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                                                 LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.
 
 
Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.
 
Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.

                                                                      Áreas de Atuação
 
É possível utilizar a arbitragem nas mais diversas áreas, tais como:

Comércio Internacional • Todos os Contratos que sejam de Mercancias e Serviços  Comércio Mercosul • Todos os Contratos que versem sobre bens ou serviços Condomínio • Interpretação de Cláusulas da Convenção Condominial • Despesas Condominiais Consórcio • Verificação de saldo devedor • Restituição de parcelas • Verificação do valor da parcela Contratos • Compra e venda • Promessas e/ou compromisso • Cumprimento da Obrigação e/ou inadimplemento • Arrependimentos de Construção • Incorporação imobiliária • Transporte • Parceria rural • Loteamento E-commerce • Compras via Internet Mercado de Consumo • Contratos de Adesão • Serviços defeituosos • Propaganda enganosa • Cláusulas abusivas • Seguros (Auto, Vida etc.) • Serviços de Natureza Bancária Franchising • Interpretação de cláusulas • Valores pactuados • Eventuais modificações por efeito estranho Locação Comercial • Renovação de locação • Valor do aluguel • Infração contratual • Fundo de comércio Locação Residencial • Valor do Aluguel • Interpretação contratual • Revisão da Locação Marcas e Patentes • Contrafação de marcas • Nome Comercial Posse • Vizinhança • Servidão • Manutenção • Esbulho • Turbação Propriedade Intelectual • Direito Autoral Relações Trabalhistas • Contrato de Trabalho • Dissídios individuais • Convenções coletivas Representação Comercial ou agentes • Interpretação de contratos – bens e/ou serviços • Extensão territorial, exclusividade etc. Responsabilidade Civil • Acidentes de trânsito • Perdas e Danos • Lucros cessantes • Dano comercial • dano estético • erro médico • Dano moral • Dano ambiental • Abalroamento Sociedade Comercial • Dissolução de sociedade • Conflito entre quotistas • Apuração do valor patrimonial Sociedade por Ações • Acordo de acionistas • Acionistas minoritários • Apuração do valor patrimonial Vizinhança • Limites • Demarcação • Divisão

 

As vantagens da Arbitragem, aplicada em um Tribunal Arbitral, são numerosas:


•Eficácia (mesmo valor da sentença estatal); • Agilidade (prazo máximo de seis meses); . Especialização (conferida pela presença de árbitros-peritos); • Sigilo (garantido pela Lei 9.307/96); . Prevalência da autonomia das partes (elas que escolhem os árbitros); • Além disso, o menor tempo gasto viabiliza economicamente a utilização da arbitragem.• O clima em que é desenvolvida a arbitragem é menos formal e mais flexível do que a justiça comum; • Não há o trauma jurídico e o rigor processual presentes na justiça comum. Normalmente as partes voltam a realizar outras negociações. • A Arbitragem permite o desafogamento do judiciário. Consequentemente, proporcionará melhores condições para que o judiciário se dedique aos litígios que envolvam interesse público ou direitos indisponíveis.

 

Contato:

 

Antonio Carlos Calçada
Mail : juizoarbitral.lex@gmail.com

Fone: 11 - 97376289

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                                                 LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.
 
 
Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.
 
Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.

                                                                      Áreas de Atuação
 
É possível utilizar a arbitragem nas mais diversas áreas, tais como:

Comércio Internacional • Todos os Contratos que sejam de Mercancias e Serviços  Comércio Mercosul • Todos os Contratos que versem sobre bens ou serviços Condomínio • Interpretação de Cláusulas da Convenção Condominial • Despesas Condominiais Consórcio • Verificação de saldo devedor • Restituição de parcelas • Verificação do valor da parcela Contratos • Compra e venda • Promessas e/ou compromisso • Cumprimento da Obrigação e/ou inadimplemento • Arrependimentos de Construção • Incorporação imobiliária • Transporte • Parceria rural • Loteamento E-commerce • Compras via Internet Mercado de Consumo • Contratos de Adesão • Serviços defeituosos • Propaganda enganosa • Cláusulas abusivas • Seguros (Auto, Vida etc.) • Serviços de Natureza Bancária Franchising • Interpretação de cláusulas • Valores pactuados • Eventuais modificações por efeito estranho Locação Comercial • Renovação de locação • Valor do aluguel • Infração contratual • Fundo de comércio Locação Residencial • Valor do Aluguel • Interpretação contratual • Revisão da Locação Marcas e Patentes • Contrafação de marcas • Nome Comercial Posse • Vizinhança • Servidão • Manutenção • Esbulho • Turbação Propriedade Intelectual • Direito Autoral Relações Trabalhistas • Contrato de Trabalho • Dissídios individuais • Convenções coletivas Representação Comercial ou agentes • Interpretação de contratos – bens e/ou serviços • Extensão territorial, exclusividade etc. Responsabilidade Civil • Acidentes de trânsito • Perdas e Danos • Lucros cessantes • Dano comercial • dano estético • erro médico • Dano moral • Dano ambiental • Abalroamento Sociedade Comercial • Dissolução de sociedade • Conflito entre quotistas • Apuração do valor patrimonial Sociedade por Ações • Acordo de acionistas • Acionistas minoritários • Apuração do valor patrimonial Vizinhança • Limites • Demarcação • Divisão

 

As vantagens da Arbitragem, aplicada em um Tribunal Arbitral, são numerosas:


•Eficácia (mesmo valor da sentença estatal); • Agilidade (prazo máximo de seis meses); . Especialização (conferida pela presença de árbitros-peritos); • Sigilo (garantido pela Lei 9.307/96); . Prevalência da autonomia das partes (elas que escolhem os árbitros); • Além disso, o menor tempo gasto viabiliza economicamente a utilização da arbitragem.• O clima em que é desenvolvida a arbitragem é menos formal e mais flexível do que a justiça comum; • Não há o trauma jurídico e o rigor processual presentes na justiça comum. Normalmente as partes voltam a realizar outras negociações. • A Arbitragem permite o desafogamento do judiciário. Consequentemente, proporcionará melhores condições para que o judiciário se dedique aos litígios que envolvam interesse público ou direitos indisponíveis.

 

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Antonio Carlos Calçada
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Descoberto um rio em Jerusalém

Jerusalém terá uma nova linha ferroviária, e no processo, os geólogos encontraram um rio subterrâneo de grandes dimensões.

Escavadeiras estavam a cavar uma nova estação ferroviária subterranea no centro de Jerusalém quando os geólogos decobriram o maior rio subterrâneo já encontrada em Israel. E enquanto seus desfiladeiros profundos e cachoeiras podem ser um impressionante achado para os cientistas, não contém uma quantidade significativa dos fluidos precioso para afectar o equilíbrio de água nesta cidade tradicionalmente seca.

"Nós encontramos um rio bonito" disse o Professor Amos Frumkin, chefe da Unidade de Pesquisa Caverna do Departamento da Universidade Hebraica de Geografia, disse à The Line Media.

"Em termos de Israel, é a maior corrente subterrânea que já vi. É uma espécie de canyon que foi cortado pelo córrego da água durante um longo período de tempo, talvez milhões de anos ", disse Frumkin.

Frumkin e sua equipe foram chamados por Israel Railways após seus engenheiros terem escavado por acaso uma caverna de 80 metros (260 pés) do eixo perto do centro de convenções da cidade, e a principal estação de ônibus central que está sendo perfurado para uma estação ferroviária subterrânea que servirá Jerusalém-Tel Aviv.

"Quando chegaram à profundidade de 75 metros que cortaram a esta caverna acidentalmente. A água começou a fluir para este eixo e tinham alguns problemas, até que encontraram uma solução de engenharia e nos chamou ", disse Frumkin.

"Nós fomos os primeiros, ninguém nunca pôs os pés dentro desta caverna. No entanto, não foi muito fácil. Isso significava rastejar na lama e alguns rapel em cordas era necessário. Então, você precisava de algumas técnicas de espeleologia ", disse ele. "Foi lindo. Um canyon de mais de 200 metros de comprimento e que nunca chegou ao seu fim. Encontramos algumas cachoeiras no interior, que era bom para o nosso país árido. "

Jerusalém não é conhecida por suas fontes de água e só há uma ponto importante na cidade, o Giom bíblica, que tem sido gurgling desde antes do tempo do rei Davi. Com uma população de cerca de 700.000, Jerusalém recebe a água bombeada a partir do aquífero costeiro.

Frumkin disse que a caverna parece ter sido desenvolvida depois que a água se infiltrou na superfície e dissolveu o calcário subjacente. Enquanto outras grandes cavernas foram descobertos em Israel, este era o único com água corrente.

"Esta é a mais longa com um córrego ativo que flui através dele. Todas as cavernas de estalactites outros em Israel são, sem qualquer fluxo de água hoje. Eles são apenas gotas de água do teto e do córrego que formou a caverna já desaparecidas por causa de mudanças geológicas e hidrológicas nas montanhas ", disse ele.

"Ela ainda está ativa por um fluxo que continua se formando na caverna e isso não é muito comum em Israel. É muito mais comum em outros países que são mais úmidas, como Europa e Estados Unidos e países tropicais ", disse Frumkin.

Frumkin disse que a caverna foi em alguns pontos algumas dezenas de metros de altura e especulou que a água se originou a partir da superfície e foi provavelmente a água da chuva e, possivelmente, vazamento de canos e até esgoto. Ao contrário de uma caverna descoberta há poucos anos no centro de Israel que continha crustáceos até então desconhecido, a caverna de Jerusalém foi encontrado para hospedar alguns micróbios, mas não outras formas importantes de vida nesta caverna.

"O estudo da caverna pode nos ajudar a entender o mecanismo preciso pelo qual a água flui através do aqüífero na região de Jerusalém", acrescentou.

Ele disse que os esforços estavam em andamento para selar a entrada da caverna para que o canal de água poderia ser preservada, sem comprometer o projecto ferroviário.

"A estação de trem será construída, mas acredito que também podemos preservar a caverna através da construção de algumas porta de entrada para selar a caverna e para permitir a entrada a quem precisa chegar a ela por um motivo ou outro. Assim, a caverna não serão perdidas ", disse ele.

Esta história foi impresso pela primeira vez no The Line de mídia , a fonte de notícias do Oriente Médio.


11419590080?profile=originalFonte: Jornal Ha'Aretz                                                                                      Foto: A. Frunkin
Matéria publicada em 01.06.11

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Links de Ódio Por Dra. Adriana Dias *

O Ódio on-line

Há mais de oito mil sites racistas, neonazistas e revisionistas na Internet – cerca de quinhentos em domínio brasileiro. Alguns atingem a marca de dois milhões de visitas mensais para cento e quarenta e cinco mil endereços de IP distintos. Em vários deles há mais de cento e cinqüenta links para outras URLs de discurso semelhante, tecendo uma verdadeira rede, na qual se inserem: narrativas pessoais em blogs; exaltações a símbolos específicos em fóruns; discussões; material de divulgação dos movimentos – para ser “esquecido” dentro de livros em bibliotecas públicas (NLNS, TV); cartoons; músicas; imagens; textos que objetivam “formar líderes arianos” (NA, ANS, RC, NLNS, AARG); livros para colorir a fim de permitir o “encantamento das crianças arianas com a história e a força” (NA) de sua raça; listas de discussões para ensinar as “mulheres arianas” a não se comportarem como “um bando de judias briguentas” (WAU).

Arcabouços do ódio

À medida em que, nos últimos quatro anos, fui me aproximando deste universo singular esta teia foi se revelando um arcabouço de representações, valores e crenças, expresso nos sites por um léxico específico que coordena relações de “inclusão e exclusão, distância e proximidade e associação e dissociação”.

Estas relações, ora articuladas a referências que se pretendem científicas por se valerem de uma gramática biologista associada à “verdades absolutas” ora cifradas em códigos simbólicos demarcados numa atmosfera profundamente mítica, estabelecem condições para que seu léxico se pretenda irrefutável.

Nos sites analisados, o discurso racista regula, seleciona, organiza, redistribui e articula poderes e perigos: a supremacia racial branca está no epicentro das discussões acerca dos poderes e a ameaça de sua extinção, em particular pela possibilidade de casamentos inter-raciais ou por adoção de crianças negras, emoldura as discussões a respeito dos perigos. Há um direito de falar privilegiado ou exclusivo, exercido apenas pelos responsáveis dos sites, geralmente líderes de movimentos “que lutam pelos ideais da supremacia ariana” (EM, NA, V88), ou por militantes destes movimentos, freqüentemente para narrar como se descobriram portadores do “precioso sangue” (3W) e como esta descoberta transformou sua vida, afastando-os dos perigos que envolvimentos afetivos com judeus ou negros apresentariam. Os sites delimitam tabus: qualquer tentativa de se tecer um mínimo elogio a negros e judeus , em fóruns ou listas de discussão, provoca reações fortíssimas; muitas vezes expulsões. Nos relatos, exemplos peculiares de narrativas rituais, o processo de “se descobrir ariano (HLOBO)” ganha status de iluminação, e a vida, a partir desta descoberta, um “real sentido” (JNS). Outro interdito aparece nas linhas, por vezes nas entrelinhas: é preciso cuidar para que “a liberdade de expressão não seja castigada pelo poder público” (NLNS, AARG).

“Lógicas” racistas

No presente texto situo o discurso racista no campo digital e credito aos sites escolhidos o lugar de “bons para pensar”, pois leio a radicalização discursiva de suas apresentações hipertextuais, inserida intencionalmente por seus agentes no atual contexto de discussão acerca de diferenças. Este contexto ultrapassa os limites dos sites racistas, e pulveriza a discussão acerca de identidades raciais no campo digital, conduzindo-a para lugares não habituais para discussão do tema, como por exemplo, comunidades do Orkut formadas com outros interesses, blogs pessoais de pessoas não ligadas aos movimentos racistas ou anti-racistas, páginas de notícias, piadas, cartoons, listas de discussão diversas, fóruns que versam a respeito dos mais diversos assuntos, a exemplo de telenovelas e jogos de futebol.

