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Representações de Jerusalém na literatura: a cidade sonhada de Moacyr Scliar e a cidade dessacralizada de Amós Oz

No dia 29 de abril de 2016, Fernanda dos Santos Silveira Moreira realizou sua defesa de Dissertação de Mestrado intitulada “Representações de Jerusalém na literatura: a cidade sonhada de Moacyr Scliar e a cidade dessacralizada de Amós Oz” - apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como requisito para a obtenção do Título de Mestre em Ciência da Literatura (Literatura Comparada).

URL: http://objdig.ufrj.br/25/teses/848086.pdf

Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar as representações da cidade de Jerusalém na literatura israelense e na literatura brasileira de temática judaica, após a criação do Estado de Israel. Para tal fim, foram escolhidos dois romances: Os Voluntários, 1979, do escritor judeu brasileiro, Moacyr Scliar, e Meu Michel, 1968, do escritor judeu israelense Amós Oz. A cidade de Jerusalém é um dos mais significativos símbolos da religião e cultura judaica, e sempre esteve no centro da representação de uma terra ancestral, em particular para as comunidades da diáspora, que para ela sempre se voltaram em orações e preces. Com a efetivação de um lar nacional judeu no final da primeira metade do século XX, viver em Jerusalém tornou-se uma opção para milhares de judeus diaspóricos, mas as demandas da cidade real se confrontaram com a imagem utópica que seu nome evocara nos últimos dois milênios. Tendo sido palco de inúmeros conflitos ao longo de sua história, Jerusalém está ainda hoje no centro de reivindicações religiosas e políticas de judeus e palestinos, sem deixar de ocupar o imaginário de pessoas das três maiores religiões monoteístas. A fim de compreender como se caracterizam os vínculos de diferentes grupos judaicos, pelo viés da literatura, foram analisadas as obras de dois importantes escritores judeus, que foram contemporâneos, mas que escreveram sob diferentes perspectivas: a do judeu da diáspora e a do judeu nascido em Israel. Suas obras descortinam importantes aspectos sociais e políticos que envolvem a cidade jerosolimita e apontam para as multiformes maneiras de se relacionar com um espaço sagrado milenar diante dos novos rumos traçados durante o século XX.

Palavras-chave: Literatura, Jerusalém, Moacyr Scliar, Amós Oz.

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Em que acreditam os judeus “seculares” ? - Professor Yaakov Malkin - Tradução Ronen Perlin

Por que é tão difícil colocar claramente em palavras, aquilo no que acreditamos? Por que este título teve de ser reescrito por 6 vezes, antes de atingir a forma de apresentação finalmente publicada? (o que se deu em fevereiro de 2000)? Afinal, como neto e filho de ateus confirmados, eu vivi e aprendi neste credo por toda a minha existência.


Talvez seja porque o Judaísmo -a civilização e cultura datada de 3000 anos do povo Judeu- não tenham transformado em habito, fazer propagar sua fé (como o Catolicismo fez, por exemplo). Judeus e suas crenças - religiosas e seculares,- tendem a se manifestar através de ações, estilo de vida, em relação aos mandamentos entre a Halacha e os das civilizações não judias, e em nome da ética e das normas das leis é que procuramos seguir.

Judeus seculares, isto é, judeus que se liberaram da obrigatoriedade da observância de práticas tradicionalistas, são judeus fiéis, tão quanto qualquer outro judeu, demonstrando sua crença pelo seu modo de viver através da educação que oferecem aos filhos, na medida em que celebram as datas nacionais e festivais próprios, na sua percepção de judaísmo enquanto manifestação cultural e não manifesto religioso.

Judeus seculares acreditam em humanidade, que homens e mulheres construíram nossos valores morais, que criaram D’s (ele próprio) com todas as leis e mandamentos que os religiosos se lhe delegam (à D’s).

