Todos os posts (1538)

Classificar por

A outra vítima da guerra por Roberto Musatti

Izzy Lemberg não é apenas mais um jornalista. Foi diretor, produtor chefe da CNN durante 20 anos e num artigo interessante afirma que talvez a maior vítima do conflito em Gaza tenha sido o jornalismo. Isto a partir do momento em que os repórteres se tornaram fantoches nas mãos dos terroristas do Hamas, assim como a população palestina local, os funcionários da ONU e os clérigos cristãos.

Eram proibidos sob pena de morte de filmar os terroristas disparando mísseis de igreja, mesquitas, hospitais, creches, escolas, prédios densamente povoados ou militantes sendo feridos ou mortos, seguindo o mantra de que todos eram ‘civis inocentes’. Tinham que ignorar quando os militantes do Hamas colocavam feridos e mortos para dentro de uma escola, abrigo ou hospital para incriminar Israel ou participar da encenação quando uma criança morta era levada em três hospitais diferentes e sucessivos com mães postiças e de ocasião obrigadas a chorar para inflar o numero de vitimas. Eram obrigados a desligar suas câmeras quando os militantes obrigavam civis a subirem no telhado de edifícios de onde disparavam mísseis, para ‘morrerem como heróis’ ou ignorar os mísseis e armamentos estocados em escolas e abrigos da ONU.

A cobertura feita agora em tempo real pelas redes de TV de noticias, em especial a BBC acabaram se tornando um exemplo de preconceitos, anti-semitismo e infâmias que quando descobertas dificilmente eram corrigidas como a escola da ONU que de atingida por Israel com crianças e mulheres mortas, aparece depois em vídeo dos drones da Força Aérea de Israel, como sendo fruto de um foguete do Hamas com defeito.

Nem se pode alegar inocência. A BBC fez questão de trazer para Gaza sua repórter (já expulsa de Israel varias vezes) Orla Guerin (apelidade de Goering, o nazista) – irlandesa casada com palestino, morando no Cairo, artista consagrada no desempenho emocional da voz embargada, pausada, quase nas lagrimas, que só entrevista mães em desespero. Em sua cobertura no Líbano, foi desmascarada ao entrevistar uma das ‘mães profissionais’, carpideiras pagas, que iam de rua em rua, dia após dia chorando diferentes mortes que nunca ocorreram… Passou um tempo ‘na geladeira’ até voltar agora a Gaza. A se acreditar nas reportagens de Gaza, nenhum terrorista foi morto (apesar de 80% dos mortos serem jovens de 18 a 30 anos) nenhum deposito de armas destruído, nenhum foguete foi disparado com escudos humanos e apenas crianças e mulheres morreram de disparos israelenses.

O jornal Washington Post faz duas perguntas, segundo Lemberg, aos jornalistas cobrindo de Gaza: 1)Você viu combatentes do Hamas em Gaza? e 2) Por que você não reportou nenhuma atividade deles a não ser aquelas dadas pelo Exercito de Israel? A resposta veio com o cessar-fogo quando jornalistas do mundo inteiro puderam sair de Gaza e aí sim trazer a tona a realidade. Tardiamente, pois as imagens em tempo real criaram uma realidade virtual que levou inclusive Israel a ser denunciado por crimes de guerra pela ONU e seu departamento de Direitos Humanos. Como desfazer isso agora com as novas evidências? Como manter a credibilidade da própria ONU?

O jornalismo sério não está moribundo apenas pela cobertura em Gaza, mas no seu silencio internacional. A guerra na Síria se estende por mais de três anos e com mais de 200 mil mortos, milhões de refugiados e até o uso de armas químicas contra a população civil. Sunitas e xiitas se matam com requintes de horror, com centenas sendo decapitados de uma só vez, ou fuzilados em fossas comuns como na época de Stalin, Mao e Hitler. Mas só Israel é acusado de crimes de guerra… mesmo quando solta panfletos, liga para o local onde será feito o bombardeio pedindo para que a população civil saia para não ser atingida…

Por que a BBC e Orla Guerin não estão no norte do Iraque HOJE, cobrindo a fuga desesperada de mais de 40 mil cristãos e da minoria Yazidi no deserto em pleno verão, sem água ou comida, dos extremistas sunitas do Isis que não tem nenhum remorso ou escrúpulo de matar todos que não se sujeitem ao seu islamismo fundamentalista? Este sim será um genocídio nas próximas horas se o mundo não acordar, se Obama continuar em férias nas praias de Marta’s Vineyard e os europeus preocupados com a crise na Ucrânia. Também não se fizeram ouvir manifestações da Presidência da Republica nem do Ministro Assessor para Assuntos Internacionais, tão inseridos no contexto do ‘uso desproporcional de força’!

O discurso do Hamas agora é de que só aceita a paz se Israel e o Egito acabarem com o bloqueio que impuseram a Gaza, como se fosse este o motivo de dispararem mais de 3.000 foguetes contra alvos civis em Israel. Esquece a mídia mundial que o bloqueio foi imposto para impedir que o Hamas se armasse ainda mais de mísseis iranianos, coreanos, construísse ainda mais túneis para dentro de Israel. As toneladas de cimento e os fundos do Qatar usados nesses quilômetros de túneis moderníssimos poderiam ter sido usados para escolas, fabricas, agricultura, hospitais e creches. Israel infelizmente para contrabalançar esta ameaça à sua população teve que gastar milhões desenvolvendo o 1º sistema eficiente antimíssil do mundo, o que parece ter irritado a mídia e dirigentes da política internacional que gostariam de mortes equivalentes dos dois lados para não acusar Israel de crimes de guerra.

É doloroso quando até pessoas lúcidas como Marcelo Paiva traçam uma linha comparativa, afirmando que a crise de Gaza não existiria se Israel tivesse gasto os recursos do Iron Dome em fazer as pazes com os palestinos da Cisjordânia. Esquece ele que o Hamas e a Autoridade Palestina só agora se uniram em pura conveniência. Esquece que Gaza foi devolvida unilateralmente aos palestinos em 2005 para se tornar plataforma de lançamento de foguetes. Será que ele consegue garantir que a Cisjordânia não se tornaria também?

Enquanto facções palestinas e árabes não aceitarem o fundamental que é o direito de existência do Estado de Israel, não existe chance nenhuma de paz no Oriente Médio. Ao contrario – enquanto o Ocidente debate Gaza sob a lente distorcida da imprensa preconcebida, os fundamentalistas avançam no Iraque, na Líbia, na Síria e em breve nas grandes comunidades islâmicas européias da França, Inglaterra e Holanda.1

Seria interessante lembrar a BBC dos atentados no metrô de Londres, nos trens espanhóis, nos resorts de Bali. Deveria fazer como hoje a CNN fez pela primeira vez, graças a coragem de um seu jornalista: mostrar ao vivo o desespero das minorias no Iraque prestes a se tornarem eles sim, infelizmente, um genocídio em pleno século XXI.

Inaceitável!

Roberto Musattti é Economista (USP) Mestre em Marketing (Michigan State) e Professor das Faculdades Reges.

Saiba mais…

Desliguem o Gerador da Violência Israelense -Palestina

08 | 08 | 2014 » David Grossman

  

 

Um Israel sem Ilusões

Israelenses e palestinos estão aprisionados no que parece cada vez mais com uma bolha, selada hermeticamente. Ao longo dos anos, dentro dessa bolha, cada lado tem desenvolvido justificativas sofisticados para todos os atos cometidos.

Israel pode alardear que nenhum país no mundo se absteria de responder a incessantes ataques como os realizados pelo Hamas, ou à ameaça representada pelos túneis escavados a partir da Faixa de Gaza para dentro de Israel. O Hamas, por outro lado, justifica seus ataques contra Israel, argumentando que os palestinos ainda estão sob ocupação e que os moradores de Gaza estão definhando sob o bloqueio imposto por Israel.

Dentro da bolha, quem pode criticar os Israelenses por esperararem que seu governo faça tudo o que puder para salvar as crianças do kibutz Nahal Oz, ou qualquer uma das outras comunidades adjacentes à Faixa de Gaza, do ataque de uma unidade do Hamas que possa emergir de um buraco na terra? E qual é a resposta aos habitantes de Gaza que dizem que os túneis e foguetes são as suas armas que restaram contra um poderoso Israel? Nesta bolha cruel e desesperada, ambos os lados estão certos. Ambos obedecem à “lei da bolha” – a lei da violência e da guerra, da vingança e do ódio.

Mas a grande questão, à medida que se intensificam, não é sobre os horrores que ocorrem todos os dias dentro da bolha. É a seguinte: Como ainda estamos juntos sufocados dentro desta bolha há mais de um século? Esta questão, para mim, é o ponto crucial deste último ciclo sangrento.

Como não posso pedir ao Hamas, nem pretendo compreender a sua linha de pensamento, peço aos líderes do meu próprio país, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus predecessores: Como vocês podem ter desperdiçado tantos anos desde o último conflito sem iniciar o diálogo, sem mesmo fazer o menor gesto em direção ao diálogo com o Hamas, sem tentar mudar a nossa realidade explosiva?

Por que, ao longo destes últimos anos, Israel tem evitado negociações sensatas com os setores moderados e mais conversáveis do povo palestino – o que também poderia ter servido para pressionar o Hamas? Por que vocês ignoraram, por 12 anos, a iniciativa da Liga Árabe que poderia ter recrutado estados árabes moderados com o poder de impor, talvez, um acordo com o Hamas? Em outras palavras: Por que é que os governos israelenses têm sido incapazes, por décadas, de pensar fora da bolha?

A rodada atual entre Israel e Gaza é de alguma maneira diferente. Por trás da belicosidade de uns poucos políticos que alimentam as chamas da guerra, atrás do grande show de “unidade nacional” –  em parte autêntico, mas na maior parte manipulador quanto à condução desta guerra, direcionando a atenção de muitos israelenses para os mecanismos que mentem com base no “patriotismo” e repetição mortal da “situação”.

Muitos israelenses que se recusaram a reconhecer o estado real das coisas, estão agora vendo o ciclo de violência fútil, vingança e contra-vingança. E estão vendo o nosso reflexo: uma imagem clara e sem adornos de Israel, como um Estado brilhantemente criativo, inventivo e audacioso que por mais de um século foi movendo o Gerador de um conflito que poderia ter sido resolvido anos atrás.

Se colocarmos de lado, por um momento, as lógicas que usamos para nos apoiar contra a simples compaixão humana pela a multidão de palestinos cujas vidas foram destruídas nesta guerra, talvez sejamos capazes de ver como eles, também, movem o Gerador de Violência bem do nosso lado, em conjunto, em infinitos círculos cegos, num desespero anestesiante.

Eu não sei o que os palestinos, incluindo os moradores de Gaza, pensam realmente neste momento. Mas tenho a sensação que Israel está crescendo. De modo infeliz, doloroso, rangendo seus dentes, e mesmo assim amadurecendo – ou, melhor, sendo forçado a isso. Apesar das declarações beligerantes de políticos exaltados e especialistas, além da investida violenta de bandidos da direita contra qualquer pessoa com opiniões diferentes, a opinião dominante do público Israelense está ganhando sobriedade.

A esquerda está cada vez mais consciente do potente ódio contra Israel – um ódio que não surge apenas a partir da ocupação – e do vulcão fundamentalista islâmico que ameaça o país. Também reconhece a fragilidade de qualquer acordo que possa ser alcançado aqui. Mais pessoas de esquerda entendem agora que os medos da direita não são mera paranóia, que eles precisam lidar com uma ameaça real e crucial.

Espero que, à direita, também, exista agora um reconhecimento maior – mesmo se for acompanhado por raiva e frustração – dos limites da força; do fato de que, mesmo um país poderoso como o nosso, não pode simplesmente agir como quiser; e que na época em que vivemos não há vitórias inequívocas, apenas uma “ilusão de vitória”, na qual podemos facilmente ver a verdade: que na guerra há apenas perdedores. Não há solução militar para a angústia real do povo palestino e, enquanto a asfixia sentida em Gaza não for aliviada, nós em Israel tampouco seremos capazes de respirar livremente.

Os israelenses sabem disso há décadas, e por décadas temos nos recusado a realmente compreendê-lo. Mas, talvez, nesta vez entendamos um pouco melhor. Talvez tenhamos um vislumbre da realidade de nossas vidas a partir de um ângulo ligeiramente diferente. É um entendimento dolorido e ameaçador, mas há que poderia ser o início de uma mudança. Pode despertar para os Israelenses o quanto é crítica e urgente a paz com os palestinos, e como esta também pode servir de base para estabelecer a paz com os outros Estados Árabes.

 

Bibi e Lieberman não nos representam

Bibi e Lieberman não nos representam

Pode-se trazer de volta a paz –um conceito tão desacreditado aqui nos dias de hoje – como a melhor opção, a mais segura, disponível para Israel.

Será que uma compreensão semelhante emergirá do outro lado, no Hamas? Não tenho como saber. Mas a maioria palestina, representada por Mahmoud Abbas, já decidiu a favor da negociação e contra o terrorismo. Será que o governo de Israel, depois desta guerra sangrenta, depois de perder tantos jovens e pessoas queridas, continuará a evitar e ao menos tentar essa opção? Será que continuará a ignorar o Sr. Abbas como elemento essencial para qualquer resolução? Será que continuará descartando a possibilidade de um acordo com palestinos da Cisjordânia, que poderia gradualmente conduzir a um relacionamento melhor com os 1,8 milhões de moradores de Gaza?

Aqui em Israel, assim que a guerra acabar, devemos começar o processo de criação de uma nova parceria, uma aliança interna que deverá alterar o conjunto de grupos de interesses estreitos que nos controla. Uma aliança daqueles que compreendem o risco fatal de continuar a alimentar o Gerador de Violência.  Aqueles que compreendem que nossas fronteiras não mais separam judeus de árabes, mas as pessoas que anseiam por viver em paz daqueles que se alimentam, ideologicamente e emocionalmente, da continua violência.

Acredito que Israel ainda tenha uma massa crítica de pessoas, tanto de esquerda como de direita, religiosos e seculares, judeus e árabes, capaz de se unir – com sobriedade e sem ilusões – em torno de alguns pontos de concordância para resolver o conflito com nossos vizinhos.

Há muitos que ainda “lembram do futuro” (uma frase estranha mas precisa neste contexto) – o futuro que desejam para Israel e para a Palestina. Há ainda – mas quem sabe por quanto tempo – pessoas em Israel que entendem que se afundarmos na apatia de novo, estaremos deixando a arena para aqueles que nos arrastarão, febrilmente, para a próxima guerra, incendiando qualquer ponto de conflito na sociedade.
Se não fizermos isso, iremos todos – Israelenses e palestinos, com os olhos vendados, as cabeças curvdas em estupor, colaborar com a desesperança – continuando a alimentar o Gerador de Violência –  que esmaga e corrói nossas vidas, nossas esperanças e a nossa humanidade.

DAVID GROSSMAN – veterano ativista do Movimento PAZ AGORA - é o autor, mais recentemente, de “Falling Out of Time” (Caindo fora do Tempo”). Seus outros livros incluem “Até o fim da Terra”, (“To the end of the Land”), “Morte como um modo de vida” (“Death as a Way of Life”) e “O Vento Amarelo (“The Yellow Wind”).

 

Publicado originalmente em 27 de julho de 2014 no  The New York Times e traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR (www.pazagora.org) .

 

[ Publicado no NEW YORK TIMES em 27/07/2014 e traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR ]

Amanhã 9/8 - 20h

Manifestação pela Paz na PRAÇA RABIN, Tel Aviv

Saiamos do caminho da Guerra!

A Solução é Política

11419594667?profile=original

Saiba mais…

Deve haver uma outra maneira... - Carta Aberta de Noa

Saudações do nosso canto do Oriente Médio, onde o inferno todo está desabando.

Aterrorizada, angustiada e deprimida, frustrada, com raiva ...  Cada onda de emoções competindo com a outra pelo domínio do meu coração e da minha cabeça…  Nenhuma prevalece.  Estou me afogando no oceano fervente de todas elas combinadas.