As ciberepresentações em torno da temática “raça” (nas quais proliferam elementos gráficos, tecnológicos e textuais), se relacionam com outras dimensões do campo digital, por meio do link. Navegando pelos links, de qualquer ponto do campo digital em que se discuta raça, se chegará, em algum momento, a um dos sites apresentados no presente discurso, ainda que a totalidade do universo expressa pelos sites racistas seja desconhecida pela grande maioria dos internautas. Ao mesmo tempo o link interliga, intercomunica, interdita e intersecciona. Garante multidimensionalidade, pois fornece a possibilidade da conexão de qualquer ponto a qualquer outro ponto; mas ao mesmo tempo em que isto significa expansão, também pode significar limitação, pela impossibilidade de abarcar-se o todo, partindo-se de qualquer ponto. O todo, no campo digital, não existe: milhões de links são criados todos os dias, apontando para páginas que existem ou não, para páginas que serão criadas, para páginas que já saíram do ar, numa bifurcação contínua que frustra qualquer intenção totalizadora. Qualquer análise do ciberespaço deve levar em conta esta descontinuidade expressa no link, a Scheerazade do mundo virtual, e haverá sempre mais uma história, uma outra narrativa, e outra ainda, num fluir que apenas aponta a imensidão desse oceano do ódio onde encontrei os sites racistas, as ilhas em que venho desenvolvendo a etnografia que dá origem ao presente texto.

Tomando estes sites, seus discursos e os internautas que neles interagem como “informantes”, pretendo, sob o olhar antropológico, discutir os sites pesquisados, suas representações, e apresentar como constroem identidades para si e para seu Outro (o Judeu e o Negro, especialmente), e como, para empreender tal tarefa se valem de duas estratégias: a primeira, fundamentada num discurso que se pretende científico e biológico e a segunda em articulações míticas e rituais. É importante, salientar, no entanto, que estas estratégias se articulam formando estereótipos e “lugares” raciais que se pretendem tanto científicos, históricos e biológicos, como espirituais, míticos, esotéricos.

Tentativas de simplificar realidades

Neste sentindo tais estratégias buscam uma “simplificação” das relações sociais no sentido em que Homi K Bhabha a utiliza o termo: não como uma falsa representação da realidade, mas como “uma forma presa, fixa, de representação”. Nos sites racistas muitas vezes as idéias são emolduradas desta forma:

1. “É simples: nosso mundo é hierárquico.” (WAU);

2. “Nós nos vemos como parte integral de um mundo único à nossa volta, que evolui de acordo com as leis naturais. Nas palavras mais simples: Há somente uma realidade, a qual nós chamamos de Natureza; não a ‘minha ou a sua realidade, mas a nossa realidade’. (NA) “Raça é o conjunto de indivíduos que compartilham entre si as mesmas características genéticas, culturais e históricas. [...] Nenhuma mestiçagem é boa, miscigenação significa suicídio racial, representa o fim das características de ambos os elementos raciais envolvidos e o surgimento de uma criatura sem identidade alguma. A natureza é sábia e colocou cada raça em um continente, isto não ocorreu por acaso. [...] Cremos firmemente que a Raça Branca Ariana é superior as demais raças, mas isto não deve ser visto como algo que vá contra a natureza, pois a superioridade de certas espécies sobre outras é parte da hierarquia natural.” (V88).

“Nossa raça é nossa nação”

Esta tentativa de “simplificar” a realidade social, posiciona a idéia de raça como um “lugar”, dado por uma “natureza sábia” (V88), uma “realidade metassocial ou física “, e valida nos sites em questão, como diferenças “naturais, biológicas” (NA) entre os grupos sociais por ela definidos, diferenças estas que se estenderiam a partir de origens “genômicas” (NA, WAU, JNS, V88, SWP, 3W) a aspectos culturais, sociais, políticas, psíquicas, morais e comportamentais. Esta “simplificação” é necessária, para preencher a idéia de “raça” possibilitando-a como força articuladora de legitimações de sentido e justificativa primeira das práticas sugeridas aos agentes, lhes emprestando o contorno que assegure a legitimidade e a reprodutibilidade que seu discurso crê como premissa. Neste sentido, refletem um “conteúdo previamente conhecido e fixo”, expresso por uma “essência particular, sujeita a certas regularidades que serão entendidas como regras ou leis da natureza”. Para cada “essência particular”, estereotipada numa “raça” existiria, advogam os sites em questão, um lugar “natural”, no “nosso mundo naturalmente hierárquico” (NA). Os sites afirmam explicitamente:

1. “Não existe Nação.” (NA, Nar, ANS, V88, NLNS, LEANDRO);

2. “O Brasil não é uma nação, visto que seu povo não possui identidade comum alguma. Nossa nação é nossa raça. Lutamos pela sobrevivência e desenvolvimento da mesma, independentemente de circunscrições territoriais.” (V88).

“Também sempre frisamos a importância de pararmos de pensar em termos de país (Brasil) e começarmos a raciocinar exclusivamente em cima da questão racial. NOSSA RAÇA É NOSSA NAÇÃO.” (V88).

“Nação e pátria estão diretamente relacionados a laços culturais e raciais. Os judeus por exemplo sabem muito bem disso e onde quer que vivam, sempre consideram Israel como sua pátria.” (V88).

Esta espacialização da idéia de raça, expressada na idéia de que “nação possui uma conotação racial e cultural” e que ambas derivam de uma “realidade genética”, desembocam no “fato” (NA) de que “as classificáveis raças humanas” (JNS, 3W) se hierarquizariam intelectual, moral, cultural, psíquica, espiritual e fisicamente. Esta hierarquização é defendida, nos sites analisados, alicerçando-se num discurso “naturalizante”. Esta hierarquia, definida pelos sites racistas, e neles emoldurada como “natural e mítica” (NA, WAU, NSWP, 3W, V88) constrói-se num discurso que se arvora científico por valer-se de uma abordagem biológica evolucionista.

Desagregando a sociedade humana

Privilegiando estas definições, geram-se relações conceituais e para as mesmas os sites defendem uma agenda: projetos sociais, posturas políticas, engajamentos ideológicos. Esta adoção de uma visão equivocada da biologia humana estabelece, para os sites analisados, uma justificativa para a “subordinação permanente de outros indivíduos e povos e, no limite, para eliminá-los se necessário, utilizando-se de todos os meios para manter um espaço branco” (NA):

1. “Cada um de nós é membro da raça Ariana (ou Européia), “…e desenvolveu suas características especiais ao largo de milhares de anos”, “…a fez avançar pelo seu caminho evolucionário”. [para] “…sobreviver a um inverno requeria planejamento e autodisciplina, avançaram mais rapidamente no desenvolvimento de suas faculdades mentais mais elevadas – incluindo as habilidades para conceptualizar, resolver problemas, fazer planos para o futuro e adiar a gratificação – do que aqueles que permaneceram em um clima relativamente invariável dos trópicos”. [as] “…raças variam hoje em suas capacidades para construir e manter uma sociedade civilizada e, mais em geral, em suas habilidades para ter uma mão consciente à Natureza na tarefa da evolução”. “…somos conscientes de nossa própria natureza e nossas relações com o resto do mundo, nós temos uma inevitável hierarquia de obrigações e responsabilidades. A natureza tem refinado e polido as qualidades especiais corporizadas na raça Ariana para que pudéssemos ser mais capazes de cumprir totalmente a missão que nos foi designada”… “Finalmente, nós temos uma responsabilidade com nós mesmos de sermos os melhores e mais fortes indivíduos que possamos ser. Nós nos vemos como parte da Natureza, sujeitos às leis da Natureza. Nós reconhecemos as desigualdades que se produzem como conseqüências do processo evolucionário e que são essenciais ao progresso em cada esfera da vida. Nós aceitamos as responsabilidades como homens e mulheres Arianos de lutarmos para o avanço de nossa raça a serviço da Vida, e de sermos os instrumentos mais adequados que possamos ser para esse propósito”. (NA)

“Esse é um dos nossos objetivos, mostrar a todos que as diferenças entre Homem e Mulher são necessárias porque guerreiros e mães são necessários para todas as sociedades. Ao longo da história, ambos, guerreiros e mães, lutaram para o mesmo fim, proteger a nossa terra, o nosso lar e o mais precioso de tudo, as nossas crianças, o nosso futuro”. (WAU)

“Há uma luta para manter a própria natureza em estado evolucionário e hierárquico (estabelecido pela hierarquia entre raças), luta esta construída de maneira também hierárquica (diferentemente para homens e mulheres) a fim de garantir às ‘desigualdades que se produzem como conseqüências do processo evolucionário’ (portanto naturais e legitimáveis), o seu direito de se reproduzirem como desiguais”. Este direito se coloca “a serviço da Vida” e, neste sentido, pretende-se o “ariano” como “instrumento” que serve a tal “propósito”. O discurso fala de uma “Vida” que “deseja a si mesma”, e que em seu desejo “hierárquico” utiliza as “desigualdades naturais entre raças” para atingir seu êxtase evolucionista. Deste êxtase participam “homens e mulheres arianos”, necessariamente nesta ordem, não como sujeitos desta “vida hierarquizada”, mas como seus objetos, reificados por uma vida imersa em fetichismo. A eles, o lugar de guerreiros; a elas, o lugar de mães. A ambos o dever de preservar o futuro: a criança branca. “Devemos assegurar a existência do nosso povo e um futuro para as crianças brancas!” Estas 14 palavras, construídas por David Lane, se repetem em praticamente todos os sites e adquirem a forma de mantra. A defesa desta criança portadora da “raiz mitocontrial ariana” (SWP) se aloja na pauta de discussão acerca de identidades, emoldurada na contemporaneidade pela volta ao biologismo, no qual o léxico genômico se destaca. O discurso racista privilegia o evolucionismo e a genômica determina a pauta dos fóruns:

Pergunta: “…meu primo tem características genéticas italianas e portuguesas, mas também indígenas (em pequena quantidade). Ele possui pele branca e tem características predominantemente européias, porém, sei que ele também possui genes provenientes dos povos indígenas, devido a impurificação de sua mãe”. Resposta: “…a pessoa em questão seria 1/8 indígena, em geral os traços de miscigenação costumam aparecer até a 4ª ou 5ª geração, …só podemos considerar ariano o que apresentar menos de 32% de material genético não ariano. …Indivíduos com evidentes traços de mestiçagem foram taxados pelo suspeito teste de DNA como tendo 98 ou 99% de origem caucasiana, a nosso ver isto é simplesmente impossível. Não sabemos se o erro foi do teste ou se houveram distorções na redação e edição da matéria (é sabido que Veja se vendeu a mídia judaica), é possível que o teste utilizado na época fosse falho”. (V88)

“Sou filho de brancos, neto de brancos, sou caucasiano, eu posso ter uma mitocôndria negra? ou talvez um gameta negro, ou células negras?” (CORK – Poder Branco). “Não seria melhor para a humanidade evitar a reprodução de genes ruins (como os meus) e incentivar a reprodução de pessoas com genes bons?” (CORK Biologia vc Racismo)

“Paradoxalmente, o racismo – discriminar o outro por critérios raciais – pode ter surgido pelos mecanismos evolucionários de seleção de comportamento. Num ambiente ancestral em que éramos organizados em bandos disputando os mesmos recursos, fazia sentido identificar quem fosse diferente do bando, e tratá-lo de forma diferenciada. Acredito que esses mesmos mecanismos estejam presentes na organização do nosso cérebro atual, e que estejam intimamente ligados ao racismo”. (CORK Biologia vc Racismo).

Moldura mítica

Outro mecanismo articulado pelos sites, para validar sua agenda de lutas é o de se amparar numa moldura mítica para configurar um espaço de incorporação de regras, valores, gostos, idéias, símbolos. Neste sentido, expressam de forma elucidativa o processo que depende das “tomadas de posição pela intermediação do espaço de disposições, ou do habitus; ou, em outros termos, ao sistema de separações diferenciais “validados pelos mitos reproduzidos inúmeras vezes e por rituais que asseguram sua manutenção. Estes mitos e rituais nascem de classificações, originadas, segundo Cornelia Essner, no “dogma racial nórdico” de Hans F. K. Günther, principal ideólogo do racismo nacional-socialista e antigo membro da “Liga para a Germanidade Pura”. Günther, segundo a historiadora da Universidade de Berlim, obteve a articulação entre a ciência denominada por ele de “biologia social” e idéias que incorporavam princípios de eugenia. Nesta articulação, o “Sangue Nórdico” restava como “portador da imortalidade simbólica ” trazida pelo povo alemão em suas veias. A carne e o sangue nórdicos, por herança, se transubstanciariam na raça alemã, perpetuando-a. Esta eternidade virtual só se materializaria, no entanto, se “o Sangue” permanecesse puro: o que garantiria a evolução “da Raça’. O “Reich” seria a força transcendente que garantiria esta imortalização. Nos sites observados o “Sangue” verte no vermelho das suásticas e por ele está disposto a morrer: “Ou o Estado nacionalista, ou nossos cadáveres”(RH, TV). É o sacrifício da carne, mantendo vivo o sangue. O novo Pão e o novo Vinho: a carne dos soldados e o sangue nórdico de suas veias.

