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Ao final de uma guerra, sempre discute-se quem saiu vitorioso. Os governos precisam prestar contas em casa, tentando mostrar para a população que os gastos astronômicos com foram por uma causa justa. Também precisam mostrar competência e capacidade na defesa e proteção de Israel.

As vozes são muitas dentro do governo israelense e há opiniões diversas de como a operação “Margem Protetora” deveria ter sido executada. O argumento inicial quando a operação começou era de que os ataques aéreos seriam feitos até que os mísseis parassem de cair em Israel. Depois da infiltração de terroristas do Hamas por um túnel, a entrada por terra aconteceu e o argumento oficial para a guerra passou a ser a destruição dos túneis do Hamas. Mesmo assim, havia membros do governo que defendiam até a reocupação de Gaza. Já no final da operação, com o início do primeiro cessar-fogo de 72 horas, críticas à condução da operação também apareceram, com setores do governo dizendo que Israel deveria acabar com o Hamas e que não poderia aceitar o cessar-fogo.

Desde o início, a posição oficial do governo deixava claro que não havia a intenção de acabar com o Hamas. A destruição dos túneis daria a legitimidade necessária dentro da sociedade israelese para a operação e, ao destruir todos os túneis conhecidos, o governo decide partir para o cessar-fogo e retira as tropas de Gaza.

Muitos cidadãos israelenses que moram na região fronteiriça com Gaza se mostraram insatisfeitos com o cessar-fogo, dizendo que isso não resolveria o problema e que em pouco tempo a guerra seria novamente uma realidade em suas vidas..

Será que o cumprimento da missão, a destruição dos túneis, faz de Israel vitorioso nessa guerra? Houve um real revés na estratégia e na política do movimento fundamentalista palestino?

O Hamas não é um movimento de loucos raivosos, ávidos por poder. O Hamas tem tática, estratégia e objetivo. O Hamas joga em diferentes frentes e vem conseguindo um êxito enorme.

O objetivo do Hamas é a destruição de Israel e a construção da Palestina em todo o território da chamada “Palestina Histórica”, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo. Sua Jihad mira a restituição da Shaaria (código de leis morais e religiosas do Islã) nesse novo país e subjugação de todos à sua forma de governo e religião.

Já a sua estratégia ficou muito clara nesse último conflito. O Hamas sabe que não vai derrotar Israel militarmente. Utiliza táticas de guerrilha contra um exército extremamente bem equipado. As duas principais frentes do Hamas são: a destruição da democracia israelense e a deslegitimação de Israel.

E a tática? Ora, a tática é o terrorismo, a guerra. Mas antes que eu parta para a análise, só queria ressaltar que para que haja guerra, é preciso que tenha um outro lado disposto a guerrear.

Durante a operação militar houve uma efervecência muito grande dentro da sociedade israelense. Na verdade, mesmo antes, a partir do sequestro dos três jovens israelenses, ocorreu um movimento extremamente perigoso levando a pedidos de vingança contra a população árabe (que na minha opinião foi expressa no formato de guerra, como apontei em meu último artigo), perseguição a moradores de Jerusalém Oriental e, principalmente, a uma deslegitimação da própria esquerda israelense. Ser a favor da paz e do diálogo e contra a guerra passou a ser motivo de agressões físicas (em casos de manifestações do gênero onde militantes tentavam impedir tais protestos na base da violência) e agressões verbais (quando discute-se política em diversos ambientes).

Houve uma radicalização à direita,a perpetuação do ódio. O medo de um possível extermínio e um suposto mega ataque terrorista que seria praticado na noite de Rosh HaShana, o ano novo judaico, conforme anunciado pela mídia israelense.

A democracia israelense começa ser colocada contra a parede e as consequências da guerra e do longo conflito começam a aparecer de forma mais reacionária e autoritária. A “crucificação” de movimentos de esquerda que gritam pela paz e a fortificação de quem defende a guerra. Uma vitória para o Hamas.

A deslegitimação de Israel é a segunda estratégia do grupo terrorista para se construir o Estado palestino. Não é nem preciso avaliar as consequências da missão “Margem Protetora” pelo mundo. Do antisionismo ao antissemitismo, manifestações tomaram as ruas de diversas cidades. Protestos em frente a embaixadas e sinagogas, judeus sendo atacados como se fossem responsáveis pela guerra em Gaza.

No campo diplomático, países chamam seus embaixadores em Israel para esclarecimentos e outros ameaçam com um embargo militar, ou seja, não forneceriam mais armamentos ao exército israelense.

A estratégia do grupo terrorista para deslegitimar Israel passa pela morte da sua própria população. Mortes e destruição são o que o Hamas quer, pois isso fortalece a sua Jihad midiática. Os mortos são mártires que serviram à luta contra a legitimidade de Israel. O objetivo maior é o que importa. Os fins justificam os meios.

Outra vitória do Hamas. As manifestações e o isolamento político de Israel são as maiores provas de que eles estão no caminho certo.

Agora, a maior vitória do movimento terrorista está prestes a acontecer. O cessar-fogo indeterminado, pelo fim da guerra, mediado pelo Egito, deverão manter o Hamas como a principal força política em Gaza. O quem vinha sendo discutido e reivindicado são medidas tão básicas, como o fim do bloqueio à Gaza (livre trânsito de pessoas e mercadorias) e construção de um porto, que o governo de Israel poderia ter feito isso através de negociações com o governo palestino antes de que a guerra começasse.

A guerra trouxe o Hamas e outros grupos terroristas para o centro do cenário político. Qualquer acordo terá que passar pelo aval desses grupos.

A Jihad do Hamas não se constrói somente no campo militar. É muito maior que isso. A guerra significa dar um passo atrás para depois dar dois para frente em seguida. Eles precisam da guerra e contam com a ajuda do lado israelense para atingir seus objetivos.

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Parashat "Shoftim" Dr. Ari Ackerman *

Interpretación y comentario

Uno de los principales puntos de desacuerdo en lo referente a la autoridad en el Judaísmo moderno se refiere a la falibilidad de las decisiones de los líderes rabínicos. Una escuela argumenta que, a pesar de su autoridad incuestionable, los rabinos son seres humanos y, por lo tanto, pueden cometer errores. En consecuencia, ningún rabino tiene una autoridad inviolable. En contraposición, otra escuela asociada con ciertos teólogos ultraortodoxos, argumenta que las decisiones de las principales autoridades rabínicas de cada generación ("gdolei hador"), no pueden ser cuestionadas. Dichos rabinos comprenden de manera intuitiva la verdad de la Torá ("dat Torá") y, por lo tanto, sus opiniones son infalibles.
La raíz de este debate se encuentra, de hecho, en las diferentes interpretaciones del versículo de "Shoftim" que ordena a los judíos a obedecer los decretos de los rabinos: "...No te apartes de la sentencia que te habrán de aclarar, ni a derecha ni a izquierda". (Deuteronomio 17:11).
En su comentario a este versículo, Najmánides sostiene: "Las Escrituras establecieron la ley de que debemos obedecer al Gran Sanhedrín que se sienta delante de Dios en el lugar que Él elegirá, sea lo que fuera que ellos ordenen en su interpretación de la Torá...Porque el Espíritu de Dios reposa en los ministros de Su Santuario. Él nunca cesará Su bondad y siempre los preservará de los errores y tropiezos". Es decir, Najmánides afirma que Dios asegura la veracidad de sus enseñanzas. Él se refiere a los sabios del Gran Sanhedrín, pero ciertos estudiosos modernos de la Torá argumentan que el principio de infalibilidad debe ser extendido para incluir también a los sabios que lideran cada generación.
Rashi da una interpretación opuesta a este versículo. Basado en Sifrei, Rashi comenta: "Ni a derecha ni a izquierda: Ni si te dicen que la derecha es la izquierda y que la izquierda es la derecha". Es decir, Sifrei y Rashi sostienen que la obligación de seguir a los rabinos se aplica incluso cuando los rabinos están equivocados. Ellos afirman que debemos seguir las decisiones rabínicas constantemente, pero que también podemos reconocer que los rabinos pueden equivocarse. Según esta postura, el principio de infalibilidad no pertenece al Judaísmo, que rechaza idolatrar a su liderazgo rabínico y mantiene una marcada diferencia entre la Ley de Dios y cualquier liderazgo humano.
Un profundo análisis debe ser hecho para comprender los fundamentos teóricos de cada una de estas posturas. Me gustaría destacar brevemente uno de los aspectos de este debate. Según la opinión de Najmánides, la autoridad de los rabinos líderes de cada generación está basada en la Revelación y dichos rabinos deben ser vistos como mensajeros de la Palabra de Dios con un poco de autonomía e independencia. En contraposición, la postura de Rashi dice que todos los rabinos tienen independencia para interpretar la Palabra de Dios. Sus herramientas no son las proféticas, que les permiten recibir la Palabra de Dios, sino intelectuales, que los llevan a una comprensión de manera autónoma de la Voluntad de Dios. En conclusión, debe ser tenido en cuenta que, por lejos, la postura dominante en el

Judaísmo es aquélla de Rashi, que permite la coexistencia entre la razón y la Revelación como dos fuentes de verdad para establecer la ley.

Estudio y análisis
Rabino Dr. Alexander Even-Jen
Profesor de Pensamiento Judío, Instituto Schechter de Estudios Judaicos Jerusalén
"Y si te dijeres a ti mismo: ¿Cómo habremos de saber la palabra que no ha hablado Adonai?" (Deuteronomio 18:21).

1- ¿Cuál es la intención de esta pregunta? ¿Será que la misma refleja la confusión del pueblo? ¿Será que el pueblo duda porque diferentes personas le hablaron en nombre de Dios? ¿Podemos suponer que las personas se dirigieron a Moshé con esa pregunta? Si fueras Moshé, ¿cómo reaccionarías? ¿Será que no estaba claro quién hablaba en nombre de Dios? ¿Será que esto significa que la diferencia entre la profecía de Moshé y de "los otros profetas" no estaba clara? Si decimos que Moshé está conciente de que su final está cerca y que con sus palabras debe guiar al pueblo para que puedan poner a prueba a aquéllos que quieran substituirlo, cabe lugar a la pregunta: ¿Por qué su preocupación? ¿Acaso este temor surge por el desafío constante a su liderazgo?
La respuesta a esta pregunta es: "Lo que hablare el profeta en el Nombre de Adonai y no ocurriere la cosa y no viniere, esa es la palabra que no ha hablado Adonai; con alevosía lo ha hablado el profeta, no habrás de temer de él". (Deuteronomio 18:22).
1- La "prueba" propuesta aquí es simple: Si lo que el profeta dijo no se cumple, entonces de trata de un "falso profeta". Sin embargo, ¿cómo analizar una prueba de este tipo? ¿Acaso todo lo que los verdaderos profetas dijeron se cumplió? ¿Acaso una prueba de este tipo no pone en peligro al mismo Moshé?
2- ¿Acaso esta propuesta "concreta" -que verifica la credibilidad del profeta según las "consecuencias"- representa la aceptación-reconocimiento de la imposibilidad de distinguir cuáles de las "voces" que se oyen provienen de Dios? ¿No era mejor tratar de probar si la profecía se corresponde con la Voluntad de Dios y su origen es, verdaderamente, del cielo?
Maimónides propone un camino parecido para distinguir entre un falso Mesías y el verdadero Mesías: Hay que verificar las "consecuencias" y el "cumplimiento" de las palabras del "Mesías". Maimónides dice:
"Rabi Akiva era uno de los grandes sabios de la Mishná; él fue el hombre de confianza del rey Ben Kuziva (Bar Kojba), y sostenía que él era el Rey Mesías, y así lo creían él y todos los sabios de su generación, hasta que, desdichadamente, fue muerto. Cuando lo mataron, los sabios comprendieron que no había sido el Mesías". ("Mishné Torá", Leyes de los Reyes, Cap.11).
1- ¿Será que la intención de Maimónides era decir que si Bar Kojba hubiese tenido éxito, lo hubieran reconocido como el Mesías?
2- ¿Es aceptable que el parámetro de la prueba sea el "éxito"?

* Profesor de Pensamiento Judío, Instituto Schechter de Estudios Judaicos, Jerusalén
Editado por el Instituto Schechter de Estudios Judaicos, Asamblea Rabínica de Israel, Movimiento Conservador y Unión Mundial de Sinagogas Conservadoras.