 

Um alerta de míssil a cada hora, em algum lugar perto da minha casa. Em Tel Aviv está pior. Meu filho e eu paramos o carro hoje no meio da rua e corremos para um abrigo, enquanto a sirene disparava perfurante ... Após poucos minutos, ouvimos três fortes estrondos que estremeceram as paredes. No sul, é insuportável. As vidas ali tornaram-se uma paralisia, a vida normal acabou; eles gastam a maior parte do seu tempo em abrigos contra bombas. Boa parte dos mísseis são interceptados pelo nosso sistema de defesa, mas não todos. Cada civil é um alvo, nossas crianças estão traumatizadas, as cicatrizes emocionais são irreversíveis.

E os túneis, cavados sob o solo, alcançam a própria entrada de alguns dos kibutzim na fronteira de Gaza e… na escuridão dos meus pesadelos, imagino para o que eles foram feitos: contrabando, sequestros, torturas, assassinatos!   Nossos soldados estão na linha de frente. São nossos filhos, filhos de nossos amigos e vizinhos, os jovens e as jovens convocados pelo seu governo... e, ainda, caixões envoltos na bandeira, funerais encharcados de lágrimas, vidas destruídas, Kadish…a rotina devastadora bem conhecida.

E os gazanos, Senhor!    Os gazanos… o que poderia ser mais infeliz e horrível do que tem que suportar aquelas pessoas?  Será o seu destino eterno sofrer nas mãos de tiranos cruéis? As fotos de crianças sangrando, mães chorando em roupas manchadas de sangue, os escombros e a devastação, o terror nos olhos, 5 minutos no máximo para sair de casa, para correr por suas vidas porque as bombas estão caindo… nenhum abrigo... a tática Talibâ do Hamas de um lado e os bombardeiros F16 do exército israelense no outro, esta gente está presa como nozes, esmagadas pelas garras metálicas da cegueira e da estupidez ... as perdas de vidas subindo e subindo ... pelo amor de Deus ... por quanto tempo isto vai continuar??

 O Hamas é extremist. São jihadistas, são perigosos, têm o objetivo de matar cada judeu, incluindo eu e a minha filha. Não reconhecem Israel, planejam converter todos os gazanos em shahids, usando-os como escudos humanos... nós ouvimos tudo isto, Ouvimos de Hannia e de seus capangas...

Mas será que todo homem, mulher ou criança pode ser culpado pela loucura horrenda e amarga dos dois lados??

Nós, tanto palestinos como israelenses, “nunca perdemos uma oportunidade de perder uma oportunidade de fazer a paz”. Criamos esta confusão com as nossas próprias mãos e estamos pagando o terrível preço por nossa arrogância e surda insanidade.

É fácil apontar dedos e se tornar extremamente auto-defensivo quando as bombas caem... Em cada lado, amontoados em seu próprio canto, grudados nos seus e acusando o outro...

Meu coração está com as famílias das vítimas, aonde quer que estejam!  Estou contente por ter um exército forte para me defender contra aqueles que claramente declaram o objetivo de cortar os pescoços dos meus filhos... MAS, não quero usar minha tristeza e meu medo como um escudo contra a proximidade humana e o pensamento claro. Ao contrário.

11419595298?profile=original

 

Quero levantar-me no meio do ringue e falar a minha verdade.

Existem apenas dois lados, e não são israelenses e palestinos, judeus e árabes. Os dois lados são os moderados e os extremistas. Eu pertenço aos moderados, onde quer que estejam. Eles são o meu campo. E este campo precisa se unir!

Não tenho nada em comum com extremistas judeus que queimam crianças vivas, envenenam poços e arrancam árvores, que atiram pedras em alunos de escola, que são motivados pelo ódio de lavagens cerebrais e um fanatismo agudo.

 Quero enterrar minha cabeça nas minhas mãos e desaparecer, se possível para a Lua, quando leio sermões dos rabinos Ginsburg e Lior, romantizando a morte e o assassinato em nome de ‘deus’, como fez Baruch Goldstein, seu sagrado mártir, que matou 29 árabes a sangue-frio enquanto eles rezavam!  Quando li as inacreditáveis palavras de racismo e ódio escritas por alguns israelenses, os gritos de alegria quando palestinos eram mortos, o desprezo pela vida humana... O fato de que partilhemos o mesmo passaporte e religião não significa nada para mim. Não tenho nada com essa gente.

Da mesma forma, os extremistas no outro lado também são meus piores inimigos.  Mas a sua ira é dirigida não apenas contra mim, mas contra os próprios moderados da sociedade deles, que assim são nossos aliados!

Assim como eu insto os árabes moderados, onde quer que estejam, a fazer tudo que possam para se afastar do extremismo, não tenho a intenção de ignorar a responsabilidade que o meu lado tem pelo que está acontecendo.

O Islã radical é um fenômeno perigoso, que deve ser enfrentado não apenas por Israel, mas pelo mundo inteiro. Mas há no mundo muçulmano mais vozes liberais, há mais parceiros para dialogar!  Você já fez de tudo para chegar a eles?

A resposta é NÃO!  O atual governo liderado por Netanyahu fez todo o possível para suprimir qualquer tentativa de reconciliação. Enfraqueceu e insultou Abu Mazen, líder da mais moderada OLP, que declarou repetidas vezes estar interessado na paz. Quando Abu Mazen fez declarações sobre o Holocausto, chamando-o de a maior tragédia da História humana, eles o desprezaram e diminuíram.

Desrespeitaram acordos que eles mesmos haviam assinado, recusando, num capricho, libertar presos como já acordado, preferindo continuar a ultrajante e enfurecedora construção nos assentamentos como se não houvesse conversações em andamento.  É como esbofetear alguém na face, seguidamente, dizendo, ao mesmo tempo inocentemente: “Vamos fazer paz! Não está percebendo como quero a paz? Por que não está cooperando?”

E quanto à Iniciativa de Paz da Liga Árabe?  Por que ela tem sido consistente e recorrentemente ignorada pelo governo israelense?  Há pouco tempo, num novo ato de boa-fé, uma alta autoridade da Arábia Saudita escreveu um artigo para um jornal israelense, expressando seu desejo pela paz! A matéria não foi sequer divulgada! Tal comportamento só pode ser descrito como detestável e arrogante.

Que loucas forças messiânicas cegam os olhos desses políticos e seus apoiadores? Qual a sindrome bíblica de Josué?  O que pensam eles - que lenta mas seguramente dominarão os territórios ocupados até que não mais seja possível criar o Estado Palestino? E quanto a todos os palestinos que lá vivem, suas aspirações, sua História?  Seu bem-estar, seus sonhos, esperanças, futuros?  Viverão felizes como cidadãos de segunda classe, ou talvez irão se converter em massa ao judaísmo? Qual é o plano??

Não existe plano! Não existe visão que seja moralmente compatível com valores universais de coexistência. Ou pelo menos nenhum que tenha sido articulado coerentemente.  No lugar disto, temos sido constantemente abastecidos por medo e paranóia, chamas incendiárias de nacionalismo, xenofobia e racismo.  De fato, tais políticas estão deteriorando Israel a um ponto ideológico e estratégico de não retorno.

Só o diálogo em um lugar de respeito e empatia pode nos salvar. Apenas um esforço concertado para fortalecer os moderados e, assim, marginalizar tanto quanto possível os radicais, pode nos trazer esperança.  

Tanto quanto nós em Israel, justificadamente, desprezamos o Hamas, não aparenta que eles estão indo a nenhum outro lugar. Nós consideramos seriamente as condições que apresentaram para um cessar-fogo? Muitas delas fazem sentido!  Por que não tentar aliviar o sofrimento dos gazanos, permitir que floresçam economicamente, devolver dignidade às suas vidas e ganhar dez anos de trégua... Dez anos é um longo tempo! Mentes jovens podem ser abertas; mesmo uma prosperidade modesta pode catalisar mudanças!   Por que assumir automaticamente que esses anos serão usados SÓ para fortalecer o Hamas militarmente?  As condições incluiriam supervisão internacional.  Talvez os anos criem uma realidade no qual o Hamas, com uma geração jovem de líderes que enxerguem um horizonte distinto, possa ser trazido ao círculo político de forma a finalmente permitir o diálogo?

E eu pergunto a Netanyahu: Por que você não nos surpreende?  Você é conhecido como inteligente.  Por que não dá uma volta de 180°, muda as regras do jogo e pensa fora da caixa?  Dê as boas-vindas a Abu Mazen, pare de construir nos assentamentos, apoie o governo de unidade, abra Gaza e permita o comércio com supervisão internacional, abrace as aspirações palestinas ao lado das nossas, apoie a intervenção internacional e ganhe um aliado real CONTRA as ondas de extremismo!

Você realmente fez todos esforços para isto, antes de mandar nossos jovens para morrer?   Infelizmente, NÃO!

Ninguém desmantelará o Exército de Israel tão cedo. Ele deve-se manter forte. Mas, por que estamos tão teimosamente recusando tomar este risco calculado e, em vez disto, escolhendo sacrificar nossos filhos??   Está além da minha compreensão.

Na passagem bíblica Akedat Yitzchak, quando Abraão, o pai do judaísmo e do Islâ, recebeu de Deus a ordem de sacrificar seu filho Isac, Deus interveio e salvou o menino.  Onde está Deus agora?   Ele teria sido levado ao torpor pela abominação dos seus ensinamentos sagrados pelos extremistas dos dois lados?

 

Se recusarmos, reciprocamente, reconhecer os direitos dos outros e abraçar nossas obrigações, se cada um continuar apegando-se à sua própria narrativa e desconhecer e desrespeitar a do outro, se continuarmos repetidamente a escolher as espadas no lugar dar palavras, se santificarmos as terras acima das vidas de nossos filhos, logo seremos forçados a morar na Lua, pois nossa terra estará tão encharcada de sangue e tão coberta de túmulos que nada sobrará para viver.

Escrevo essas palavras e as canto junto com minha amiga Mira Awad (2). Elas são hoje mais verdadeiras do que nunca:

   “Quando eu choro, choro por nós duas

   Minha dor não tem nome.

   Quando eu choro, choro para o céu impiedoso e digo:

   Precisa existir um outro caminho.”

 (1)  A INICIATIVA ÁRABE DE PAZ foi apresentada pela Arábia Saudita em 2012 à Liga Árabe, que a aprovou em sucessivos Congressos. Oferece a normalização da relação de seus membros com Israel.

   >   Texto integral em www.al-bab.com/arab/docs/league/peace02.htm.

   >  Versão em português:  www.pazagora.org/2002/03/2197/ 

(2) MIRA AWAD, cantora árabe israelense, é parceira de Noa há vários anos, com a qual tem se apresentado com grande sucesso internacional, como no Festival Eurovision em 2009.

   > Assista em  www.pazagora.org/2009/05/there-must-be-another-way-einaich-deve-haver-outra-maneira/     

 

[ Publicado pelo jornal Yediot Ahronot  e na Revista Tikkun em 22/07 e 01/08/2014) ! traduzido por Moisés Storch para o PAZ AGORA|BR - www.pazagora.org ]

Saiba mais…

El Ejército de Defensa de Israel (Tzáhal) atacó varias posiciones terroristas en el este y norte de Gaza en respuesta al lanzamiento esta mañana de más de una treintena de cohetes y proyectiles de mortero desde la franja, informó el portavoz militar.

"Esta mañana, después de la reanudación del lanzamiento de cohetes contra Israel, el Ejército de Defensa de Israel atacó sitios terroristas en la franja de Gaza", dice el parte militar sin precisar los blancos bombardeados.

Desde Gaza no se ha informado aún si los ataques han causado víctimas o daños.

El corresponsal militar del Canal 1 indicó que se trata de una respuesta por ahora "puntual", en la que han participado la Fuerza Aérea y la artillería.

Los ataques israelíes se registraron dos horas y media después de que los grupos Jihad Islámica y los Comités Populares de Resistencia lanzarán, con el consentimiento de Hamás, al menos 30 cohetes contra poblaciones israelíes alrededor de la

franja, dos de los cuales fueron interceptados sobre la ciudad de Ashkelón y uno sobre Sderot.

El lanzamiento siguió a la finalización, a las 8.00 a.m., del alto el fuego de 72 horas que las partes habían acordado para negociar una salida al conflicto armado con la ayuda de Egipto.

El Cairo pidió la renovación de la tregua durante otras 48 horas, pero el movimiento extremista islámico Hamás se negó a ello; mientras que Israel había aceptado.

"El Ejército de Defensa de Israel (Tzáhal) se mantiene alerta en un alto nivel de preparación defensiva y ofensiva para afrontar la renovada agresión", dice el comunicado militar.

Miles de palestinos abandonaban esta mañana sus casas en el norte y este de Gaza por temor a un recrudecimiento de los enfrentamientos, mientras en Israel la división de Defensa Civil del Ejército impuso de nuevo restricciones a la población en un radio de varias decenas de kilómetros. EFE y Aurora

Saiba mais…

 

El tractor volcó el autobús (que estaba vacío de pasajeros), luego de atropellar a Abraham Vales. El soldado herido: grave pero estable. La policía en alerta para mañana, por temor a intentos de venganza de judíos extremistas.

El tractor volcó el autobús (que estaba vacío de pasajeros), luego de atropellar a Abraham Vales. El soldado herido: grave pero estable. La policía en alerta para mañana, por temor a intentos de venganza de judíos extremistas.

El operativo “Margen Protector” continúa, da quizás sus últimos estertores, y las partes se preparan para un nuevo alto el fuego de 72 horas propuesto por John Kerry, secretario de Estado norteamericano, que comenzaría mañana a las 8.00 AM hora israelí.

Mientras tanto, se produjeron dos ataques de palestinos contra israelíes en Jerusalén. El primero de corte terrorista mediante un tractor. El conductor de un tractor, proveniente del barrio de Djabel Mukáber en Jerusalén Oriental, atropelló este mediodía al rabino Abraham Vales, religioso ortodoxo de 29 años, perteneciente a la comunidad religiosa Toldot Aharón y habitante del barrio de Meah Shearim, que resultó herido de gravedad y luego murió. El terrorista fue abatido por efectivos de seguridad.

En el segundo ataque, un motociclista disparó contra un soldado hiriéndolo en el estómago de gravedad. Fue operado y su estado esta noche sigue siendo grave pero estable. El atacante se dio a la fuga.

Hoy, el ejército israelí dio por cumplida la misión de destruir 31 túneles que penetraban en territorio israelí. Portavoces militares indicaron que se habían destruido “todos los túneles”, pero los analistas lo pusieron en duda y dijeron que en realidad, el ejército no podía dar garantías. Como venimos informando, la detección de túneles fue relativamente “manual”, tanto por rastrillaje como por información de inteligencia, y no por medios tecnológicos de detección. Habitantes de los pueblos y kibutzim de la zona expresaron sus temores al respecto, mientras nutridas tropas permanecen en la zona en torno a Gaza.

En tanto, la mayor parte de las tropas israelíes se retiraron de la Franja de Gaza desplegándose en las inmediaciones, aunque en alerta máximo en el límite norte, en la zona del paso fronterizo Erez, por temor a una infiltración terrorista. El operativo, cuando continúa, lo hace sólo por aire.

Israel realizó un alto el fuego humanitario de 7 horas. Durante todo el día de hoy, del lado palestino continuaron los lanzamientos de cohetes de Hamás y la Jihad Islámica contra objetivos civiles israelíes en el cinturón en torno a Gaza, Ashdod, Askelón, Jerusalén, sin que se registraran víctimas.

Según explicaron analistas en Israel, la delegación de Hamás, Jihad Islámica, FPLP (Frente Popular para la Liberación de Palestina) y hombres de la Autoridad Nacional Palestina de Mahmud Abbas (Al Fatah) se reunieron en El Cairo, y escucharon del Ministro de Inteligencia egipcio, general Muhamad Tohami: “Señores, si bien vemos con simpatía su larga lista de reclamos hacia Israel, primero debían acceder a un cese el fuego total por 72 horas”.