Deste modo, o “Terceiro Reich” comunicou, sacralizou e legitimou a idéia de “imortalidade do Sangue”, que, vertido, fertilizaria a ascensão da “raça ariana”: uma raça de “imortais”. A morte pelo ideal racial não seria real. Real seria a imortalidade por ela concedida. No amanhecer, o Estado Nacional Socialista. O futuro apontaria para isto, acreditavam os soldados de Hitler. E continuam acreditando, conforme demonstrado os sites analisados…

Sangue “puro”

No que consistia, contudo, a crença no “Sangue”? Em seu texto mais conhecido, A Raciologia do Povo Alemão, Hans Günther defende a idéia de que todos os povos da Europa se construíram da mistura de três raças: a nórdica, a alpina e a mediterrânea. A raça nórdica conservaria o melhor material genético, conservando em si “a própria vida’, afirmava Günther. Para os biólogos sociais seria dever do Estado proteger e melhorar o patrimônio genético social, e para isto seriam convenientes políticas eugênicas claras; pois a mestiçagem seria o que mais de prejudicial poderia acontecer ao “povo ariano” pois impediria que a própria Vida, que corre em “Sangue” continuasse seu caminho evolutivo. Para traçar esta teoria, busca no Ensaio sobre a Desigualdade entre as Raças Humanas, de Arthur de Gobineau, sua principal fonte de informação.

A idéia de Günther pretende solucionar a crise de Gobineau, para quem o Ocidente estava se deteriorando, na medida em que sua essência se dilui na mestiçagem, propondo que o “processo de desnordificação” europeu seja interrompido, o que, no limite, significaria “salvar” a própria civilização. Aspirava ele um aumento significativo do sangue nórdico no povo alemão, processo que denominou Aufnordung (renordificação). No entanto, esta teoria, ainda que servisse, em parte, aos interesses do Reich, foi em parte também recusada por ele: como era possível ler na cultura nórdica uma “natureza superior” se a “alta cultura renascentista” nascera à beira do Mediterrâneo? Era preciso repensar os mitos e amalgamá-los a outros para emoldurar a proposta do Reich: a isto serviu, de maneira inusitada, o debate acerca da “mestiçagem humana” de Eugen Fischer, geneticista e fundador do Instituto Imperador Guilherme: em sua teoria, o crânio humano se transforma em artefato cultural e sua forma determina o grau de nobreza da raça. Preservar a raça seria garantir esta nobreza de alma racial, incorporada ao formato de seu cérebro.

Teorias raciais

As diversas teorias raciais lutavam por poder e legitimidade dentro do partido nazista. Interpretadas e reinterpretados por vários intelectuais alemães, as teorias de Günther e Fischer eram vistas como certezas absolutas ou censuradas por seu absolutismo, que exilava às condições do meio sobre as disposições genéticas.

Foi com Karl Saller que a defesa da “raça alemã” uniu várias tradições de pesquisas, da antropometria à eugenia. Em seu pensamento a idéia de povo, que abrange o conceito de cultura, aproxima-se da idéia de raça sem explicitar esta aproximação. Ao publicar A Biologia do Corpo alemão, em 1934, Saller oferece ao Estado nazista o conceito de “raça alemã”. Neste livro, Saller se debruça sobre a questão judaica e nega aos judeus qualquer vestígio de germanidade. A repercussão seria evidente: em 1935 decreta-se, a 15 de setembro, a “lei de proteção do sangue“, que interditava o casamento entre judeus e alemães, evitando-se, assim, a “mestiçagem que poderia destruir toda a harmonia interior do povo alemão”(V88).

Valendo-se de simbolismos diversos da mitologia nórdica, o discurso associa a idéia de sangue a uma herança espiritual definida. Valhalla, nome de um dos maiores sites neonazistas brasileiros, nomeia o grande palácio em Asgard no qual os guerreiros mortos em batalha, levados pelas Valquírias, passam os dias em lutas entre si e as noites banqueteando-se no grande salão, supervisionados pelo próprio Odin. O Valhalla é descrito como o palácio mais maravilhoso de toda Asgard. Guerrear pela preservação da raça é garantir um lugar no paraíso nórdico. Tais elaborações simbólicas se articulam ao discurso racial, pretendo incorporar um significado místico a luta, seus poderes e perigos. Genômica e Nazismo Esotérico unidos para garantir a eficácia discursiva.

Abrindo o debate

Embora tenha apenas esboçado aqui o quanto o discurso dos sites analisados utiliza léxicos genômicos e místicos, creio que este esboço é suficiente para demonstrar o quanto tais léxicos servem para expor a idéia de raça como uma condição de lugar e, portanto, como espaço de apreensão de um modo de vida, demarcado por “propensões para pensar, sentir e agir”.

Em Razões Práticas – sobre a teoria da ação, Pierre Bourdieu advoga a idéia de que “os ‘sujeitos’ são, de fato, agentes que atuam e que sabem, dotados de um senso prático” (grifo no original), no interior do campo. Este senso prático é, ao mesmo tempo, “um sistema adquirido de preferências de visão e divisão…”, “…de estruturas cognitivas duradouras…”, “… de esquemas de ação que orientam a percepção da situação e a resposta adequada”, e a esta espécie de senso prático, Bourdieu denomina habitus. O conceito de habitus de Pierre Bourdieu interessa-nos por ser capaz de demonstrar como as disposições discursivas se estruturam; neste conceito, o “sistema de preferências” delimita o sentir, “o que chamamos de gosto”, afirma Bourdieu, enquanto as “estruturas cognitivas duradouras” essencializando o “produto da incorporação de estruturas objetivas” dando formato às idéias e, por fim, os “esquemas de ação” legalizam “a direção e seu movimento” reproduzindo “sua vocação”. Bourdieu enfatiza que o “discurso enquanto opus operatum encobre por meio de suas significações reificadas o momento constitutivo da prática”, explicitando, portanto, a gênese do processo de significação cultural. Esta característica do campo digital de revelar escondendo e esconder revelando, é conveniente aos sites racistas, por acolher o universo dicotômico de sua possibilidade discursiva: este misto de grito de ódio e silêncio criminoso.

“Lógicas” e práticas racistas

Neste campo, o habitus racista circunscreve sua estratégia de produção, legitimação e reprodução do pensar, sentir e agir discriminatórios em sua particular lógica gramática de classificar, desclassificar e reclassificar. Discutida por Bhabha como “discurso estereotipado do colonialismo” esta argumentação, presente freqüentemente nos sites racistas, revela-se ainda mais nos momentos de recrutamento: “Ha falta de europeus empreendedores e audazes. Não se trata de apoderar-se de um bocado da África, mas sim de resolver o problema africano. Se esperarmos que comece a inevitável luta na Ásia, será tarde demais. A supremacia dos brancos na África estará em perigo”. (CORK Raça Branca).

“Outro dos nossos principais objetivos é a educação das mulheres brancas para que estas despertem para os perigos que as rodeiam, perigos estes que sabemos que mais ninguém as alertará para eles. Achamos fundamental que a mulher branca acorde e que consiga finalmente ver que não é crime amar, querer preservar a sua cultura e o seu povo, e que é desse modo que deve educar os seus filhos, os nossos futuros guerreiros, pois está nas mãos das mulheres a educação daqueles que um dia serão, provavelmente, os heróis do nosso povo”. (ANS, FE, NW).

A prática racista se torna um elemento a ser incorporado à medida que se desperte para o valor da “grande raça” (TV, NA) e para o perigo da “ameaça negra e judia” (NA, WAU, JNS). Nos sites, textos são oferecidos, aos milhares, para facilitar a conscientização que tal incorporação exigiria. Os internautas, desde que tenham certeza de uma origem absolutamente não mestiça, são convidados a se perceberem como arianos e a desejarem o status de superiores, num ciclo formativo que envolve o reconhecimento de determinados atributos físicos, espirituais, morais, cognitivos, sociais, culturais e, paulatinamente, reconhecerem nos membros de outras raças, perigo e inferioridade. São convidados a ter “quatro filhos loiros” (CORK – Quero ter quatro filhos loiros), a se desenvolverem em células de luta (V88), a aprenderem o esporte da caça para justificar porte de armas (JNS), a ler “livros arianos” (NA), a imprimir material e divulgá-lo (todos os sites). Enfim, espera-se do ariano que visita o site, que se torne um “ativista político” (V88) do movimento, consciente de que a luta pode exigir “medidas extremas” (NA).

Ao afirmar que “…nada, no estado atual da ciência, permite afirmar a superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação a outra…”, Levi-Strauss defendeu as raízes da universalidade humana, discutindo o fenômeno cultural a partir de processos de dispersão, diferenciação, contato e isolamento dos grupos humanos. No debate que se faz necessário diante da proliferação geométrica do extremismo racial do qual os sites da Internet são apenas a ponta do iceberg, a ponderação do grande mestre francês permanece no centro de qualquer discussão científica como um dado de verdade, embora os sites analisados pareçam descartar esta informação, mantendo-se fiéis à tendência de “repudiar pura e simplesmente as formas culturais, morais, religiosas, sociais e estéticas mais afastadas daquelas com que nos identificamos”, mesmo que a distância física destas formas se reduzam “na faculdade ou no trabalho em que você é obrigado a conviver com a corja negra, mestiça e judia” (V88). Tal etnocentrismo encontra, no contexto contemporâneo preenchido por debates acerca de semelhanças e diferenças, revolução de paradigmas gerada e gerida pela genômica, demandas nacionalistas e neocolonialistas, um espaço para se revitalizar e difundir.

Paixão pelo ódio

Desenvolvendo um mapa da atual configuração do neonazismo no Brasil e no mundo, a socióloga e jornalista Helena Salem adverte que embora os grupos neonazistas, politicamente, se configurem como pequenos, em termos de força política, denunciam uma realidade filosófica e histórica mais ampla. Na Internet estes grupos desenvolvem sites racistas, neonazistas e revisionistas, posicionando-se contra judeus, negros e mestiços construindo para seus objetos de ódio identidades e classificações. Enquanto o faz, cada agente destes grupos arquiteta também para si uma moldura: distintiva, demarcada pelo desejo de segurança e que busca responder ao apelo de individualismo e reconhecimento dos novos tempos, moldura que determina o que ele deve pensar, sentir e como deve agir para efetivar sua identidade. Esta identidade é, segundo Sartre, fruto de uma paixão, ainda que “certamente apresente-se sob forma de proposição teórica”. Esta paixão faz do antisemita “tudo menos homem” e persuade ao racista de que seu verdadeiro lugar no mundo, aquele a que tem direito a ocupar, foi alienado pelo judeu e/ou pelo sionismo.

“Ou a raça ariana ou a praga judia”

Para não nos determos no cinismo e na indiferença que sangra abundantemente dos sites analisados, e nos focarmos apenas em como elaboram suas práticas discursivas, é possível perceber, rapidamente, o quanto em sua declaração acerca de que “ou a raça ariana ou a praga judia terminará neste embate final, a evolução assim o exige” (V88) é demarcada por um paradigma biológico, análogo ao debate evolucionista que emoldurou a instituição da antropologia moderna como disciplina acadêmica. Defendendo um descartar de qualquer forma de relativismo cultural (“não existe a sua verdade, ou a minha verdade, mas a verdade, única e racial” – NA; “este relativismo é uma magia judaica que desviou a humanidade de sua evolução natural” – V88), e atribuindo um sentido racial a todos os processos históricos (“as demais raças, não são capazes de criar ou evoluir longe da influência Ariana” – V88), os sites analisados postulam equivalências diretas entre aspectos genéticos e traços culturais, ignorando a complexidade dos sistemas de classificação da natureza ou as elaboradas técnicas de produção de artefatos que preenchem milhares de páginas de relatos etnográficos. O etnocentrismo e toda a crítica antropológica a suas demarcações aparecem no site; o primeiro como verdade absoluta, a segunda como fabricação de “mentalidades judias torpes, como de certos antropólogos judeus” (V88). Considero urgente que a antropologia se mantenha fiel à herança de auto-reflexão, filosófica, moral e politicamente, denunciando os hiatos do discurso racista e auxiliando na defesa da totalidade humana . Nesta reflexão, as críticas foucaultianas acerca da microfísica do poder, da arqueologia do saber, o antiesteticismo de Baudrillard, as contribuições teóricas de Derrida, Guattari e Deleuze, encontraram um lugar importante, por proporcionarem à Antropologia uma análise de sua participação nos processos colonialistas e elucidarem muitas discussões atuais. O projeto de uma nova visão antropológica que nasce destas discussões acerca das quais há milhares de páginas para ler e pensar, deve abarcar também, acredito, uma resposta às questões deflagradas pela análise dos sites pesquisadas, que espero ter, minimamente, esboçada neste artigo.

* Adriana Dias, em tese de mestrado em Antropologia Social defendida em 06/11/07, na Unicamp

Bibliográfia

1. Apiah, K – Na casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro:Contraponto, 1997

2. Aristóteles – Ética a Nicômaco. São Paulo, Edipro, 2002

3. Bhabha, Homi K. – O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

4. Boon, J – Other Tribes, Other Scribes. Cambridge University Press, 1982

5. Bourdieu, P – A Dominação Masculina Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2003

6. Bourdieu, P – A Economia das Trocas Lingüísticas: O Que Falar Quer Dizer. São Paulo: EDUSP, 1996

7. Bourdieu, P – O Poder Simbólico Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

8. Bourdieu, P – Razões Práticas – Sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 2004 p 21

9. Bourdieu, P – The thinkable and the unthinkable, in The Times Literary Suplement. 15/10/1971.

10. Crapanzano, V – Waiting. The Whites of South Africa. New York, Random House, 1985.

11. Dias, A – Links de Ódio – Uma etnografia do Racismo na Internet. Monografia de Conclusão de Curso em Ciências Sociais, Universidade de Campinas, 2005

12. Eliade, M – O sagrado e o Profano – A essência das religiões. São Paulo, Martins Fontes, 1992

13. Essner, C et Conte E – A Demanda da Raça – Uma Antropologia do Nazismo. Lisboa: Instituo Piaget, Coleção Epistemologia e Sociedade, 1995.