Traducción: Rabina Sandra Kochmann.

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La dura actitud del presidente egipcio Abdel Fattah al-Sisi hacia Hamás, al que trata como a un enemigo, está condicionada por las circunstancias que lo llevaron al poder en julio de 2013 un año después de la elección presidencial de Mohammed Morsi, el candidato de los Hermanos Musulmanes por el Partido de la Justicia. Sisi lo derrocó en nombre de "la voluntad del pueblo" (eradat al-Shab). Después de asumir el poder, Sisi declaró la guerra a los Hermanos Musulmanes. Prohibió el movimiento, lo declaró como una organización terrorista, y luego persiguió despiadadamente a los grupos terroristas yihadistas en el Sinaí.
Sisi ha hecho poca diferencia entre la Hermandad Musulmana egipcia y su rama palestina, Hamás. Él ha destruido cientos de túneles de Hamás utilizados para contrabandear armas desde y hacia la Franja de Gaza a los grupos yihadistas globales activos en el Sinaí.
Sisi ha dedicado gran parte de su tiempo y energía para la rehabilitación de Egipto después de casi cuatro años caóticos de agitación política. La economía está al borde del colapso, la pobreza ha aumentado, y el número de los desempleados -70% de los cuales son jóvenes, entre las edades de 15 a 29 - aumenta.
El turismo, uno de los impulsores de la economía egipcia, ha disminuido notablemente ante la ausencia de la seguridad pública. La semana pasada, durante una visita a Ismailia, Sisi anunció su plan para ampliar el Canal de Suez con un canal paralelo de 45 millas con el fin de aumentar la capacidad del canal, albergando de 49 a 97 barcos por día.
Este ambicioso proyecto añadirá cuatro nuevos puertos marítimos, una nueva zona industrial, y un "valle de la tecnología." Se espera crear un millón de nuevos puestos de trabajo y será financiado por el sector privado de Egipto, así como por los préstamos de los aliados cercanos. Sisi declaró que la primera fase del proyecto se completará el 26 de julio de 2015, fecha coincidente con el 59 aniversario de la nacionalización del Canal de Suez por Gamal Abdel Nasser.
La fecha elegida no es casualidad, ya que Sisi está cultivando activamente una imagen de sí mismo como el nuevo Gamal Abdel Nasser.
Sisi reconoce que a pesar de que se percibe como alguien capaz de restaurar la estabilidad, la seguridad y el crecimiento económico de Egipto, él no tiene tiempo o autoridad ilimitada. Ibrahim Daoud, en el diario Al-Youm Al-Sabea, señaló que "el presidente entiende que su pueblo, que ha puesto a dos presidentes en la cárcel, no dudará en hacerlo una tercera vez si el presidente va a tomar medidas que lo perjudique. Activistas jóvenes en Egipto también han puesto en marcha una serie de sitios web con el nombre de "Sisimeter" para medir los logros del presidente.
Por lo tanto, la posición de Egipto durante la operación militar de Israel contra Hamás debe ser entendida en el contexto de los desafíos internos de Egipto y la posición de Sisi como un presidente "en libertad condicional."

Hamás, amenaza de seguridad en Egipto
Sisi percibe Hamás como un afiliado a la Hermandad Musulmana egipcia que está amenazando las fronteras de Egipto y poniendo en peligro su seguridad. Él también considera que Hamás pone en peligro los intentos de Egipto para reactivar el turismo en el Sinaí y mejorar la situación socioeconómica de la población beduina en la península.
La población del Sinaí fue descuidada durante generaciones por los distintos regímenes en Egipto y, como resultado, muchos han apoyado a los grupos yihadistas que operan en el norte del Sinaí, cerca de Gaza.
Sisi cree que Hamás era responsable de los ataques de estos grupos contra efectivos militares y de seguridad egipcios. En febrero de 2011, tras el derrocamiento de Mubarak, varios policías egipcios fueron secuestrados en el Sinaí y al parecer ingresados en la Franja de Gaza, donde fueron utilizados como moneda de cambio para la liberación de los presos políticos. En agosto de 2012, un ataque en Rafiah mató a 16 soldados egipcios durante la cena Iftar (que finaliza cada día de ayuno de Ramadán). Además, en mayo de 2013, siete soldados egipcios fueron secuestrados en Rafiah: el incidente fue pensado para avergonzar a Sisi, quien se desempeñaba como ministro de Defensa.
Hace poco más de dos semanas, el 23 de julio, Sisi pronunció un importante discurso para conmemorar el aniversario de la Revolución de los Oficiales Libres de Egipto de 1952 que trajo a Gamal Abdel Nasser al poder. Sisi aprovechó la ocasión para refutar la afirmación de que Egipto estaba dando la espalda al pueblo palestino.
Afirmó que a lo largo de la larga historia del conflicto entre Israel y Palestina, Egipto ha sacrificado cien mil personas a la causa palestina. Sisi criticó a Hamás por la adhesión a la resistencia armada (muqawama), declarando que después de cuarenta años de ir en esta dirección, era el momento de parar y sopesar el equilibrio de logros y fracasos. Concluyó con la declaración inequívoca de que la política de Egipto se rige por las necesidades de seguridad nacional de Egipto.
Los medios de comunicación de Egipto han permanecido detrás de la posición de Sisi, transmitiendo el mensaje inequívoco de "Egipto primero" (awalan Misr). En otras palabras,

los difíciles problemas económicos y sociales de Egipto deben tener prioridad sobre los problemas de sus hermanos palestinos.
"Mashal [el jefe político de Hamás], estamos cansados de la defensa de la causa palestina... Tenemos suficientes problemas de nuestra propia casa", escribió Hamdi Rizq en su columna en Al-Masry Al-Youm.
Amr al-Shobaki, otro columnista, declaró que "nadie debe colocar al ejército egipcio en una guerra externa que no tiene nada que ver con la protección de su territorio nacional." Mahmud Sultan, uno de los editores de al-Mesryoon, se preguntó "¿cómo se le puede pedir a un civil hambriento, privado de atención de la salud y una educación adecuada, que no duerme de forma segura en su casa, no es saludable, y no tiene nada para alimentar a sus hijos, que participe en la batalla por la liberación de Jerusalén?" Según los partidarios de Sisi, esta política no se contradice con la solidaridad y la empatía que sienten hacia el pueblo palestino en general y aquellos que residen en la Franja de Gaza, en particular, Palestina no es sólo Gaza y Gaza no es sólo Hamás. Egipto, destacan, diferencia entre el pueblo palestino y sus dirigentes. Hamás, dicen, ha abandonado el interés nacional palestino, trabaja para intereses extranjeros - principalmente los de la Hermandad Musulmana, Qatar e Irán - y ha abandonado al pueblo palestino en su búsqueda de poder.
Algunos analistas egipcios consideran el comportamiento de Egipto como un intento de abrir una brecha entre el público palestino en la Franja de Gaza y Hamás, con el fin de demostrar que la elección de Hamás en 2006 fue un error. Si lo hace, podría allanar el camino para el regreso del presidente de la Autoridad Palestina, Mahmoud Abbas, que se espera que pueda rescatar a Gaza desde el desastre que trajo sobre ella el liderazgo de Hamás. Para estos egipcios, Abbás, que ha aportado mucho a la opción de la lucha armada y siendo el elegido para perseguir el objetivo de un Estado palestino a través de negociaciones, les recuerda en los últimos tiempos al presidente de Egipto Anwar Sadat. Sadat finalmente abandonó la guerra después de 1973, que había agotado y empobrecido al pueblo egipcio, y eligió la paz como alternativa, a través del cual Egipto fue capaz de restaurar su dignidad y territorio.
En este espíritu, Gamal Abu Hassan publicó un artículo en Al-Masry Al-Youm un día después del discurso de Sisi, titulado "¿Por qué los egipcios no derramaron lágrimas por Gaza?". Egipto, afirmó, opone a la autoproclamada estrategia "heroica" de Hamás y cree que sus desventajas superan las ventajas. De hecho, afirma, Egipto no ha cambiado su posición sobre la cuestión palestina en los últimos tres años, ya que se dio cuenta de los riesgos que entraña la estrategia de la "Resistencia". Egipto, Abu Hassan destacó, ha adoptado una estrategia diferente, que ha demostrado ser mucho más eficaz en este complejo conflicto.

La cooperación con Israel no es tabú
La política oficial de Egipto con respecto a Hamás afecta naturalmente su posición hacia Israel. Las opiniones simpáticas con Israel expresadas en los medios de comunicación estatales de Egipto en relación con Hamás, incluso antes de la "Operación Margen Protector" no tenían precedentes.
Tawfik Okasha, director y propietario del canal de televisión por satélite Al-Fara'een, declaró: "Yo voy a llevar el sombrero ante Israel, y yo estoy diciendo que el ejército israelí, la gente, y su liderazgo son hombres". Esta expresión de admiración desnuda que la posición de Egipto hacia Israel durante el conflicto con Hamás es impulsada por razón de Estado. El ministro de Petróleo de Egipto, Sherif Ismail, expresó al diario egipcio Daily News que importar gas de Israel "es una necesidad ... lo que es del interés de Egipto deben ser implementado de inmediato, ya que se trata de una crisis energética. Que el presidente y el gobierno trabajan indirectamente con Israel ya no es tabú."
Por otra parte, en el ámbito de la seguridad, el Egipto de Sisi ha sido persistente en su destrucción de los túneles que conectan el Sinaí a Gaza, ha frustrado constantemente los intentos de Hamás de disparar misiles desde el Sinaí hacia Israel, y sus constantes intentos de filtrar atacantes suicidas hacia Israel. El cruce de Rafiah ha sido bien administrado, y sólo se abre durante periodos poco frecuentes, cortos de tiempo con fines humanitarios.
Ninguna de estas medidas han dado lugar a protestas masivas en las calles egipcias. Parece como si la mayoría de los sectores de la sociedad egipcia se dan cuenta de que la cada vez más estrecha cooperación económica y seguridad con Israel es de hecho compatible con el interés de Egipto. El movimiento Tamarud ha sido una excepción, pidiendo la expulsión del embajador israelí de El Cairo. También ha habido iniciativas individuales y grupales aisladas para recolectar donaciones para la gente en la Franja de Gaza, pero este apoyo para el sufrimiento del pueblo de Gaza no es necesariamente una expresión de apoyo a Hamás. Parece que cuando se enfrentan a la elección entre la casa egipcia y el colectivo musulmán, entre la defensa a ultranza de la frontera con Egipto en el Sinaí y la protección de Gaza y sus habitantes, los egipcios tienen, por el momento, elegido "Egipto en primer lugar."
*Instituto Moshe Dayan

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Olá, vossa excelência o Ministro Naftali Bennett.

Meu nome é Shay, sou cidadão israelense, tenho 32 anos, cumpro com todos os meus deveres. Eu pago impostos, sigo as leis, faço serviço militar de reserva. Assim é na democracia, você tem deveres e tem direitos.

Mas este é exatamente o ponto. Agora, depois que voltei de um mês de serviço de reserva, juntamente com meu batalhão de tanques onde eu sirvo, um serviço que me foi imposto como um dever civil em Israel (e estou orgulhoso de cumpri-lo), parece que diferentemente da maior parte dos israelenses, existe um direito que me é privado. O direito de me casar em minha pátria.

Minha amada noiva, com que quero viver toda minha vida, é cidadã israelense. Ela também cumpriu com todas suas obrigações, desde todos os impostos até servir como professora-soldada no Exército de Defesa de Israel. Mas diferentemente de mim, apenas o seu pai é judeu. Ela imigrou a Israel sozinha com 15 anos por sionismo, ela se viu sempre como parte do povo judeu e há pouco tempo até mesmo passou por um processo de conversão pela corrente reformista (que, diga-se de passagem, depois do qual nos aproximamos mais da tradição judaica).

E aqui está o problema. Quando me dirigi à autoridade religiosa da cidade onde moro (Rishon LeTzion), o rabino que trata do assunto me explicou que o rabinato não reconhece a conversão reformista, e pelo fato de eu ser Cohen, não importa qual conversão a minha querida noiva tivesse feito, o rabinato ortodoxo não permite casamentos entre um Cohen e uma convertida. Quando me dirigi ao Ministério do Interior fiquei sabendo que não existe nenhuma opção pela qual eu e minha companheira possamos nos casar em Israel, a não ser pelo rabinato.