Recién una vez obtenido el consentimiento palestino, los mediadores egipcios se dirigieron a los negociadores israelíes. Según trascendió, Israel, que esta vez decidió no enviar representantes a El Cairo, accedería al alto el fuego humanitario de 72 horas para negociar, tal como había accedido las veces anteriores. Altas fuentes en Jerusalén indicaron que “si la propuesta de alto el fuego es sin precondiciones, la consideraremos positivamente”.

http://marcelokisilevski.wordpress.com/2014/08/04/margen-protector-dia-veintiocho/

Saiba mais…

Seis recomendaciones para la Operación Amós Yadlin*

En contraste con el cliché de que no existe una solución militar para el terrorismo, Israel ha demostrado que puede resolver las amenazas terroristas sistémicas militarmente. No obstante, la solución política es siempre preferible. La solución política a largo plazo para Gaza es el continuo debilitamiento de Hamás - económico, político y militar- y la creación de mejores alternativas políticas, tanto para los palestinos como para Israel. En los últimos dos años, Hamás ha estado política y económicamente debilitado. Si, después de la Operación Margen Protector, se debilita militarmente, será posible -junto con Egipto, los Estados árabes moderados, y la comunidad internacional- que la Autoridad Palestina entre de nuevo a Gaza, garantice el desarrollo económico allí, y que Israel levante gradualmente el bloqueo. Esto, además de la prevención de la acumulación de la fuerza bélica y la desmilitarización de la Franja de Gaza, serán factores clave en la estabilización de Gaza, dirigiéndola hacia un desarrollo favorable.

Aquí expongo seis factores de la situación:
1) Equilibrio estratégico asimétrico: Después de casi tres semanas de enfrentamientos entre Israel y las organizaciones terroristas en la Franja de Gaza, en la que unos 1.500 cohetes han sido disparados contra ciudades y pueblos israelíes, e Israel lanzó unos 3.500 ataques aéreos contra Gaza, hay un equilibrio estratégico, aunque esencialmente asimétrico, entre Israel y Hamás. El "empate asimétrico" es un concepto importante que igualmente representa a algunas de las situaciones estratégicas pasadas de Israel. La asimetría actual proviene en primer lugar del hecho de que Hamás opera con las normas de una organización terrorista disparando indiscriminadamente contra civiles, mientras que Israel, que se rige por el derecho internacional, se limita a atacar sólo objetivos militares y trabaja para evitar dañar a personas inocentes.
Un segundo punto de asimetría tiene que ver con el objetivo de la confrontación y de la definición de la victoria. Hamás puede afirmar que interrumpe la rutina civil en todo Israel, dañando su economía y sus relaciones exteriores sin ser derrotado. Dada la asimetría de la vía militar, una no-derrota es, desde el punto de vista de Hamás, una victoria. Por lo tanto, la proyección de una imagen de la victoria es fácil: basta con mostrar los israelíes que se acuestan al lado de la carretera cuando las sirenas advierten de cohetes entrantes y las fotos de soldados muertos en batalla en las primeras planas de los diarios del país. Israel, en cambio, debe dar a Hamás un golpe realmente fuerte con el fin de alcanzar sus objetivos estratégicos.

Por otra parte, Israel goza de una ventaja cualitativa inconmensurable en términos de la potencia de sus sistemas de armas en comparación con los disponibles de Hamás y por lo tanto también la capacidad de escalar la campaña –un privilegio que Hamás ya ha perdido. Este aspecto de la asimetría se ha pronunciado, ya que Hamás ha reanudado su operación como un grupo terrorista de resistencia, después de haber entregado la responsabilidad de la Franja de Gaza de nuevo a la Autoridad Palestina y el gobierno de tecnócratas convocado tras el acuerdo de reconciliación con Fatah. El equilibrio interno de Hamás del poder ha cambiado a favor del ala militar, que ha reforzado su posición como el principal elemento de poder en la organización.

2) La estrategia defensiva: ambas partes han destacado en sus estrategias defensivas. Israel sorprendió a Hamás y al mundo en general con su capacidad para proporcionar una respuesta casi hermética a los ataques con cohetes de Hamás, detenidos por la exitosa Cúpula de Hierro. Gracias a la buena inteligencia y la actividad operativa eficaz, rápida, Israel ha frustrado la mayoría de las sorpresas de Hamás, en especial los ataques terroristas pretendiendo causar víctimas en masa y los secuestros a través de túneles excavados hasta Israel. Hamás se ha concentrado en la defensa de su ala militar y el liderazgo político, que han desaparecido bajo tierra en bunkers reforzados por debajo de las instalaciones civiles. Irónicamente, la "Cúpula de Hierro" que protege al ala militar de Hamás es la población civil de Gaza -la misma población que es alentada por Hamás a subir a los tejados de las casas y a permanecer en las proximidades de las actividades de fuego, y además, la utilización de escuelas y organismos civiles como escondites de su estructura de mando.

3) La preparación para la confrontación: Hamás se ha preparado bien para esta ronda de combates. Parece que ha estudiado la estrategia de Tzáhal y las herramientas operativas de las campañas de 2009 y 2012 y ha ideado una respuesta sistémica a ellos. El ejército israelí, que no inició el enfrentamiento actual, fue arrastrado a ella sin una estrategia actualizada, un ataque eficaz de apertura, nuevas ideas de operación, y con la comprensión suficiente de las razones del enemigo. Israel parece haber asumido que Hamás estaría presionado por el aumento del alcance y la intensidad de los ataques y por lo tanto se ve obligado a poner fin a la confrontación de una manera similar a la manera en que terminó rondas anteriores. Sin embargo, su renuncia a la responsabilidad en los frentes cívicos y políticos permitió a Hamás ignorar los ataques de Israel sobre el "Estado de Gaza" y concentrarse en cambio en la rama militar. Este cambio de enfoque de Hamás no penetró el pensamiento de Tzáhal, que se enfocó en los ataques aéreos en lugar de concentrarse en apuntar y disparar contra los comandantes del Hamás y las capacidades de su ala militar. Las Fuerzas de Defensa de Israel se aferraron a la idea de "otra ronda" y al uso graduado de la fuerza, en lugar de cambiar su paradigma y tratar esto como una confrontación diferente de las del pasado.

4) El logro de los objetivos: en el momento de escribir estas líneas, los objetivos estratégicos de las operaciones no se han alcanzado. Israel aún no ha formulado un enfoque sistémico y los instrumentos operativos ofensivos adecuados para alcanzar sus objetivos estratégicos. Hace diez días, Israel se vio obligado a actuar para alterar el equilibrio estratégico a la luz de la comprensión de que incluso los modestos objetivos de la operación presentados por el primer ministro -el restablecimiento de la calma, la rehabilitación de disuasión de Israel, y el enfrentamiento al ala militar de Hamás con un duro golpe- no se lograron por la fase aérea. Sin embargo, la maniobra de tierra limitada Israel orientada a destruir los túneles, tampoco ha cambiado radicalmente la situación. Esta fase, que neutraliza una capacidad estratégica Hamás significativa y por lo tanto le niega la oportunidad de escalar la situación, es muy importante, pero no es en absoluto suficiente. La supervivencia del ala militar de Hamás es un logro, junto con su capacidad para seguir el lanzamiento de cohetes en el frente civil de Israel a lo largo de los combates e incluso logrando interrumpir el tráfico aéreo civil a Israel. La incursión terrestre, que se ha desarrollado hasta el momento está lejos de maximizar el poder de Tzáhal, se concentra fundamentalmente en la actividad defensiva, y no está marcado por la creatividad necesaria-, mientras que Hamás ha interiorizado claramente las lecciones de las anteriores rondas. ¿Es el daño inadecuado al ala militar de Hamás, el resultado de fallas de inteligencia? O bien, si el daño es inadecuado, ¿se deriva de la preocupación justificada de no dañar a personas inocentes? ¿O es el supuesto operativo -que Hamás debe ser preservado como responsable de Gaza - simplemente incorrecto?

5) La importancia de la legitimidad: Israel goza de un alto grado de legitimidad, entre sus aliados, e incluso en el mundo árabe, derivado de la negativa de Hamás a aceptar "la calma mutua" del Primer Ministro Biniamín Netanyahu en los primeros días de la operación, su negativa a aceptar la propuesta de alto el fuego egipcio y el descaro con el que se ha violado el alto el fuego humanitario. No sólo el presidente Obama y la canciller Merkel apoyan el derecho de Israel a defenderse de los cohetes contra civiles; el Ministro de Relaciones Exteriores de Egipto indicó que Hamás es responsable de los civiles muertos en Gaza debido a su negativa a respaldar el alto el fuego aceptado por Israel. Al mismo tiempo, mientras que Israel puede tener la comprensión de los líderes occidentales, que no cuentan con el apoyo de la opinión pública internacional, afectados por las fotografías gráficas de la muerte y la destrucción civil procedentes de Gaza. Con la difusión de las fotografías tomadas durante el alto el fuego humanitario, la presión de la opinión pública se ha incrementado y se convierte en un tema de consideración para los decisores israelíes, aunque no en el mismo grado que

en los enfrentamientos anteriores

6) El aspecto regional - riesgos y oportunidades: hasta el momento, las preocupaciones y las previsiones de una escalada regional han resultado infundadas. Las manifestaciones de los árabes en Israel y en Cisjordania, en las dos primeras semanas de la operación no exceden el alcance de las manifestaciones antes de la operación. Con la tercera semana de la operación, aparecen los primeros signos de un mayor malestar a la superficie, junto con víctimas mortales en la Ribera Occidental. Sin embargo, el supuesto es que una tercera Intifada violenta no es la opción preferida por el presidente Abbas y sus líderes en Ramallah. Su costo se entiende y representa un serio obstáculo. Los pocos cohetes disparados desde el Líbano y Siria no abrieron un segundo frente, e Israel contuvo bien estos eventos aislados. Los cohetes fueron lanzados por pequeñas organizaciones marginales palestinas incapaces de establecer otro frente en llamas. Ni Hezbollah, enredado en la lucha contra los yihadistas en Siria, ni Assad abrirán un frente militar en nombre de Hamás, que hace dos años abandonó el eje radical pro iraní. Las conversaciones nucleares con Irán, que se extendieron la semana pasada, no terminaron en una crisis o en un "mal acuerdo", desviando así la atención de Israel. Además, la crisis puso de manifiesto el conjunto regional de alianzas e intereses que se superponen. El hecho de que Israel, Egipto, la Autoridad Palestina y los estados árabes del Golfo (excluyendo Qatar) están alineados en contra de Hamás y sus aliados representan oportunidades para la actividad diplomática y financiera contra Hamás y la canalización de otras cuestiones en una dirección positiva en la arena palestina más amplia.

Seis recomendaciones para la acción
1) Cambiar del supuesto básico de que Hamás debe ser preservado como la entidad responsable de Gaza: este supuesto causa un daño múltiple: previene daños extremadamente duros a Hamás a menos que caiga; hace que Hamás crea que puede extender los combates sin pagar por ello con su propia muerte; y evita la posibilidad a largo plazo de la restauración de la Autoridad Palestina como el poder dominante de Gaza. La suposición de que si Hamás cae será sucedido por los grupos más radicales requiere un análisis más detallado. ¿Qué organización puede amenazar a Israel más que Hamás y disparar cohetes más allá de Haifa? ¿Qué elemento puede cavar decenas de túneles terroristas? Es hora de repensar las previsiones del fin del mundo de "un tsunami global de la Yihad" que no se ha materializado en el pasado- ni desde Afganistán a Irak, ni desde el Sinaí hasta el Golán. Cualquier organización radical que tome el control de Gaza tras el colapso de Hamás tendría que pasar años desarrollando la infraestructura terrorista que ya ha construido.

2) Presión militar continua -tanto desde el suelo y el aire- para infligir graves daños en el ala militar de Hamás: Una vez que nos sacudimos el supuesto de que Hamás debe ser preservado como responsable en Gaza, la atención debe centrarse en la ampliación de la acción militar para hacer frente a duro golpe a la rama militar de Hamás. El ala militar lo impide con el alto el fuego y, por tanto, debe ser golpeada y debilitada.
La entrada de las tropas de tierra ya ha dado lugar a algunos logros: el descubrimiento y destrucción de túneles, un daño limitado al ala militar, y el aporte que ha dado una nueva inteligencia de alta calidad. Aún así, la campaña terrestre actual no es una maniobra que perturba el equilibrio del enemigo. Así, la campaña debe continuar, y Gaza debe ser seccionada en diferentes unidades. Esto generaría presión en áreas específicas desde las que Hamás está disparando y en los cuales tiene una presencia militar significativa. Maniobras sorpresa, la destrucción de los sitios de lanzamiento de cohetes, la evacuación de la población civil, y la inteligencia y esfuerzos operativos para llegar a la fabricación de Hamás, centros de lanzamiento y de comando y control son todos movimientos necesarios. El liderazgo de Hamás debe decidir que un alto el fuego es preferible a la continuación de los combates. Debe sentir que el nudo se está apretando y que Tzáhal lo está cerrando.

3) Trabajando hacia un equilibrio inequívoco a favor de Israel: el fin de la campaña contra Hamás con un estancamiento estratégico proyectaría debilidad israelí en otros lugares también. Hamás es el enemigo más débil de Israel. Hezbollah tiene muchos más misiles y cohetes y muchas más cabezas de mucha mayor precisión.
Damasco y Teherán también estudiarán los resultados de la campaña actual. Sin duda, todos los ámbitos tienen sus características particulares y la disuasión de Israel contra los Estados es mucho más eficaz que contra las organizaciones terroristas.
Sin embargo, una campaña interminable y sin una decisión clara, en la que Israel lleva a cabo una maniobra de tierra limitada, dejando a su enemigo con capacidades militares estratégicas, ya que está protegido por la población civil, y el fracaso para destruir el ala militar de Hamás y sus liderazgos civiles son sólo algunos de los factores que constituyen el saldo final susceptible de erosionar la disuasión de Israel y llevar a otros enfrentamientos en estadios mucho más complejos que los de Gaza. La lógica sistémica conduce a que Hamás debe pagar un precio infinitamente alto, no sólo en infraestructuras, sino sobre todo en sus componentes clave de la fuerza, la dirección y el mando militar de alto rango, y contra su capacidad de atacar al Estado de Israel.

4) La prevención de la acumulación futura es esencial para un largo período de calma: Ni la Operación Plomo Fundido, ni Operación Pilar de Defensa crearon mecanismos eficaces para la prevención de la posterior acumulación de fuerza de Hamás. Es fundamental entender que, sin atender a la fuerza la acumulación, la próxima ronda será pospuesta sólo la disuasión. La disuasión de Israel contra Hezbollah es extremadamente fuerte (gracias a varios factores: el golpe a Hezbollah fue propiciado en 2006, que superó con creces lo que se espera; su responsabilidad para con el Estado libanés; las sensibilidades intra -étnicas en el Líbano, y el hecho de que no tiene ninguna legitimidad para atacar a Israel).
Contra Hamás, la disuasión de Israel no era lo suficientemente eficaz y no garantizó un largo periodo de calma. Por tanto, es importante asegurarse de que la rehabilitación de la fuerza de Hamás sea muy lenta o inexistente. El hecho de que Egipto sea actualmente efectivo en la prevención del contrabando, son necesarios acuerdos con otros países árabes para oponerse a la futura acumulación de fuerzas de Hamás, y debe contemplarse el derecho de Israel a actuar en contra de su rearme con cohetes. Todo esto debe ser parte de cualquier acuerdo al final de la Operación Margen Protector.

5) Poner fin al bloqueo económico: parte de la resistencia constante de Hamás se explica por sus voceros: "No tenemos nada que perder; la situación en Gaza es tan grave que no tenemos miedo de los golpes militares o de la ocupación israelí." Esta es propaganda que no va a sobrevivir a la prueba de más presión sobre Hamás.
No obstante, en cualquier futuro acuerdo, corresponde a Israel distinguir entre el bloqueo económico, que debe relajarse, y el cerco militar, que se debe cumplir estrictamente. Dondequiera que haya una tensión entre el desarrollo económico de Gaza y la posible acumulación de la fuerza, la prevención de cualquier acumulación de fuerza debe ser primordial. El desarrollo económico de Gaza es de interés israelí. Brindará una situación más positiva a la población de Gaza, reducirá el apoyo al terrorismo basado en la desesperación, y recordará a los habitantes de Gaza los costes que tendrán que pagar en otra ronda de violencia. Por lo tanto, Israel debe contar con la comunidad internacional y los países árabes moderados en un proyecto de desarrollo económico de Gaza.