Judeus seculares acreditam que a sua liberdade demanda lealdade aos valores do humanismo e que é segundo esses valores que cada ato, lei ou mandamento deva ser julgado e avaliado. Hilel, Elder e Kant encapsularam o conceito em máximas famosas: Não proferir ao próximo aquilo que não te desejas a ti mesmo. Nenhum homem deve se reportar a outrem como um meio, senão como à um fim em si mesmo. Um princípio ético ou terá aplicação universal ou será considerado antiético. Todos os valores morais deverão concordar ou serem derivativos destas três asserções formuladas. Mandamentos e leis religiosas não são valores senão regras que deverão ser avaliadas – e então aceitas ou rejeitadas – conforme se sustentem ou fracassem ao teste dos valores humanistas. Foi nesta escala de prioridades que os Profetas Hebreus classificaram justiça social sobrepujando a impecabilidade de rituais de sorte que Hilel poderia condensar “todo o conteúdo da Torah” nesta única percepção transcendente.

Judeus seculares humanistas, como todo ser humanista, acreditam que homens e mulheres não nasceram como tendo características humanas mas que, diferentemente, desenvolvem suas características de humanidade ao que estudam e absorvem esses valores humanistas que separam bondade de malevolência. (O D’s do Gênesis, conta-se, estava decidido que aos homens não competeria tal conhecimento. Somente graças à bem sucedida rebelião de Eva – ela comeu o fruto da Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal – foi que a humanidade adquiriu a noção humanitária dependente de moralidade, a semente da qual toda a cultura e civilização humana derivaram).

Este processo, em que homens e mulheres crescem em suas humanidades, invariavelmente acomete dentro de um contexto nacional do meio cultural em que vivem. De fato este é o único contexto possível dentre todas as outras culturas do mundo – a nacional. (Humanidade no entanto será o resultado final do processo tão somente se criarmos e educarmos as crianças contra o nacionalismo e o racismo). Crianças não podem se criar fora de uma cultura nacional, mas no entanto nada as impedem de conhecer e absorver mais de uma. Isto é o que distingue judeus israelenses dos judeus da diáspora. Judeus da diáspora são geralmente educados na linguagem e cultura do país hospedeiro, assim o que assimilam do seu contexto judaico comunitário – se absorvem de fato - é um adjunto ou complemento. Judeus israelenses, em contraste, crescem com uma única cultura judaico-isareli e o idioma nacional judaico torna-se vernáculo para todas as atividades, sejam as cotidianas até as ciências e as artes. (A cultura israeli- árabe/palestina e a israeli-druza constituem culturas nacionais separadas, quando senão parcialmente coincidentes).

Judaísmo é cultura pluralista e civilisatória de toda a Judeicidade, secular ou religiosa. Decorridos os 3 milênios de sua existência ela repetiu e se renovou, absorvendo empréstimos dos tantos outros vizinhos, conquistadores e anfitriões, de Sumérios, Canaanitas, Egípcios, Gregos, Árabes, Europeus, Americanos e outros. Em torno do 1º milênio da Era Comum, as influencias começaram a migrar no sentido oposto e a influencia do judaísmo – mediada pelo Islamismo e o Cristianismo – hoje se manifestam em todos os povos ocidentais. Nos últimos 1000 anos os préstimos e influencias entre as civilizações judaicas e não judaicas tem sido complexas e multi direcionais.

Por esta razão, Judeus seculares estão convencidos de que a educação em judaísmo deve abraçar um relacionamento com as outras civilizações e conformar a educação expandida para a cultura mundial das nações. Somente então os judeus atingirão os seus completo potencial de humanidade e de universalidade.

Nenhum dos objetivos do Judaísmo secular serão percebidos se seus membros não atuarem em “comunidades de cultura”, e de fato tais comunidades impulsionaram-se – em círculos judaicos germânicos na Europa ocidental, em centros Yidish na Europa oriental e na América, nos kibutzim e centros comunitários em Israel, e mais recentemente desde 1960 em chavurot (grupos de encontros regulares para atividades sócio-culturais) e em comunidades seculares humanistas e em sinagogas na Europa ocidental e América do norte

Uma atividade sócio-cultural deste tipo enriquece as mentes de pessoas em todas as idades. Experiências de primeira mão com literatura e arte judaicas, com festivais nacionais e suas celebrações de transição de ciclos de vida, acrescentam dimensões renovadas – a espiritualidade e a sensação de estar conexo com uma tradição nacional inter gerações, de legitimidade, assim para os grupos judeus dispersos em torno de qualquer lugar do mundo.
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Durante a Inquisição em Portugal devemos sempre lembrar alguns nomes de verdadeiros cristãos que, no meio do fanatismo religioso e da ganância, colocaram em risco suas vidas para salvar judeus - cristãos novos.