E agora eu estou me dirigindo a você. Eu lhe peço para ajudar a mim e minha noiva a nos casar no Estado de Israel e não em qualquer outro país. Aqui é onde vivemos, este é o nosso país. Nós cumprimos nele todos os nossos deveres, quando está coisas estão bem, e também quando estão mal, e nós queremos receber todos os direitos que qualquer cidadão recebe.

Obrigado Shay Fleishon

Depoimento compartilhado no facebook pela ONG “Israel Chofshit” (Israel Livre), no dia 7 de agosto de 2014.

שלום רב לך כבוד השר נפתלי בנט.

שמי שי. אני אזרח ישראלי, בן 32, ממלא את כל חובותיי . אני משלם מיסים, אני עומד בחוקים, אני עושה מילואים. ככה זה בדמוקרטיה, יש לך חובות ויש לך זכויות.

...

אבל זה בדיוק הקטע. עכשיו, כשחזרתי מחודש של שירות מילואים בצו 8 יחד עם גדוד השריון בו אני משרת, שירות שהוטל עלי כחובה אזרחית בישראל (ואני גאה אגב למלא זאת), התברר לי שלא כמו רוב האזרחים בישראל, ישנה זכות שניטלת ממני. הזכות להתחתן במולדת שלי.

ארוסתי האהובה, שעמה אני מתכוון לחיות את כל חיי, היא אזרחית ישראלית. גם היא עמדה בכל חובותיה, מאחרון המיסים ועד לשירות כמורה חיילת בצבא ההגנה לישראל. אבל שלא כמוני, רק אביה הוא יהודי. היא עלתה לבדה לארץ ישראל בגיל 15 מטעמי ציונות, היא ראתה בעצמה תמיד חלק מהעם היהודי ולאחרונה היא אף עברה תהליך גיור רפורמי (שבעקבותיו, אגב, שנינו התקרבנו יותר למסורת ישראל).

וכאן מגיעה הבעיה. כאשר פניתי למועצה הדתית במקום מגורינו (ראשון לציון), הסביר לי הרב המטפל בנושא כי הרבנות אינה מכירה בגיור רפורמי והיות ואני כהן, אין זה משנה איזה גיור הייתה מבצעת ארוסתי היקרה, הרבנות האורתודוכסית בישראל אינה מתירה נישואים של כהן וגיורת. כאשר פניתי למשרד הפנים התבשרתי שלא קיימת אופציה בה אני וזוגתי נוכל להינשא בישראל שלא דרך הרבנות.

וכאן פנייתי אלייך. אני מבקש ממך לעזור לי ולארוסתי להתחתן במדינת ישראל ולא באף מדינה אחרת. כאן אנחנו חיים, זוהי המדינה שלנו. אנחנו ממלאים בה את חובותינו כשטוב וגם כשרע, ואנחנו רוצים לקבל את מלוא הזכויות שכל אזרח מקבל.

בתודה שי פליישון

לפוסט המקורי של שי: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=674966292582379&set=o.396697410351933&type=1&theater

נפתלי בנט המשרד לשירותי דת - Ministry of Religious Services Yair Lapid - יאיר לפיד יעל גרמן Tzipi Livni - ציפי לבני

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Povo Curdo Um Grande Povo Sem Nação ! Jayme Fucs Bar

 

 

Hoje existe no mundo  seis  povos que revindicam sua autodeterminação como  nação são cerca de 56 milhões de pessoas.

Eles são: Os Curdos, Tibetanos, Palestinos, Ciganos, Bascos, Chechenos.

Dentro desses 6 povos se destaca o povo Curdo , onde de acordo com o World Factbook sua população é estimada  entre 27 e 36 milhões .  55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e um pouco menos de 5% na Síria.

O Povo Curdo  vive ha mais de 3 mil anos nessas regiões montanhosas, que apesar de ocuparem por séculos a mesma região, nunca tiveram um pais, e sempre estiveram  sob domínio político e militar de outros povos.

Na  Turquia, onde vive a maioria do povo Curdo, o seu  idioma é  proibido de ser usado, são perseguidos e descriminados como minoria nacional, milhares de Curdos estão presos por revindicar o seus direitos nacionais.

 A hipocrisia  da Turquia é enorme de um lado apoio incondicional a luta dos direitos nacionais do povo Palestino do outro os Turcos ocupam, dominam e oprime os direitos nacionais do povo Curdo.

No Iraque região que conseguiram uma certa autonomia em 2005 , são os verdadeiros combates contra o grande genocídio que esta sendo realizado dia a dia pelos radicais sunitas do "Estado Islâmico"  que estão exterminando as minorias Yazidis, Cristãos  e Curdos.

A Cultura Curda é  rica de Historia e tradição ! Termino esse pequeno memorando,  sob a luz da  poetisa  Curda  Latif Hamet,  que  testemunha a grande participação das mulheres  Curdas nas fileiras da  Luta por sua libertação .

 
Eu vou mãe.
Se não regressar,
serei flor desta montanha
torrão de terra
para um mundo
maior do que este
(…)
Eu vou mãe.
Se não regressar,
a minha alma será palavra
para todos os
poetas.

Fontes - https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/print/country/countrypdf_iz.pdf

http://blocosonline.com.br/literatura/prosa/opina/opina07/op070801.php

http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/curdos-conflito-nao-tem-fim-434540.shtml

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Não me considero um pacifista por não ver a paz como um fim. Acredito que a paz seja um componente fundamental para os processos sociais, que culminariam nos fins nos quais acredito. Minha opinião é a de que, sim, há guerras justificáveis. Comparto da visão de Clausewitz (foto), no entanto, de que a guerra é a continuação da política por outros meios. As guerras são acontecimentos políticos, e devem ser entendidas desta forma. Eu diria, então, que em determinados casos, quando a guerra não é evitada, temos o sinal de um fracasso político. E é exatamente este o meu tema neste artigo.

Carl von Clausewitz

Carl von Clausewitz

Não sou um especialista em estratégias militares, estou longe disso. Para falar a verdade, não sou um especialista em nada. Mas gostaria de questionar estes mesmos especialistas, e serei obrigado a me contradizer, mas prometo resolver esta confusão no final. Apesar do entendimento de que a guerra é um acontecimento político, acredito que os militares não são especialistas em política. Na realidade, a política israelense é contaminada por doutrinas militares, e isto é nocivo demais para a sociedade. É verdade que alguns dos maiores estadistas da história do país foram militares de alta patente. Aliás, praticamente todos os Primeiros Ministros de Israel, ao longo destes 66 anos, se não foram generais do exército, ao menos antes de ingressarem na política, ou serviram o exército como oficiais combatentes, ou ao menos foram encarregados de pastas do alto escalão do Ministério da Defesa. Mas não só na política este pensamento interfere: a sociedade israelense é muito influenciada por esta cultura militarista. Há uma expressão em hebraico que diz: “O povo constrói o exército que constrói o povo” (עם בונה צבא בונה עם). E isso explica um pouco a mentalidade da sociedade.

Minha visão é a de que Israel constrói permanentemente um círculo vicioso, que resulta no (praticamente) inevitável uso da força de tanto em tanto tempo. Não busco aqui discutir os grupos terroristas, para quem a violência e a guerra são as únicas estratégias, algo intrínseco à sua moral 1. Todos os governos israelenses, distintamente do Hamas, dizem querer paz, mas constroem há anos, junto a grupos como o próprio Hamas, uma situação bélica da qual não conseguem sair.

É praticamente um consenso entre os judeus israelenses 2 que a Operação Margem de Proteção foi uma “guerra justa”. A prova disto foi uma pesquisa realizada pelo Instituto Israelense de Democracia, uma das mais prestigiadas instituições do país: em 20 de julho, 95% dos judeus israelenses apoiavam a operação, e apenas 4% julgavam que Israel utilizou força em excesso 3. A julgar pelas raras vozes pedindo o fim da operação mesmo após o cessar-fogo temporário, as opiniões não parecem ter mudado. O povo parece convicto de que a ação era necessária. Quando falamos de 95%, tenham em conta que nos referimos a homens e mulheres, direitistas e esquerdistas, religiosos e laicos. 95% são quase todos. (Curioso notar que a opinião pública no resto do mundo não compactua com esta visão.) É natural que, quando 65% da população escuta quase que diariamente (se não mais) sirenes anunciando que foguetes foram disparados na sua direção, ou que dezenas de túneis foram construídos, boa parte deles com o objetivo único de realizar atentados terroristas contra a população civil que habita o sul do país 4, esta cobre do governo uma atitude. Esta mesma população está disposta a arriscar as vidas de seus familiares nesta operação 5. Escutei de pessoas das mais variadas filiações políticas e religiosas, classes sociais, gêneros e idades: esta guerra é necessária. Eu consigo perfeitamente compreender este pensamento. Não posso, contudo, estar de acordo.

Assisti a diversos especialistas militares na televisão, e cada vez que os escutava, mais me convencia de que eles estão errados. Posso analisar esta guerra sob um ponto de vista moral e pragmático. Parte disso já fiz em um artigo, escrito em meados de julho. Pretendo complementá-lo, agora.

Levi Eshkol

Levi Eshkol

Israel não busca soluções não militares ao lidar com os palestinos. Tal qual a percepção de Washington Luís, ex-presidente brasileiro nos anos 1920, sobre a questão social (um caso de polícia), o entendimento dos mais distintos governos israelenses sobre os palestinos parece ser semelhante: uma questão militar. É compreensível que nos primeiros anos do Estado, os árabes palestinos fossem vistos como inimigos, a partir de uma perspectiva generalizante. Não só os palestinos, aliás, que de 1949 a 1967 estiveram sob controle egípcio ou jordaniano: os árabes cidadãos de Israel viveram sob um regime militar até 1964, quando o Primeiro Ministro Levi Eshkol (foto) decidiu remover esta política que existiu ininterruptamente durante o período no qual David Ben-Gurion chefiou o Estado. Por incrível que pareça, esta marca histórica não é a mais significativa para justificar o meu ponto.

A instabilidade pós-Guerra de 1948 resultou numa forte tensão entre Israel e suas fronteiras, sobretudo naquelas onde habitavam palestinos. Desde 1949, os refugiados palestinos cruzaram as fronteiras quase que diariamente para buscar seus pertences abandonados em suas casas, onde já viviam israelenses desde o fim da guerra. As Forças de Defesa de Israel (FDI) deixaram de fazer vista grossa a e esta “invasão” a partir do momento em que a entrada dos palestinos resultou em violência. Aos poucos, sobretudo após a subida de Gamal A. Nasser ao poder no Egito, alguns palestinos foram incentivados a realizar atentados terroristas contra israelenses, evocando a resistência palestina. Neste momento, Ben-Gurion e o exército israelense adotaram uma política conhecida como Doutrina da Retaliação 67 (פעולות תגמול), que basicamente consistia em revidar qualquer movimento hostil ao território e à população israelenses. Melhor que eu, o ex-Primeiro Ministro Ben-Gurion definiu o que era esta doutrina:

“Não temos poder para garantir que as linhas de tubulação de água não serão explodidas, ou que as árvores não serão derrubadas. Nós não temos o poder de impedir que os assassinatos de jardineiros, ou de famílias inteiras enquanto dormem, mas temos o poder de definir um preço elevado para o nosso sangue, um preço que seria muito alto para as comunidades árabes, os exércitos árabes e os governos árabes para suportar”. 8Naquele momento, não havia problema em classificar estes atos como casos de vingança 9 (como o fez de forma crítica o ministro Moshe Sharett). Um leitor mais atento, encontrará citações de Ariel Sharon (então um importante coronel das FDI) ou de Moshe Dayan realçando esta mirada.

David Ben-Gurion

David Ben-Gurion

É compreensível (não necessariamente justificável) que naquele momento as FDI se vissem obrigadas a demonstrar força. O país estava em formação, o orçamento do governo era limitadíssimo (Israel era um país pobre), dezenas de milhares de imigrantes chegavam todos os anos e todos os países fronteiriços (e outros um pouco mais distantes) eram inimigos. Antes de 1967, Israel não era uma potência militar na região, apesar da heróica vitória na guerra de 1948. Havia uma preocupação real, tanto do governo quanto do exército, em relação à possível destruição do novo Estado recém-criado, caso houvesse uma guerra com os países vizinhos. Esta doutrina surgiu neste contexto: mostrar força, por mais que custe vidas. Que os inimigos não pensem que seus ataques serão em vão. Que não ousem atacar Israel, pois perderão em dobro. Que os cidadãos israelenses possam sentir-se mais seguros, pois alguém responderá quando houver a possibilidade de ataque a suas cidades.