14. Ezekiel, R S – The Racist Mind, New York, Penguin Books, 1995

15. Goodrick-Clarke, N – Sol Negro: Cultos Arianos, Nazismo Esotérico e Políticas de Identidade. São Paulo, Madras, 2004

16. Guimarães, A S A – Racismo e Anti-Racismo no Brasil São Paulo, Editora 34, 1999

17. Haraway, D – Manifesto Ciborgue, Belo Horizonte, Autêntica, 2000

18. Hockenos, P – Livres para Odiar – Neonazistas: Ameaça e Poder São Paulo, Scritta, 1995

19. Lévi-Strauss, C – Totemismo hoje. São Paulo, Abril Cultural, Coleção “Os Pensadores”, 1976

20. Lévi-Strauss, C - Raça e História, Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

21. Lévi-Strauss, C – Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976.

22. Salem, H – As Tribos do Mal – o neonazismo no Brasil e no mundo. São Paulo, Atual, 1995

23. Sartre, J P – Reflexões sobre o racismo. São Paulo, Difusão Européia do livro, 1968

24. Vizentini, P F – Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político. Último acesso em 20/06/2005.

25. Wacquant L – Esclarecer o Habitus. Arquivo acessado em 15/05/2004.

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Queridos Chaverim.

David Zumerkorn é uma das maiores autoridades em Guimátria do mundo.

Tenho imenso prazer em apresentar a 3ª Edição do seu livro: NUMEROLOGIA JUDAICA E Seus Mistérios.

Conforme palavras do próprio David, por e-mail, o livro conta com cartas de recomendação de vários rabinos e com a revisão de conteúdo do Rav. David Weitman.Conforme encontramos no Talmud (Tratado Baba Metzia – 106b), nossos sábios dizem que se algum acontecimento se repete pela terceira vez é chamado de Chazaká, ou seja, uma norma que se estabeleceu.
Nesta terceira edição, foram acrescentadas algumas figuras e considerações, com o intuito de melhorar cada vez mais a metodologia de apresentação dos assuntos abordados, derivados dos excelentes comentários nos apresentados por diversas pessoas, assim como do aprendizado decorrente de extensa pesquisa e, principalmente, de alunos nas palestras e cursos conferidos.

 

 

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O livro é um Sucesso e a Editota é a Maayanot.

SHALOM!

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2120403-8980-rec.jpgArqueólogos descobriram quatro moedas do ano 17 no subsolo do muro das lamentações, local sagrado para o povo judeu, em Jerusalém. Segundo os cientistas, o pequeno tesouro tinham as marcas de um procônsul romano que viveu na região 20 anos após Herodes - líder judeu que morreu no ano 4 a.C. - e pode mudar o que se sabe sobre a construção de um dos locais mais sagrados do planeta.

As moedas foram encontradas em um banho que precedeu a construção do Monte do Templo e que foi usado como suporte às muralhas, segundo os cientistas. Isso indicaria que a construção do muro nem havia começado na época da morte de Herodes, a quem é creditada a construção do templo e do muro.

2120407-7969-rec.jpgA descoberta confirmaria a versão de Flávio Josefo, um general judeu convertido em Roma que virou historiador. Em um documento sobre a destruição do templo pelos romanos no ano 70, ele disse que a construção havia terminado pelo rei Agrippa II, bisneto de Herodes, duas décadas antes do complexo ser destruído.

Caçador de tesouros usou um detector de metais para achar tesouro com 52,5 mil moedas
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Centenas de moedas tinham o rosto de Marcus Aurelius Carausius.

Primeiramente, ele encontrou uma pequena moeda de bronze. Ele continuou a cavar e retirou mais 20, quando encontrou o enorme jarro e decidiu buscar ajuda especializada
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Tirando água do deserto Por Aledandre Mansur *

Quem quiser entender como a humanidade poderá vencer a escassez de água deve olhar para um exemplo no planeta – o minúsculo Estado de Israel.

O engenheiro Diego Berger, da empresa nacional de abastecimento de Israel, a Mekorot, começa de forma bem-humorada uma apresentação de slides que mostra os feitos de seu país no gerenciamento de recursos hídricos. “O povo de Israel historicamente apresenta soluções inovadoras para os problemas da água”, afirma. Ele então exibe na tela uma ilustração da passagem bíblica em que Moisés tira água da pedra com um cajado. Na cena seguinte, outra imagem do Antigo Testamento: Moisés abre o Mar Vermelho. “Nas últimas décadas, porém, nossa tecnologia foi bastante aprimorada”, diz Berger. A platéia ri.A empresa de Berger é um exemplo de boa gestão da água. O sistema de abastecimento da Mekorot no país tem duas redes distintas. A primeira leva água potável para o consumo das casas, dos escritórios e indústrias. A outra rede irriga as plantações com a água recolhida de esgotos e tratada. Cerca de 72% da água tem segundo uso. Trata-se de um índice de reúso sem par no mundo. O país mais próximo disso, a Espanha, recicla apenas 12% da água.

Os israelenses precisaram se adaptar a uma faixa de terra que no sul é desértica e no norte, a área mais úmida, apresenta índices de precipitação equivalentes aos da região semi-árida no Brasil. Ainda assim, abastecem a população e exportam produtos agrícolas. A tecnologia para tratamento e reciclagem da água é vista pelos israelenses como uma vantagem no mundo globalizado. “Nossa vocação é virar a referência mundial no tema”, diz Booky Oren, coordenador da Watec, uma feira de tecnologias ligadas a tratamento de água que começará no mês de novembro. A feira pretende atrair milhares de visitantes. As duas centenas de empresas de água do país já exportaram US$ 900 milhões no ano passado. O setor tende a crescer com a crise global de água. E os israelenses são a maior referência mundial no assunto.

A idéia de promover as indústrias de água do país foi de Oded Distel, diretor de investimentos internacionais do Ministério da Indústria, Comércio e Trabalho. Em 2002, quando ele era adido comercial na Grécia, tentou vender uma instalação de tratamento de lixo para a ilha de Chipre. “Não ganhamos o contrato, mas compreendi claramente que não podíamos ficar fora daquele mercado”, diz. Ele conta que, na última década, Israel exportou empresas de segurança privada, explorando a imagem de eficiência do Mossad, o serviço de Inteligência do país. Agora o objetivo é fazer o mesmo marketing com a água. “É bem mais fácil de vender. Nosso sucesso com os recursos hídricos não tem lado negativo”, afirma Distel.

Israel entrou no mercado internacional de água no início dos anos 60, quando os fazendeiros desenvolveram um novo sistema de irrigação, por gotejamento. Em vez de despejar a água diretamente no solo, tubos de plástico com furos deixam passar, gota a gota, a quantidade mínima para o crescimento das plantas. Isso reduz a perda por evaporação e a salinização do solo. A técnica permitiu um uso mais eficiente da água. Hoje, mais de 80% da produção agrícola de Israel é exportada. E o país passou a vender a tecnologia de gotejamento. Estima-se que as empresas israelenses controlam metade do mercado mundial desse tipo de irrigação, que movimenta US$ 1,2 bilhão por ano.

O orgulho mais recente dos israelenses é sua indústria de dessalinização da água do mar. Próxima à conflagrada Faixa de Gaza, a usina de Ashkelon, de US$ 250 milhões, foi inaugurada no fim de 2005, às margens do Mediterrâneo. Ela é a maior do mundo em seu gênero. Produz o suficiente para abastecer uma cidade de 1 milhão de pessoas. A água captada no mar é injetada em alta pressão dentro de 40 mil tubos de plástico. No interior deles, um feixe de membranas, como as camadas de um palmito, extraem o sal da água. O líquido que sai do outro lado é tão puro que os técnicos precisam adicionar de volta alguns sais minerais que compõem a água potável comum.

O governo pretende instalar duas outras grandes usinas como essa. Hoje, as 31 usinas de dessalinização do país produzem 15% da água que a população consome. A meta é chegar a 40% nos próximos cinco anos. Com uma usina de dessalinização própria, o kibutz – uma espécie de fazenda coletiva – Ma’agan Mikhael, um dos mais ricos do país, situado no litoral, retira água salobra do subsolo arenoso. Com ela, produz morangos suculentos como os da Califórnia e cria carpas para exportação.

Embora representem o que existe de mais avançado em reciclagem de água, as tecnologias israelenses não podem ser vistas como solução para todos. Antes de pensar em dessalinizar água do mar, países como o Brasil podem investir em soluções mais simples, como reduzir o vazamento na rede de distribuição. A verdadeira lição de Israel foi ter enfrentado limitações de recursos naturais criando uma política de incentivo à inovação tecnológica. Israel investe 4,8% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, porcentual superior à de quase todos os países desenvolvidos.

A maior parte desse dinheiro é disputada por centros de pesquisas e incubadoras de empresas, para estimular a competitividade. O governo paga apenas 35% do orçamento do Instituto Weizmann, um dos principais centros de pesquisa do país. Os pesquisadores têm de buscar recursos na indústria ou em fundos privados. Isso gera pesquisas mais conectadas com a necessidade das empresas. E estimula pesquisadores e engenheiros a lançar seus produtos no mercado. No fim do ano passado, cerca de 108 pequenas empresas chegaram ao mercado com tecnologias inovadoras de água. Segundo o governo, investidores aplicaram US$ 1,2 bilhão em 2005 para capitalizar empresas do setor. Nos próximos três anos, o governo destinará US$ 2,2 milhões para incubar ainda mais negócios na área.

As empresas geram produtos que chamam a atenção no mercado internacional. Um deles é um depurador industrial de água que mata os microrganismos usando raios ultravioleta. O processo, recentemente patenteado por um grupo de pesquisadores da empresa Atlantium, chegou ao mercado em 2006. No início do ano, a companhia foi apontada pela revista de negócios e tecnologia americana Red Herring como uma das cem mais promissoras do mundo. Eles têm em quem se mirar. Há duas décadas, um grupo de engenheiros do kibutz Amiad desenvolveu um filtro com cartuchos revestidos de membranas de tecido sintético que é autolimpante. A tecnologia hoje sustenta uma empresa que exporta filtros de US$ 30 mil para agricultores na Austrália e fatura cerca de US$ 40 milhões por ano. Para o Brasil, que tem a maior bacia hidrográfica do mundo, Israel serve como exemplo de país que constrói sua competitividade a partir não da abundância de recursos naturais, mas justamente de sua escassez.

* Alexandre Mansur, jornalista, Revista Época

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11419590473?profile=originalEsto no es nuevo. Cerca de la Estación de Investigación del Desierto en Be’er Sheva hay una granja cultivada por los nabateanos, los primeros granjeros del desierto. Con el uso de terrazas sofisticadas, cada gota de agua que cae fue recogida y dirigida a los campos y huertas.

Luego de 2000 años, hoy en día Israel produce más de dos tercios de sus requerimientos alimenticios. Las exportaciones de agricultura valen más de dos billones de dólares, más de la mitad de lo que es una producción fresca.
Nadie necesita recordar que la imagen externa de Israel es dominada por escenarios de conflicto y percepción de injusticia. Perdido en su marco es cómo Israel ha estado desarrollando su economía.
En agricultura, por ejemplo, ha usado tecnología para reducir el uso del agua y aumentar su producción, y también ha utilizado cultivos de mayor rendimiento para aumentar tanto los volúmenes como los valores financieros de ventas. Los sistemas de irrigación computarizados de goteo y de alimentación directa son la norma.
Esto está muy lejos de 1948 cuando nadie le daba al estado judío independiente una oportunidad.
A pensar del rápido crecimiento de la población (ahora de más de 7.5 millones), los israelíes tienen un ingreso per cápita de $29.600, lo que los ubica en los top 30 mundiales, entre España e Italia.
A pesar de que depende de importaciones de casi toda su materia prima, desde petróleo hasta diamantes, Israel se ha convertido en un eje global industrial. Es líder mundial en el pulido y corte de diamantes, alimentos procesados, equipos electrónicos y médicos, y, más recientemente, software, semi-conductores y telecomunicaciones. Luego de Estados Unidos, tiene más compañías listadas en el Nasdaq que cualquier otro país.
No hay ninguna explicación del éxito de Israel, a pesar de que alto en la lista se encuentra el compromiso a la investigación y el desarrollo. Sus detractores, sin embargo, citan rutinariamente la asistencia americana como la principal razón. La mayor parte de los $3 billones que recibe anualmente de Washington son gastados en equipos militares.
Dicho eso, tampoco puede haber duda de que la dimensión militar ha sido vital en el escenario israelí, especialmente en la medida en que la mentalidad que engendró una robusta contabilidad en toda la sociedad, en el pensamiento de largo plazo y una resolución de problemas del ethos.
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Parte dos judeus da região central de São Paulo diz estar "bastante incomodada" com o resultado da restauração dos painéis da estação Marechal Deodoro do metrô.
O principal motivo, segundo ela, é a inclusão e destaque dado à imagem do líder palestino Yasser Arafat (1929-2004) em meio aos rostos que compõem o painel sobre a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão".

"Apesar de querer defender o direito de seu povo, ele o fez de maneira totalmente contrária aos direitos humanos. Fez com terrorismo" diz o médico Alexandre Matone.
"Parece perseguição proposital. Colocar essa imagem logo num bairro judaico? O metrô deveria se prestar a promover um bom transporte público e não para importar guerras", completa.

A restauração foi concluída em outubro passado pelo artista plástico Gontran Guanaes Netto, 78, o mesmo que pintou sete painéis em 1989. Ele disse ter incluído o rosto de Arafat por ser favorável à causa palestina.
Além de rostos de anônimos, Gontran já havia colocado figuras históricas como o brasileiro Carlos Marighella (1911-69), a alemã Olga Benário (1908-42) e o chileno Salvador Allende (1908-73).

'HOMENAGEM JUSTA'

O vice-presidente executivo da Federação Israelita do Estado, Ricardo Berkiensztat, disse considerar "infeliz" a ideia de colocar a imagem para representar os direitos humanos. Uma incoerência.

"Acho que há pessoas muito identificadas com direitos humanos. A história dele está envolvida na morte de muitos, a maioria é de civis inocentes", complementa.
Berkiensztat diz que vai pedir uma explicação ao metrô sobre o assunto, para entender os motivos dessa escolha, mas que não vê uma afronta à comunidade judaica. "Se fosse Adolf Hitler [1889-1945], aí sim seria uma afronta e teria uma atitude mais radical da nossa parte", afirma.