6) Un horizonte político: En contraste con la declaración cliché de que no existe una solución militar para el terrorismo, Israel ha demostrado que puede resolver las amenazas terroristas militarmente. No obstante, la solución política es siempre preferible. Dicho esto, una solución política sin una posición militar ventajosa y la comprensión de la otra parte que una confrontación militar no promoverá su objetivo político sólo puede fallar. La solución política a largo plazo para Gaza es el continuo debilitamiento de Hamás - económico, político y militar- y la creación de mejores alternativas políticas, tanto para los palestinos e Israel. Si, después de la Operación Margen Protector, se ha logrado debilitar a Hamás militarmente, así, será posible - junto con Egipto, los Estados árabes moderados, y la comunidad internacional -que la Autoridad Palestina entre de nuevo a Gaza, garantice el desarrollo económico allí, y con el bloqueo gradualmente levantándose.

*Jefe de INSS (Instituto de Estudios de Seguridad Nacional, Universidad de Tel Aviv)

Saiba mais…

El orgullo de ser «genocida» Por Alberto Mazor .

Cinco líderes del Mercosur, Cristina, Dilma, Pepe, Evo y Nicolás, acusaron a Israel en Caracas de llevar adelante «una política genocida contra el pueblo palestino» sin siquiera mencionar a Hamás.

Confieso que estos cinco mandatarios plenamente identificados con los valores de la «revolución bolivariana» (a Pepe lo conocí personalmente y lo admiro), hicieron que yo, nieto, sobrino y primo de una gran cantidad de víctimas del Holocausto nazi - nunca pude saber cuantas -, por primera vez, me sienta orgulloso de ser «genocida».

Hacen ya varias decenas de años que escribo sobre el conflicto entre israelíes y palestinos sin miedo de ahorrar críticas hacia unos y otros. Pero en esta oportunidad, ¿cómo explicarán estos señores y señoras que por primera vez en todo el mundo árabe nadie sale a las calles para protestar contra Israel?

¿Cómo explicarán que hace un mes atrás, el presidente de la Autoridad Palestina, Mahmud Abbás, condenó abiertamente a Hamás y lo acusó de traidor a la causa en un foro económico en Arabia Saudita?

¿Cómo explicarán que la Liga Árabe acusó a Hamás - no a Israel - de cometer crímenes de guerra.

¿Cómo explicarán que ni Egipto ni Jordania llamaron a sus embajadores para «consultas», tal como lo hicieron Ecuador, Perú, Nicaragua y Chile?

¿Cómo explicarán que Egipto declaró a Hamás, brazo de los Hermanos Musulmanes, «organización terrorista».

¿Cómo explicarán Cristina Fernández y Héctor Timerman que alertaron a Israel de «tener cuidado» con los 5 o 10 argentinos que prestan servicios humanitarios en Gaza, pero se «olvidaron» de advertir a Hamás, que lanzó casi 3.000 misiles en tres semanas sobre todo Israel, de «tener cuidado» con los más 100.000 argentinos que viven en el Estado judío, de los cuales cientos de ellos son eximios médicos que no dudan en tratar durante años a miles de palestinos de Gaza, Cisjordania (terroristas incluidos) y sirios, heridos por las guerras interminables contra nosotros o contra ellos mismos, o simplemente enfermos graves, como lo hicieron recientemente con la esposa del propio Abbás en el centro médico más moderno del país.

¿Cómo explicarán que mientras en cuatro semanas del conflicto «Margen Protector» murieron en un «genocidio» (desgraciada y lamentablemente),1.400 palestinos, sólo en esta semana perdieron la vida 1.700 sirios, que cinco de los líderes de Mercosur ni siquiera nombraron en su «declaración», mientras el venezolano Maduro, corre ve y dile de Chávez, elogiaba a Hamás y volvía a manifestar su «apoyo total» a Assad, responsable directo por la muerte de casi 200.000 personas (25.000 niños), cientos de ellas por el uso de armas químicas.

¿Cómo explicarán el «éxito» del memorándum firmado entre Argentina e Irán, del cual surgió la notable «Comisión de la Verdad» que debe investigar y llevar a la Justicia a los sospechosos del atentado a la AMIA, del cual, después de 20 años, todavía no hay nadie encarcelado?

¿Cómo explicarán que el escritor «genocida» israelí, Amós Oz, haya afirmado que «en vista de los continuos ataques con cohetes de Hamás contra civiles israelíes, no hay otra alternativa que una operación militar en Gaza».

¿Y cómo explicarán que en un momento de suma inspiración bolivariana, el Comandante Chávez le regaló al «libertador» Muammar Gaddafi, nada más y nada menos que el sable de Simón Bolivar, mientras éste, seguramente, se revolvía en su tumba y volvía a exclamar: «¡Aré en el mar!».

Pero como siempre, en Sudamérica, hay una luz. Paraguay, mientras lo dejaron, así lo fue. Y también en esta oportunidad no pudo levantar su mano a favor de semejante barbaridad. Aunque deberá cuidarse y mucho. A este paso, Cristina, Pepe y Dilma, inspirados por la sabiduría histórica y los intereses económicos de personajes siniestros como Bartolomé Mitre, Venancio Flores y Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxías), podrían organizar la segunda versión de la «Guerra de la Triple Alianza».

Pero, pensándolo bien, ¿para qué hacerlo con Paraguay si existe Israel?

Saiba mais…

Gaza bajo el humo de los bombardeos. Mientras los combatientes de Hamás se ocultan en los túneles, más civiles palestinos mueren en la superficie, y el crédito se va acabando para Israel, que debe terminar la destrucción de los túneles a toda velocidad.

No hay horizonte de conciliación, no hay cese el fuego a la vista. Esa es la noticia principal del día de hoy. Hamás continuó lanzando misiles y las fuerzas armadas israelíes siguieron efectuando operaciones en terreno ampliado de la Franja de Gaza. Otro incidente de disparo hacia una escuela de la UNRWA, la agencia de refugiados de la ONU, costó la vida de 16 palestinos, entre ellos niños, junto a decenas de heridos. Según un chequeo del ejército, nuevamente se habían producido disparos desde allí o desde un lugar vecino, y el ejército disparó un obús hacia el origen de los disparos.

También se produjo un incidente similar en el mercado de Sudjahía, donde 17 palestinos más perdieron la vida mientras hacían sus compras. 160 más resultaron heridos. Hamás anunció que “la masacre requiere una reacción que hará temblar la tierra”.

Un representante de UNRWA se quejaba amargamente de que “habíamos avisado a los israelíes diecisiete veces sobre la ubicación de la escuela con los refugiados”. La UNRWA también advirtió que ya no tiene capacidad para albergar más desplazados de sus casas, que han superado los 200.000. Según describieron periodistas israelíes, en algunas calles las casas han “sencillamente desaparecido”, y se ven en ellas, muchas veces, palestinos deambulando, sin lugar al cual volver ni dónde albergarse. En total se habla de unos 80 palestinos muertos en el día de hoy, con lo cual la suma pasa la barrera de los 1.300.

Del lado israelí, tres soldados más perdieron la vida cuando revisaban una estructura edilicia, momentos en que hombres de Hamás activaron una carga explosiva oculta allí. Otros 15 soldados resultaron heridos. La suma de soldados y oficiales caídos sube así a 56, y 144 soldados heridos, en estado de consideración a graves, internados en los diversos hospitales.

Estados Unidos expresó su preocupación por el bombardeo de la escuela de la UNWRA esta mañana. La portavoz de la Casa Blanca dijo que “Estados Unidos está muy preocupado por el hecho de que miles de palestinos no estén seguros en instalaciones de la ONU que sirven de refugio en Gaza, a pesar de haber accedido a los llamados del ejército a evacuarse de sus hogares”. La portavoz agregó que Washington condena también a los responsables de ocultar armamento en las mismas instalaciones.

Ayer Hamás difundió un video que mostraba la incursión por el túnel a Najal Oz, que finalizó con la muerte de cuatro soldados israelíes. La “hazaña” fue presentada como una manifestación épica del poder hamásico. Junto con el video se difundió un discurso de Muhamad Def, el ya legendario architerrorista, jefe del brazo armado de Hamás, oculto hace ya años, huyendo de una segura liquidación selectiva por parte de Israel.

Def dijo que “no habrá cese el fuego a menos que cese la agresión del ocupante y se levante el bloqueo”. Dijo también: “Hemos derrotado al ejército israelí también en la lucha por tierra. El enemigo con su agresión bárbara destruye casas. Nosotros lo hemos derrotado también por tierra”, dijo, aludiendo al único operativo exitoso por medio del túnel hacia Najal Oz. Def agregó: “Los israelíes no vivirán con seguridad hasta que nuestro pueblo viva con seguridad. Nuestras acciones en esta contienda fueron planificadas aún antes de ella. No se trató de reacciones sino de acciones calculadas”. Esto sirve para aclarar el punto a quienes todavía sostienen que los cohetes de Hamás fueron reacción ante el operativo israelí en respuesta al secuestro de los tres adolescentes de Gush Etzion.

El encargado israelí de responderle fue Yair Lapid, ministro de Finanzas, líder de Iesh Atid, en el ala izquierda de la coalición: “Hamás pierde esta contienda. Hemos escuchado el discurso de Muhamad Def, que se oculta porque sabe que está condenado. Esto recuerda a Saddam Hussein, que dijo que les ganaba a los norteamericanos, y luego dejamos de escuchar de él. Llegaremos a él y lo liquidaremos”. En la discusión dentro del gabinete sobre si se debe apuntar a la cúpula de Hamás, un inusitadamente combativo Lapid abogó por “voltear a los líderes de Hamás”, liquidando, además de a Def, también a Khaled Mashal, líder político, y a Ismaíl Haniye, primer ministro de Gaza.

Militarmente, Hamás hace ya tiempo ha dejado de estar en posición de exigir. Pero políticamente, mientras quede un combatiente en pie y civiles a los cuales utilizar como carne de cañón, la organización seguirá huyendo hacia adelante, es decir, subiendo la apuesta el todo por el todo, y declarando victoria con los últimos dos dedos que puedan levantar en forma de “V”. Como lo dijo hoy uno de los líderes de Hamás, Musa Abu Marzuk: “Nosotros ya ganamos. Si Israel se retira, será una victoria contundente para la resistencia. Si sigue avanzando, se empantanará”.

Por eso, por el ahogo económico y el aislamiento político, y por no quedarle nada por perder, Hamás se permite ser intransigente, y no importa cuántas treguas humanitarias declare Israel con los auspicios de Egipto y las Naciones Unidas, menos importa aún cuántos civiles propios hayan de morir: con el video del túnel y las imágenes de civiles muertos, ellos pueden exhibir triunfo, no importa si lo creen o no.

Pero incidentes como el bombardeo de hoy a la escuela de la UNWRA, trágicas negligencias que ocurren en todo operativo por más precauciones israelíes por evitarlas (y aunque en este operativo el ejército fue más eficiente que nunca, es decir: pudo haber sido peor, pero todavía puede serlo) terminan socavando el crédito en tiempo que habían otorgado las potencias a Israel para la lucha contra el Hamás, a la que toda Europa, EEUU y los países árabes moderados consideran una organización terrorista. Los medios en Israel se mostraron preocupados, incluso, de que estos incidentes puedan abrir en el futuro la posibilidad de demandas por crímenes de lesa humanidad contra oficiales puntuales en los marcos internacionales.

Del otro lado, sin embargo, la intransigencia de Hamás en aceptar cualquier cese del fuego que no contemple algunos de sus reclamos, en especial la apertura de los pasos fronterizos, le juega en contra a la organización islámica, pues otorga a Israel el tiempo suficiente para continuar con la detección y destrucción de los túneles terroristas, y seguir en una dinámica que podría írseles de las manos a ambas partes: por el lado de Hamás, podría terminar poniendo fin a su gobierno en Gaza; por el de Israel, el precio de la neutralización de la “ciudad subterránea” construida por Hamás en Gaza será en imágenes de destrucción pero, sobre todo, las de vidas humanas perdidas allí, no importa cuánto se explique que es Hamás el que cínicamente convirtió a la Gaza civil en un bunker y en una gigantesca base militar, tomando a la propia población de rehén.

En Israel la opinión pública apoya mayoritariamente “terminar con lo que se empezó, pues no hacerlo convierte todo en inútil”: entienden que, en el idioma de Medio Oriente, la única manera que Hamás no pueda declarar victoria, para luego rearmarse y volver a reiniciar el ciclo que llevará en un par de años más a la próxima guerra, es destruyendo todos los túneles y todos los reservorios de cohetes. Y que el precio es pequeño comparado con las decenas de miles de muertos que habrá que lamentar en el futuro si la espiral viciosa no se corta aquí.

Luego de un titubeo entre la propuesta mediadora de Qatar, que no contemplaba el tema de la desmilitarización, y la de Egipto, que contempla una tregua durante la cual se negocie, pero en la que Israel pueda seguir atendiendo el tema túneles, Estados Unidos acabó convenciéndose de la postura israelí. “Todo cese del fuego debe garantizar la reconstrucción de Gaza, pero también la destrucción de los túneles”, dijo John Kerry, secretario de Estado norteamericano.

Al término de la reunión de cinco horas del gabinete de Defensa, dijo una fuente del gobierno que el ejército ha recibido instrucciones de “continuar golpeando con toda la potencia a las organizaciones terroristas en Gaza, y continuar con la inutilización de los túneles, e incluso de ampliar su accionar”. Según dijo la fuente a Kol Israel, el ejército dañó severamente un sistema estratégico que Hamás había desarrollado durante años”. Según la fuente, “Israel continuará declarando treguas humanitarias para aliviar a la población, siempre y cuando ello no ponga en peligro a los soldados o la actividad contra los túneles”.

Según fuentes en El Cairo, una delegación israelí arribó a El Cairo para deliberar sobre la propuesta de cese el fuego, y abandonaría Egipto al cabo de unas horas. Según Zihad Najale, segundo del líder de la Jihad Islámica, “no hay por ahora horizonte para los contactos en pos de un alto el fuego”. Según él, las organizaciones palestinas ni siquiera se pusieron de acuerdo en la composición de su delegación a El Cairo, y no está claro cuándo partirá hacia allí”.

Sami Abu Zuhri, portavoz de Hamás, dijo que esa organización “aceptará cualquier invitación a consultas por el cese del fuego”, pero rechazó toda ligazón entre dicha invitación y una tregua de facto. Es que Egipto exige rotundamente: primero comenzar con el alto el fuego humanitario de 5 días y, sólo cuando todas las partes hayan bajado las armas, se podrá comenzar a dialogar por el cese del fuego definitivo.

En el estado actual de cosas, es posible que no medie un acuerdo para poner punto final al operativo. Es posible que Israel retire su ejército cuando considere que éste ha cumplido su misión -pues hoy puede aún fijar las reglas, mañana quizás ya no-, o cuando el Consejo de Seguridad emita una resolución vinculante de retirada israelí, que no sería vetada por Estados Unidos, y que Israel no podrá resistir. En ese caso, Israel sólo podrá presionar para, junto con Egipto, Arabia Saudita y la Autoridad Palestina, que conforman el bloque fuerte pronorteamericano junto con Israel, la construcción de un mecanismo internacional para una especie de “Plan Marshall” para Gaza, que devuelva a Mahmud Abbas el presidente moderado de la Autoridad Palestina al poder, traiga paz y desarrollo para la castigada población de Gaza, y que deje a Hamás y a las demás organizaciones terroristas fuera de la ecuación. Pero se trata de un escenario sin garantías de éxito. Según la experiencia, también podría ocurrir todo lo contrario.