Uma dessas grandes e admiráveis personalidades foi o Padre jesuita Antônio Vieira , que não só foi um brilhante orador e intelectual cristão, mas um dos maiores críticos da Inquisição em Portugal.

Em seus muitos escritos ele descreve, de forma profética, a decadência do império português devido à destruição do Judaísmo em Portugal .
Antônio Vieira tentava de todas as formas abrir os olhos da corte e do clero português, sobre a grande importância da contribuição dos judeus ao desenvolvimento da humanidade, seja na ciência, na cultural e no comércio.
Tentava alertar sobre o perigo que a Inquisição levaria Portugal à sua decadência e ao seu auto suicídio econômico e cultural .

Seus alertas somente vão ajudar a aumentar a fúria dos inquisidores e Antônio Vieira será condenado e recluso em um colégio jesuíta em Coimbra .
Durante 3 anos estará preso, mas na primeira oportunidade foge para Roma e lá vai conseguir exílio e proteção do Papa.

Seu carisma e sua grande influência vão ajudar a conseguir uma das maiores proezas da história da Inquisição , onde ele vai convencer o Papa sobre os múltiplos abusos e injustiça de poder dos inquisidores, e com isso conseguirá parar pela primeira vez, durante sete anos, as atividades do Santo Ofício em Portugal .

Antonio Vieira morre na Bahia em 18 de julho de 1697, com 89 anos.
A sua memória será para sempre guardada!

Padre Antônio Vieira um grande exemplo de ser humano que defendeu sem medo o direito à liberdade e à dignidade dos judeus em Portugal .

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O Obvio do Rabino Zuma - Jayme Fucs Bar

Uma vez estavam reunidos ao lado do Mar da Galileia um grupo de alunos do rabino Zuma que o questionavam com perguntas e ele de imediato a respondia sem pensar muito:
- Quem é sábio?
- Aquele que encontra sempre algo a aprender com os outros - disse o rabino.
- Quem é forte?
- O homem que é capaz de dominar a si mesmo.
- Quem é rico?
- O que conhece o tesouro que tem: seus dias e suas horas de vida, que podem modificar tudo que acontece a sua volta.
- Quem merece respeito?
- Quem respeita a si mesmo e ama ao seu próximo.
Derrepente um dos alunos interrompeu ao Rabino Zuma e disse:
" Há Tudo isso que você diz são coisas óbvias"
O rabino Zuma olhou para o aluno e sorriu e disse:
" Voce está dizendo uma verdade é Por isso que esses Obvios são tão difíceis de serem observados - concluiu o rabino.
SHABAT SHALOM!

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Qual é o verdadeiro milagre de Chanuka? Jayme Fucs Bar

