a talentosa e dedicada atriz, diretora e escritora, Karen Liberman.

A noite foi uma festa e tivemos um público maravilhoso que lotou o auditório para ver o que iríamos mostrar sobre o humor judaico.

Sinceramente acredito que o humor é um tema que atrai as pessoas, pois quem não gosta de rir? De ficar alegre ou se divertir?

O evento começou com um filminho de três minutos com os engraçadíssimos Irmãos Marx, Três Patetas e Charles Chaplin. Artistas judeus do início do século XX que nos fazem rir até hoje...

Em seguida, Karen Liberman entrou pelo auditório na pele de uma divertidíssima idishe mame. Foi impagável.

O primeiro palestrante, o cartunista Aroeira nos deu uma aula sobre a ligação do humor com a  música, a começar pelos irmãos Marx e terminando com a exibição do  trecho de um filme com o ator Victor Borge,  um pianista e comediante dinamarquês, que viveu nos Estados Unidos até a sua morte no ano 2000.

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Renato Aroeira


O humorista Marcelo Madureira foi o segundo palestrante e contou piadas ligadas ao humor judaico e citou comediantes  judeus da atualidade, porém questionou a falta de novos nomes ligados ao humor no Brasil, apesar do grande potencial para isso.

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Marcelo Madureira


O psicanalista Paulo Blank fez uma reflexão sobre o humor citando a figura da mãe judia e outros símbolos característicos do humor judaico.

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Paulo Blank


A noite terminou com homenagens, congratulações e muito bate-papo entre palestrantes e plateia.

Agora vamos esperar para o próximo dia 14 de agosto, quarta-feira, o fechamento deste 1º Salão de Humor Judaico que, tudo indica, será o primeiro de muitos outros.

A nossa equipe agradece a presença e o apoio de todos.

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Gratidão

Sou grato pela oportunidade de participar e aprender mais sobre a rica cultura judaica e se for possível dentro de minha humilde capacidade de conhecimento poder ajudar, estarei sempre pronto.

Como descendente de Ysraeli, amo a Ysrael e aonde puder fazer para ajudar a nação Santa e seu povo, contem comigo.

Toda Raba!

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