Onde eu pretendo chegar, o leitor deve estar se perguntando? É evidente que as FDI de hoje, temidas, poderosas e superequipadas, não necessitam destas atividades. Elas podem agir de forma mais ética que o terrorista, e buscar atingir somente os responsáveis pelas ações (embora isto quase nunca seja possível). O ponto fundamental, no entanto, não é sobre as práticas militares, mas sim sobre a forma como a política do governo se mescla com as ações militares. Israel de hoje, mesmo após alcançar tratados de paz com alguns países muçulmanos (algo impensável nos anos 1950/60), segue buscando soluções militares visando a “segurança dos seus cidadãos”. crêem que a destruição da casa do terrorista, ou o ataque à estrutura militar do Hamas, possa realmente solucionar a raiz de nossos problemas e trazer segurança aos cidadãos israelenses. Este pensamento é tão errado, que impressiona que tanta gente acredite nisso.

Confesso que me causa náuseas escutar discursos do Primeiro Ministro Biniamin Netanyahu, dos ministros Avigdor Liebermann ou Naftali Bennet, afirmando que o Hamas recebe um golpe forte, ou que é necessário seguir com a operação para garantir a segurança dos cidadãos israelenses, e outras coisas mais. Apesar do apelo popular, estes sujeitos não são militares, e são votados para usar a cabeça, não a força. Não me impressiona nem me incomoda que um porta-voz das FDI 10 justifique seus feitos militares: isso é o exército. Não me impressionou tanto que um general da reserva tenha dito em canal aberto de TV, que a morte acidental de quatro crianças na praia em Gaza seja um evento muito mais midiático do que trágico. Militares são treinados para resolver os problemas desta forma: usando a força. Políticos são eleitos para comandar o país, não só o exército. Se observarmos que em menos de seis anos estamos na terceira operação em Gaza, com a triste constatação de que os terroristas têm cada vez mais armas, são cada vez mais fortes e cada vez nos dão mais trabalho, chego à conclusão de que os políticos israelenses não sabem agir no seu próprio campo, e recorrem ao exército equivocadamente.

Túnel descoberto na Faixa de Gaza

Túnel descoberto na Faixa de Gaza

Alego que Israel, mesmo sem querer, provoca situações nas quais as ações terroristas contra si serão consequência óbvia (não disse legítima) de um grupo como o Hamas. Em julho de 2014, com mais de 50 túneis construídos, mais de 9 mil foguetes nas mãos de terroristas, e um bloqueio em Gaza que põe o governo do Hamas em uma situação de desespero, era de se esperar que o governo se visse obrigado a uma ação militar. Mas eu gostaria de lembrá-lo, caro leitor, que esta é a terceira ação militar em seis anos. Ou seja, o que fizeram os governos Netanyahu neste período? Respondo: criaram um ambiente de guerra.

Como? A resposta está na cara de todos nós: há duas lideranças palestinas, uma moderada, na Cisjordânia (que nos reconhece e coopera conosco), e uma radical (que não nos reconhece e nos ataca), em Gaza. Como age Netanyahu em relação primeira? Dificulta o acordo e constrói incessantemente colônias nos seus territórios. São limitados até mesmo internamente, com barreiras. Enquanto isso, em Gaza, apesar do bloqueio, a ajuda humanitária chega aos montes. Os palestinos de lá, apesar das restrições, não convivem nem com barreiras internas, nem com colônias sendo construídas: ao contrário, têm o direito de ir e vir (dentro de Gaza), e não vêem interferência no seu dia-a-dia de nenhuma força externa. O Hamas vende seu peixe muito bem: sua narrativa é a de que eles, e só eles, são a resistência, e graças a isso não há em Gaza nenhum sionista ocupador. Sempre que se assina um cessar-fogo, angariam mais liberdades. Em eventuais conflitos, as mortes lhes favorecem, pois quem aperta o gatilho das armas que matam os palestinos não são eles, por mais que Israel lhes tente passar a responsabilidade. O ódio palestino é contra as FDI, o Hamas não tem aviões, nem tanques, nem exército. Parafraseando o escritor Amos Oz, quando morrem israelenses, bom para o Hamas 11. Quando morrem palestinos, bom para o Hamas. Ou seja: a guerra é ruim para Israel, ruim para os palestinos, mas boa para os terroristas. Não é de se estranhar que na última pesquisa feita em 2012, o Hamas alcançasse o primeiro lugar em eventuais eleições  12.

Mas a mentalidade militar segue dominando as ações dos políticos. Parecem viciados em retaliar, mostrar força, justificar a expressão “tranquilidade será respondida com tranquilidade”. Aquele que conversa recebe em troca assentamentos. Aquele que nos ataca recebe direitos. Qual a lógica nisso? Israel premia os terroristas, e pune os moderados. O governo insiste em pormenores em negociações com os moderados, enquanto os radicais se armam. E quando os moderados se juntam aos terroristas, formam um governo de união e afirmam desejar negociar, punimos os dois. Enquanto isso a situação piora. Parece que aqui a força bruta consegue vencer a inteligência.

Notes:

  1. Para quem ainda duvida, assista a reportagem feita pela TV Record em português sobre o Hamas aqui.
  2. Aproximadamente 77% da população. Não tenho informação para analisar a postura dos árabes-israelenses, e tampouco me proponho a isso. Teria que escrever outro artigo.
  3. http://en.idi.org.il/about-idi/news-and-updates/july-2014-peace-index/.
  4. Além dos foguetes e túneis, três atentados terroristas foram realizados na região metropolitana de Jerusalém: um a facadas, outro a tiros, e o terceiro com um trator que derrubou um ônibus e causou uma morte, fora a do terrorista
  5. Mais de 80 mil reservistas foram convocados, e somaram-se aos mais de 176 mil que estão na ativa. Somados, chegam a mais de 3% da sociedade israelense.
  6. Para quem lê hebraico, clique aqui para ter acesso à uma longa lista de atividades de represália das FDI, no próprio site dos paraquedistas
  7. Para quem lê inglês, recomendo a obra de Benny Morris (1993) Israel’s Border Wars, 1949 – 1956. Arab Infiltration, Israeli Retaliation, and the Countdown to the Suez War. Oxford University Press.
  8. Tradução minha. Retirado do wikipedia, a partir da citação da obra:  ALLON, Yigal (1970) Shield of David. The Story of Israel’s Armed Forces. Weidenfield and Nicolson. SBN 297 00133 7. Page 235. Allon attributes a identical quote to Moshe Dayan, Israel’s Chief of Staff.
  9. Interessante notar que a destruição da casa do terrorista era uma medida tomada naquela época, que segue em curso até os dias de hoje
  10. Ou o próprio Ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, ex-Chefe das Forças Armadas, que foi criado nesse meio toda a vida. É importante lembrar, no entanto, que o tão criticado pela falta de experiência militar Amir Peretz, quando era Ministro da Defesa, foi o responsável por liberar a verba para o projeto do tão elogiado Domo de Ferro. Peretz foi prefeito da cidade de Sderot, na fronteira com Gaza, famosa pelos ataques de foguetes desde 2002. Não é curioso que a arma mais valiosa do país foi desenvolvida justamente quando um civil executou funções ligadas à defesa?
  11. Leia aqui a entrevista com Amos Oz realizada no dia 5 de agosto
  12. Veja aqui
Saiba mais…

A outra vítima da guerra por Roberto Musatti

Izzy Lemberg não é apenas mais um jornalista. Foi diretor, produtor chefe da CNN durante 20 anos e num artigo interessante afirma que talvez a maior vítima do conflito em Gaza tenha sido o jornalismo. Isto a partir do momento em que os repórteres se tornaram fantoches nas mãos dos terroristas do Hamas, assim como a população palestina local, os funcionários da ONU e os clérigos cristãos.

Eram proibidos sob pena de morte de filmar os terroristas disparando mísseis de igreja, mesquitas, hospitais, creches, escolas, prédios densamente povoados ou militantes sendo feridos ou mortos, seguindo o mantra de que todos eram ‘civis inocentes’. Tinham que ignorar quando os militantes do Hamas colocavam feridos e mortos para dentro de uma escola, abrigo ou hospital para incriminar Israel ou participar da encenação quando uma criança morta era levada em três hospitais diferentes e sucessivos com mães postiças e de ocasião obrigadas a chorar para inflar o numero de vitimas. Eram obrigados a desligar suas câmeras quando os militantes obrigavam civis a subirem no telhado de edifícios de onde disparavam mísseis, para ‘morrerem como heróis’ ou ignorar os mísseis e armamentos estocados em escolas e abrigos da ONU.

A cobertura feita agora em tempo real pelas redes de TV de noticias, em especial a BBC acabaram se tornando um exemplo de preconceitos, anti-semitismo e infâmias que quando descobertas dificilmente eram corrigidas como a escola da ONU que de atingida por Israel com crianças e mulheres mortas, aparece depois em vídeo dos drones da Força Aérea de Israel, como sendo fruto de um foguete do Hamas com defeito.

Nem se pode alegar inocência. A BBC fez questão de trazer para Gaza sua repórter (já expulsa de Israel varias vezes) Orla Guerin (apelidade de Goering, o nazista) – irlandesa casada com palestino, morando no Cairo, artista consagrada no desempenho emocional da voz embargada, pausada, quase nas lagrimas, que só entrevista mães em desespero. Em sua cobertura no Líbano, foi desmascarada ao entrevistar uma das ‘mães profissionais’, carpideiras pagas, que iam de rua em rua, dia após dia chorando diferentes mortes que nunca ocorreram… Passou um tempo ‘na geladeira’ até voltar agora a Gaza. A se acreditar nas reportagens de Gaza, nenhum terrorista foi morto (apesar de 80% dos mortos serem jovens de 18 a 30 anos) nenhum deposito de armas destruído, nenhum foguete foi disparado com escudos humanos e apenas crianças e mulheres morreram de disparos israelenses.

O jornal Washington Post faz duas perguntas, segundo Lemberg, aos jornalistas cobrindo de Gaza: 1)Você viu combatentes do Hamas em Gaza? e 2) Por que você não reportou nenhuma atividade deles a não ser aquelas dadas pelo Exercito de Israel? A resposta veio com o cessar-fogo quando jornalistas do mundo inteiro puderam sair de Gaza e aí sim trazer a tona a realidade. Tardiamente, pois as imagens em tempo real criaram uma realidade virtual que levou inclusive Israel a ser denunciado por crimes de guerra pela ONU e seu departamento de Direitos Humanos. Como desfazer isso agora com as novas evidências? Como manter a credibilidade da própria ONU?

O jornalismo sério não está moribundo apenas pela cobertura em Gaza, mas no seu silencio internacional. A guerra na Síria se estende por mais de três anos e com mais de 200 mil mortos, milhões de refugiados e até o uso de armas químicas contra a população civil. Sunitas e xiitas se matam com requintes de horror, com centenas sendo decapitados de uma só vez, ou fuzilados em fossas comuns como na época de Stalin, Mao e Hitler. Mas só Israel é acusado de crimes de guerra… mesmo quando solta panfletos, liga para o local onde será feito o bombardeio pedindo para que a população civil saia para não ser atingida…

Por que a BBC e Orla Guerin não estão no norte do Iraque HOJE, cobrindo a fuga desesperada de mais de 40 mil cristãos e da minoria Yazidi no deserto em pleno verão, sem água ou comida, dos extremistas sunitas do Isis que não tem nenhum remorso ou escrúpulo de matar todos que não se sujeitem ao seu islamismo fundamentalista? Este sim será um genocídio nas próximas horas se o mundo não acordar, se Obama continuar em férias nas praias de Marta’s Vineyard e os europeus preocupados com a crise na Ucrânia. Também não se fizeram ouvir manifestações da Presidência da Republica nem do Ministro Assessor para Assuntos Internacionais, tão inseridos no contexto do ‘uso desproporcional de força’!