Saiba mais…

Documento do Instituto de Estudos Palestinos aponta  que grupo militante islâmico não agiu para impedir trabalho infantil

JERUSALÉM — No momento em que Israel denuncia a descoberta de numerosos  túneis construídos pelo Hamas, a mídia israelense chamou atenção nesta  segunda-feira para o uso de mão de obra infantil nas obras, citando um relatório  do Instituto de Estudos Palestinos, de 2012. De acordo com o documento, pelo  menos 160 crianças morreram durante as escavações.

O relatório, intitulado de “O fenômeno túnel de Gaza: A dinâmica involuntária  do cerco de Israel”, diz que o grupo militante islâmico não agiu para acabar com  o trabalho infantil.

Em dezembro de 2011, o autor do relatório, Nicolas Pelham, acompanhou uma  patrulha policial em Gaza. Segundo o analista, “nada foi feito para impedir o  uso de crianças nos túneis”.

Desde o início da operação Limite Protetor contra o Hamas, há 21 dias, o  Exército israelense descobriu 31 ​​túneis do Hamas que levam até Israel.

Do lado da Faixa de Gaza, a ofensiva israelense provocou a morte de mais de  mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, o que provocou duras críticas da  comunidade internacional e de grupos de direitos humanos.

 

por O Globo / Com agências internacionais

Read more: http://oglobo.globo.com/mundo/ao-menos-160-criancas-morreram-cavando-tuneis-para-hamas-diz-relatorio-13403929#ixzz38nOQTz4r

Saiba mais…
A linguagem cifrada diplomatica é cheia de nuances, que devem ser interpretadas com cautela, como é o caso da famosa expressão que às vezes aparece em convites para recepções – “Segue-se Vin d”Honneur” – que os diplomatas costumam interpretar como “Não haverá jantar”. A menos que fatos concretos (e indesejaveis) ocorram a futuro, queremos crer que as declarações do porta-voz do Governo de Israel e a Nota 168 do Itamaraty datada de 23 jul 2014 nao serão entrave ao bom relacionamento entre as nações amigas, deplorando que interpretações confusas as tenham super-valorizado negativa e injustamente. Nosso maravilhoso pais nunca foi, não é nem nunca será um anao diplomatico. Somos o Brasil dos BRICS, da melhor Copa do Mundo, da convivencia entre todos, seja qual for a religiao ou a cor da pele, enquanto as chamas do odio se espalham pelo mundo contra Israel e os judeus, aqui a vida segue, todos trabalhando sob o distico ORDEM e PROGRESSO. Brasil pais admirado pelo mundo inteiro, o único da América do Sul que enviou soldados para combater o nazi-fascismo na Europa, 25 mil homens, dos quais quase 500 jamais retornaram. É importante destacar que na Nota do Itamaraty nº 159 de 17/07/2014, que nao teve a mesma repercussão, o Governo brasileiro expressou profunda preocupação e solidariedade com as vítimas em Israel, condenando o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza. Mesmo assim, nao foi de surpreender o desapontamento israelense com a segunda nota brasileira, afinal Israel tem o Brasil na mais elevada consideração. Certamente, tais notas devem ser creditadas exclusivamente a orientação do atual governo que está a frente da Nação Brasileira no momento, passivel de discordancias de posição internas, eventualmente vencidas no intervalo entre as duas notas, agravado pela situação em Gaza, que cada vez mais foge ao controle. Somos brasileiros, orgulhosos da cidadania, de fé mosaica, tementes a D_us, o Grande Arquiteto do Universo, ciosos da herança imemorial dos antepassados bíblicos, que habitaram em tempos remotos a Terra Santa cada vez mais sofrida. Há que saber ler nas entrelinhas as manifestações de governo do Brasil e de Israel. O Estado de Israel é uma nação tradicionalmente amiga do nosso Brasil. Tambem somos amigos dos estados árabes, incluida a Autoridade Palestina, com excelente intercambio bilateral seja no comercio, na educação, nas artes, na cultura, e até na defesa, nao fossemos uma terra que recebeu a ambos os povos de braços abertos, e isso desde que Cabral aqui aportou. Consta até que sob as velas onde pontificava a Cruz de Cristo, nas caravelas navegaram um numero ate hoje nao conhecido de cristãos-novos (há quem diga que o proprio Almirante, natural de Belmonte, conhecida terra deles). O sofrimento nao tem bandeira, seja do filho do árabe, do filho do cristão, ou do filho do judeu. Assim, há que acolher as iniciativas sinceras que pretendam somar aos esforços para que um dia se faça a tao sonhada paz, e de Jerusalem venha a luz para todas as nações, como reza a Biblia. Ressalte-se que o porta voz muito justamente qualificou nosso pais de “gigante economico e cultural”. O Brasil é realmente a grande nação da qual muito devemos nos orgulhar, e isso já tinha sido dito por Stefan Zweig em 1942, quando escreveu BRASIL PAIS DO FUTURO. Devemos lembrar que o Brasil deu ao mundo o Barao do Rio Branco e Oswaldo Aranha, para citar apenas dois expoentes da nossa diplomacia, cuja contribuição determinou a partilha da Palestina, sema qual talvez nem estivessemos escrevendo este texto agora. Esperamos que o nosso governo, sonhador do socialismo, como era o kibutz, nao venha a se comportar mais a frente como outros governos ideologicamente hostis a Israel, que tambem começaram escrevendo notas e chamando de volta embaixadores. Israel é um relevante parceiro do Mercosul, as duas nações tem muito a contribuir entre si. Que imediatamente retorne nosso Embaixador em Tel-Aviv, que este episodio se encerre por si mesmo, que nao macule as boas relações entre a patria de Oswaldo Aranha e a de Yitzhak Rabin, que partiu deste mundo ouvindo os acordes de “… somos … um pais tropical… abençoado por D_us…” transmitido pelos alto-falantes em volta da praça de Tel Aviv. Esperamos que Branca de Neve não precise mais se preocupar com porta-vozes ou notas. O Brasil não lhe dá trabalho, ela já está bastante ocupada com os verdadeiros anoes diplomaticos mundo a fora, anoes miopes, horrorosos e violentos, lamentavelmente muito mais do que 7… nao apenas estados constituidos, mas grupos alimentados pelo odio e pela intolerancia.
Saiba mais…

 

La comunidad internacional da luz verde contra el terorrismo. Helicóptero israelí sobre zonas de Gaza, vacías de civiles.

Los palestinos informan que las FDI (Fuerzas de Defensa de Israel) bombardearon anoche las zonas de Beit Lahía y Beit Janún, en el centro de la Franja de Gaza. También fueron bombardeados por la noche objetivos en la zona de Jan Yunes, al sur de la Franja.

Fuentes médicas palestinas informan que el saldo de muertos palestinos asciende a 640 y más de 4.000 heridos desde el comienzo del operativo hace ya 16 días. Las zonas de Shudjahíe, Beit Lahíe y Beit Janún están prácticamente deshabitadas. Los civiles se han evacuado a otras zonas con parientes y amigos o a las instalaciones de la UNWRA (la agencia de la ONU para los refugiados palestinos) que informa que ya se acercan a 150.000 los palestinos que accedieron a los llamados israelíes a evacuar sus hogares. La Fuerza Aérea, por ello, está bombardeando la red de túneles y reservorios de cohetes con bombas de hasta una tonelada sin daños tan enormes a la población civil. En combates ayer, el ejército informa que han sido liquidados alrededor de 30 terroristas armados, y 28 más fueron apresados.

En los hospitales israelíes se encuentran internados 133 soldados y oficiales del ejército. Uno se encuentra en estado sumamente grave, el de otros cinco es grave. El resto padecen de heridas de consideración a leves. Anoche murieron en combates con Hamás otros dos soldados israelíes, ambos con rango de oficiales. La cuenta de bajas israelíes asciende así a 29.

En tanto, durante la jornada de ayer fueron disparados unos 100 cohetes desde la Franja de Gaza hacia el sur y centro del país. No se registraron víctimas. Hoy continuaron los disparos y hasta las 10.00 hora israelí se habían disparado sólo 10 cohetes, pero lo cierto es que en total, las FDI no logran verdaderamente aún reducir de modo decisivo los disparos, y el Comando de Retaguardia del ejército llama a los habitantes de Israel a no “dejarse estar” y seguir respetando las indicaciones de seguridad a la hora de las alarmas.

La Autoridad Palestina propone cinco días de deliberaciones en El Cairo, en los que se negocie con Hamás acerca de sus demandas, en el marco de los esfuerzos por alcanzar un alto el fuego. Ayer respaldó el presidente de la AP, Mahmud Abbas, al Hamás en cuanto a sus exigencias de alivios económicos y liberación de los presos palestinos que habían sido liberados en el acuerdo por Guilad Shalit y fueron vueltos a arrestar.

Abbas (Abu Mazen) también llama a reunir una conferencia de los países donantes, para reconstruir la Franja de Gaza luego del operativo israelí. También apoyó la postura egipcia de que el alto el fuego sea impuesto antes aún de comenzar a debatir las exigencias de Hamás.

El jefe del brazo político de Hamás, Khaled Mashal, convocó para esta noche una conferencia de prensa en Qatar. El canciller iraní Jahual Zarif, dialogó telefónicamente anoche con Mashal y lo felicitó por “la resistencia palestina contra la ocupación”. Zarif enfatizó que “Irán está junto al pueblo palestino y apoya su firme posición”.

Analistas en Israel explicaron que durante este operativo se ha producido un acercamiento entre Mashal y Teherán. Irán había cerrado sus puertas a Hamás en los últimos años, luego de que Hamás apoyara a los jihadistas sunitas rebelados en Siria contra el régimen de Assad en 2010. En ese momento, ambos países, Irán y Siria, catalogaron a Hamás como “traidores”, y Mashal y su séquito debieron abandonar Damasco. Sólo este enfrentamiento con Israel, el enemigo en común, logra reacercar las posiciones entre el Hamás sunita e Irán chiíta.

En el plano diplomático, la Conferencia de Cancilleres de Europa aprobó una resolución ayer por la que expresan su apoyo al derecho de Israel a defenderse y a luchar contra el terrorismo, aunque llamó a Jerusalén a ser “medido” en el daño a civiles. El gobierno israelí expresó su beneplácito por las expresiones de Europa.

El embajador israelí en la ONU, Ron Prosor, dijo al respecto que “la comunidad internacional ha comenzado a comprender el peligro que encierra el terrorismo islámico, y el apoyo que sus líderes le brindan a Israel le permite a su ejército desarrollar el operativo a fondo”. Prosor agregó que “quien no apoye la lucha de Israel contra el terrorismo, podría descubrirlo mañana en la puerta de su casa”.

Prosor dijo también que “la intrincada red de túneles construida por Hamás ha demostrado al mundo entero que Hamás ha utilizado los fondos donados por el mundo entero con fines terroristas, y que Israel tuvo razón al implantar el bloqueo para material de construcción a la Franja de Gaza”.

“Israel exigirá a la agencia de refugiados de la ONU, UNWRA, que esa organización se asegure de que Hamás no vuelva a utilizar sus instalaciones para el almacenamiento de cohetes y otros medios de combate”, anunció Prosor.

Una primera compañía aérea norteamericana, US Airways, reanuda sus vuelos a Israel. Por un cohete caído en una vivienda en Yehud, cerca del Aeropuerto Internacional Ben Gurión, varias compañías aéreas norteamericanas y de otros países suspendieron sus aterrizajes en Tel Aviv. El Al funciona normalmente, e incluso agregó vuelos y destinos.

Saiba mais…

Orón Shaúl, 19 años, soldado de Golani. Tal vez en manos de Hamás.

Orón Shaúl, 19 años, soldado de Golani. Tal vez en manos de Hamás, no queda claro si vivo o muerto. 

Fueron hoy dados a conocer los nombres de todos los soldados muertos anteayer en el ataque al carro blindado israelí volado con un cohete de Hamás, incluido el de Orón Shaúl, de la localidad de Poriá, en el norte de Israel, declarado desaparecido. Los restos de Shaúl no fueron hallados, y se teme que haya sido secuestrado por Hamás.

A principios de la semana, en efecto, Hamás había anunciado que tenían en su poder a un soldado israelí, dieron nombre y número de identificación, pero no especificaron cuál era su estado físico. Tampoco presentó pruebas contundentes de que el soldado (o su cuerpo sin vida) estuviera en su poder. En diversas localidades de Gaza y de Cisjordania se produjeron manifestaciones espontáneas de júbilo ante el anuncio.

Las noticias en Israel estuvieron y están dominadas por las noticias sobre funerales, los nombres y las historias de los 13 soldados de Golani caídos en los varios choques armados del domingo. La nota destacable tuvo lugar en Haifa, donde unos 20.000 vecinos de la ciudad asistieron al funeral del soldado Sean Carmeli, inmigrante norteamericano que se enroló al ejército sin tener familia aquí. Conocidos suyos temieron que fuera un funeral de muy poca gente, así que pidieron por las redes sociales que, dado que Shean era hincha de Macabi Haifa, que los hinchas que así pudieran asistieran al funeral. Según cálculos policiales, como está dicho, unas 20.000 personas aceptaron la invitación a honrar la memoria de Sean, hincha de Macabi Haifa. No más un soldado solitario.

Inmigró a Israel solo, completó su secundaria en Raanana y se enroló al ejército, donde sirvió con excelencia. Ayer, 20.000 personas, en su mayoría hinchas de Macabi Haifa como él, acompañaron sus restos.

Inmigró a Israel solo, completó su secundaria en Raanana y se enroló al ejército, donde sirvió con excelencia. Ayer, 20.000 personas, en su mayoría hinchas de Macabi Haifa como él, acompañaron sus restos.

Las organizaciones palestinas, en tanto, continuaron lanzando cohetes ayer y hoy, si bien con intensidad decreciente. Esto se debió, explicaron algunos analistas, al debilitamiento de la capacidad de maniobra y lanzamiento en el norte de la Franja de Gaza debido al operativo terrestre. Otros subrayaron el hecho de que Hamás está concentrado ahora en la guerra de guerrillas contra el ejército dentro de la Franja, con el objetivo táctico inmediato de defender los túneles terroristas, que van siendo descubiertos y volados por los efectivos israelíes. Estos túneles vienen a tener dos funciones: por un lado constituyen una red subterránea, prácticamente una ciudad bajo tierra, dentro de la Franja misma, con objetos de depósito y ocultamiento de medios de combate. Por otro lado, túneles que salen hacia territorio israelí con fines ofensivos contra blancos civiles, es decir, terrorismo.

El portavoz del ejército, Moti Almoz, aseguró que “la mayor parte del sistema de túneles de Hamás se halla en manos de las FDI (Fuerzas de Defensa de Israel)”. Almoz agregó que las fuerzas “no se sorprendieron” por el alcance de la red subterránea, y “el hecho de que llegamos a ella en tan breve lapso da cuenta de la calidad de la información de inteligencia que poseíamos”.

De cualquier modo, algunas ráfagas de cohetes fueron disparadas hoy contra la zona de Tel Aviv, y por primera vez un cohete logró atravesar la barrera opuesta por Cúpula de Hierro e impactó de modo contundente en una vivienda en la localidad de Yehud. Dos personas resultaron levemente heridas. Otro cohete fue interceptado. En Ashdod también sonó la alarma, pero el proyectil cayó en terreno abierto. Unos 15 embajadores extranjeros se hallaban en ese momento en visita conjunta en Ashdod, y debieron permanecer en los refugios por largos minutos.

En Gaza, fuentes palestinas informaron que la Fuerza Aérea israelí bombardeó la vivienda de Mizar Awadallah, alto dirigente de Hamás en la Franja. Se trata de uno de los dirigentes más importantes del liderazgo clandestino de la organización.

En el frente diplomático, el secretario de Estado norteamericano John Kerry se halla en la región, y esta mañana se reunió en El Cairo con su par egipcio, Sameh Shukri, con quien trata acerca de los esfuerzos por lograr un alto el fuego. Kerry, según un diario local, decidió extender por un día más su visita en la capital egipcia para impulsar los contactos con vistas a una tregua.