Para o xeque Jihad Hassan Hammadeh, da União Nacional das Entidades Islâmicas no Brasil, a escolha de Arafat para compor o painel é uma homenagem justa porque ele recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 1994."Eles (judeus) podem reclamar, mas podem não cercear o artista."

"Arafat deu o primeiro passo para a paz. Cumprimentou o presidente israelita. Parte dos judeus tem boa imagem dele", diz. O Metrô informou não ter recebido queixas.

ROGÉRIO PAGNAN - FSP
DE SÃO PAULO

Posted by Magal

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Esclarecimento acerca da lei de ĥalitá.

Esclarecimento acerca da lei de ĥalitá.

Uma das proibições comuns tanto aos filhos das nações descendentes de Noé quanto aos filhos de Israel é a proibição de alimentar-se de sangue - Gn 9:4; Lv 3:17. O judeu, portanto, após degolar o animal, deve fazer com que a carne passe por um processo de retirada do sangue.

No trat. Ĥulin 14a percebe-se através da explicação dos rabinos provençais da idade média acerca da permissão de comer da carne que foi degolada no chabat, que opina ser isto possível imediatamente após a cheĥitá, com o expirar do animal, e mesmo sem salgar. Ou seja, em outras palavras, crê ser permitido comer sangue, pelo menos neste caso, pois é impossível cortar a carne diretamente do corpo animal sem que saia sangue do pedaço descontroladamente. Já houve quem tentasse explicar os rabinos provençais dizendo que antes de comer, deve sacudir o pedaço de carne, fazendo sair o sangue. Mas, talvez signifique que deve-se lavar bem a carne, até ficar o sangue todo dentro dela. Não sei se por milagre, ou se por artifício, no primeiro contato com os dentes, ou se deve engulir o pedaço inteiro.

No mesmo trat. lemos (pg 15a): "Disse rav Dimê de Nehardé'a: [isto] é lei: se degolam para um doente no chabat, é permitido para o sadio no chabat, estando crua." - É a fonte trazida aqui pelo Ramba”m.

Novamente no trat. Ĥulin (112b), encontramos: "A carne não sai de seu sangue enquanto não for muito bem lavada, muito bem salgada, e [novamente] muito bem lavada..."

Nas Leis de Alimentos Proibidos, cap. 6:10, temos: "A carne não sai de seu sangue senão após haver sido bem lavada, bem salgada, deixada em sal pelo tempo suficiente para percorrer a pé a distância de um mil e bem lavada após, atß que saia a água que [escorre dela] limpa, e lançá-la imediatamente em água fervente, mas não em água morna, para que se enbranqueça, e não saia sangue."

O processo, de acordo com a maioria dos rabinos, é dividido em três partes, que são:

  • hadaĥá - a lavagem da carne até embranquecê-la. Alguns rabinos das últimas gerações estipulam tempo para "deixar a carne de molho", e cabe explicar que não é o significado da palavra "hadaĥá", e que tampouco há tempo estipulado. A carne simplesmente deve ser bem lavada, até embranquecer e não sair dela sangue com facilidade. Hadaĥá não significa "por de molho".
  • meliĥá - deve-se salgar bem a carne por todos os lados, e depositá-la em determinado utensílio com orifícios para que o sangue retirado pelo sal se escorra. Na falta de um utensílio assim, pode-se usar qualquer superfície inclinada, onde não haja impedimento de que escorra o sangue.
  • hadaĥá cheniá - após o salgar da carne, vem a nova lavagem, para a retirada do sal e sangue que porventura possa encontrar-se ainda na carne.

Entretanto, Maimônides exige ainda uma quarta ação no processo, que é chamada "ĥalitá".

 

A ĥalitá vem para fechar os poros da carne, evitando que o sangue saia e proíba todo o cozido. Gravura: (1) primeira lavagem (hadaĥá richoná); (2) salgamento pelo tempo suficiente para percorrer a pé mais ou menos um quilômetro (a maioria dos rabinos das últimas gerações exigem que fique no sal por meia hora a quarenta e cinco minutos) em utensílio com orifícios para que o sangue se escorra; (3) segunda lavagem; (4) ĥalitá - a carne deve ser lançada a uma panela de água fervente, e espera-se até que mude sua forma, encolhendo-se por todos os lados e mudando de cor. Os poros estão fechados. Esta última ação pode ser feita com vinagre, em lugar de água fervente.

 

 

    

 

 

 

 

Por que a maioria dos rabinos não ensinam ou obrigam o feitio da ĥalitá?

Está escrito no Talmud (trt. Babá Metsi'á 86a): "Ribi [Iehudá ha-Nassi] veribi Natan, sof michná; Rabiná verav Achê, sof horaá!" ("Rabi Iehudá ha-Nassi e Rabi Natan marcam o fim dos Sábios da Michná (últimos tanaim); Rabiná e Rav Achê (últimos amoraím) marcam o fim dos rabinos que podiam promulgar leis.") Isto significa não somente que é-nos proibido promulgar novas leis, senão que não precisamos acatar nada que haja sido dito por qualquer rabino, por maior que seja e de qualquer geração pós-talmúdica, qualquer promulgação que não tenha fonte no Talmud, ou não esteja baseada em trechos talmúdicos. No segundo caso, variam opiniões, e de todo modo uma delas pode ser acatada. Esta regra é lembrada pelo próprio Ramba”m (*) no prefácio ao Michnê Torá, não sendo regra desconhecida e aceita somente pelos demais.

Rabi Chelomô ben-Adêret, um dos discípulos mais importantes de Rabi Mochê ben-Naĥman, ao ser questionado sobre a razão de ser necessário efetuar a infusão da carne, pois já que a infusão em si fecha os poros da carne e impede o sangue de sair dela, para que, então, precisa-se salgar antes, e diz em resposta enviadas aos judeus do sul da Espanha e Portugal, que mantinham o costume da ĥalitá conforme recebido do mestre Maimônides e dos geonim babilônios, que não há mais sangue após o salgar e lavar posteriores, pelo que "tampouco ele entende as palavras de Maimônides, nem entende sua forma de pensar neste assunto".

Semelhantes palavras escrevera rabi Nissim (sobre o assunto de salgamento de peixes em conjunto com aves - Ĥulin 112b) em nome de seu mestre, Rabi Mochê ben-Naĥman, afirmando que o líquido avermelhado que escorre após o último lavar da carne "não é sangue, senão caldo vermelho, e assim ouvira de seu mestre". Parece que seu próprio colega, o rabino Chelomô ben-Adêret, discorda de ser apenas "caldo vermelho", pois afirma claramente ser sangue e ainda mais vermelho que antes de a carne ser salgada. Mas é claro - não há aqui um motivo especial para ir contra o que o Ramba”m escolher, mesmo por serem de diferentes regiões, de diferentes culturas, de diferentes escolas, mas sim, pelo simples motivo de não terem fonte talmúdica para as palavras de R. Mochê ben-Naĥman, pois neste caso é lógico e perfeitamente justificável a contenda. Conforme escreve o próprio Ramba”m, não devemos aceitar algo que não dispõe de fonte talmúdica no que concerne à lei judaica. Este é também o mesmo sustentáculo no qual apoiam-se todos os sábios da época. Neste mesmo fulcro apóia-se também o maior defensor do Ramba”m, o rabino escrito do "Magid Michnê", rabi Abraham de Botón, ao dizer que este recebera a lei de ĥalitá de seus mestres rabi Itsĥaq Al-Fassi e dos geonim babilônios - peso equivalente ao escrito no Talmud devido à fidelidade ao transmitido de geração em geração e de tribunal a tribunal desde o selamento do Talmud até o último dos geonim. Ou seja, o Ramba”m recebera uma tradição verdadeira e intacta.

Mesmo assim, e apesar de o próprio Bet Iossef aceitar as palavras do Magid com grande respeito, chegando a promulgar no Chulĥan 'Arukh que deve-se efetuar ĥalitá segundo as palavras de Maimônides (Iorê De'á, siman 69:19 - leis de salgamento (*) - veja suas palavras no Bet Iossef), e somente devido às palavras do Rabi Mochê Isserles - o maioral dos asquenazitas em suas discordâncias do trazido no Chulĥan 'Arukh - é que também a maioria dos sefarditas deixaram a prática da infusão, ainda é difícil entender o porquê de devermos aceitar o trazido no Michnê Torá somente por ser tradição direta, depois que o próprio escritor escrevera que nossa obrigação é somente com o que consta no próprio corpo do Talmud.

Ou seja, enquanto que o Ram”á vem defender o que já era costumeiro entre os asquenazitas, vemos que o ponto crucial do problema entre os rabinos castelhanos - que nunca defenderam costumes contrários ao promulgado no Talmud - é simplesmente aceitar o promulgado pelo Ramba”m por não disporem de fontes talmúdicas para tal, e são contra a tese aplicada como método pelo Magid Michnê, posição posteriormente adotada pelo autor do Chulĥan ’Arukh, segundo a qual deve-se levar em conta que o recebido do Ramba”m se não dispõe de fonte direta no Talmud, dispõe de fonte indireta nas palavras dos sucessores dos amoraím. Que ocorreria, então, caso encontrassem fontes para o trazido escritas no próprio Talmud? Com certeza, não somente aceitariam o que dissera, senão tornar-se-íam seus principais defensores, pois a fidelidade ao trazido no Talmud foi o que os movera em todos seus trabalhos - como se percebe claramente no livro Torát ha-Báit do Rachb”á , e o mesmo dir-se-á em pertinência a todos os demais sábios castelhanos.

Também escrevera o gaon autor do "Halakôt Gedolôt" que não é possível cozinhar carne sem que antes seja esta colocada em água fervente, conforme as palavras do Michnê Torá, e assim traz o "Ha'amêq Cheelá" do grande rabino europeu, que assim confirma sua posição Baha”g no que Rabi Iehudá Berlin traz acerca das Leis de Berakhôt, escrito por Baha”g sobre o cap. quinto do Trat. Berakhôt, onde usa o mesmo termo e expressão para pão que foi colocado em água fervente. Similarmente a Baha”g, escrevera Rabi Mochê ha-Cohen de Lunnèlle, em nome dos geonim, apesar de não haver encontrado a fonte talmúdica.

Considerando-se a fidelidade do Ramba”m ao Talmud e ao promulgado nele, é difícil entender por quê causa traria algo dos geonim sem que tivesse fontes no Talmud para tanto, pois bem é sabido que são inúmeros os lugares e assuntos nos quais o Ramba”m deixa de lado o que explanara em seu escrito anterior ao Michnê Torá - a exegese sobre a Michná - ao trazer nova promulgação no Michnê Torá e, ao ser perguntado, simplesmente responde: "Meus mestres [os geonim] fizeram-me errar nisto!" Logicamente, não traria tal lei caso não estivesse perante si no próprio Talmud.

Quanto a seus escritos nos quais se firma - é indispensável citar que traz uma enorme lista de escritos que, já nos dias dos rabinos de sua época, não encontravam-se entre eles, como a Mekhilatá e outras fontes de halakhá tanaíticas. Isto, sem contar que o próprio Ramba”m afirmara que "o Talmud que encontra-se em suas mãos foi corrigido pelos próprios Amoraím", o que condiz com a afirmação de diversos rabinos europeus de seus dias e posteriores a ele, acerca das "gemarôt que se encontram na Espanha, e que são corregidas" (*).

Em nossos dias, nos quais muitos manuscritos são descobertos e publicados, a fonte talmúdica que se achava perante o Ramba”m também foi encontrada. é a mesma trazida na versão de Rav Aĥái Gaon na cheelatá 68, na qual cita o trazido no Talmud "Corta-a [a carne] e salga-a, e lança-a à panela", que nos nossos exemplares, e assim já há mil anos atrás, como comprova um dos exegeta provençais, consta: "Corta-a [a carne] e salga-a, e mesmo que seja para a panela!" - Veja-se pg 93 do trat. Ĥulin, e Tossafôt, que se dificulta em explicar esta frase estranha.

Portanto, sem dúvida alguma, se tal versão achasse perante os grandes sábios castelhanos, com certeza não haveriam escrito nem Rachb”á e nem R. Nissim o que escreveram, e muito pelo contrário, estariam levando o povo a conservar mais fortemente o promulgado pelo Ramba”m.

Tal costume de efetuar o trazido no Michnê Torá com respeito à ĥalitá é lembrado no livro Sêfer ha-'Itur, no qual diz que "tal costume é conservado em Damasco e todas suas regiões cercaneiras, conforme as palavras do Ramba”m".

Portanto, fica claro que para a questão de comer carne crua, imediatamente após a degola, é claro que tal não é permissivo segundo o Talmud, os geonim e o Ramba”m, senão após a imersão da mesma em vinagre, para que seja totalmente fechada em todos seus poros, e não há permissão alguma para comer sangue, conforme parecem pensar alguns.

ĤALITÁ - último processo a ser realizado para que se possa alimentar de carne (desnecessário somente quando é assada), que faz-se após lavar - salgar - lavar da carne, tirando dela todo o sangue. A ĥalita fecha os vasos sanguíneos, tornando a carne permissiva para cozinhamento. É feita dos seguintes modos: após o processo de lavagem, salgamento e relavagem da carne, entorna-se a mesma sobre um caldeirão de água fervente, ou deixa-se por um espaço de tempo em um recipiente de vinagre, até fecharem-se todos os canais pelos quais havia possibilidade de saída de sangue durante o cozinhamento. O ingerir sangue - cozido ou não - é proibição grave na fé judaica, mas como as fontes talmúdicas que achavam-se intactas perante o Rambam não foram vistas por muitos rabinos europeus posteriores a ele, esses alguns deles perguntaram acerca das fontes do Rambam para tal promulgação, e concluíram que "a vermelhidão que escorre da carne após o lavar-salgar-lavar é caldo, e não sangue" (Rabi Nissim, em nome do Ramban). Eu me pergunto, com todo o respeito aos distintos sábios: "caldo" - que seja - mas, de quê?