O discurso do Hamas agora é de que só aceita a paz se Israel e o Egito acabarem com o bloqueio que impuseram a Gaza, como se fosse este o motivo de dispararem mais de 3.000 foguetes contra alvos civis em Israel. Esquece a mídia mundial que o bloqueio foi imposto para impedir que o Hamas se armasse ainda mais de mísseis iranianos, coreanos, construísse ainda mais túneis para dentro de Israel. As toneladas de cimento e os fundos do Qatar usados nesses quilômetros de túneis moderníssimos poderiam ter sido usados para escolas, fabricas, agricultura, hospitais e creches. Israel infelizmente para contrabalançar esta ameaça à sua população teve que gastar milhões desenvolvendo o 1º sistema eficiente antimíssil do mundo, o que parece ter irritado a mídia e dirigentes da política internacional que gostariam de mortes equivalentes dos dois lados para não acusar Israel de crimes de guerra.

É doloroso quando até pessoas lúcidas como Marcelo Paiva traçam uma linha comparativa, afirmando que a crise de Gaza não existiria se Israel tivesse gasto os recursos do Iron Dome em fazer as pazes com os palestinos da Cisjordânia. Esquece ele que o Hamas e a Autoridade Palestina só agora se uniram em pura conveniência. Esquece que Gaza foi devolvida unilateralmente aos palestinos em 2005 para se tornar plataforma de lançamento de foguetes. Será que ele consegue garantir que a Cisjordânia não se tornaria também?

Enquanto facções palestinas e árabes não aceitarem o fundamental que é o direito de existência do Estado de Israel, não existe chance nenhuma de paz no Oriente Médio. Ao contrario – enquanto o Ocidente debate Gaza sob a lente distorcida da imprensa preconcebida, os fundamentalistas avançam no Iraque, na Líbia, na Síria e em breve nas grandes comunidades islâmicas européias da França, Inglaterra e Holanda.1

Seria interessante lembrar a BBC dos atentados no metrô de Londres, nos trens espanhóis, nos resorts de Bali. Deveria fazer como hoje a CNN fez pela primeira vez, graças a coragem de um seu jornalista: mostrar ao vivo o desespero das minorias no Iraque prestes a se tornarem eles sim, infelizmente, um genocídio em pleno século XXI.

Inaceitável!

Roberto Musattti é Economista (USP) Mestre em Marketing (Michigan State) e Professor das Faculdades Reges.

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Desliguem o Gerador da Violência Israelense -Palestina

08 | 08 | 2014 » David Grossman

  

 

Um Israel sem Ilusões

Israelenses e palestinos estão aprisionados no que parece cada vez mais com uma bolha, selada hermeticamente. Ao longo dos anos, dentro dessa bolha, cada lado tem desenvolvido justificativas sofisticados para todos os atos cometidos.

Israel pode alardear que nenhum país no mundo se absteria de responder a incessantes ataques como os realizados pelo Hamas, ou à ameaça representada pelos túneis escavados a partir da Faixa de Gaza para dentro de Israel. O Hamas, por outro lado, justifica seus ataques contra Israel, argumentando que os palestinos ainda estão sob ocupação e que os moradores de Gaza estão definhando sob o bloqueio imposto por Israel.

Dentro da bolha, quem pode criticar os Israelenses por esperararem que seu governo faça tudo o que puder para salvar as crianças do kibutz Nahal Oz, ou qualquer uma das outras comunidades adjacentes à Faixa de Gaza, do ataque de uma unidade do Hamas que possa emergir de um buraco na terra? E qual é a resposta aos habitantes de Gaza que dizem que os túneis e foguetes são as suas armas que restaram contra um poderoso Israel? Nesta bolha cruel e desesperada, ambos os lados estão certos. Ambos obedecem à “lei da bolha” – a lei da violência e da guerra, da vingança e do ódio.

Mas a grande questão, à medida que se intensificam, não é sobre os horrores que ocorrem todos os dias dentro da bolha. É a seguinte: Como ainda estamos juntos sufocados dentro desta bolha há mais de um século? Esta questão, para mim, é o ponto crucial deste último ciclo sangrento.

Como não posso pedir ao Hamas, nem pretendo compreender a sua linha de pensamento, peço aos líderes do meu próprio país, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus predecessores: Como vocês podem ter desperdiçado tantos anos desde o último conflito sem iniciar o diálogo, sem mesmo fazer o menor gesto em direção ao diálogo com o Hamas, sem tentar mudar a nossa realidade explosiva?

Por que, ao longo destes últimos anos, Israel tem evitado negociações sensatas com os setores moderados e mais conversáveis do povo palestino – o que também poderia ter servido para pressionar o Hamas? Por que vocês ignoraram, por 12 anos, a iniciativa da Liga Árabe que poderia ter recrutado estados árabes moderados com o poder de impor, talvez, um acordo com o Hamas? Em outras palavras: Por que é que os governos israelenses têm sido incapazes, por décadas, de pensar fora da bolha?

A rodada atual entre Israel e Gaza é de alguma maneira diferente. Por trás da belicosidade de uns poucos políticos que alimentam as chamas da guerra, atrás do grande show de “unidade nacional” –  em parte autêntico, mas na maior parte manipulador quanto à condução desta guerra, direcionando a atenção de muitos israelenses para os mecanismos que mentem com base no “patriotismo” e repetição mortal da “situação”.

Muitos israelenses que se recusaram a reconhecer o estado real das coisas, estão agora vendo o ciclo de violência fútil, vingança e contra-vingança. E estão vendo o nosso reflexo: uma imagem clara e sem adornos de Israel, como um Estado brilhantemente criativo, inventivo e audacioso que por mais de um século foi movendo o Gerador de um conflito que poderia ter sido resolvido anos atrás.

Se colocarmos de lado, por um momento, as lógicas que usamos para nos apoiar contra a simples compaixão humana pela a multidão de palestinos cujas vidas foram destruídas nesta guerra, talvez sejamos capazes de ver como eles, também, movem o Gerador de Violência bem do nosso lado, em conjunto, em infinitos círculos cegos, num desespero anestesiante.

Eu não sei o que os palestinos, incluindo os moradores de Gaza, pensam realmente neste momento. Mas tenho a sensação que Israel está crescendo. De modo infeliz, doloroso, rangendo seus dentes, e mesmo assim amadurecendo – ou, melhor, sendo forçado a isso. Apesar das declarações beligerantes de políticos exaltados e especialistas, além da investida violenta de bandidos da direita contra qualquer pessoa com opiniões diferentes, a opinião dominante do público Israelense está ganhando sobriedade.

A esquerda está cada vez mais consciente do potente ódio contra Israel – um ódio que não surge apenas a partir da ocupação – e do vulcão fundamentalista islâmico que ameaça o país. Também reconhece a fragilidade de qualquer acordo que possa ser alcançado aqui. Mais pessoas de esquerda entendem agora que os medos da direita não são mera paranóia, que eles precisam lidar com uma ameaça real e crucial.

Espero que, à direita, também, exista agora um reconhecimento maior – mesmo se for acompanhado por raiva e frustração – dos limites da força; do fato de que, mesmo um país poderoso como o nosso, não pode simplesmente agir como quiser; e que na época em que vivemos não há vitórias inequívocas, apenas uma “ilusão de vitória”, na qual podemos facilmente ver a verdade: que na guerra há apenas perdedores. Não há solução militar para a angústia real do povo palestino e, enquanto a asfixia sentida em Gaza não for aliviada, nós em Israel tampouco seremos capazes de respirar livremente.

Os israelenses sabem disso há décadas, e por décadas temos nos recusado a realmente compreendê-lo. Mas, talvez, nesta vez entendamos um pouco melhor. Talvez tenhamos um vislumbre da realidade de nossas vidas a partir de um ângulo ligeiramente diferente. É um entendimento dolorido e ameaçador, mas há que poderia ser o início de uma mudança. Pode despertar para os Israelenses o quanto é crítica e urgente a paz com os palestinos, e como esta também pode servir de base para estabelecer a paz com os outros Estados Árabes.

 

Bibi e Lieberman não nos representam

Bibi e Lieberman não nos representam

Pode-se trazer de volta a paz –um conceito tão desacreditado aqui nos dias de hoje – como a melhor opção, a mais segura, disponível para Israel.

Será que uma compreensão semelhante emergirá do outro lado, no Hamas? Não tenho como saber. Mas a maioria palestina, representada por Mahmoud Abbas, já decidiu a favor da negociação e contra o terrorismo. Será que o governo de Israel, depois desta guerra sangrenta, depois de perder tantos jovens e pessoas queridas, continuará a evitar e ao menos tentar essa opção? Será que continuará a ignorar o Sr. Abbas como elemento essencial para qualquer resolução? Será que continuará descartando a possibilidade de um acordo com palestinos da Cisjordânia, que poderia gradualmente conduzir a um relacionamento melhor com os 1,8 milhões de moradores de Gaza?

Aqui em Israel, assim que a guerra acabar, devemos começar o processo de criação de uma nova parceria, uma aliança interna que deverá alterar o conjunto de grupos de interesses estreitos que nos controla. Uma aliança daqueles que compreendem o risco fatal de continuar a alimentar o Gerador de Violência.  Aqueles que compreendem que nossas fronteiras não mais separam judeus de árabes, mas as pessoas que anseiam por viver em paz daqueles que se alimentam, ideologicamente e emocionalmente, da continua violência.

Acredito que Israel ainda tenha uma massa crítica de pessoas, tanto de esquerda como de direita, religiosos e seculares, judeus e árabes, capaz de se unir – com sobriedade e sem ilusões – em torno de alguns pontos de concordância para resolver o conflito com nossos vizinhos.

Há muitos que ainda “lembram do futuro” (uma frase estranha mas precisa neste contexto) – o futuro que desejam para Israel e para a Palestina. Há ainda – mas quem sabe por quanto tempo – pessoas em Israel que entendem que se afundarmos na apatia de novo, estaremos deixando a arena para aqueles que nos arrastarão, febrilmente, para a próxima guerra, incendiando qualquer ponto de conflito na sociedade.
Se não fizermos isso, iremos todos – Israelenses e palestinos, com os olhos vendados, as cabeças curvdas em estupor, colaborar com a desesperança – continuando a alimentar o Gerador de Violência –  que esmaga e corrói nossas vidas, nossas esperanças e a nossa humanidade.

DAVID GROSSMAN – veterano ativista do Movimento PAZ AGORA - é o autor, mais recentemente, de “Falling Out of Time” (Caindo fora do Tempo”). Seus outros livros incluem “Até o fim da Terra”, (“To the end of the Land”), “Morte como um modo de vida” (“Death as a Way of Life”) e “O Vento Amarelo (“The Yellow Wind”).

 

Publicado originalmente em 27 de julho de 2014 no  The New York Times e traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR (www.pazagora.org) .

 

[ Publicado no NEW YORK TIMES em 27/07/2014 e traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR ]

Amanhã 9/8 - 20h

Manifestação pela Paz na PRAÇA RABIN, Tel Aviv

Saiamos do caminho da Guerra!

A Solução é Política

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Deve haver uma outra maneira... - Carta Aberta de Noa

Saudações do nosso canto do Oriente Médio, onde o inferno todo está desabando.

Aterrorizada, angustiada e deprimida, frustrada, com raiva ...  Cada onda de emoções competindo com a outra pelo domínio do meu coração e da minha cabeça…  Nenhuma prevalece.  Estou me afogando no oceano fervente de todas elas combinadas.

 

Um alerta de míssil a cada hora, em algum lugar perto da minha casa. Em Tel Aviv está pior. Meu filho e eu paramos o carro hoje no meio da rua e corremos para um abrigo, enquanto a sirene disparava perfurante ... Após poucos minutos, ouvimos três fortes estrondos que estremeceram as paredes. No sul, é insuportável. As vidas ali tornaram-se uma paralisia, a vida normal acabou; eles gastam a maior parte do seu tempo em abrigos contra bombas. Boa parte dos mísseis são interceptados pelo nosso sistema de defesa, mas não todos. Cada civil é um alvo, nossas crianças estão traumatizadas, as cicatrizes emocionais são irreversíveis.