También el secretario general de la ONU, Ban Ki Moon, ha decidido arremangarse, llega hoy a Israel, y se reunirá esta tarde en Tel Aviv con el premier Biniamín Netanyahu y el ministro de Defensa Moshé Yaalón. Mañana partirá Moon a Ramallah, donde se reunirá con altos funcionarios de la Autoridad Palestina.

Y en el plano interno, el diputado Isawi Fredj (Meretz), llamó al asesor letrado del gobierno a iniciar una investigación penal contra el ministro de Relaciones Exteriores Avigdor Liberman, que llamó a boicotear los comercios de árabes que hallan participado en la huelga de comercios cerrados a la que convocó la Comisión de Seguimiento de los Árabes Israelíes en protesta contra el operativo israelí en Gaza. Fredj dijo que “con sus palabras, el ministro Liberman está violando la Ley de Prevención de Daños a Israel por medio del Boicot, promulgada hace dos años”. Dijo también que “en estos momentos especialmente, toda expresión de racismo debiera ser acallada, sobre todo proviniendo de un funcionario del gobierno que debiera estimular la unión, y no la división y el odio entre los ciudadanos”.

Saiba mais…

“El precio de las aventuras políticas y bélicas de Hamás”. Familias palestinas huyen de Sudjahía en Gaza.

Un nuevo alto el fuego humanitario de dos horas, para evacuar muertos y heridos, en especial de palestinos, colapsó luego de ser violado por Hamás, que continuó disparando a los soldados dentro de la Franja de Gaza. FDI (ejército de Israel) respondió a los disparos. El alto el fuego había sido solicitado por Hamás, y se debía extender entre las 13.30 y las 15.30 de hoy, hora israelí.

El Ministerio de Salud gazeño informó que 60 palestinos resultaron muertos como resultado de los combates, entre ellos 17 menores, 14 mujeres y 4 adultos. 210 más resultaron heridos por el bombardeo sobre el barrio de Sadjahíe, un bastión fuerte del Hamás en Gaza. El número de muertos palestinos desde el inicio del operativo trepa a 410, y cerca de 3.000 heridos, según las mismas fuentes.

Cinco soldados, entre ellos dos oficiales de la reserva y el comandante de Guivati, resultaron muertos desde la entrada en Gaza por tierra, y 52 soldados resultaron heridos como de los combates. 11 de ellos se encuentran en estado grave.

Hamás sostiene que por la madrugada lanzó un obus de mortero RPG contra un tanque Mercavá en la zona de Shudjahía, y que también había activado contra él una carga explosiva. Antes habían asegurado que habían hecho lo mismo contra un carro blindado israelí, haciendo “impacto directo”. También sostuvo que activó una bomba o lanzó un cohete contra una casa palestina en la que se apostaban soldados israelíes.

La organización Jihad Islámica, por su parte, sostuvo que había activado una carga explosiva contra una fuerza de infantería israelí en la zona de Tufaj, en el sudeste de la Franja de Gaza.

El portavoz del ejército, Moti Almoz, dijo que las FDI “dieron un duro golpe al sistema de túneles de Hamás”. Según él, FDI controla 14 túneles que podían haber sido utilizados por Hamás para perpetrar duros atentados terroristas. También dijo, respecto del reclutamiento de más soldados de la reserva, que “existen ya varias unidades en entrenamiento previo, con vistas a su ingreso en la Franja, si es necesario”.

Durante toda la última jornada continuaron las alarmas en diversas localidades de Israel por lanzamiento de cohetes desde la Franja de Gaza, sin que se produzcan víctimas.

Fuentes en Egipto desmintieron que Khaled Mashal, líder del brazo político de Hamás, haya sido invitado a El Cairo para participar en las conversaciones por el alto el fuego entre Hamás e Israel. Según un alto funcionario egipcio, “se trata de una más en la serie de mentiras de los líderes de Hamás”. Agregó que “mientras la dirigencia de Hamás continúa viviendo una vida de lujo en el exterior, en Qatar y en otros lugares, incluido alojamiento en hoteles de cinco estrellas, abandona a civiles palestinos inocentes, y decenas de ellos mueren cada día. Ellos son los que pagan con sus vidas el precio de las aventuras políticas y militares de Hamás”. Las declaraciones fueron publicadas en el diario árabe Aliawum Asaba.

El portavoz de Hamás, Fauzi Barhum, criticó al presidente A-Sisi de Egipto, y dijo que “incluso en tiempos del presidente Hosni Mubarak estábamos mejor”. Agregó que “Egipto no cumple con la función que le cabe, pues en lugar de mediar, debe ser socio de los palestinos en su guerra contra Israel. Caso contrario, toda la región estará en peligro”.

Mientras tanto, continúan los esfuerzos diplomáticos por alcanzar un cese del fuego. El secretario general de la ONU, Ban Ki Moon, se reunirá mañana con el presidente egipcio A-Sisi para tratar con él las gestiones para alcanzarlo. Antes se reunirá en Qatar con el presidente de la Autoridad Palestina, Mahmud Abbas.

Saiba mais…

“Meu protesto inflamado nada mais é que o grito da minha alma” – J´accuse – (Zola. Emile – 1898)

Eu acuso.

Eu acuso todos aqueles que contribuem para a manutenção do ciclo de terror entre israelenses e palestinos.

Eu acuso aqueles que insistem em acreditar que o conflito entre Israel e o Hamas é embasado em uma disputa territorial, quando na verdade estamos diante de uma questão basicamente religiosa. Eu acuso aqueles que confundem a “causa do Hamas” com a “causa palestina”.

O Hamas é um grupo que instituiu um sistema político em Gaza que se repete em muitos países islâmicos. Lá não há separação entre a religião e o Estado e a consequência é que a religião nunca deixou de ser referência na prática cotidiana de suas instituições. Estas leis religiosas justificam em pleno século XXI a imposição de uma ditadura teocrática que relega as mulheres o status de animais de procriação, ordenam o assassinato de homossexuais, influenciam na destruição e no rebaixamento das minorias, requerem a eliminação de qualquer oposição, além é claro, de cassar todas as liberdades individuais.

Eu acuso aqueles que enxergam o Hamas como “militantes da liberdade” porque a simples observação do que ocorre em Gaza e nos países islâmicos já deveria ser suficiente para compreender que este grupo terrorista deseja apenas a liberdade de oprimir – livremente – o seu seu próprio povo e todos os demais povos que tiverem a infelicidade de cair sob seu controle.

Eu acuso aqueles que não percebem que o Hamas é muito honesto em sua natureza religiosa fundamentalista, que não lhe permite e não lhe permitirá posições diplomáticas mais sofisticadas. Para eles as coisas são sempre colocadas preto no branco porque eles (que se dizem tradutores da palavra de Deus) não poderão chegar amanhã e dizer que Deus mudou de ideia quanto a imposição de um califado isâmico de âmbito mundial.

Eu acuso aqueles que aceitam o terrorismo como uma forma válida de reinvidicação política. O terror que explode supermercados lotados, que sequestra e assassina civis e que lança foguetes sobre áreas habitacionais de Israel é a ferramenta utilizada pelo regime que objetiva a eliminação de qualquer obstáculo ao sonho da islamização do mundo.
Eu acuso aqueles que ainda não entenderam que o Hamas é mais um elemento de uma visão totalitária que desafia o mundo livre e os valores ocidentais que nós tanto prezamos. Eu acuso aqueles que cegos, não enxergam o que ocorre hoje no Iraque, na Síria, na Espanha, nos EUA. Notem que Israel é apenas um pequeno e bravo incômodo no meio do caminho entre vocês e estes animais. Uma pequena barreira entre você e a Idade Média.

Eu acuso aqueles que quando instados a revelar o que o Hamas estaria disposto a ceder para o fim do conflito não conseguem exibir nenhuma prática ou discurso que demonstra a sua disposição para estabelecer um compromisso verdadeiro para uma convivência com o diferente.

Eu acuso aqueles que insistem em ignorar que Israel é um Estado judeu que desperta a animosidade religiosa entre muitos muçulmanos. Que a nossa soberania sobre Jerusalém e a construção de assentamentos certamente amplificam esta agressão, mas é a própria existência de Israel como uma entidade não-islâmica autônoma em uma terra sagrada para o Islã (e rodeado pelo Islã) é que cria a agressão direta contra a pequena nação judaica “dentro” de um vasto mundo fundamentalista.
Eu acuso aqueles que negam a necessidade moral dos judeus de terem soberania em sua pátria. Aqueles que negam a força atávica do antissemitismo que por milênios negou aos judeus, em todas as partes, o direito à segurança, à igualdade e até mesmo à vida. Os que constestam a ligação histórica e espiritual dos judeus com a terra de Israel e que maldosamente confundem o sionismo com um projeto colonialista.

Eu acuso os que se esquecem da História e que desconsideram o que falavam e o que escreveram os ideólogos do sionismo: eles sempre reconheceram a existência de uma população árabe local e de forma contumaz ressaltaram a importância da convivência pacífica entre os povos. Acuso aqueles que rejeitam o conhecimento do que está escrito na Declaração da Independência de Israel que “estende a sua mão numa oferta de paz com seus vizinhos”. Os que desmerecem o desejo da maior parte da sociedade israelense de que os palestinos formem um país que conviva com o meu e que o aceite como parceiro no desenvolvimento da região.

Eu acuso a utopia que sonha com o dia em que os terroristas encontrem o caminho da razão e mudem o seu discurso, negando a sua própria identidade e renunciando aos seus objetivos tão publicamente declarados. O fundamentalismo islâmico é uma ideologia radical que jamais poderá fazer concessões e possui o mesmo gérmen anti-democrático do fascismo e do nazismo. Eu acuso o desvio de inteligência que confunde o Islã com o fundamentalismo islâmico, mas não posso deixar de acusar aqueles que negam o fato de que ele existe.

Eu acuso aqueles que ainda não compreenderam que nenhum palmo de terra é “propriedade” de nenhum povo. Que nenhum deus, nem Allah, nem Elohim, são funcionários cadastrados no Registro de Imóveis. Que ainda não atentaram que a Suécia não “pertence” de verdade aos suecos, bem como o Brasil não “pertence” de verdade aos brasileiros. Que o que existe entre o Brasil e o seu povo é a existência de um sentimento profundo, uma consciência coletiva e ligação espiritual com esta terra e que isso é muito mais intenso e verdadeiro do que qualquer direito emanado por um código, atribuído por lei ou concedido por qualquer organização mundial.

Eu acuso aqueles que negam a narrativa judaica sobre a sua ligação com Israel com a mesma força e intensidade que eu acuso aqueles que negam a narrativa dos palestinos sobre a sua ligação com a Palestina. Que não compreendem que a disputa territorial pelo mesmo pedaço de chão chegará ao fim quando forem negociadas duras concessões entre as partes, sem entender que nenhuma parte será suicida para negociar a sua destruição.
Eu acuso aqueles que aceitam e justificam a colonização dos territórios ocupados por Israel após sucessivas vitórias militares deste pequeno país em guerras que almejavam a sua destruição. Eu acuso aqueles que são coniventes com a expansão dos assentamentos e controle militar opressivo que e acabam por negar de forma incisiva o direito de auto-determinação de todo povo palestino.

Eu acuso aqueles que, míopes para todo este quadro, rejeitam o direito de Israel de defender a sua população diante de uma clara agressão ao país perpetrada por um grupo terrorista. Aqueles que ousam comparar o exército de Israel a um esquadrão da morte, de uma instituição sádica que não valoriza vidas inocentes. Eu acuso aqueles que não explicam porque um país que possui um exército mais forte, com equipamentos de mais alta tecnologia e treinamento de qualidade inquestionável demora tanto para realizar o propagandeado “genocídio” sobre a população palestina. Qual lógica pode esclarecer como pode haver “limpeza étnica” em uma região que apresenta uma explosão de crescimento populacional?

Eu acuso aqueles que ainda não entenderam que foguetes lançados por fundamentalistas sobre zonas habitacionais matam e destroem e que o fato dos terroristas não terem sucesso em seu intento, não pode apagar o fato de que existiram reiteradas tentativas de assassinato deliberado. Os que acham que o terror não transforma a vida do israelense. Que acredita que é possível dormir depois do barulho ensurdecedor de uma sirene que avisa que um foguete que deseja te matar foi lançado sobre a sua cabeça.
Eu acuso aqueles que acreditam que para não fortalecer o terrorismo, devemos tolerar o terrorismo. Os que acreditam que a passividade diante da agressão é uma opção legítima e moral. Eu acuso aqueles que ao analisar a resposta militar de Israel ao ataque do Hamas, criticam o governo israelense em todos os seus erros relacionados a “causa palestina”, porque são eles que traduzem de forma errada para o mundo que o terrorismo islâmico deseja “negociar terras ou uma vida melhor para o seu povo”.

Eu acuso aqueles que tentam explicar a atual agressão do Hamas a Israel unicamente através de uma ótica marxista que precisa identificar o opressor e o oprimido na luta por bens materiais e recursos naturais. Eu acuso aqueles que acreditam (em sua soberba e arrogância) que o fundamentalismo islâmico só existe porque o mundo ocidental o criou. E que se culpam. Que não entendem que nós devemos ajudar os palestinos, mas a transformação verdadeira daquela realidade só ocorrerá quando aquela sociedade se rebelar de forma inequívoca – e como agente principal – contra o absolutismo religioso que não se importa em causar as suas mortes. Os civis da Faixa de Gaza não morrem “em nome da liberdade”, morrem porque o seu governo é contrario a ela.

Acuso aqueles que deixam de se pronunciar sobre a realidade incomum que vive o meu país: Israel é um Estado judeu inserido em um mundo árabe, um Estado ocidental inserido no mundo islâmico, e uma democracia inserida em uma região conhecida pelas suas tiranias.

Os que buscam simplificar uma realidade complexa e que se escondem em maniqueísmos infantis e em um tolo pacifismo revelando a sua completa ignorância e um desejo velado de que a paz seja alcançada com o fim de Israel.

Eu acuso.

Eu acuso todos vocês.

Saiba mais…

 

Gaza anoche, bajo el ataque combinado israelí, por tierra, aire y mar.

Gaza anoche, bajo el ataque combinado israelí, por tierra, aire y mar.

Cinco años después de la última incursión terrestre, en el operativo Plomo Fundido en 2009, el ejército israelí comenzó anoche un operativo limitado en terreno de la Franja de Gaza, con el objetivo expreso de destruir los túneles de Hamás destinados a efectuar atentados terroristas. 9 de dichos túneles ya fueron bombardeados.

Hace minutos se anunció el primer soldado caído en este operativo, que murió en intercambios de fuego con células de Hamás. 4 soldados resultaron heridos, uno de consideración y el resto leves. Los palestinos, en tanto, informan de 20 muertos, entre ellos una madre con su bebé. La cuenta de muertos palestinos asciende a 250, por lo menos la mitad de ellos civiles.

El primer ministro Biniamín Netanyahu y el ministro de Defensa Moshé Yaalón dieron ayer la orden al ejército de ingresar y destruir los “túneles del terror”, luego de la negativa de Hamás a aceptar el alto el fuego propuesto por Egipto, e intentar un atentado en el kibutz Sufá en el sur, donde 13 terroristas palestinos penetraron en territorio israelí con el objetivo de perpetrar un atentado terrorista de vastas proporciones. Hamás, indicaron, tampoco respetó el alto el fuego humanitario de ayer entre las 10.00 y las 15.00, y continuó lanzando cohetes hacia territorio israelí en esas horas. El gabinete aprobó por unanimidad la medida, y esta mañana se reunirá para recibir reportes y debatir la ampliación del operativo. Otros 18.000 soldados de la reserva fueron convocados a filas.

Unidades de Guivati, Paracaidistas y Blindados ingresaron a la Franja, y actúan junto con la Fuerza Aérea y la Marina en acción combinada. También la Inteligencia Militar participa de modo activo, identificando los lugares y las estructuras a ser atacados. El ejército volvió a llamar a la población palestina en las zonas a ser atacadas, a que evacúen sus hogares para evitar muertes innecesarias.