De todas as festas judaicas Chanuka é a mais recente dos nossos festejos, faz parte de um episódio que ocorreu em 160 a.C. , numa série de violentas lutas, guerras e emboscadas que vai durar 7 anos.
Essa revolta eclodiu como resposta aos decretos dos gregos da proibição da prática do judaísmo, e a comemoração de suas festividades e costumes, o templo não só foi saquedo mas também foi trasformado em um templo pagão com a imagem de Zeus dentro dele.
O Interessante é que a forma que comemoramos Chanuka hoje na tradição judaica é bem diferente do que foi comemorado durante o período dos Macabeus até a destruição do segundo templo em 70 D.c.
Sem querer mexer nas crenças que estamos acostumados em nossa atual tradição é importante entender que nas fontes históricas nos libros dos Macabeus que é reforçada nos escritos de Flávio Josefo não se relaciona em nada ao milagre do jarro do óleo de azeite que foi achado e que duraria para acender a Menorah somente um dia e durou oito dias.
A primeira referençia que temos sobre essa tradição do jarro de óleo de Azeite e do milagre se encontra no Sec. II no Talmud da Babilonia.
Essa referência aparece pela primeira vez dessa forma numa Pergunta Curta!
O que é Chanuka?
Assim responde o rabino Shano Rabbanan:
" Os dias de chanuka são oito… Quando os macabeus entraram no templo, e ele foi purificado… eles examinaram e encontraram apenas uma jarra de óleo… não tinha quase nada nela, exceto para acender um dia. Um milagre foi realizado e eles o acenderam por oito dias.”
Então qual é a verdadeira história de Chanuka?
Porque comemoramos 8 dias?
Chanuka que quer dizer (Inauguração do altar) foi renovada por Yeuda Macabeu e seus irmãos e para celebrar esse evento de terem conseguido a reconquista de Jerusalém e do Templo, será ordenado 8 dias de festejo em lembrança a sucot que por proibição dos gregos não pode ser comemorado naquele ano.
Essa é a verdadeira origem de Chanuca a Festa da Reinauguração do templo e a dedicação por oito dias de festejos em homenagem a sucot.
As celebrações de Chanuka descritas aqui são completamente diferentes do que conhecemos hoje em dia. Imaginem que nesse tempo antes do fim da autonomia judaica se celebrava Chanuka sem acender as oito velas e ao contrário seguravam nesse dia as quatro espécies da festa de sucot em suas mãos!
Eu sei ser meio confuso, mas acredite ou não era assim que os macabeus comemoraram esse feriado de Chanuka (reinauguração do altar.), Além disso, não há uma única palavra aqui a respeito do milagre da jarra de óleo e as lamparinas.
Porque os sábios do Talmud da Babilonia criaram essa tradição?
O judaísmo que vai sobreviver depois da destruição do segundo templo estará ligado a linhagem dos Fariseus. Os sábios do Talmud provavelmente criaram essa historia de milagre por motivos teológicos e de certa forma pelo seu grande desprezo pelos saduceus aliados dos macabeus que vão dominar o trabalho de templo até a sua destruição em 70 D.c..
Os nossos sábios serão sérios críticos ao processo de Helenização que vai acontecer com os descendentes dos macabeus que não somente abandonam os , ideais conquistados e sim se tornam parte integral do mundo da cultura Helenista, e o pior no final vão levar a toda a Judeia em uma guerra civil, devido a disputa do poder entre dois irmãos e em consequência a intervenção militar dos romanos e o fim da autonomia judaica na terra de Israel.
O que parece que os sábios judeus sabendo a verdadeira história dos descendentes dos Macabeus estarão fartos dos assuntos de estado ou políticos representado por essa dinastia Macabeia já bastante corrupta e Helenizada que se autodenominavam como Reis de Israel sem pertencerem à casa de Davi.
Outro fato bastante inaceitável pelos nossos sabios, foi que na primeira vez na história judaica os reis Macabeus, vão converter a força ao judaísmo outros povos da região entre eles os Edumeus.
Então, o que é Chanuka?
Talvez a explicação que pode ser oferecida para essa questão, que Chanuka atual foi criado pelos sabios do Talmud na necessidade da nossa sobrevivência de se adptar ao mundo e as mudanças que serão impostas para dar continuidade da existência cultural e religiosa do judaismo na diaspora.
A Necessidade de criar a história do milagre do jarro de óleo e o mandamento de acender as velas será uma reação das novas gerações que tiveram que lidar com a preservação do feriado sem o templo e sem a independência política alcançada pelos Macabeus .
É até possível que por algum tempo a festividade de Chanuka tenha ficado quase esquecido no coração do povo judeu.
Então como resgatar essa tradição sem o Templo?
Após a destruição, os sábios iniciaram um complexo processo de aprofundamento e restruturação da essência de muitos mandamentos judaicos criando tradições, dentro de uma nova realidade que vai nos ajudar a aprender a sobreviver na diáspora, longe do centro religioso, cultural e o espaço nacional que existia antes da sua destruição.
Chanucá, a partir desse momento será uma festividade que fará nos lembrar das ameaças que surgirão , ou talvez um aviso aos desafios que o judaismo terá que enfrentar durante 2000 anos e com isso a necessidade de acreditar em milagres e numa força divina que venha nos salvar .
Assim foi criado o imaginário da jarra de óleo de azeite, nada mais que um um alerta que nos faz recordar a cada ano durante 8 dias que nos momentos mais difíceis sempre haverá uma luz de esperança para iluminar os nossos corações.
O verdadeiro milagre de Chanuka é que a luz do judaismo está viva até os dias de hoje!
Com o movimento sionista e o surgimento do estado de Israel vai ser criado uma nova versão moderna da festividade de Chanuka, vai colocar o milagre da jarra de azeite um pouco de lado e enaltecer o heroísmo, a luta pela liberdade e o restabelecimento da nação judaica.
Curioso , que em todos os Kibutzim em cima do silo o local mais alto do Kibutz tem sempre uma Chanukia, simbolizando a conquista e o restabelicemento do povo judeu na terra de Israel.
Chanuka Sameach!
Fonte:
חג החנוכה: בין הסיפור ההיסטורי לסיפור אגדה ד"ר עידו חברוני
חג החנוכה ונס פך השמן: תלמוד בבלי, מסכת שבת,
ספר מקבים א : מבוא, תרגום ופירוש - מטח