E os túneis, cavados sob o solo, alcançam a própria entrada de alguns dos kibutzim na fronteira de Gaza e… na escuridão dos meus pesadelos, imagino para o que eles foram feitos: contrabando, sequestros, torturas, assassinatos!   Nossos soldados estão na linha de frente. São nossos filhos, filhos de nossos amigos e vizinhos, os jovens e as jovens convocados pelo seu governo... e, ainda, caixões envoltos na bandeira, funerais encharcados de lágrimas, vidas destruídas, Kadish…a rotina devastadora bem conhecida.

E os gazanos, Senhor!    Os gazanos… o que poderia ser mais infeliz e horrível do que tem que suportar aquelas pessoas?  Será o seu destino eterno sofrer nas mãos de tiranos cruéis? As fotos de crianças sangrando, mães chorando em roupas manchadas de sangue, os escombros e a devastação, o terror nos olhos, 5 minutos no máximo para sair de casa, para correr por suas vidas porque as bombas estão caindo… nenhum abrigo... a tática Talibâ do Hamas de um lado e os bombardeiros F16 do exército israelense no outro, esta gente está presa como nozes, esmagadas pelas garras metálicas da cegueira e da estupidez ... as perdas de vidas subindo e subindo ... pelo amor de Deus ... por quanto tempo isto vai continuar??

 O Hamas é extremist. São jihadistas, são perigosos, têm o objetivo de matar cada judeu, incluindo eu e a minha filha. Não reconhecem Israel, planejam converter todos os gazanos em shahids, usando-os como escudos humanos... nós ouvimos tudo isto, Ouvimos de Hannia e de seus capangas...

Mas será que todo homem, mulher ou criança pode ser culpado pela loucura horrenda e amarga dos dois lados??

Nós, tanto palestinos como israelenses, “nunca perdemos uma oportunidade de perder uma oportunidade de fazer a paz”. Criamos esta confusão com as nossas próprias mãos e estamos pagando o terrível preço por nossa arrogância e surda insanidade.

É fácil apontar dedos e se tornar extremamente auto-defensivo quando as bombas caem... Em cada lado, amontoados em seu próprio canto, grudados nos seus e acusando o outro...

Meu coração está com as famílias das vítimas, aonde quer que estejam!  Estou contente por ter um exército forte para me defender contra aqueles que claramente declaram o objetivo de cortar os pescoços dos meus filhos... MAS, não quero usar minha tristeza e meu medo como um escudo contra a proximidade humana e o pensamento claro. Ao contrário.

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Quero levantar-me no meio do ringue e falar a minha verdade.

Existem apenas dois lados, e não são israelenses e palestinos, judeus e árabes. Os dois lados são os moderados e os extremistas. Eu pertenço aos moderados, onde quer que estejam. Eles são o meu campo. E este campo precisa se unir!

Não tenho nada em comum com extremistas judeus que queimam crianças vivas, envenenam poços e arrancam árvores, que atiram pedras em alunos de escola, que são motivados pelo ódio de lavagens cerebrais e um fanatismo agudo.

 Quero enterrar minha cabeça nas minhas mãos e desaparecer, se possível para a Lua, quando leio sermões dos rabinos Ginsburg e Lior, romantizando a morte e o assassinato em nome de ‘deus’, como fez Baruch Goldstein, seu sagrado mártir, que matou 29 árabes a sangue-frio enquanto eles rezavam!  Quando li as inacreditáveis palavras de racismo e ódio escritas por alguns israelenses, os gritos de alegria quando palestinos eram mortos, o desprezo pela vida humana... O fato de que partilhemos o mesmo passaporte e religião não significa nada para mim. Não tenho nada com essa gente.

Da mesma forma, os extremistas no outro lado também são meus piores inimigos.  Mas a sua ira é dirigida não apenas contra mim, mas contra os próprios moderados da sociedade deles, que assim são nossos aliados!

Assim como eu insto os árabes moderados, onde quer que estejam, a fazer tudo que possam para se afastar do extremismo, não tenho a intenção de ignorar a responsabilidade que o meu lado tem pelo que está acontecendo.

O Islã radical é um fenômeno perigoso, que deve ser enfrentado não apenas por Israel, mas pelo mundo inteiro. Mas há no mundo muçulmano mais vozes liberais, há mais parceiros para dialogar!  Você já fez de tudo para chegar a eles?

A resposta é NÃO!  O atual governo liderado por Netanyahu fez todo o possível para suprimir qualquer tentativa de reconciliação. Enfraqueceu e insultou Abu Mazen, líder da mais moderada OLP, que declarou repetidas vezes estar interessado na paz. Quando Abu Mazen fez declarações sobre o Holocausto, chamando-o de a maior tragédia da História humana, eles o desprezaram e diminuíram.

Desrespeitaram acordos que eles mesmos haviam assinado, recusando, num capricho, libertar presos como já acordado, preferindo continuar a ultrajante e enfurecedora construção nos assentamentos como se não houvesse conversações em andamento.  É como esbofetear alguém na face, seguidamente, dizendo, ao mesmo tempo inocentemente: “Vamos fazer paz! Não está percebendo como quero a paz? Por que não está cooperando?”

E quanto à Iniciativa de Paz da Liga Árabe?  Por que ela tem sido consistente e recorrentemente ignorada pelo governo israelense?  Há pouco tempo, num novo ato de boa-fé, uma alta autoridade da Arábia Saudita escreveu um artigo para um jornal israelense, expressando seu desejo pela paz! A matéria não foi sequer divulgada! Tal comportamento só pode ser descrito como detestável e arrogante.

Que loucas forças messiânicas cegam os olhos desses políticos e seus apoiadores? Qual a sindrome bíblica de Josué?  O que pensam eles - que lenta mas seguramente dominarão os territórios ocupados até que não mais seja possível criar o Estado Palestino? E quanto a todos os palestinos que lá vivem, suas aspirações, sua História?  Seu bem-estar, seus sonhos, esperanças, futuros?  Viverão felizes como cidadãos de segunda classe, ou talvez irão se converter em massa ao judaísmo? Qual é o plano??

Não existe plano! Não existe visão que seja moralmente compatível com valores universais de coexistência. Ou pelo menos nenhum que tenha sido articulado coerentemente.  No lugar disto, temos sido constantemente abastecidos por medo e paranóia, chamas incendiárias de nacionalismo, xenofobia e racismo.  De fato, tais políticas estão deteriorando Israel a um ponto ideológico e estratégico de não retorno.

Só o diálogo em um lugar de respeito e empatia pode nos salvar. Apenas um esforço concertado para fortalecer os moderados e, assim, marginalizar tanto quanto possível os radicais, pode nos trazer esperança.  

Tanto quanto nós em Israel, justificadamente, desprezamos o Hamas, não aparenta que eles estão indo a nenhum outro lugar. Nós consideramos seriamente as condições que apresentaram para um cessar-fogo? Muitas delas fazem sentido!  Por que não tentar aliviar o sofrimento dos gazanos, permitir que floresçam economicamente, devolver dignidade às suas vidas e ganhar dez anos de trégua... Dez anos é um longo tempo! Mentes jovens podem ser abertas; mesmo uma prosperidade modesta pode catalisar mudanças!   Por que assumir automaticamente que esses anos serão usados SÓ para fortalecer o Hamas militarmente?  As condições incluiriam supervisão internacional.  Talvez os anos criem uma realidade no qual o Hamas, com uma geração jovem de líderes que enxerguem um horizonte distinto, possa ser trazido ao círculo político de forma a finalmente permitir o diálogo?

E eu pergunto a Netanyahu: Por que você não nos surpreende?  Você é conhecido como inteligente.  Por que não dá uma volta de 180°, muda as regras do jogo e pensa fora da caixa?  Dê as boas-vindas a Abu Mazen, pare de construir nos assentamentos, apoie o governo de unidade, abra Gaza e permita o comércio com supervisão internacional, abrace as aspirações palestinas ao lado das nossas, apoie a intervenção internacional e ganhe um aliado real CONTRA as ondas de extremismo!

Você realmente fez todos esforços para isto, antes de mandar nossos jovens para morrer?   Infelizmente, NÃO!

Ninguém desmantelará o Exército de Israel tão cedo. Ele deve-se manter forte. Mas, por que estamos tão teimosamente recusando tomar este risco calculado e, em vez disto, escolhendo sacrificar nossos filhos??   Está além da minha compreensão.

Na passagem bíblica Akedat Yitzchak, quando Abraão, o pai do judaísmo e do Islâ, recebeu de Deus a ordem de sacrificar seu filho Isac, Deus interveio e salvou o menino.  Onde está Deus agora?   Ele teria sido levado ao torpor pela abominação dos seus ensinamentos sagrados pelos extremistas dos dois lados?

 

Se recusarmos, reciprocamente, reconhecer os direitos dos outros e abraçar nossas obrigações, se cada um continuar apegando-se à sua própria narrativa e desconhecer e desrespeitar a do outro, se continuarmos repetidamente a escolher as espadas no lugar dar palavras, se santificarmos as terras acima das vidas de nossos filhos, logo seremos forçados a morar na Lua, pois nossa terra estará tão encharcada de sangue e tão coberta de túmulos que nada sobrará para viver.

Escrevo essas palavras e as canto junto com minha amiga Mira Awad (2). Elas são hoje mais verdadeiras do que nunca:

   “Quando eu choro, choro por nós duas

   Minha dor não tem nome.

   Quando eu choro, choro para o céu impiedoso e digo:

   Precisa existir um outro caminho.”

 (1)  A INICIATIVA ÁRABE DE PAZ foi apresentada pela Arábia Saudita em 2012 à Liga Árabe, que a aprovou em sucessivos Congressos. Oferece a normalização da relação de seus membros com Israel.

   >   Texto integral em www.al-bab.com/arab/docs/league/peace02.htm.

   >  Versão em português:  www.pazagora.org/2002/03/2197/ 

(2) MIRA AWAD, cantora árabe israelense, é parceira de Noa há vários anos, com a qual tem se apresentado com grande sucesso internacional, como no Festival Eurovision em 2009.

   > Assista em  www.pazagora.org/2009/05/there-must-be-another-way-einaich-deve-haver-outra-maneira/     

 

[ Publicado pelo jornal Yediot Ahronot  e na Revista Tikkun em 22/07 e 01/08/2014) ! traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR - www.pazagora.org ]

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El Ejército de Defensa de Israel (Tzáhal) atacó varias posiciones terroristas en el este y norte de Gaza en respuesta al lanzamiento esta mañana de más de una treintena de cohetes y proyectiles de mortero desde la franja, informó el portavoz militar.

"Esta mañana, después de la reanudación del lanzamiento de cohetes contra Israel, el Ejército de Defensa de Israel atacó sitios terroristas en la franja de Gaza", dice el parte militar sin precisar los blancos bombardeados.

Desde Gaza no se ha informado aún si los ataques han causado víctimas o daños.

El corresponsal militar del Canal 1 indicó que se trata de una respuesta por ahora "puntual", en la que han participado la Fuerza Aérea y la artillería.

Los ataques israelíes se registraron dos horas y media después de que los grupos Jihad Islámica y los Comités Populares de Resistencia lanzarán, con el consentimiento de Hamás, al menos 30 cohetes contra poblaciones israelíes alrededor de la

franja, dos de los cuales fueron interceptados sobre la ciudad de Ashkelón y uno sobre Sderot.

El lanzamiento siguió a la finalización, a las 8.00 a.m., del alto el fuego de 72 horas que las partes habían acordado para negociar una salida al conflicto armado con la ayuda de Egipto.

El Cairo pidió la renovación de la tregua durante otras 48 horas, pero el movimiento extremista islámico Hamás se negó a ello; mientras que Israel había aceptado.

"El Ejército de Defensa de Israel (Tzáhal) se mantiene alerta en un alto nivel de preparación defensiva y ofensiva para afrontar la renovada agresión", dice el comunicado militar.

Miles de palestinos abandonaban esta mañana sus casas en el norte y este de Gaza por temor a un recrudecimiento de los enfrentamientos, mientras en Israel la división de Defensa Civil del Ejército impuso de nuevo restricciones a la población en un radio de varias decenas de kilómetros. EFE y Aurora

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El tractor volcó el autobús (que estaba vacío de pasajeros), luego de atropellar a Abraham Vales. El soldado herido: grave pero estable. La policía en alerta para mañana, por temor a intentos de venganza de judíos extremistas.

El tractor volcó el autobús (que estaba vacío de pasajeros), luego de atropellar a Abraham Vales. El soldado herido: grave pero estable. La policía en alerta para mañana, por temor a intentos de venganza de judíos extremistas.