 

 

R. J. de Oliveira

 

|Rabi Vidal de Tolosa|

Entre os maiores sábios catalães do séc. xiv, destaca-se a figura de rabi Vidal, autor de uma das mais importantes obras em defesa do Michnê Torá de Maimônides, o escrito conhecido como "Magid Michnê".

Pouco sabe-se, porém, sobre sua vida. Tampouco sabe-se quem foram seus instrutores, e mesmo seus colegas. De acordo com o escrito por Rabi Iossef Caro no prefácio a seu livro em comentário sobre o Michnê Torá, conhecido como "kêssef Michnê", era rabi Vidal colega de Rabi Nissim, o conhecido escritor sobre o compêndio de halakhá de rabi Isaac Alfassi. Considera-se pela forma como é tratado por rabinos posteriores em seus escritos que foi morto Rabi Vidal em santificação do Nome de Deus, por intervenção do zelo católico vigente na época na Península Ibérica.

Tornara-se conhecido universalmente rabi Vidal através de seu escrito citado, no qual busca trazer à luz as fontes de Maimônides para suas promulgações em seu livro precípuo, no qual preferiu nada trazer de fontes que comprovassem ou justificassem suas palavras. O fato de Maimônides não se importar com isto, preocupando-se em simplificar para o estudante, levara muitos rabinos a questionarem sua palavras, geralmente pelo simples fato de faltar-lhes livros precisamente corretos como os que possuía o autor do Michnê Torá, ou por haverem confundido regras.

Em todos estes casos, Rabi Vidal traz as fontes e as regras a serem usadas para que se chegue à conclusão real. Mesmo assim, percebe-se que o próprio "Magid Michnê" às vezes indispõe das fontes que possuía o Rambam, como pode-se perceber na questão concernente à ĥalitá nas leis de alimentos proibidos do Michnê Torá, onde escreve que não sabe onde firmara-se Rabi Mochê ben-Maimon para trazer tal promulgação, mas que certamente recebera tal por tradição gaônica. Felizmente, em nossos dias tantos manuscritos são reencontrados, e a fonte de Maimônides para a ĥalitá é trazida no escrito de Rav Aĥái Gaon, sobre o qual o famoso "Natziv" (Rabi Israel de Wollozhin) escreve haver sido a palavra copiada erroneamente por um dos copiadores do talmud, confundindo a palavra "veapil" (fazer cair) por "afilu" (até mesmo). Torna-se claro nisto a fidelidade do Rambam aos textos originais, cujas fontes que achavam-se em suas mãos eram mais intactas do que a de todos os demais sábios de sua época, conforme ele mesmo testifica, e conforme todos os demais sábios europeus lembram as "gemarôt revisadas que acham-se na Espanha" em diversos escritos.

Muitas vezes cita em seus escritos o Rabi Chlomo ben-Adêret ("Rachbá"), o Rabi Mochê ben-Naĥman ("Naĥmânides"), Rabi Aharon ha-Levi e outros. Infelizmente, de seus escritos sobre o Michnê Torá não chegara a nossas mãos senão somente seis dentre os catorze tomos. (3º, 4º, 5º, 11º, 12º e 13º).

 

Todo este material foi extraído do Site judaísmo Ibérico, traduzido e compilado pelo Rib Ia’acob de Oliveira da União Sefardita hispano-portuguesa. Nosso agradecimento pelo farto, rico e esplendoroso conteúdo vertido para língua portuguesa, o qual será extraordinariamente proveitoso, para todo o que desejar trilhar os caminhos da Torá, outorgada no Sinai através de Mochê Rabênu aos Zeqanim (anciões) e a todo o Povo de Israel. Barukh há-Chem ( Bendito é Ele).     

 

Neĥemiá de Góis Há Sefaradí, Brasília Brasil 5770

                                                                   

                                                                   

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rabino@judaismo-iberico.org

 

 

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Alô

uma das coisas que me atraem  a pagina do "HUMANISMIOO JUDAICO ' é essa varieadade de assuntos temas diversos.Parabens e continuem assim.

Por exemplo é interessante e fico contente em saber que a querida Curitiba inaugura um museu sobre o holocausto e tantos outros assuntos .

é por aí Jayme

nelson de oliveira matheus

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O Museu do Holocausto, em Curitiba, será a sede do primeiro memorial brasileiro dedicado ao tema. Ele foi idealizado e construído pelo empresário Miguel Krigsner e sua família, em parceria com a Associação Casa de Cultura Beit Yaacov e a comunidade judaica paranaense. A inauguração ocorrerá neste domingo, dia 20 de novembro.

O programa educativo terá como diretriz a discussão sobre a violência junto ao público jovem, por meio de visitas guiadas direcionadas às escolas. O museu pretende debater o preconceito ao longo da historia, tomando como exemplo a questão judaica.

A instituição conta com um pequeno acervo de objetos relacionados ao tema, doados pela comunidade judaica de Curitiba, e material audiovisual. O período tratado pela exposição abrange desde os anos 1920 até os dias atuais. O museu também aborda outros genocídios que ocorreram no século 20, os quais causaram 80 milhões de mortes.

O espaço homenageará também não judeus, como a paranaense Aracy Guimarães Rosa, em uma seção dedicada aos Justos entre as Nações (epíteto usado pelo Estado de Israel para designar os não judeus que arriscaram suas vidas, durante a Segunda Guerra Mundial, para salvar judeus do extermínio). Aracy trabalhou entre 1936 e 1942 no consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, e ajudou centenas de judeus a fugir da Europa. Ela morreu em fevereiro de 2011, aos 102 anos.

O museu, que tem o apoio do Memorial de Auschwitz, receberá, em princípio, apenas visitas agendadas. Localização: Rua Coronel Agostinho de Macedo, 248, bairro do Bom Retiro. O espaço fica junto á sinagoga Beit Yaacov, inaugurada em setembro passado

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O QUE É UM JUDEU?

Leon Tolstoy (1829-1910) descendente de uma família cristã da nobreza russa e um dos maiores escritores e romancistas do mundo, autor de obras como "Guerra e Paz"e "Anna Karenina", escreveu:

O que é um judeu? Esta pergunta não é, de forma alguma, tão estranha quan-
to parece. Vejamos que tipo de criatura peculiar é o judeu, molestado e violentado, oprimido e perseguido, esmagado e assassinado, queimado e enforcado, coletiva e individualmente por tantos gover-nantes e povos - e que, apesar de tudo isso, continua vivo. O que é um judeu, aquele que nunca se deixou levar por todos os bens terrenos, que lhe eram oferecidos, constantemente, por seus opressores e perseguidores para que trocasse sua fé e abandonasse sua própria religião judaica?

O judeu é este ser sagrado que trouxe dos Céus a chama perpétua e com esta iluminou o mundo inteiro. Ele é a vertente religiosa, nascente e fonte de onde todos os outros povos tiraram suas crenças e suas religiões.

O judeu é o pioneiro da liberdade. Mesmo outrora, quando o povo se encontrava dividido em apenas duas classes distintas, escravos e senhores, mesmo naquela época longínqüa, a Lei de Moisés proibia a prática de se manter uma pessoa em cativeiro por mais de seis anos.

O judeu é o pioneiro da civilização. A ignorância foi condenada na Palestina da antigüidade ainda mais do que o é em nossos dias na Europa civilizada. E ainda, naqueles dias de selvageria e barbárie, em que nem a vida nem a morte de ninguém valia algo, Rabi Akiba não se absteve de se declarar abertamente contrário à pena capital.

O judeu é o emblema da tolerância civil e religiosa. "Ama o estrangeiro e o forasteiro", ordenou-nos Moisés, "porque estrangeiro foste na terra do Egito". E isto foi proclamado naquela época remota e selvagem em que a principal ambição das raças e dos povos consistia em se esmagarem e escravizarem uns aos outros. No que tange à tolerância religiosa, a fé judaica não apenas está muito distante do espírito missionário de converter pes- soas de outras denominações. Muito pelo contrário, o Talmud ordena que os rabinos informem e expliquem a todo aquele que, por vontade própria, venha a aceitar a religião judaica, todas as dificuldades contidas nessa aceitação, e que façam ver ao prosélito que os justos entre os povos têm o seu quinhão na imortalidade. De uma tamanha tolerância religiosa, tão elevada e ideal, nem mesmo os moralistas de hoje podem se vangloriar.

O judeu é o emblema da eternidade. Aquele que nem o assassinato nem a tortura, ao longo de milhares de anos, puderam destruir, aquele que nem o fogo nem a espada nem a inquisição foram capazes de eliminar da face da terra, aquele que foi o primeiro a produzir os oráculos de D'us, aquele que há anos é o guardião da profecia, e que a transmitiu ao resto do mundo. Uma nação destas não pode ser destruída. O judeu é perene, tão perene quanto a própria eternidade".

 

Matéria extraída da Revista Morashá Ed.31 ( Dezembro de 2000)

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Homens e mulheres brilhantes por Rabino Henry I. Sobel

– Amigos: Uma senhora foi consultar seu médico com a mesma queixa de sempre: ela não conseguia dormir à noite. O médico aconselhou que ela nunca fosse para a cama com o estômago vazio: “A senhora precisa sempre comer alguma coisa antes de se deitar”. “Mas, Doutor”, retrucou a paciente, “da última vez que eu estive aqui, há dois meses, o senhor me proibiu categoricamente de comer qualquer coisa antes de dormir!”. O médico olhou para ela bem sério e, com a maior dignidade profissional, respondeu: “Minha senhora, isto foi há dois meses. Desde então, a ciência avançou muito.”

Amigos: a ciência caminha, de fato, a passos largos. Suas fronteiras se expandem diariamente e novas descobertas nos surpreendem a cada minuto. Só podemos acompanhar com entusiasmo e aplaudir o progresso científico, pois seus benefícios são inegáveis. Há certas coisas, entretanto, que a ciência não pode nos proporcionar: paz de espírito, por exemplo. Para isto, precisamos da religião e da fé. Precisamos também de diretrizes éticas e morais para garantir que a ciência e a tecnologia contribuam efetivamente para a melhoria da sociedade. Ao iniciarmos uma nova semana, vamos nos maravilhar com tudo aquilo que homens e mulheres brilhantes conseguiram descobrir e inventar. E vamos agradecer a Deus pelas maravilhas da mente humana que Ele criou.

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Mais uma prisão nas investigações de atividades de célula terrorista de extrema direita. Políticos da Alemanha falam de nova forma de violência política e exigem banimento de partido NPD.

O procurador-geral da República Rainer Griesbaum informou que foi preso neste domingo (13/11), em Hannover, Holger G., de 37 anos de idade, suspeito de integrar desde o fim da década de 1990 um grupo denominado Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU na sigla em alemão). A revista de sua residência confirmou as suspeitas.

Entre outras provas, encontrou-se em sua posse o script de um filme de propaganda do grupo, além de uma instalação de tiro camuflada, declarou Griesbaum. Supõe-se que Holger G. tenha providenciado carteiras de habilitação e passaportes para outros três presumíveis terroristas.

Na véspera, a Procuradoria Geral da República divulgara que ativistas de extrema direita seriam suspeitos de terem assassinado uma policial da cidade de Heilbronn, em 2007, assim como pela morte de nove comerciantes da área de gastronomia, em diferentes regiões da Alemanha, entre 2000 e 2006. Oito deles eram de nacionalidade turca e um tinha a grega.

Encadeamento de indícios

Após um assalto a banco na cidade de Eisenach, no leste do país, a polícia seguiu o rastro de dois suspeitos, mais tarde identificados como Uwe M. e Uwe B., até a casa incendiada onde ambos cometeram suicídio, em Zwickau, no estado da Saxônia.

Na cena do crime, a polícia encontrou uma pistola e DVDs em que os dois homens assumiam a autoria dos nove homicídios, alegando serem membros da NSU, uma "rede de camaradas cujo princípio básico é: ação em vez de palavras". Segundo a revista Der Spiegel, num vídeo de propaganda com 15 minutos de duração, os criminosos anunciavam futuros atentados.

Suspeita de cumplicidade, sua companheira de moradia Beate Z. foi detida e ofereceu-se como testemunha de acusação, em troca de abrandamento de sentença. Como os dois suicidas, ela integrava o grupo de extrema direita Defesa da Pátria Turíngia.

Da agitação ao terrorismo

A série de assassinatos da provável autoria do trio neonazista alarmou as autoridades alemãs para a possibilidade de que certos grupos de extrema direita do país tenham passado da agitação política ao terrorismo declarado.

O ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, declarou neste domingo que o país está vivendo "uma nova forma de terrorismo de extrema direita", a qual "não reivindica publicamente os atentados, nem se gaba de seus atos nos meios radicais de direita".

Hans-Werner Wargel, diretor do Departamento de Defesa da Constituição da Baixa Saxônia, comentou que a Alemanha "está lidando com o pior caso de violência de extrema direita em décadas". A chefe de governo alemã, Angela Merkel, também expressou preocupação,neste domingo, com a série de atentados.

Clamor pelo banimento do NPD

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Mensagens de pesar na lanchonete de uma das vítimas, um turco de Munique
O deputado de origem turca Cem Özdemir, que lidera a bancada parlamentar do Partido Verde, mostrou-se incrédulo quanto à possibilidade de o trio neonazista ter escapado às autoridades durante tanto tempo, visto que estava ativo desde os anos 1990.

O especialista em extremismo de direita Bernd Wagner declarou ao jornal Kölner Stadt-Anzeiger: "Vínhamos alertando que dentro da cena [de direita radical] desenvolveram-se grupos muito militantes, e que possivelmente passaram ao terrorismo. O motivo é sempre o mesmo: uma luta militar organizada contra a democracia e contra os estrangeiros".

O Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) planeja uma sessão extraordinária para discutir o terrorismo neonazista, em reação ao presente caso, o qual reavivou clamores para que o Partido Nacional Democrático (NPD) seja banido. "O NPD, que é o braço político do meio nazista e inimigo da Constituição, recebe dinheiro dos contribuintes alemães, e deveria ser finalmente banido", exigiu o parlamentar social-democrata Ralf Stegner.