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Bracha para as luzes de Chanuka

Na Tradição judaica em Chanucá, as luzes das velas, são acesas em todos os lares judaicos para celebrar os acontecimentos daqueles dias, onde quando lutamos pela liberdade contra a Tirania os caminhos de Israel são sempre iluminados por uma mensagem eterna de esperanças não somente para si mais para toda a humanidade.

Em Chanuka devemos acender cada dia uma Vela e em cada vela deveremos realizar uma prece de esperança.

" Bendito seja as luzes de Chanuka, que suas luzes possa iluminar toda a humanidade trazendo a esperança de paz e coexistência entre povos,culturas e nações"

"Bendito seja as Luzes de Chanuka que possa iluminar a cada lar trazendo o amor e compreensão"

"Bendito seja as luzes de Chanuka que possa iluminar um caminho de esperança e de justiça a todos os desabrigados, flagelados, e famintos neste mundo"

"Bendito seja a Luz de Chanuka que possa iluminar a escuridão das trevas das guerras e da violência."

"Bendito seja a luz de Chanuka que possa iluminar nosso mundo espiritual de sabedoria e amor ao Proximo"

"Bendito seja a Luz de Chanuka que possa iluminar e trazer a paz e o fim do conflito entre Israel e os Palestinos"

"Bendito seja as luzes de Chanuka que possa iluminar e trazer o nosso respeito e a conservação a mãe natureza."

"Bendito seja a luz de Chanuka que possa trazer a luz espiritual para nossas vidas,iluminando o amor entre casais o amor entre pais e filhos o amor entre amigos.

Chanuka Sameach!

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Ibn Yahya - O Cavaleiro Negro