El operativo “Margen Protector” continúa, da quizás sus últimos estertores, y las partes se preparan para un nuevo alto el fuego de 72 horas propuesto por John Kerry, secretario de Estado norteamericano, que comenzaría mañana a las 8.00 AM hora israelí.

Mientras tanto, se produjeron dos ataques de palestinos contra israelíes en Jerusalén. El primero de corte terrorista mediante un tractor. El conductor de un tractor, proveniente del barrio de Djabel Mukáber en Jerusalén Oriental, atropelló este mediodía al rabino Abraham Vales, religioso ortodoxo de 29 años, perteneciente a la comunidad religiosa Toldot Aharón y habitante del barrio de Meah Shearim, que resultó herido de gravedad y luego murió. El terrorista fue abatido por efectivos de seguridad.

En el segundo ataque, un motociclista disparó contra un soldado hiriéndolo en el estómago de gravedad. Fue operado y su estado esta noche sigue siendo grave pero estable. El atacante se dio a la fuga.

Hoy, el ejército israelí dio por cumplida la misión de destruir 31 túneles que penetraban en territorio israelí. Portavoces militares indicaron que se habían destruido “todos los túneles”, pero los analistas lo pusieron en duda y dijeron que en realidad, el ejército no podía dar garantías. Como venimos informando, la detección de túneles fue relativamente “manual”, tanto por rastrillaje como por información de inteligencia, y no por medios tecnológicos de detección. Habitantes de los pueblos y kibutzim de la zona expresaron sus temores al respecto, mientras nutridas tropas permanecen en la zona en torno a Gaza.

En tanto, la mayor parte de las tropas israelíes se retiraron de la Franja de Gaza desplegándose en las inmediaciones, aunque en alerta máximo en el límite norte, en la zona del paso fronterizo Erez, por temor a una infiltración terrorista. El operativo, cuando continúa, lo hace sólo por aire.

Israel realizó un alto el fuego humanitario de 7 horas. Durante todo el día de hoy, del lado palestino continuaron los lanzamientos de cohetes de Hamás y la Jihad Islámica contra objetivos civiles israelíes en el cinturón en torno a Gaza, Ashdod, Askelón, Jerusalén, sin que se registraran víctimas.

Según explicaron analistas en Israel, la delegación de Hamás, Jihad Islámica, FPLP (Frente Popular para la Liberación de Palestina) y hombres de la Autoridad Nacional Palestina de Mahmud Abbas (Al Fatah) se reunieron en El Cairo, y escucharon del Ministro de Inteligencia egipcio, general Muhamad Tohami: “Señores, si bien vemos con simpatía su larga lista de reclamos hacia Israel, primero debían acceder a un cese el fuego total por 72 horas”.

Recién una vez obtenido el consentimiento palestino, los mediadores egipcios se dirigieron a los negociadores israelíes. Según trascendió, Israel, que esta vez decidió no enviar representantes a El Cairo, accedería al alto el fuego humanitario de 72 horas para negociar, tal como había accedido las veces anteriores. Altas fuentes en Jerusalén indicaron que “si la propuesta de alto el fuego es sin precondiciones, la consideraremos positivamente”.

http://marcelokisilevski.wordpress.com/2014/08/04/margen-protector-dia-veintiocho/

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Seis recomendaciones para la Operación Amós Yadlin*

En contraste con el cliché de que no existe una solución militar para el terrorismo, Israel ha demostrado que puede resolver las amenazas terroristas sistémicas militarmente. No obstante, la solución política es siempre preferible. La solución política a largo plazo para Gaza es el continuo debilitamiento de Hamás - económico, político y militar- y la creación de mejores alternativas políticas, tanto para los palestinos como para Israel. En los últimos dos años, Hamás ha estado política y económicamente debilitado. Si, después de la Operación Margen Protector, se debilita militarmente, será posible -junto con Egipto, los Estados árabes moderados, y la comunidad internacional- que la Autoridad Palestina entre de nuevo a Gaza, garantice el desarrollo económico allí, y que Israel levante gradualmente el bloqueo. Esto, además de la prevención de la acumulación de la fuerza bélica y la desmilitarización de la Franja de Gaza, serán factores clave en la estabilización de Gaza, dirigiéndola hacia un desarrollo favorable.

Aquí expongo seis factores de la situación:
1) Equilibrio estratégico asimétrico: Después de casi tres semanas de enfrentamientos entre Israel y las organizaciones terroristas en la Franja de Gaza, en la que unos 1.500 cohetes han sido disparados contra ciudades y pueblos israelíes, e Israel lanzó unos 3.500 ataques aéreos contra Gaza, hay un equilibrio estratégico, aunque esencialmente asimétrico, entre Israel y Hamás. El "empate asimétrico" es un concepto importante que igualmente representa a algunas de las situaciones estratégicas pasadas de Israel. La asimetría actual proviene en primer lugar del hecho de que Hamás opera con las normas de una organización terrorista disparando indiscriminadamente contra civiles, mientras que Israel, que se rige por el derecho internacional, se limita a atacar sólo objetivos militares y trabaja para evitar dañar a personas inocentes.
Un segundo punto de asimetría tiene que ver con el objetivo de la confrontación y de la definición de la victoria. Hamás puede afirmar que interrumpe la rutina civil en todo Israel, dañando su economía y sus relaciones exteriores sin ser derrotado. Dada la asimetría de la vía militar, una no-derrota es, desde el punto de vista de Hamás, una victoria. Por lo tanto, la proyección de una imagen de la victoria es fácil: basta con mostrar los israelíes que se acuestan al lado de la carretera cuando las sirenas advierten de cohetes entrantes y las fotos de soldados muertos en batalla en las primeras planas de los diarios del país. Israel, en cambio, debe dar a Hamás un golpe realmente fuerte con el fin de alcanzar sus objetivos estratégicos.

Por otra parte, Israel goza de una ventaja cualitativa inconmensurable en términos de la potencia de sus sistemas de armas en comparación con los disponibles de Hamás y por lo tanto también la capacidad de escalar la campaña –un privilegio que Hamás ya ha perdido. Este aspecto de la asimetría se ha pronunciado, ya que Hamás ha reanudado su operación como un grupo terrorista de resistencia, después de haber entregado la responsabilidad de la Franja de Gaza de nuevo a la Autoridad Palestina y el gobierno de tecnócratas convocado tras el acuerdo de reconciliación con Fatah. El equilibrio interno de Hamás del poder ha cambiado a favor del ala militar, que ha reforzado su posición como el principal elemento de poder en la organización.

2) La estrategia defensiva: ambas partes han destacado en sus estrategias defensivas. Israel sorprendió a Hamás y al mundo en general con su capacidad para proporcionar una respuesta casi hermética a los ataques con cohetes de Hamás, detenidos por la exitosa Cúpula de Hierro. Gracias a la buena inteligencia y la actividad operativa eficaz, rápida, Israel ha frustrado la mayoría de las sorpresas de Hamás, en especial los ataques terroristas pretendiendo causar víctimas en masa y los secuestros a través de túneles excavados hasta Israel. Hamás se ha concentrado en la defensa de su ala militar y el liderazgo político, que han desaparecido bajo tierra en bunkers reforzados por debajo de las instalaciones civiles. Irónicamente, la "Cúpula de Hierro" que protege al ala militar de Hamás es la población civil de Gaza -la misma población que es alentada por Hamás a subir a los tejados de las casas y a permanecer en las proximidades de las actividades de fuego, y además, la utilización de escuelas y organismos civiles como escondites de su estructura de mando.

3) La preparación para la confrontación: Hamás se ha preparado bien para esta ronda de combates. Parece que ha estudiado la estrategia de Tzáhal y las herramientas operativas de las campañas de 2009 y 2012 y ha ideado una respuesta sistémica a ellos. El ejército israelí, que no inició el enfrentamiento actual, fue arrastrado a ella sin una estrategia actualizada, un ataque eficaz de apertura, nuevas ideas de operación, y con la comprensión suficiente de las razones del enemigo. Israel parece haber asumido que Hamás estaría presionado por el aumento del alcance y la intensidad de los ataques y por lo tanto se ve obligado a poner fin a la confrontación de una manera similar a la manera en que terminó rondas anteriores. Sin embargo, su renuncia a la responsabilidad en los frentes cívicos y políticos permitió a Hamás ignorar los ataques de Israel sobre el "Estado de Gaza" y concentrarse en cambio en la rama militar. Este cambio de enfoque de Hamás no penetró el pensamiento de Tzáhal, que se enfocó en los ataques aéreos en lugar de concentrarse en apuntar y disparar contra los comandantes del Hamás y las capacidades de su ala militar. Las Fuerzas de Defensa de Israel se aferraron a la idea de "otra ronda" y al uso graduado de la fuerza, en lugar de cambiar su paradigma y tratar esto como una confrontación diferente de las del pasado.

4) El logro de los objetivos: en el momento de escribir estas líneas, los objetivos estratégicos de las operaciones no se han alcanzado. Israel aún no ha formulado un enfoque sistémico y los instrumentos operativos ofensivos adecuados para alcanzar sus objetivos estratégicos. Hace diez días, Israel se vio obligado a actuar para alterar el equilibrio estratégico a la luz de la comprensión de que incluso los modestos objetivos de la operación presentados por el primer ministro -el restablecimiento de la calma, la rehabilitación de disuasión de Israel, y el enfrentamiento al ala militar de Hamás con un duro golpe- no se lograron por la fase aérea. Sin embargo, la maniobra de tierra limitada Israel orientada a destruir los túneles, tampoco ha cambiado radicalmente la situación. Esta fase, que neutraliza una capacidad estratégica Hamás significativa y por lo tanto le niega la oportunidad de escalar la situación, es muy importante, pero no es en absoluto suficiente. La supervivencia del ala militar de Hamás es un logro, junto con su capacidad para seguir el lanzamiento de cohetes en el frente civil de Israel a lo largo de los combates e incluso logrando interrumpir el tráfico aéreo civil a Israel. La incursión terrestre, que se ha desarrollado hasta el momento está lejos de maximizar el poder de Tzáhal, se concentra fundamentalmente en la actividad defensiva, y no está marcado por la creatividad necesaria-, mientras que Hamás ha interiorizado claramente las lecciones de las anteriores rondas. ¿Es el daño inadecuado al ala militar de Hamás, el resultado de fallas de inteligencia? O bien, si el daño es inadecuado, ¿se deriva de la preocupación justificada de no dañar a personas inocentes? ¿O es el supuesto operativo -que Hamás debe ser preservado como responsable de Gaza - simplemente incorrecto?

5) La importancia de la legitimidad: Israel goza de un alto grado de legitimidad, entre sus aliados, e incluso en el mundo árabe, derivado de la negativa de Hamás a aceptar "la calma mutua" del Primer Ministro Biniamín Netanyahu en los primeros días de la operación, su negativa a aceptar la propuesta de alto el fuego egipcio y el descaro con el que se ha violado el alto el fuego humanitario. No sólo el presidente Obama y la canciller Merkel apoyan el derecho de Israel a defenderse de los cohetes contra civiles; el Ministro de Relaciones Exteriores de Egipto indicó que Hamás es responsable de los civiles muertos en Gaza debido a su negativa a respaldar el alto el fuego aceptado por Israel. Al mismo tiempo, mientras que Israel puede tener la comprensión de los líderes occidentales, que no cuentan con el apoyo de la opinión pública internacional, afectados por las fotografías gráficas de la muerte y la destrucción civil procedentes de Gaza. Con la difusión de las fotografías tomadas durante el alto el fuego humanitario, la presión de la opinión pública se ha incrementado y se convierte en un tema de consideración para los decisores israelíes, aunque no en el mismo grado que

en los enfrentamientos anteriores

6) El aspecto regional - riesgos y oportunidades: hasta el momento, las preocupaciones y las previsiones de una escalada regional han resultado infundadas. Las manifestaciones de los árabes en Israel y en Cisjordania, en las dos primeras semanas de la operación no exceden el alcance de las manifestaciones antes de la operación. Con la tercera semana de la operación, aparecen los primeros signos de un mayor malestar a la superficie, junto con víctimas mortales en la Ribera Occidental. Sin embargo, el supuesto es que una tercera Intifada violenta no es la opción preferida por el presidente Abbas y sus líderes en Ramallah. Su costo se entiende y representa un serio obstáculo. Los pocos cohetes disparados desde el Líbano y Siria no abrieron un segundo frente, e Israel contuvo bien estos eventos aislados. Los cohetes fueron lanzados por pequeñas organizaciones marginales palestinas incapaces de establecer otro frente en llamas. Ni Hezbollah, enredado en la lucha contra los yihadistas en Siria, ni Assad abrirán un frente militar en nombre de Hamás, que hace dos años abandonó el eje radical pro iraní. Las conversaciones nucleares con Irán, que se extendieron la semana pasada, no terminaron en una crisis o en un "mal acuerdo", desviando así la atención de Israel. Además, la crisis puso de manifiesto el conjunto regional de alianzas e intereses que se superponen. El hecho de que Israel, Egipto, la Autoridad Palestina y los estados árabes del Golfo (excluyendo Qatar) están alineados en contra de Hamás y sus aliados representan oportunidades para la actividad diplomática y financiera contra Hamás y la canalización de otras cuestiones en una dirección positiva en la arena palestina más amplia.