AV/dw/afp/rtr/dapd
Revisão: Roselaine Wandscheer

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Um verdadeiro quebra-cabeças histórico. Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv estão, com ajuda de um sofisticado programa de computador, unindo peça por peça de um dos maiores e mais conhecidos arquivos de manuscritos medievais, a chamada Guenizá do Cairo. A coleção de 350 mil fragmentos de textos judaicos encontrada na capital egípcia em 1852 e espalhada 30 anos depois por 75 museus e instituições por todo o mundo, é tida como uma das mais valiosas fontes de documentos originais sobre o Oriente Médio na Idade Média. Até hoje, no entanto, ninguém conseguia ter uma visão geral desse tesouro histórico, que inclui textos religiosos, sociais e comerciais medievais. Há também textos mais recentes, até o século XIX.

Para estudar os documentos, estudiosos precisam, no momento, passar por uma via crúcis internacional. Os fragmentos estão espalhados por bibliotecas como as de Cambridge e Nova York (EUA), Manchester (Inglaterra) e Jerusalém (Israel), além de casas de colecionadores particulares. Os pesquisadores trabalham para unir todos os fragmentos virtualmente, num projeto que deve acabar no fim de 2012.

Os professores Lior Wolf e Nachum Dershowitz, da Escola Blavatnik de Computação da Universidade de Tel Aviv, desenvolveram um programa baseado na tecnologia de reconhecimento facial. Mas, em vez de reconhecer rostos, o programa consegue identificar e “colar” fragmentos de um mesmo manuscrito através de “ligações editoriais”. Ele analisa e processa informações com base em parâmetros como estilo e tamanho da letra, espaçamento entre as linhas e tipo de material. O trabalho é feito em conjunto com o Projeto Friedberg Guenizá, uma ONG que cataloga e digitaliza os fragmentos da coleção.

Em poucos meses, os pesquisadores israelenses já conseguiram fazer mais de mil “ligações” -- o mesmo número que estudiosos conseguiram fazer à mão nos últimos cem anos. Um dos documentos, um livro escrito pelo proeminente rabino e filósofo do século egípcio Saadia Gaon, foi totalmente restaurado.

_ A analogia com o reconhecimento facial é clara. Se o computador pode identificar a mesma pessoa em fotos diferentes, mesmo que ela esteja diferente em cada uma delas, pode da mesma forma identificar vários fragmentos que pertencem a um documento em comum, mesmo que cada um deles esteja diferente, atualmente _ explica Lior Wolf.

“Guenizá” significa em hebraico “depósito de livros hebraicos sagrados que não estão mais em uso”. Em geral, existem depósitos assim em sinagogas ou cemitérios, já que é proibido jogar fora livros sagrados usados, que devem ser enterrados como manda a tradição judaica. Muitos, no entanto, acabam não sendo colocados em baixo da terra – sobrevivendo à decomposição. A maior coleção desse tipo foi encontrada na Sinagoga Ben Ezra, em Fustat, hoje na parte velha do Cairo, e no cemitério de Basatin, também na capital do Egito.

O que diferencia essa coleção de outras é o fato de que ela contém não só livros de cunho religioso, mas também laicos e comerciais em aramaico, hebraico e árabe. Há listas de mercadores, cartas pessoais, papéis de divórcio, correspondências financeiras, receitas, aulas de ciência e de escrita e outros documentos que dão detalhes da vida econômica e cultural no Mediterrâneo medieval, incluindo regiões que hoje correspondem a Egito, Israel, Palestina, Líbano, Síria, Tunísia, Itália, Espanha, Turquia e Marrocos.

Uma parte do projeto já pode ser vista no site da organização que patrocina os estudos. O progresso será revelado em novembro, em Barcelona, na Conferência Internacional de Visão Computacional 2011.

_ É uma grande vantagem quando o pesquisador não tem se cansar examinando milhares de fragmentos _ diz Nachum Dershowitz, que promete estender o trabalho para outros arquivos históricos, como os Manuscritos do Mar Morto, recentemente revelados na internet através de um projeto do Google do Museu de Israel.

_O computador, ao contrário das pessoas, não se cansa de comparar milhares de fragmentos. Mas só um estudioso humanos pode ler o que esses manuscritos dizem e entender seu contexto _ diz Dershowitz

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/manuscritos-revelam-segredos-da-idade-media-3154143#ixzz1df1vW6UF

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La guerra, la peor de las tragedias que nos pueden ocurrir a los seres humanos, es la forma mas errónea que disponemos los hombres para demostrar nuestra imperfección, es nuestra reiterada incapacidad de resolver nuestras diferencias por otros medios mucho más racionales y lógicos, mucho más humanos. El logro más elevado al que podemos aspirar, es llegar algún día a comprender y a concretar esta lúcida y profunda conclusión del cineasta, Ari Folman: “La guerra es terriblemente inútil”.
Estamos ya ante una verdadera amenaza de alcance planetario, ante un auténtico eje de malas intenciones y de malos presagios para el futuro de toda la humanidad: Irán se ha convertido en un trágicofenómeno que desde la Revolución Iislámica (1978-1979), Occidente aún no termina de entender. Irán ha logrado dar un paso decisivo hacia adelante, ya ha obtenido el conocimiento, la tecnología y los recursos para crear una bomba nuclear en cuestión de meses, según el reporte de la Agencia Internacional de Energía Atómica (AIEA).
Irán esta liderando una amenaza contra el Estado de Israel, el mundo occidental, los cristianos (de Occidente y del mundo), los judíos (de Israel y la Diáspora), los budistas (de Bali, Tailandia, etc.), los hindúes (de Cachemira e India), los musulmanes herejes (véase la tragedia cotidiana en Medio Oriente), los drusos, “los ateos” (humanistas y laicos); los musulmanes que no aceptan la Yihad y las mujeres emancipadas del mundo.
Manifestó Mahmud Ahmadineyad ante más de 4.000 estudiantes durante una conferencia llamada “Un mundo sin sionismo”: “Israel debe ser borrado del mapa; todo el que reconozca a Israel arderá en el fuego de la furia de la nación islámica; cualquier líder islámico que reconozca al régimen sionista reconocerá la rendición y la derrota del mundo islámico. Si Dios quiere, seremos testigos de un mundo sin Estados Unidos y sin la entidad sionista”.
El timorato mundo occidental y sus inservibles organismos internaciones continúan perdidos en el intrincado laberinto del apaciguamiento, no son capaces de percibir que únicamente la disuasión puede poner en vereda al Islam nuclear, siguen insistiendo en antiguos errores y por ahora no supieron aprender de las dolorosas lecciones de la Historia.
El tremendo genocidio cometido por Rusia ha exterminado alrededor de 100.000 chechenos, uno de cada diez civiles, ante la permisividad y apatía del mundo occidental que se dicen defensores de la paz y de los derechos humanos, no tienen ningún reproche hacia los herederos del KGB, hacia los Vladimir Putin y sucesores, que ejecutaron en Chechenia uno de los mayores genocidios de los últimos tiempos, mirando hacia otro lado y recibiéndolos con gran pompa en las cumbres internacionales.
En la región de Darfur, al oeste de Sudán, el presidente Omar al Bashir y sus secuaces han perpetrado un espantoso genocidio, ante la indiferencia generalizada de la opinión pública y los lideres de Occidente y la habitual y previsible impotencia de la ONU. En el último dato oficial de 2007 se considera que el número de muertes por el conflicto se aproxima a las 750.000 fallecidos por el hambre y la masacre. Las víctimas del genocidio (negros y pobres) han pasado simplemente al anónimo y silencioso rincón universal del olvido.
Los líderes y los detentadores del poder económico y militar mundial no hacen nada para evitar el próximo genocidio nuclear que al igual que Hiroshima y Nagasaki amenaza repetirse pero esta vez multiplicado en poder y destrucción. Sus líderes solo parlotean y desvían las posibles acciones hacia imposibles e hipócritas intentos de negociaciones con psicópatas criminales como Ahmadineyad y sus secuaces.
“Ellos podrían lograr en cuestión de segundos lo que hizo Hitler, y matar a seis millones de judíos; literalmente, hay relojes marchando. Uno de estos relojes es el reloj del enriquecimiento de uranio, que muestran que en una fecha determinada, los iraníes tendrán suficiente uranio altamente enriquecido para crear una bomba que podría literalmente borrar a Israel del mapa en cuestión de segundos”. Embajador de Israel en Estados Unidos, Michael Oren.
Ante la persistencia de una mitificación de la verdadera realidad de este conflicto casi eterno en la que se ve permanentemente afectada la seguridad de nuestra querida Israel, los sionófobos aportan supuestas pautas y pareceres que deslegitiman los derechos elementales y básicos de Israel a defenderse de los espurios intereses del fundamentalismo islámico y de los sionófobos de siempre, que sólo intentan destruir esta realización histórica que es la existencia y continuidad de

nuestro hogar nacional en esta tierra donde nuestros antepasados forjaron nuestra cultura e identidad nacional.
En 1947 la ONU votó a favor de la Partición de Palestina en dos Estados y entonces los países árabes la rechazaron violentamente porque querían y quieren sólo una realidad, “una Palestina sin judíos” y la opción de solución militar fue inventada y sostenida exclusivamente por ellos.
El diabólico uso de las armas para mutilar y aniquilar a otros seres humanos se ve alimentado permanentemente y desde hace más de 100 años por la obstinación fundamentalista de líderes, Gobiernos e ideólogos árabes y palestinos; de no tolerar la mera existencia de un Estado judío y democrático en la tierra de nuestros antepasados. Han intentado infructuosamente destruirlo y ese ha sido el único obstáculo para la paz y la convivencia pacífica en esta maltratada zona del mundo.
Este Estado de Israel al que demonizan, estuvo en sus primeros pasos (1947-1948) a punto de ser eliminado totalmente y su población judía a ser masacrada y/o echada al Mar Mediterráneo, como una mera continuación del Holocausto nazi. Se arrojaron sobre el flamante Israel, varios y poderosos ejércitos de los países árabes vecinos (incitados por el decadente imperio británico) con la expresa e incondicional colaboración de los “victimizadas“ palestinos de aquel momento. No deseo decepcionar a sus detractores pues si esto hubiera ocurrido realmente, no tendrían a quien echarle casi todas las culpas de los males del mundo de hoy.
Podemos tener más o menos idea de cómo viven los palestinos hoy pero sus dirigentes y mentores son los únicos responsables, pues no tuvieron la mas mínima y lógica voluntad de trabajar para mejorar su calidad de vida, sólo les interesaron las grandes y copiosas donaciones internacionales para engrosar sus cuentas bancarias en Suiza y comprar los explosivos y las armas más letales posibles, que serán utilizadas luego sobre los inocentes ciudadanos israelíes.
Se empeñaron en crear más y más terror, en fabricar bombas humanas suicidas y misiles del más largo alcance posible para destruir la innegable y evidente realidad de ese Israel indeseado y negado, siempre trabajaron incansablemente para ser las eternas víctimas y crear con bastante éxito esa espantosa imagen del israelí cruel y sanguinario en la opinión internacional.
Israel -ingenuamente- se retira de Gaza dejando abierta una gran oportunidad y creando un verdadero desafío para que sus habitantes palestinos logren salir de esa ciénaga en la que se auto sumergen. Hoy ya no hay ocupación israelí, no hay asentamientos israelíes, no hay un solo judío en toda la Franja. Y ¿qué hacen los palestinos?: lanzar misiles que matan y mutilan a inocentes civiles.
Pudo mas la opción del terror, pudo mas someter a Sderot, Ashkelon y todo el Neguev Occidental a un fusilamiento letal y despiadado de sus pobladores, e increíblemente ante esta terrible realidad,“Israel es acusado de alimentar el odio y el genocidio”.
Este Estado injustamente demonizado tiene una cualidad extraordinaria que desgraciadamente hoy no la poseen la mayoría de los países de la región y es precisamente la elección de vivir en un sistema de completa democracia: esa creación humana e imperfecta que nos permite a los ciudadanos poder desarrollar nuestros talentos en una forma completamente libre, permitiendo y potenciando la auto reflexión, la auto crítica, la capacidad de poder disentir y el pluralismo de ideas y sentimientos.
Felizmente hoy el ideal de paz y justicia de los israelíes goza de muy buena salud y se encuentra en su lugar habitual, siempre fue y será un atributo de nuestro pueblo y este conflicto se solucionaría mucho más rápido si también fuera el preferido de los Arafat, de los Hezbollah y de los Hamás.
La única y natural solución a este interminable conflicto es promover como objetivo estratégico y primordial la obtención de una paz genuina con todos nuestros países vecinos árabes, “Paz por Paz”, como voluntad recíproca de convivir armónica y pacíficamente, sin mentiras ni mascaradas. “Paz por Paz”, no paz por territorios, no paz por dinero, no paz por terror, no paz por balas, no paz por hipocresías, simple y genuinamente Paz.
Es mi ferviente deseo de que la solución de este eterno conflicto termine devorando al terror, a la intolerancia, a la irracionalidad, al odio gratuito y a la incomprensión entre los pueblos. “…Con sus espadas forjarán arados y con sus lanzas podaderas. No levantará la espada una nación contra otra ni se adiestrarán más para la guerra”(Isaías 2,4). 4).