Ibn Yahya - O Cavaleiro Negro
Jayme Fucs Bar
Quando visitei Portugal pela última vez e estava passeando pelas lindas muralhas da aldeia de Óbidos, um de seus moradores me contou sobre uma pequeno e esquecido lugar bem proximo de Obidos de nome "Aldeia dos Negros"
Esse nome me chamou atenção principalmente pelo morador me dizer que era a aldeia dos judeus "Negros" e isso aumentou ainda mais a minha curiosidade e fui a procura de informações e vejam o que descobri.
Muitos anos antes da inquisição no principio do seculo XII vai surgir na historia de Portugal um dos heróis de sua independência de 1139 o Judeu Ibn Yahya Ben Rabbi homem de confiança de D. Afonso Henrique que foi o seu fiel conselheiro e chefe das finanças.
Ibn Yahya Ben Rabbi também tinha o apelido de Yahya "o Negro", por ter sua pele muito morena pois sua origem era dos judeus da antiga babilônia, não se sabe muito as causas porque vai abandonar os muçulmanos para prestar seus serviços e fidelidade a D. Afonso Henrique.
Se sabe que Yahya dominava vários idiomas entre eles o árabe e sua cultura e isso vai servir de grande ajuda aos portugueses, Yahya vai ter um papel fundamental na independência de Portugal não só como estrategista político e sim vai ajudar a financiar as forças de D.Afonso Henrique na luta contra os Mouros ,por seus serviços vai ser nomeado para o cargo de chefe das finanças, e por reconhecimento de sua fidelidade e bravura será aclamado com titulo de Dom Yahya atribuindo lhe terras e o brasão de "Senhor da Aldeia dos Negros " e seu filho Ben rabbi Ibn Yahya será o primeiro rabino Mor de Portugal.
Portugal antes da inquisição por ironia será o país em toda Europa onde os judeus terão muitos direitos e regalias inclusive o poder de ser donos de terra e até título de fidalgo.
Durante 4 gerações a família e os descendentes de Ibn Yahya terão um grande papel na vida de Portugal, até que Portugal seja dominado pelo fanatismo e a ganância religiosa, a bestialidade da inquisição não só vai acabar com o judaísmo portugues mas em consequência vai levar essa grande nação a ficar por muitos séculos adormecida na sua própria escuridão.
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Formação do grupo de estudos  pela Zoom .
Tema : Introdução a História do Sionismo
Encontro: Segundas Feiras - 23,30, Novembro -  7,14 e 21 Dezembro
Horário de Brasilia  : 18:00 horas
Professor: Jayme Fucs Bar
Preço: 150 reais  ou 25 Euros pelos 5 modulos 
Minimo 5 pessoas
Inscrições até Domingo  dia 22.11 
* Pagamento por trasferencia bancaria a ser enviado no ato das Inscrições
Módulos de Estudos:
23.11  Status dos judeus na idade média
30.11 A revolução francesa e a emancipação judaica.
7.12 O surgimento do nacionalismo judaico Hertzl
14.12 As estrategia do movimento Sionista
 21.12 pensadores Sionista - Rav Kook, Bororchov, Jabotisky, Had Ham , Gordon. .
Inscrições: Enviar pelo Whatsapp
00972507677948
Seu Nome completo e escrever
" favor me escrever no grupo de estudo Introdução ao Sionista "
O ID de cada encontro pela Zoo será enviado pelo Whatsapp.
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Sion não é palavrão! Jayme Fucs Bar

Devido ao meu ativismo nas redes socias como judeu sionista secular humanista, com uma posição clara de esquerda, recebo todos os tipos de mensagens no meu particular; a última que recebi me despertou uma grande curiosidade.

Alguém me questionou como eu podia ser um judeu humanista e me definir como sionista. A princípio não entendi a pergunta, mas parei para pensar e me surgiu a ideia de perguntar à pessoa o que, em sua opinião, era o sionismo e ele respondeu: "Sionismo é um movimento racista, militarista de ocupação, destruição e extermínio do povo palestino"

Incrível! Como pode com o tempo uma palavra se tornar tão deturpada que perdeu completamente o contexto da realidade.
Voltei à pessoa e perguntei se ele era a favor de que todos os povos da humanidade tivessem o direito de autodeterminação nacional ele de imediato me respondeu: "Claro que sim!”.
Então respondi: "Meu amigo, estou feliz em saber que você também é sionista!”. Acredito que a pessoa do outro lado pulou! E tentei explicar!

Se todos os povos da humanidade têm o seu direito de autodeterminação nacional como: palestinos, curdos, tibetanos, chechenos, bascos, etc... por que não os judeus, que são um povo milenar, não teriam também esse direito de autodeterminação nacional?

Pois o Sionismo é o Movimento Nacional do povo Judeu. Esse movimento faz parte de um processo histórico milenar, seus laços entre o povo judeu e a Terra de Israel são inseparáveis!

No Movimento Sionista existiram, como em todos os movimentos nacionais, tendências políticas e ideológicas diferentes como liberais, sociais-democratas, socialistas, comunistas, religiosos, etc.

As pessoas estão tão confusas e com seus cérebros congelados com tantas desinformações e manipulações que não sabem definir entre realidade e “fantasias” e os vários “Israéis” imaginários que elas criaram.

Incrível, como as pessoas têm dificuldades de entender, saber e aceitar que você poder ser Sionista, amar Israel, servir seu exército, lutar em suas guerras e ser ativamente contrário ao atual governo de direita de Israel, ou ser Sionista e apoiar a (criação) do estado Palestino ao lado do estado de Israel, etc...

A estupidez é tão generalizada, que esta pessoa, nesse diálogo até meio surreal me disse: “Mas quem criou o Estado de Israel foi o Imperialismo Americano e Inglês!”

Uau, como estou cansado de ouvir essa bobagem!
Eu respondo já numa ironia típica de um israelense!
Imperialismo? Ah, sim, é verdade!