Junto con los túneles, se estima que en poder de Hamás y otras organizaciones palestinas se hallaban unos 9.000 cohetes hasta el comienzo del operativo hace 10 días, de los cuales Israel destruyó en la fase aérea 3.000 y los palestinos lanzaron unos 1.000. Los restantes 5.000 se hayan bajo tierra y bajo estructuras de uso civil masivo, como hospitales y escuelas, y ahora son parte de los blancos de la fase terrestre.

Ayer, por ejemplo, la organización por los refugiados palestinos UNRWA, denunció de modo inédito que en el sótano de una de las escuelas manejadas por la organización para los refugiados evacuados de sus casas, se hallaron 20 cohetes de Hamás.

Por la noche, el puerto y el depósito de cohetes que estaba debajo del hospital gazeño Wafa fueron volados, la red de electricidad colapsó y algunas casas ardieron en llamas. Efectivos israelíes tomaron posición en estructuras y terrenos, para en una segunda fase atacar a miembros armados de Hamás y otras organizaciones, y destruir reservorios de cohetes y túneles.

La población israelí es llamada a continuar escuchando las alarmas y actuar según las instrucciones y acudir a los refugios. Durante la noche y esta mañana se siguieron escuchando alarmas en diversas localidades israelíes, en especial en las zonas aledañas a Gaza. El Comando de Retaguardia ordenó suspender las colonias de vacaciones y otras actividades en un radio de 40 km de la Franja de Gaza. También prohibió reuniones de más de 1000 personas en un radio de 40 a 80 km.

Hamás y otras organizaciones amenazaron con que Israel “pagará un alto precio por su acción terrestre”. El vocero de Hamás, Fauzi Barhum, dijo que “se trata de una medida inconciente, que tendrá implicancias graves”. Otro portavoz, Sami Zuhri, dijo que “Israel juega con fuego, y es el que ha roto en pedazos la propuesta egipcia de alto el fuego”.

Egipto, por su parte, volvió a acusar a Hamás de ser el responsable de la escalada. El canciller egipcio, Sameh Shukri, dijo que “Egipto duele el dolor del pueblo palestino, pero está furioso con Hamás. Si Hamás hubiera aceptado la propuesta egipcia de alto el fuego, podía haber salvado las vidas de por lo menos 40 habitantes de la Franja de Gaza del fuego de Israel”. Acusó a Hamás, también, de cooperar con Turquía y Qatar para dañar el estatus de Egipto en la región. Shukri agregó que “Egipto hace lo posible por defender al pueblo palestino, pero el Paso de Rafah es una línea roja; en ningún caso permitirá Egipto una soberanía extraña sobre el Paso fuera de la egipcia”.

El presidente de la Autoridad Palestina, Mahmud Abbas, dijo que el operativo terrestre “provocará más derramamiento de sangre y complicará los esfuerzos por alcanzar un alto el fuego”. En diálogo con periodistas egipcios, Abbas se preguntó “por qué rechazó Hamás la propuesta de alto el fuego propuesta por Egipto”, y subrayó que justamente fue la organización Jihad Islámica la que había mostrado mayor disposición a aceptar el entendimiento.

En tanto, el secretario de Estado norteamericano, John Kerry, llamó a Israel a reducir lo más posible el daño a civiles, y expresó su esperanza que la acción terrestre sea “lo más exacta posible”. En diálogo telefónico con Netanyahu, Kerry dijo que hay que evitar una mayor escalada y regresar lo antes posible a los entendimientos alcanzados luego del operativo anterior, “Pilar Defensivo”, en 2012. Kerry reafirmó el compromiso de EEUU con la iniciativa egipcia, y subrayó que “es importante que también Hamás la acepte”.

Saiba mais…

                                                                                                             

Roni Kaplan lamenta, em entrevista exclusiva, a recusa do cessar-fogo pelo Hamas, proposto por mediação egípcia e aceita por Israel

 
 
mundo-ormed-cessarfogo-fracasso.JPG
  Palestina passa por destroços de casa que polícia diz que foi destruída por ataque israelense em Gaza. 15/07/2014
Foto: Ahmed Zakot / Reuters
  • Roni Kaplan, 31 anos, nasceu em Montevideu, no Uruguai, e hoje é o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) para América Latina. Estudou Economia, Filosofia e Ciências Políticas na Universidade Hebraica de Jerusalém, além de Segurança e Diplomacia na Universidade de Tel Aviv. Fluente em hebraico, inglês e espanhol, Roni lamenta, em entrevista exclusiva ao Terra, a recusa do cessar-fogo pelo Hamas, proposto por mediação egípcia e aceita por Israel. Na interpretação do porta-voz, o Hamas torna refém a população civil de Gaza.

Por que você acha que o Hamas não aceitou o cessar-fogo? Pela mesma razão pela qual, há duas semanas, quando dissemos ao Hamas que o silêncio será respondido com silêncio, e o Hamas também não aceitou. O Hamas nos arrasta a esta operação, que Israel, desde o princípio, não queria ter que ingressar. Ao que parece, o Hamas tem interesses políticos determinados. Estamos falando de mais de 1150 foguetes só nesta semana. Mas todos os dias estamos facilitando a passagem de alimentos e combustíveis, com fins humanitários, pela passagem de Kerem Shalom, mesmo sob os bombardeios do Hamas. O melhor seria que eles tivessem aceitado o cessar-fogo e que houvesse paz aqui, mas lamentavelmente eles não aceitaram.

Acredita na hipótese levantada por alguns analistas de que o Hamas estaria interessado em debilitar o Domo de Ferro de Israel e permitir ataques de outros países ou grupos radicais? Em Israel, as frentes estão relacionadas umas às outras. Repare que em 2006 quando houve o rapto do (soldado israelense) Gilad Shalit, duas semanas depois, começou a segunda guerra do Líbano. E de fato, entre ontem e hoje, recebemos ataques a partir da Síria e do Líbano e do (monte) Sinai. Estamos preparados para qualquer tipo de ataque de qualquer frente, mas não é o que queremos. Enviamos panfletos e avisos para as pessoas em Gaza se afastarem das áreas onde foram encontrados armamentos. As pessoas começaram a evacuá-las, mas rapidamente o porta-voz do Hamas saiu à imprensa mandando que voltassem às casas. Isto é, pediram que voltassem como escudos humanos. São reféns do Hamas. Enquanto Israel tenta proteger a população civil com o Domo de Ferro, o Hamas está utilizando sua população para defender seu armamento. Eles não têm o mesmo respeito pela vida humana que temos.

 

Faixa de Gaza: entenda o conflito Faixa de Gaza: entenda o conflito Conheça um pouco mais sobre a região, que tem um quarto do tamanho do município de São Paulo, mas uma enorme importância para a história do Oriente Médio

Israel costuma recordar que se retirou totalmente de Gaza em 2005. Por que Israel continua controlando a entrada e saída de pessoas e produtos em Gaza por terra e mar? É impossível esquecer que Israel se desanexou de Gaza em troca somente da promessa de não-agressão. E sequer isso a Autoridade Palestina, primeiramente, foi capaz de cumprir e depois o Hamas, a partir de 2007, na Faixa de Gaza. No ano de 2006, Israel constroi um terminal enorme para que passem 40 mil pessoas por dia a Israel para trabalhar e visitar suas famílias na Cisjordânia. Mas fechamos o terminal depois que o Hamas matou pessoas no local. Infelizmente ninguém mais pode vir trabalhar ou passar por Israel. Hoje em dia esta passagem só serve à ambulâncias e pessoas enfermas. O Hamas é uma ditadura militar de cunho clerical islamista que viola os direitos humanos --muito mais do que qualquer ditadura militar que tivemos experiência na América Latina-- e defende em sua constituição que Israel continuará existindo até que o Islã o elimine.

Algumas partes afirmam que o sequestro e assassinato dos jovens israelenses foi feito pelo grupo EIIL (Isis em inglês) e não pelo Hamas. Por que Israel atribui o crime ao Hamas? Nem Israel nem a Autoridade Palestina deu credibilidade à atribuição (dos crimes) pelo Isis. O Isis na Cisjordânia nao é um grupo forte, tem celulas adormecidas muito fracas. O atentado foi feito por duas pessoas –Marwan Kawasme e Amar Abu Aysha-- que são familiares do Hamas, pessoas com histórico de 64 tentativas de sequestro.

Bombardeio de Israel em Gaza já matou 184 palestinosClique no link para iniciar o vídeo
  Bombardeio de Israel em Gaza já matou 184 palestinos

Na Europa houve um atentado contra o museu judaico de Bruxelas, com o assassinato de quatro pessoas, e esta semana, em meio aos protestos contra o conflito em Gaza, houve um ataque a uma sinagoga em Paris. Como o governo de Israel tem observado estes eventos? Esta pergunta deve ser feita ao porta-voz do Ministério de Relações Exteriores. Do meu ponto de vista pessoal, penso que o fato de os judeus por mais de 1800 anos terem sido vistos como os que mataram a Cristo e pela crença de que os judeus eram a causa de todos os males, tudo isto entrou na cabeça das pessoas como forma de preconceito. A Igreja Católica mudou e está mudando muito, como vemos com o atual Papa. O judeu é castigado por um monte de preconceitos e mentiras que têm razões históricas, mas que lamentavelmente nós ainda sofremos.

infoconflitoisrael-palestinarts.jpg
Saiba mais…

 

Desarmar la Franja de Gaza, y llevar un horizonte de desarrollo a sus habitantes. Calle en Gaza, después del bombardeo israelí.

Desarmar la Franja de Gaza, y llevar un horizonte de desarrollo a sus habitantes. Calle en Gaza, después del bombardeo israelí.

Hoy a las 10.00 AM, hora de Israel, entrará en vigencia una tregua humanitaria de cinco horas entre Israel y Hamás. Esta vez, ambas partes dieron su consentimiento de antemano. Fue una iniciativa de un enviado de la ONU y tiene por objeto permitir a los palestinos en Gaza adquirir alimentos y trasladar a los heridos a los hospitales. Israel enfatizó que “si se producen disparos por parte de Hamás durante la tregua, Israel reaccionará de modo acorde”.

Una fuente de seguridad israelí dijo que “espero que los jefes de Hamás salgan de sus escondites durante la tregua, para ver los daños ocasionados a Gaza por los ataques israelíes que ellos provocaron”.

Ayer, noveno día, fueron lanzados 150 cohetes contra Israel, el cual por su parte continuó los bombardeos de objetivos de Hamás sobre Gaza. 25 palestinos perdieron la vida, entre ellos cuanto menos 6 niños. Cuatro de ellos murieron mientras jugaban a la pelota en la playa.

Fuentes militares indicaron que, según una investigación preliminar sobre lo ocurrido, “el ejército atacó un blanco terrorista”. El ejército subraya que “no existe intención de dañar a la población civil no involucrada con los combates. Pero si en efecto se han producido muertes de esa clase, que se deben a la utilización cínica que hace Hamás de su población civil”. Desde el comienzo del operativo han perdido la vida 222 palestinos, por lo menos la mitad de ellos civiles.

En tanto, un diario egipcio informa que Hamás “tiende a retirar su oposición a un alto el fuego definitivo y aceptar la propuesta egipcia. Según fuentes palestinas, se producen en estos momentos contactos febriles entre los egipcios y el vicetitular del brazo político de Hamás, Musa Abu Marzuk. También el presidente Mahmud Abbas participó de encuentros con Abu Marzuk, con el canciller egipcio y con el secretario de la Liga Árabe.

Estados Unidos también entró en la imagen. El presidente Barack Obama dijo que su país hará todo lo posible por ayudar a hacer la paz entre Hamás e Israel. Agregó que “tiene roto el corazón, pero Israel tiene derecho a defenderse del ataque con cohetes que siembran el terror entre sus habitantes”. Subrayó que “Hamás continuó lanzando cohetes aun después de que Israel aceptara el alto el fuego”.

Cuatro chicos palestinos: análisis

Esto podía ocurrir. Lo llaman el “Síndrome de Kafr Kana”. En 1996, durante el operativo “Viñas de Ira” contra el lanzamiento de misiles Katiusha por Hezbollah desde el sur del Líbano, una fuerza reaccionó contra disparos que se realizaban desde un punto cercano a un campo de refugiados palestino, y éste fue impactado por error. En el bombardeo perdieron la vida nada menos que 102 civiles y cuatro soldados de la ONU. El incidente llevó rápidamente al fin del operativo. El primer ministro era Shimón Peres. El jefe de la fuerza que disparó: Naftali Bennett, actual líder de Habait Hayehudi y ministro de Economía.

Por eso Israel retrasa el operativo terrestre. El precio en vidas humanas que pagan los palestinos, sobre todo cuando se trata de civiles, y más aún cuando son niños, lo paga también Israel en el plano político, y en la opinión pública. En el momento en que comienza el operativo, también el aéreo, el reloj de arena comienza a correr, e Israel sabe que tiene el tiempo contado hasta ese “trágico error”.

Y cada vez es peor. Las víctimas pueden ser menos en cantidad, pero el impacto comunicacional es cada vez mayor. En este caso, corresponsales extranjeros, alojados en hoteles aledaños, habían estado jugando a la pelota con esos mismos chicos minutos antes, y al producirse el incidente volvieron corriendo, esta vez con sus cámaras. La cobertura fue desgarradora.

A pesar de los puntos que gana con estas muertes (y por ello no es casual su “política de subir a los techos” a la que obliga a su población), Hamás está apurado por terminar con este round con Israel. A ellos también se les acaba el crédito local, y el internacional fue en este caso prácticamente nulo, incluso en el mundo árabe. Pero tiene sus exigencias, porque en conseguir al menos un logro político les va el gobierno y el pellejo, literalmente hablando, y hoy presentará formalmente dichas exigencias a Egipto: apertura de los pasos con Egipto, fin del bloqueo de materiales de construcción que todavía mantiene Israel, liberación de presos del acuerdo por Gilad Shalit, reapresados luego del secuestro de los tres chicos en Gush Etzion por haber violado la libertad condicional. Uno de ellos también volvió a la práctica terrorista cometiendo un homicidio nacionalista.

Israel también comienza a sentir la presión internacional, pero también tiene su agenda con vistas a este posible acuerdo. La idea es calma total durante el mayor tiempo posible. Que cese totalmente el disparo de cohetes, no solamente los actuales, sino también aquellos que tienen lugar por goteo durante todos los meses o años entre un operativo y otro, es sólo la primera exigencia. Israel aspira a crear una nueva realidad en Gaza, pues en esta dinámica que se le ha impuesto desde la década anterior, el intervalo entre un operativo y otro es cada vez menor.

Dicha nueva realidad deberá incluir, no la caída de Hamás, que debe permanecer como gobierno y como responsable, pero sí el desarme total de la Franja. También, como lo proponen voces como el ex vice canciller Dany Ayalón, un esfuerzo internacional conjunto por recomponer la economía gazeña, que permita elevar la calidad de vida de los habitantes y quite puntos de consenso a las organizaciones terroristas, empezando por Hamás, que gobierna el lugar con puño de hierro y estilo mafioso. En palabras de los palestinos de buena voluntad, que son mayoría en Gaza, se trata de “darles a los palestinos algo que perder”.