Seis recomendaciones para la acción
1) Cambiar del supuesto básico de que Hamás debe ser preservado como la entidad responsable de Gaza: este supuesto causa un daño múltiple: previene daños extremadamente duros a Hamás a menos que caiga; hace que Hamás crea que puede extender los combates sin pagar por ello con su propia muerte; y evita la posibilidad a largo plazo de la restauración de la Autoridad Palestina como el poder dominante de Gaza. La suposición de que si Hamás cae será sucedido por los grupos más radicales requiere un análisis más detallado. ¿Qué organización puede amenazar a Israel más que Hamás y disparar cohetes más allá de Haifa? ¿Qué elemento puede cavar decenas de túneles terroristas? Es hora de repensar las previsiones del fin del mundo de "un tsunami global de la Yihad" que no se ha materializado en el pasado- ni desde Afganistán a Irak, ni desde el Sinaí hasta el Golán. Cualquier organización radical que tome el control de Gaza tras el colapso de Hamás tendría que pasar años desarrollando la infraestructura terrorista que ya ha construido.

2) Presión militar continua -tanto desde el suelo y el aire- para infligir graves daños en el ala militar de Hamás: Una vez que nos sacudimos el supuesto de que Hamás debe ser preservado como responsable en Gaza, la atención debe centrarse en la ampliación de la acción militar para hacer frente a duro golpe a la rama militar de Hamás. El ala militar lo impide con el alto el fuego y, por tanto, debe ser golpeada y debilitada.
La entrada de las tropas de tierra ya ha dado lugar a algunos logros: el descubrimiento y destrucción de túneles, un daño limitado al ala militar, y el aporte que ha dado una nueva inteligencia de alta calidad. Aún así, la campaña terrestre actual no es una maniobra que perturba el equilibrio del enemigo. Así, la campaña debe continuar, y Gaza debe ser seccionada en diferentes unidades. Esto generaría presión en áreas específicas desde las que Hamás está disparando y en los cuales tiene una presencia militar significativa. Maniobras sorpresa, la destrucción de los sitios de lanzamiento de cohetes, la evacuación de la población civil, y la inteligencia y esfuerzos operativos para llegar a la fabricación de Hamás, centros de lanzamiento y de comando y control son todos movimientos necesarios. El liderazgo de Hamás debe decidir que un alto el fuego es preferible a la continuación de los combates. Debe sentir que el nudo se está apretando y que Tzáhal lo está cerrando.

3) Trabajando hacia un equilibrio inequívoco a favor de Israel: el fin de la campaña contra Hamás con un estancamiento estratégico proyectaría debilidad israelí en otros lugares también. Hamás es el enemigo más débil de Israel. Hezbollah tiene muchos más misiles y cohetes y muchas más cabezas de mucha mayor precisión.
Damasco y Teherán también estudiarán los resultados de la campaña actual. Sin duda, todos los ámbitos tienen sus características particulares y la disuasión de Israel contra los Estados es mucho más eficaz que contra las organizaciones terroristas.
Sin embargo, una campaña interminable y sin una decisión clara, en la que Israel lleva a cabo una maniobra de tierra limitada, dejando a su enemigo con capacidades militares estratégicas, ya que está protegido por la población civil, y el fracaso para destruir el ala militar de Hamás y sus liderazgos civiles son sólo algunos de los factores que constituyen el saldo final susceptible de erosionar la disuasión de Israel y llevar a otros enfrentamientos en estadios mucho más complejos que los de Gaza. La lógica sistémica conduce a que Hamás debe pagar un precio infinitamente alto, no sólo en infraestructuras, sino sobre todo en sus componentes clave de la fuerza, la dirección y el mando militar de alto rango, y contra su capacidad de atacar al Estado de Israel.

4) La prevención de la acumulación futura es esencial para un largo período de calma: Ni la Operación Plomo Fundido, ni Operación Pilar de Defensa crearon mecanismos eficaces para la prevención de la posterior acumulación de fuerza de Hamás. Es fundamental entender que, sin atender a la fuerza la acumulación, la próxima ronda será pospuesta sólo la disuasión. La disuasión de Israel contra Hezbollah es extremadamente fuerte (gracias a varios factores: el golpe a Hezbollah fue propiciado en 2006, que superó con creces lo que se espera; su responsabilidad para con el Estado libanés; las sensibilidades intra -étnicas en el Líbano, y el hecho de que no tiene ninguna legitimidad para atacar a Israel).
Contra Hamás, la disuasión de Israel no era lo suficientemente eficaz y no garantizó un largo periodo de calma. Por tanto, es importante asegurarse de que la rehabilitación de la fuerza de Hamás sea muy lenta o inexistente. El hecho de que Egipto sea actualmente efectivo en la prevención del contrabando, son necesarios acuerdos con otros países árabes para oponerse a la futura acumulación de fuerzas de Hamás, y debe contemplarse el derecho de Israel a actuar en contra de su rearme con cohetes. Todo esto debe ser parte de cualquier acuerdo al final de la Operación Margen Protector.

5) Poner fin al bloqueo económico: parte de la resistencia constante de Hamás se explica por sus voceros: "No tenemos nada que perder; la situación en Gaza es tan grave que no tenemos miedo de los golpes militares o de la ocupación israelí." Esta es propaganda que no va a sobrevivir a la prueba de más presión sobre Hamás.
No obstante, en cualquier futuro acuerdo, corresponde a Israel distinguir entre el bloqueo económico, que debe relajarse, y el cerco militar, que se debe cumplir estrictamente. Dondequiera que haya una tensión entre el desarrollo económico de Gaza y la posible acumulación de la fuerza, la prevención de cualquier acumulación de fuerza debe ser primordial. El desarrollo económico de Gaza es de interés israelí. Brindará una situación más positiva a la población de Gaza, reducirá el apoyo al terrorismo basado en la desesperación, y recordará a los habitantes de Gaza los costes que tendrán que pagar en otra ronda de violencia. Por lo tanto, Israel debe contar con la comunidad internacional y los países árabes moderados en un proyecto de desarrollo económico de Gaza.

6) Un horizonte político: En contraste con la declaración cliché de que no existe una solución militar para el terrorismo, Israel ha demostrado que puede resolver las amenazas terroristas militarmente. No obstante, la solución política es siempre preferible. Dicho esto, una solución política sin una posición militar ventajosa y la comprensión de la otra parte que una confrontación militar no promoverá su objetivo político sólo puede fallar. La solución política a largo plazo para Gaza es el continuo debilitamiento de Hamás - económico, político y militar- y la creación de mejores alternativas políticas, tanto para los palestinos e Israel. Si, después de la Operación Margen Protector, se ha logrado debilitar a Hamás militarmente, así, será posible - junto con Egipto, los Estados árabes moderados, y la comunidad internacional -que la Autoridad Palestina entre de nuevo a Gaza, garantice el desarrollo económico allí, y con el bloqueo gradualmente levantándose.

*Jefe de INSS (Instituto de Estudios de Seguridad Nacional, Universidad de Tel Aviv)

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El orgullo de ser «genocida» Por Alberto Mazor .

Cinco líderes del Mercosur, Cristina, Dilma, Pepe, Evo y Nicolás, acusaron a Israel en Caracas de llevar adelante «una política genocida contra el pueblo palestino» sin siquiera mencionar a Hamás.

Confieso que estos cinco mandatarios plenamente identificados con los valores de la «revolución bolivariana» (a Pepe lo conocí personalmente y lo admiro), hicieron que yo, nieto, sobrino y primo de una gran cantidad de víctimas del Holocausto nazi - nunca pude saber cuantas -, por primera vez, me sienta orgulloso de ser «genocida».

Hacen ya varias decenas de años que escribo sobre el conflicto entre israelíes y palestinos sin miedo de ahorrar críticas hacia unos y otros. Pero en esta oportunidad, ¿cómo explicarán estos señores y señoras que por primera vez en todo el mundo árabe nadie sale a las calles para protestar contra Israel?

¿Cómo explicarán que hace un mes atrás, el presidente de la Autoridad Palestina, Mahmud Abbás, condenó abiertamente a Hamás y lo acusó de traidor a la causa en un foro económico en Arabia Saudita?

¿Cómo explicarán que la Liga Árabe acusó a Hamás - no a Israel - de cometer crímenes de guerra.

¿Cómo explicarán que ni Egipto ni Jordania llamaron a sus embajadores para «consultas», tal como lo hicieron Ecuador, Perú, Nicaragua y Chile?

¿Cómo explicarán que Egipto declaró a Hamás, brazo de los Hermanos Musulmanes, «organización terrorista».

¿Cómo explicarán Cristina Fernández y Héctor Timerman que alertaron a Israel de «tener cuidado» con los 5 o 10 argentinos que prestan servicios humanitarios en Gaza, pero se «olvidaron» de advertir a Hamás, que lanzó casi 3.000 misiles en tres semanas sobre todo Israel, de «tener cuidado» con los más 100.000 argentinos que viven en el Estado judío, de los cuales cientos de ellos son eximios médicos que no dudan en tratar durante años a miles de palestinos de Gaza, Cisjordania (terroristas incluidos) y sirios, heridos por las guerras interminables contra nosotros o contra ellos mismos, o simplemente enfermos graves, como lo hicieron recientemente con la esposa del propio Abbás en el centro médico más moderno del país.

¿Cómo explicarán que mientras en cuatro semanas del conflicto «Margen Protector» murieron en un «genocidio» (desgraciada y lamentablemente),1.400 palestinos, sólo en esta semana perdieron la vida 1.700 sirios, que cinco de los líderes de Mercosur ni siquiera nombraron en su «declaración», mientras el venezolano Maduro, corre ve y dile de Chávez, elogiaba a Hamás y volvía a manifestar su «apoyo total» a Assad, responsable directo por la muerte de casi 200.000 personas (25.000 niños), cientos de ellas por el uso de armas químicas.

¿Cómo explicarán el «éxito» del memorándum firmado entre Argentina e Irán, del cual surgió la notable «Comisión de la Verdad» que debe investigar y llevar a la Justicia a los sospechosos del atentado a la AMIA, del cual, después de 20 años, todavía no hay nadie encarcelado?

¿Cómo explicarán que el escritor «genocida» israelí, Amós Oz, haya afirmado que «en vista de los continuos ataques con cohetes de Hamás contra civiles israelíes, no hay otra alternativa que una operación militar en Gaza».

¿Y cómo explicarán que en un momento de suma inspiración bolivariana, el Comandante Chávez le regaló al «libertador» Muammar Gaddafi, nada más y nada menos que el sable de Simón Bolivar, mientras éste, seguramente, se revolvía en su tumba y volvía a exclamar: «¡Aré en el mar!».

Pero como siempre, en Sudamérica, hay una luz. Paraguay, mientras lo dejaron, así lo fue. Y también en esta oportunidad no pudo levantar su mano a favor de semejante barbaridad. Aunque deberá cuidarse y mucho. A este paso, Cristina, Pepe y Dilma, inspirados por la sabiduría histórica y los intereses económicos de personajes siniestros como Bartolomé Mitre, Venancio Flores y Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxías), podrían organizar la segunda versión de la «Guerra de la Triple Alianza».

Pero, pensándolo bien, ¿para qué hacerlo con Paraguay si existe Israel?

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