O Estado de Israel realmente existe graças ao imperialismo, mas não dos americanos ou dos Ingleses e sim dos soviéticos
O cara parece que caiu da cadeira do outro lado!

O bloco soviético e seus aliados foram os que votaram em massa na ONU pela criação do Estado de Israel, os "imperialistas” americanos ficaram em cima do muro e no final, na última hora, votaram a favor, devido à pressão da comunidade judaica americana; e o grande imperialismo inglês deu o voto de abstenção, mas apoiou com armas os árabes.

A Guerra de Independência de Israel foi e é até hoje considerada a pior e a mais cruel de todas as guerras que Israel teve que enfrentar, Israel não tinha a estrutura militar e econômica que tem hoje em dia, sua população era de 650 mil judeus e muitos eram refugiados recém chegados do Holocausto e no final dessa terrível guerra haviam morrido quase 7% da população judaica desse recém criado Estado de Israel.

E sabem quem apoiou com armas nesse momento crucial da independência de Israel? – perguntei ao meu companheiro do outro lado. Foram os russos! As armas chegaram da República Socialista da Checoslováquia.

O rapaz penso eu, achou que eu estava inventando História, mas quem quiser saber dos fatos é só pesquisar! Pedi a ele, com todo respeito, para parar de acreditar em fantasmas que foram criados para ele e talvez para milhões de pessoas viverem numa eterna escuridão.

“Sion" de onde deriva o nome sionismo – o Movimento de Libertação Nacional do Povo Judeu – não é nome feio nem palavrão. Sion aparece nada mais que 150 vezes na Torá, definindo o local onde se encontrava o Templo e a cidade de David.

O Movimento Sionista foi para muitos judeus a resposta política clara para a situação de suas eternas lutas para sobreviver às opressões, perseguições, inquisições, pogroms, antissemitismo e a tentativa de seu total extermínio como aconteceu no Holocausto.

Em 14 de Maio de 1948 o Estado de Israel se torna uma realidade, porém é importante citar um acontecimento anterior, que foi o Primeiro Congresso Sionista, e isso aconteceu em 1897 em Basiléia, na Suíça. Nesse local se reuniram 197 delegados representando diversas comunidades judaicas do mundo, nesse encontro Histórico foi vista a bandeira Azul e Branca com a estrela de Davi e cantado o Hino HaTikvá pela primeira vez.

Assim, muito emocionado, se expressou o delegado Ben Ami:

“E no dia 29 de agosto de 1897, os delegados se reuniram no salão de reuniões com expectativa, temor e emoção. Hertzl sobe ao palco tranquilamente…. O salão se enche de uma vibração, como se acontecesse diante dos nossos olhos um milagre histórico. Era como se o grande sonho de nosso povo, durante dois mil anos, estivesse se realizando nesta hora e que à nossa frente estivesse o Messias, filho de David”. Ver menos

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Às Sete Maravilhas do Mundo! Jayme Fucs Bar