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Durante un año el filósofo y politólogo francés Bertrand Henry Levy se dedicó a estudiar las circunstancias en las que en el año 2002 fuera asesinado en Pakistán el periodista judío Daniel Perl.Las conclusiones las volcó en un libro ya editado en la Argentina llamado ¿Quién mató a Daniel Perl?.Sus conclusiones lo llevan al fundamentalismo islámico o como el lo denomina el “neo-antisemitismo”. En este reportaje,sintetizado, explica su posición hacia la guerra de Irak, la relación entre terrorísmo islámico y machismo, la posición ante el velo islámico y las diferencias entre el odio a Israel y el antisemitimo.Levy es hoy uno de los exponentes más destacados de la izquierda europea a quien no le molesta su condición judía. Por Uri Slai, Yediot Ajaronot Muchos israelíes piensan que el odio a Israel y los judíos es parte de la cultura islámica. En su libro usted sostiene que Perl fue asesinado por extremistas islámicos por ser judío.¿Se puede hablar de un Islam bueno y otro malo? Es tonto decir que el Islam odia a los judíos que es tan tonto como decir que el judaísmo odia a los árabes.La mayoría de las víctimas del extremismo islámico son los mismos musulmanes como los afganos o los talibanes. ¿Qué puede hacer Israel ante esta situación? Encontrar aliados dentro del Islam.Por ejemplo las mujeres argelinas sometidas, los musulmanes franceses que son atacados por los neo-nazis, los musulmanes en Bosnia. Son sólo algunos ejemplos. En su libro usted sostiene que el politólogo Samuel Huntington, que habla de choque de culturas, se equivoca. ¿Por qué? Yo creo que el verdadero choque de civilizaciones se da dentro del propio Islam, entre los saudíes y los bosnios; entre las mujeres iraníes y el regimen de los ayatollahs. Cuando uno nombra a Hungtinton en Israel la gente percibe que el Islam es enemigo de Occidente y un enemigo del judaísmo.Esto no es correcto. Salga de Israel, vaya a Argelia, Irán o Bosnia y verá que la idea es exagerada. Allí se encontrará con mucha gente que le dira que la única posibilidad de progreso que tiene el Islam es recibir la cultura occidental. ¿Cómo debería el mundo islámico conducirse con el Islam extremo? Ayudando a los musulmanes modernos. No hay justificación posible a lo que hizo Bin Laden con las Torres Gemelas. No hay opresión, sufrimiento o desmoralización que justifique atentados suicidas. Ud. dice que muchos terrorístas recibieron educación en Occidente.¿Cómo es que entonces se fanatizaron? Antes que nada se equivocan aquellos que piensan que los líderes terrorístas son fruto de la miseria y la pobreza.No se habla de personas que una mañana se levantan y dicen, “bien, quiero ser un terrorísta suicida”. Terroristas suicidas no son la expresión de un surgimiento espontáneo.La preparación de uno de estos asesinos es un proceso largo y dificil; puede llevar meses y hace falta mucha plata para entrenadores, líderes espirituales, capacitación técnica y militar. De un día a otro nadie se calza un cinturón con explosivos. El proceso mental es largo: estan seguros de no fallar, de no dudar en apretar un botón ante el objetivo. Esto no se logra en horas. ¿Cuál es el punto exácto en el que un hombre educado en Occidente se transforma en suicida? Es lo que quise averiguar con el libro. Que pasa por la mente de un terroristas suicida. Ud. habla de frustraciones sexuales de los terrorístas.. Ahí entra el tema de la mujer y su rol en el Islam. Hay que apoyar su lucha por más igualdad. En todo terrorísta suicida hay un componente de odio a la mujer. El odio, el miedo, el desprecio al sexo femenino.Es un motivador dificil de comprender para Occidente pero es un motivador. Ud califica a Pakistán, aliado de EE.UU., como un país peligroso.¿Por qué? Por que el hecho que tiene armas nucleares. Estas son más amenazadoras cuando se acompañan de una ideología.Corea del Norte tiene armas nucleares pero no tiene ideología porque el comunismo desapareció. En otros lugares como Irán o Afganistan hay ideologías extremas pero aún no hay armas nucleares. Francia tuvo razón en no apoyar la guerra del Golfo. No hacía falta una guerra para sacar a Saddam del poder. El problema en la región no es Irak sino Pakistán y Afganistan. Los americanos ya se equivocaron con Ben Laden, con los talibanes y ahora se equivocan con Pakistan que es un aliado nacido de la guerra Fría cuando la URSS apoyaba a la India. ¿Cómo se define a ud. mismo, primero judío, francés ,sionista? Me defino a mi mismo en forma mucho más compleja. Hace algunos años le hubiese dicho francés y judío. Hoy la pertenencia judía me es más importante. No creo ser más judío que francés pero en esencia soy más judío de lo que fui antes. Muchos israelíes piensan que Francia desarrrolla una política antisemita… Es así. ¿Ud. no piensa que Francia tiene una postura pro-palestina, antiisraelí y que se expresa en antisemitismo? Es todo lo mismo. ¿Toda oposición a la política israelí es antisemitismo? En Francia y Europa es lo mismo. El odio a Israel es el camino aceptado, legítimo, permitido para manifestar el odio a los judíos. El odio a los judíos siempre tuvo un movil; siempre fue un odio que quiso justificarse. En la época de Dreyfuss en Francia se acostumbraba decir que “yo odio a los judíos porque son ricos, capitalistas, porque oprimen a los franceses. En la época de los nazis se decía en Francia que se odiaba a los judíos por ser una raza impura, que corrompe. En la época del antisemitismo cristiano se decía que se odiaba a los judíos por asesinar a Jesús. En la época de Voltaire se decía lo contrario. Hoy se dice que se odia a los judíos porque asesinan palestinos cuando en verdad se defienden. ¿No es legítimo criticar a Israel? Si lo es pero la forma en que el antisemitismo se expresa en Francia es la forma en que se dicen las cosas. El neoantisemitismo se expresa de dos maneras. Una es decir que Israel desde su surgimiento como estado sionista conforma un estado violador de los derechos humanos; el segundo punto es como se exageran las críticas con la demonización.Se puede oponerse a Israel sin demonizar; sin mentir al decir que en el 2002 hubo masacres en Jenin. Visite Jenin luego de la retirada del ejercito israelí. Allí hubo dura lucha, no masacre. Claro que había escenas dolorosas pero como hombre que conocí muchas guerras, que vi masacres, puedo decir que allí no hubo masacres; no había una ciudad arrasada. Cuando el emisario de la ONU, Terry Larson, dijo: “Es la escena más estremecedora que vi en mi vida pense que en su vida vio muy pocas imágenes así. ¿Hay algo para hacer contra el antisemitismo? Es una guerra larga, de años. Una guerra que no terminará nunca. Se lo puede contener,disminuir, marginalizar, pero no destruir. Hay que ser fuertes. ¿Qué significa ser fuertes? Muchos judíos pensamos durante muchos años que el mejor camino para defenderse del antisemitismo era olvidarnos de nosotros mismos. Hoy pienso que es a la inversa. Debemos proclamar lo que somos, con orgulllo y con la fuerza de Israel. Israel es el medio con el cual el judío diaspórico puede mostrar su fuerza. La relación de fuerzas con el antisemitismo cambió desde que surgió Israel. El rol de Israel en el mundo parece desacreditado… Israel será una fuente de poder si sigue siendo lo que es. Con un ejercito moral, con una democracia ejemplar. ¿Por qué un filósofo liberal como ud. apoyó prohibir el uso del velo en las escuelas públicas de Francia? Durante mucho tiempo me opuse a esa ley y pensé que la democracia es un proceso natural que garantizaría todo. Hoy apoyo la ley para poder imponer el Islám moderado sobre los extremistas. ¿No cree que esta ley llevará a los musulmanes a ser más extremistas? Es una posibilidad pero no podemos desmoralizar a los moderados. Por eso hay que fortalecer la república, la democracia. Parece un contrasentido.¿No cree que la ley es antidemocrática? No es una cuestión de fe. No esta prohibido usar velo. La única limitación es en la escuela pública. Esta no puede tener caracteristicas religiosas. Ud. en sus libros habla de una Francia democrática y otra facista.¿Cuál se impondrá? Yo creo que Francia no puede desentenderse de sus sectores facistas. ¿Cuál es el sentido de la victoria?. Para mi triunfar es no perder.
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Acusação de que o país impõe aos árabes-israelenses e aos palestinos uma separação similar à vivida na África do Sul é injusta e mentirosa e busca retardar as negociações de paz A solicitação apresentada pela Autoridade Palestina para tornar-se membro pleno da ONU põe em xeque a esperança de uma solução de dois Estados. A necessidade de reconciliação entre israelenses e palestinos nunca foi tão grande. Portanto, é importante separar as críticas legítimas a Israel aos ataques cuja finalidade é isolá-lo, demonizá-lo e despi-lo de sua legitimidade. Segundo um boato particularmente pernicioso e persistente que surge mais uma vez, Israel adota políticas típicas do apartheid. No sábado, uma organização não governamental de Londres, que se intitula "Tribunal Russell sobre a Palestina", realizará na Cidade do Cabo uma "audiência" para decidir se Israel é "culpado" pelo crime de apartheid. Na verdade não se trata de um "tribunal". A "prova" será unilateral e os membros do "júri" são críticos cujas posições intransigentes em relação a Israel são notórias. Embora o termo "apartheid" tenha um significado mais amplo, em geral lembra a situação vivida na África do Sul antes de 1994. Trata-se de uma calúnia injusta e mentirosa contra Israel, que busca retardar, em lugar de acelerar, as negociações de paz. Conheço perfeitamente a crueldade do nefando sistema do apartheid da África do Sul, no qual os seres humanos caracterizados como negros não tinham direito ao voto, nem podiam exercer cargos políticos, nem usar toaletes ou praias destinadas aos "brancos", casar com brancos, morar em áreas reservadas aos brancos ou mesmo circular por essas áreas sem um "passe". Os negros gravemente feridos em acidentes de automóveis eram deixados sangrando até a morte se não houvesse uma ambulância para "negros" para levá-los a um hospital só para "negros". Os hospitais de "brancos" eram proibidos de salvar sua vida. Ao analisarmos a acusação de que Israel adota políticas típicas do "apartheid", que por definição dizem respeito principalmente a raça ou etnia, será importante, em primeiro lugar, distinguir a situação em Israel, em que os árabes são cidadãos, e nas áreas da Cisjordânia que continuam sob o controle israelense na falta de um acordo de paz. Em Israel, não existe apartheid. Lá nada se aproxima à definição de apartheid contida no Estatuto de Roma de 1998: "Atos desumanos... cometidos no contexto de um regime institucionalizado de opressão e dominação sistemáticos por um grupo racial contra qualquer outro grupo racial ou grupos e cometidos com a intenção de preservar aquele regime". Os árabes-israelenses - 20% da população de Israel - votam, têm partidos políticos, representantes na Knesset (Parlamento) e ocupam posições de prestígio, até mesmo em sua Corte Suprema. Os pacientes árabes ocupam leitos ao lado de pacientes israelenses nos hospitais de Israel e recebem idêntico tratamento. Evidentemente, existe uma separação de fato entre as populações israelense e árabe que os israelenses não deveriam aceitar. Em grande parte, tal situação é decidida pelas próprias comunidades. E dela decorre às vezes certa discriminação. Mas não se trata de apartheid, que adota conscientemente a separação como um ideal. Em Israel, a igualdade de direitos é a lei, a aspiração e o ideal; as iniquidades são frequentemente contestadas nos tribunais. A situação da Cisjordânia é mais complexa. Mas aqui também não existe a intenção de manter "um regime institucionalizado de opressão e dominação sistemática de um grupo racial". Tal distinção é crucial, embora aqui Israel use a opressão em relação aos palestinos. A separação racial forçada da África do Sul buscava beneficiar permanentemente a minoria branca, em detrimento das outras raças. Mas Israel aceitou teoricamente a existência de um Estado palestino em Gaza e em quase toda a Cisjordânia, e insta os palestinos a negociar os parâmetros a ser adotados. Analogia. Mas enquanto não existir uma paz com dois Estados, ou pelo menos enquanto os cidadãos de Israel permanecerem sob a ameaça de ataques da Cisjordânia e de Gaza, Israel usará barricadas e as medidas que considerar necessárias para sua defesa, mesmo que os palestinos se sintam oprimidos. Na atual situação, aos ataques de uma das partes, a outra parte revida com contra-ataques. E as profundas disputas, reivindicações e contrarreivindicações só se agravarão quando for invocada a analogia ofensiva do "apartheid". Os que querem promover o mito do apartheid israelense muitas vezes enfatizam os confrontos em que os soldados de Israel agem fortemente armados e os palestinos atiram pedras na Cisjordânia, ou a construção do que chamam de "muro do apartheid", e um tratamento diferenciado nas estradas da Cisjordânia. Embora tais imagens aparentemente sugiram uma comparação superficial, é desonesto usá-las para distorcer a realidade. A barreira de segurança foi construída para deter os incessantes ataques terroristas; embora tenha causado enormes dificuldades em alguns lugares, a Suprema Corte israelense ordenou ao governo em muitos casos que seu traçado seja modificado a fim de reduzir ao máximo dificuldades irracionais. As restrições impostas nas estradas agravam-se depois de ataques violentos e melhoram quando a ameaça se reduz. Evidentemente, o povo palestino tem aspirações nacionais e direitos humanos que todos devem respeitar. Mas a atitude dos que confundem as situações em Israel e na Cisjordânia e as comparam à antiga África do Sul não ajuda em nada os que alimentam esperanças de justiça e paz. As relações entre judeus e árabes em Israel e na Cisjordânia não podem ser simplificadas invocando apenas uma suposta discriminação por parte dos judeus. Existe hostilidade e desconfiança de ambas as partes. Israel encontra-se em estado de beligerância com muitos de seus vizinhos que se recusam a aceitar sua existência. Até mesmo alguns árabes-israelenses, por serem cidadãos de Israel, às vezes tornam-se alvo de suspeitas por parte de outros árabes em consequência dessa longa inimizade. O reconhecimento mútuo e a proteção da dignidade humana de todas as pessoas são indispensáveis para pôr fim ao ódio e à ira. A acusação de que Israel é um país do apartheid é falsa e maliciosa e impede, em vez de promover, a paz e a harmonia. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,israel-e-a-calunia-do-apartheid-,793571,0.htm
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