Saiba mais…

Reflexões dinâmicas escritas em Israel

Reflexões dinâmicas, escritas em IsraelMinha vinda a Israel se construiu a partir de uma indicação para um Seminário Internacional de Diálogo entre Educadores para Israel. Hoje, no meu último dia de estadia nesse país, posso afirmar que os quatro conceitos básicos trabalhados ao longo do seminário - Educação, Israel, Identidade, e Judaísmo - também perpassaram meus dias fora do Seminário. Nesse sentido, esses conceitos deixaram de ser definições estáticas e passaram a ser reflexões dinâmicas, que dão a possibilidade de ser mexidas e remexidas, com o intuito quebrar o "lugar em que temos razão" e dar a oportunidade de "flores crescerem"1.Primeiro, gostaria de refletir sobre a educação. Ao lidar com a educação, não me refiro exclusivamente ao processo escolar, mas sim à formação constante de relações entre um ou mais seres humanos, que representam sua comunidade a partir de uma vida escolhida e construída, na qual ambos alteram a sua percepção de mundo. Nesse sentido, me parece que a educação sobre Israel, sobre Identidade, e sobre Judaísmo está sendo deixada para trás, e no seu lugar está aparecendo a busca pela informação e pela opinião imediatista. Os jornais, detentores de um poder de compartilhamento de informação, assim como o Facebook, plataforma pessoal de compartilhamento de opiniões, aparecem nos difíceis dias de conflito como impulsionadores de uma polarização.Ou se é a favor de Israel, ou dos Palestinos. Ao pensarmos dessa maneira a educação é jogada no lixo. É preciso colocar luz naqueles que questionam os números de mortos se não aparecem nas pesquisas os mortos do outro lado, é preciso colocar luz naqueles que buscam entender os interesses políticos e econômicos dos seus próprios líderes governamentais, é preciso colocar luz naqueles que exibem seu humanismo sem medo de serem considerados traidores do seu próprio povo.Nesses dez dias que passei aqui, a minha percepção é que Israel está dividida em 3 regiões que lidam de maneira diferente com o conflito, e que para além do território israelense, os moradores de Gaza estão no inferno. A região de Jerusalém foi a primeira região que eu tive contato. Essa região é única, pois é uma região de "Fanáticos"2. Foi em Jerusalém que, após o descobrimento que os três jovens judeus sequestrados na região de Hebron3 estavam mortos, seis jovens judeus colocaram fogo em um palestino. A partir disso, a cidade se tornou um território de luta política e social entre grupos que acreditam no Diálogo como solução e outros que acreditam na violência. Participei em uma caminhada contra a violência, contra os racistas, e contra a definição de que palestinos e israelenses são, necessariamente, inimigos. Ao longo dessa passeata, a quantidade de gente que vinha discordar de nós e gritar contra os palestinos foi assustadora, como vocês podem ver no link de um filme que fizeram . Além disso, Jerusalém 4 também esta sofrendo com os Alarmes, que tocam para avisar a necessidade de chegar em um lugar protegido, em um minuto e meio. Nesse quesito, Jerusalém se iguala com a região central do país e parte da região norte. As pessoas das áreas que estão sendo atingidas por foguetes tem plena confiança em um sistema ultra-teconológico ( e diga-se de passagem que custa milhões de dólares) desenvolvido por Israel, que calcula a rota e envia um míssil para destruir os foguetes. Com essa confiança ontem eu acordei ao escutar um alarme e me distanciar das janelas do apartamento, que estou em Tel Aviv, para esperar o barulho do míssil encontrando o foguete. A vida das pessoas nessas regiões não se alteram, e é por isso que a minha divisão incluiu a região do Sul como uma região específica. Não me motiva compartilhar quantos foguetes já caíram nessa região, mas, por causa da ordem de grandeza desse número a vida das pessoas que lá se encontram parou. Agora, em Israel, é época das Férias de Verão, mas, se seus filhos tem quinze segundos (pela proximidade geográfica, lá o tempo é menor) para alcançar um local seguro e a cada dez minutos (ou menos) soa o alarme, aonde eles irão passar seus dias livres? No bunker. É assim que os moradores do Sul de Israel enfrentam seus dias e temem suas noites. Por fim, uma realidade que não há palavras para entender, a realidade de Gaza. Os moradores de lá não contam com um governo que os proteja e que gaste dinheiro com uma estrutura de proteção, os moradores de lá estão sob domínio do Hamas. Pior do que uma sociedade onde é cada um por si, é uma sociedade em que os fanáticos que estão no poder te colocam no meio de um conflito no qual quem perde a vida é você. Os moradores de Gaza perdem suas vidas por serem vítimas do Hamas, e a comparação entre o número de mortos lá e em Israel não é um argumento que eu utilizarei. A perda de vidas inocentes deve ser rechaçada, a utilização de uma estratégia militar para solucionar o conflito deve ser criticada, não importa a onde for. Se hoje eu acordei com a música de pássaros cantando e consigo acreditar que a paz está por vir, eu não consigo imaginar como os moradores de Gaza acordaram, será que eles conseguiram dormir?Vivendo em um mundo pós-moderno, no qual a tecnologia alcançou níveis antes inimagináveis, no qual a globalização alterou sem volta a nossa capacidade de nos conectar, no qual já não existe economia desligada do que acontece no outro pólo do mundo, no qual artistas são interurbanos, interestaduais, internacionais, é preciso voltarmos a nos identificar como seres humanos. Ao nos distanciarmos das polarizações que só existem nos contos de fadas, nos aproximamos de uma complexidade difícil de entender, que dá trabalho compreender, e que talvez seja impossível absorver. Assim, faz sentido os conhecimentos judaicos na procura por uma estabilidade na raíz e não na riqueza de seus frutos , e também os ensinamentos 5 judaicos de que ao tratar o outro como você gostaria de ser tratado6, há a abertura para um diálogo entre Eu e Tu7, e apenas assim a sinceridade de opiniões pode construir um futuro melhor.1 Expressões do Poema de Yehuda Amichai "Do lugar em que temos razão".2 Expressão de Amós Oz "Between Right and Right: How to deal with Fanatics".3 http://www.conexaoisrael.org/olho-por-olho/2014-07-02/claudiodaylac4 http://www.conexaoisrael.org/nao-passarao/2014-07-11/marcos5 Pirkei Avot, Capítulo 3, Versículo 17: "Rabi Elazar ben Azaria disse: Se não há Torá, não há conduta social adequada; se não há conduta social adequada, não há Torá. Se não há sabedoria, não há temor [a Deus]; se não há temor [a Deus], não há sabedoria. Se não há conhecimento, não há entendimento; se não há entendimento, não há conhecimento. Se não há farinha [sustento], não há Torá; se não há Torá não há farinha. Ele costumava dizer: A pessoa cuja sabedoria excede suas [boas] ações, a que ele é comparado? A uma árvore cujos galhos são numerosos porém suas raízes são poucas, e o vento vem, arranca-a e vira-a de cabeça para baixo, conforme foi dito: E será como árvore solitária em terra árida e não verá quando chega o bem; habitará em terra seca no deserto, em salina inabitável. Mas aquele cujas [boas] ações excedem sua sabedoria, a que ele é comparado? A uma árvore cujos galhos são poucos mas cujas raízes são numerosas, de modo que mesmo que viessem todos os ventos do mundo e soprassem sobre ela, não conseguiriam movê-la de seu lugar; conforme foi dito: E ele será como uma árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes até a correnteza, não sentirá a chegada do calor, e sua folhagem será rejuvenescida; no ano de seca não se preocupará, nem deixará de dar fruto."6 Levítico, Capítulo 19, Versículo18: "(...) amarás o teu próximo como a ti mesmo. (...)"7 " A palavra-princípio EU-TU só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade. A união e a fusão em um ser total não pode ser realizada por mim e nem pode ser efetivada sem mim. O EU se realiza na relação com o TU; é tornando EU que digo TU." Buber, Martin. Eu e Tu. Editora Moraes, 1974. São Paulo.Autor: Rodrigo BaumworcelEscrito em 12/07, publicado em http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_canal=42&cod_noticia=27319
Saiba mais…

Original em inglês: Arab-Israeli Fatalities Rank 49th
Tradução: Joseph Skilnik

O conflito árabe-israelense, diz-se freqüentemente, não só por extremistas, ser o mais perigoso do mundo–e, de acordo com isso, Israel é tido como o país mais agressivo do mundo.

Por exemplo, o primeiro-ministro britânico Tony Blair disse ao Congresso norte-americano em julho de 2003 que "O terrorismo não será derrotado sem a paz no Oriente Médio entre Israel e a Palestina. É aqui que o veneno é incubado. É aqui que o extremista pode confundir na mente de um número assustadoramente grande de pessoas o argumento para a criação de um estado palestino e a destruição de Israel". Este ponto de vista leva muitos europeus, entre outros, a ver Israel como o país mais ameaçador do planeta.

Mas isto é verdade? Está estampado na face o famoso padrão de que as democracias liberais não agridem; ela assume, injustamente, que o conflito árabe-israelense está entre o mais caro em termos de vidas perdidas.

A fim de colocar as fatalidades árabe-israelenses no seu próprio contexto, um dos dois co-autores, Gunnar Heinsohn, compilou estatísticas para classificar os conflitos desde 1950 pelo número de mortes humanas ocorridas. Note como bem abaixo na lista encontra-se o lançamento das letras em negrito.

Conflitos desde 1950 com mais de 10.000 Fatalidades *

1

40.000.000

China Comunista, 1949-76 (matança total, escassez causada pelo homem, Gulag)

2

10.000.000

Bloco Soviético: final do Estalinismo, 1950-53; pós-Stalinismo, até 1987 (principalmente o Gulag)

3

4.000.000

000 Etiópia, 1962-92,: Comunistas, fome artificial, genocídios

4

3.800.000

Zaire (Congo-Quinshasa): 1967-68; 1977-78; 1992-95; 1998-até o presente

5

2.800.000

Guerra da Coréia, 1950-53

6

1.900.000

Sudão, 1955-72,; 1983-2006 (guerras civis, genocídios)

7

1.870.000

Camboja: Khmer Rouge 1975-79; guerra civil 1978-91

8

1.800.000

Guerra do Vietnã, 1954-75

9

1.800.000

Afganistão: Matanças Soviéticas mutuamente destrutivas e do Taliban 1980-2001

10

1.250.000

Massacres do Paquistão ocidental no Paquistão Oriental (Bangladesh 1971)

11

1.100.000

Nigéria, 1966-79 (Biafra); 1993até o presente

12

1.100.000

Moçambique, 1964-70 (30,000) + depois da retirada de Portugal 1976-92

13

1.000.000

Guerra Irã-Iraque 1980-88

14

900.000

Genocídio em Ruanda, 1994

15

875.000

Argélia: contra a França 1954-62 (675.000); entre islâmicos e o governo 1991-2006 (200.000)

16

850.000

Uganda, 1971-79; 1981-85; 1994 até o presente

17

650.000

Indonésia: Marxistas 1965-66 (450.000); Timor Oriental, Papua, Aceh etc, 1969 até o presente (200.000)

18

580.000

Angola: guerra contra Portugal 1961-72 (80.000); depois da retirada de Portugal (1972-2002)

19

500.000

Brasil contra os seus índios, até 1999

20

430.000

Vietnã, depois que a guerra terminou em 1975 (seu próprio povo; refugiados dos barcos)

21

400.000

Indochina: contra a França, 1945-54

22

400.000

Burundi, 1959-present (Tutsi/Hutu)

23

400.000

Somália, 1991 até o presente

24

400.000

Coréia do Norte até 2006 (seu próprio povo)

25

300.000

Curdos no Iraque, Irã, Turquia, anos 80 à 90

26

300.000

Iraque, 1970-2003 (Saddam contra as minorias)

27

240.000

Colômbia, 1946-58,; 1964 até o presente

28

200.000

Iugoslávia, regime de Tito, 1944-80

29

200.000

Guatemala, 1960-96

30

190.000

Laos, 1975-90

31

175.000

Serbia contra a Croácia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, 1991-1999

32

150.000

Romênia, 1949-99 (seu próprio povo)

33

150.000

Libéria, 1989-97

34

140.000

Rússia contra a Chechênia, 1994 até o presente

35

150.000

Guerra civil do Líbano, 1975-90

36

140.000

Guerra do Kuwait, 1990-91

37

130.000

Filipinas: 1946-54 (10.000); 1972 até o presente (120.000)

38

130.000

Burma/Mianmar, 1948 até o presente

39

100.000

Iêmen do Norte, 1962-70

40

100.000

Serra Leoa, 1991 até o presente

41

100.000

Albânia, 1945-91 (próprio povo)

42

80.000

Irã, 1978-79 (revolução)

43

75.000

Iraque, 2003 até o presente (doméstico)

44

75.000

El Salvador, 1975-92

45

70.000

Eritréa contra a Etiópia, 1998-2000

46

68.000

Sri Lanka, 1997 até o presente

47

60.000

Zimbábue, 1966-79; 1980 até o presente

48

60.000

Nicarágua, 1972-91 (Marxistas/nativos etc...)

49

51.000

Conflito Árabe-Israelense 1950 até o presente

50

50.000

Vietnã do Norte, 1954-75 (próprio povo)

51

50.000

Tagiquistão, 1992-96 (secularistas contra Islâmicos)

52

50.000

Guiné equatorial, 1969-79

53

50.000

Peru, 1980-2000

54

50.000

Guiné, 1958-84

55

40.000

Chad, 1982-90

56

30.000

Bulgária, 1948-89 (próprio povo)

57

30.000

Rodésia, 1972-79

58

30.000

Argentina, 1976-83 (próprio povo)

59

27.000

Hungria, 1948-89 (seu próprio povo)

60

26.000

Independência da Cachemira, 1989 até o presente

61

25.000

Governo Jordaniano x Palestinos, 1970-71 (Setembro Negro)

62

22.000

Polônia, 1948-89 (seu próprio povo)

63

20.000

Síria, 1982 (contra islâmicos em Hama)

64

20.000

Guerra chinesa-vietnamita, 1979

65

19.000

Marrocos: Guerra contra a França, 1953-56 (3.000) e no Saara Ocidental, 1975 até o presente (16.000)

66

18.000

República do Congo, 1997-99

67

10.000

Iêmen Sul, 1986 (guerra civil)

* Todos os números foram arredondados. Fontes: Brzezinski, Z., Fora de Controle: Tumulto global na Véspera do Século XXI, 1993; Courtois, S., Le Livre Noir du Comunismo, 1997,; HEINSOHN, G., DER DE LEXIKON VÖLKERMORDE, 1999, 2º ED.; HEINSOHN, G., UND DE SÖHNE WELTMACHT, 2006, 8º ED.; RUMMEL. R., Morte pelo Governo, 1994; Pequeno, M. e Singer, J.D., Recorra às Armas: Guerras Internacionais e civis 1816-1980, 1982,; White, M., Número de Mortos das Principais Guerras e Atrocidades do Século XX," 2003.

Mao Tse-Tung de longe o maior assassino pós-1950.

Este inventário horrível mostra o número total de mortes em conflitos desde que 1950 em aproximadamente 85.000.000. Daquela soma, as mortes do conflito árabe-israelense desde que 1950 incluem 32.000 mortes devido a ataques de estados árabes e 19.000 devido a ataques palestinos ou seja 51.000 ao todo. Árabes compõem aproximadamente 35.000 dos mortos e os judeus israelenses 16.000.

Estes números significam que as mortes nas lutas árabe-israelenses desde 1950 significam somente 0,06 por cento do número total de mortes em todos os conflitos naquele período. Graficamente, só 1 de cerca de 1,700 pessoas mortas em conflitos desde 1950 morreram devido ao conflito árabe-israelrnse.

(Adicionando os 11.000 mortos na guerra da independência israelense, 1947-49, compostos de 5.000 árabes e de 6.000 judeus israelenses, não se alteram estes números significativamente).

Numa perspectiva diferente, uns 11.000.000 de muçulmanos foram mortos violentamente desde 1948 dos quais 35.000, ou 0,3 por cento, morreram durante os sessenta anos de lutas com Israel, ou seja 1 a cada 315 fatalidades muçulmanas. Em contraste, mais de 90 por cento dos 11 milhões dos que pereceram foram mortos pelos próprios muçulmanos.

Comentários: (1) Apesar da relativa não-letalidade do conflito árabe-israelense, seu renome, notoriedade, complexidade, e centralidade diplomática provavelmente continuarão a lhe dar importância desproporcional na imaginação global. E a reputação de Israel continuará a pagar o preço. (2) Mesmo assim, isso ajuda a mostrar a estatística 1-em-1.700 como um corretivo, na esperança de que um dia, esta realidade exposta, permita ao conflito árabe-israelense tomar seu legítimo lugar, menos importante nas políticas mundiais.

Professor Heinsohn é o diretor do für de Raphael-Lemkin-Institut Xenophobie - und Genozidforschung da Universidade de Bremen.O Sr. Pipes é o diretor do Foro do Oriente Médio.

Saiba mais…

Tópicos do blog por tags

  • e (5)

Arquivos mensais