As vezes, as nossas preocupações, os nossos medos e as nossas incertezas tomam conta do nosso interior e isso faz nos afogar em pensamentos e em muitas vezes até em depressões.
Eu descobri um bom remédio! Que me ajuda muito! Que é no final da tarde aqui no Kibbutz Nachshon observar o por do sol, e contemplar as montanhas de Jerusalém e as grandes árvores que existe em minha volta e no final agradeço ao criador pela vida!
Procuro fazer esse ritual quase que diário, e isso me ajuda muito a recompor as energias e olhar para a nossa realidade por um prisma diferente e entender que tudo isso que estamos vivendo é nada mais que uma passagem, que nos oferece um grande aprendizado.
Isso me fez lembrar de um conto judaico que uma vez ouvi e esqueci, mas talvez por essa razão ele veio de volta as minhas lembranças e quero compartilhar com vocês!
Um dia um sábio Judeu estava com seus alunos no lago da Galileia,era final da tarde, onde pequenos raios de sol caiam sob as águas como se fosse petulas douradas, o seu brilho iluminava as grandes colinas do Golan, e as gaivotas voavam sobre as águas anunciando a chegada de um cardume, o vento trazia um suave cheiro das flores silvestre.
Tudo era lindo e perfeito !
O coração do sábio Judeu se encheu de Amor, que o levou a se desconectar por alguns minutos do tempo, e quando regressou no seu rosto escorria uma lágrima de tanta felicidade! E ele agradeceu ao Criador por tanto esplendor!
O Sabio Judeu olhou em sua volta e percebeu que seus alunos estavam dispersos sem ter a possibilidade de se conectar com aquele momento mágico e chamou a todos para sentar ao seu lado e perguntou!
“ O que seria para voces às sete maravilhas do mundo? “
Cada um pensava e dizia em voz alta uma das Maravilhas!
Jerusalém! O Muro das Lamentações! , As sinagogas de Sfat!, As Piramides do Egito!, As muralhas da China!, A Tumba dos Patriarcas!, Taj Mahal!, Tumba de David!, A Torre Eifel!, Estátua da Liberdade! etc…
O Sabio Judeu ficou em silêncio e disse:
– " Olhem em sua volta e observem em total silêncio às sete Maravilhas do Mundo".
1. VEJAM essa maravilha que o Criador nos deu!
2. OUÇAM essas lindas gaivotas!
3. TOQUEM sua mão nessa terra que vocês estão sentados!
4. SINTAM o gosto doce dessas águas!
5. CHEIREM o perfume das flores silvestres!
6. SORRIAM de Felicidade, pois a Vida é Bela!
7. E AMEM o próximo como a si mesmo!
O silêncio prevaleceu!
A Grande sabedoria é que devemos apenas respirar, sorrir e observar essas Maravilhas que estão presente em nossas vidas e que em muitas vezes esquecemos de valoriza-las.
Shabat Shalom!

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Nesses últimos tempos tenho observando o triste processo politico que estamos vivendo em Israel e com certeza em vários lugares do mundo entre eles no Brasil, me fez pensar muito numa das personalidades que muito admiro que é Prof. Yeshayahu Leibowitz, que nunca soube como realmente defini-lo um cientista, um rabino, um sábio ou um profeta , talvez ele foi em vida um pouco de tudo isso.
Na verdade, fico até meio inibido e com muita humildade escrever esse artigo, pois estou muito longe de ser um grande entendido sobre esse grande homem que somente com o tempo e a idade comecei a aprender a compreender Leibowitz quando descobri que a muitos anos eu o compreendia dentro do meu olhar como um judeu humanista e descobri que o pensamento dele era, mas complexo do meu entendimento, na verdade não tinha compreendido nada!
Leibowitz. sempre esteve totalmente conectado com uma visão puramente judaica religiosa à crença na totalidade absoluta do monoteísmo maximalista, visão judaica pouco conhecida por muitos, que entrava constantemente em choque e contradição com muitos valores das correntes judaicas religiosas tradicionais e com a própria sociedade israelense, Leibovitz não foi somente um crítico da direita nacionalista mas também foi um desespero para as correntes religiosas e um, tapa na cara dos socialistas trabalhistas. Ninguém e nada escapava das críticas e dos seus discursos diretos e profundos.
Ele alertou de forma muito clara sobre o perigo e as consequências da ocupação de Israel aos territórios de Judeia, Samaria e Faixa de Gaza em 1967 e isso aconteceu no período do governo trabalhista, e veja o seu pronunciamento que talvez ajude a esclarecer as ideias profundas de Leibowitz que muitas vezes vai além da nossa compreensão.
“Quando uma pessoa ou um grupo de pessoas acreditam que o Estado, nação, pátria, segurança, etc. são valores supremos, e a lealdade deve ser incondicional e onde esses valores sãos uma necessidade absoluta e se tornando uma santidade — ele torna essa gente capaz de realizar todos os atos de abominação aos interesses destes sagrados ideais, sem remorso! Isso é válido não só para o povo alemão, mas para todos os povos do mundo e a qualquer pessoa, até mesmo para grupos de judeus que em seus atos se vem como a apoteose do país" …
Para Leiboviwtz no Judaísmo a vida é coisa mais sagrada e não à terra, a pátria ou a nação. Essa visão esta totalmente ligada ao Conceito do Monoteísmo maximalista onde ele nos dizia que existe seres humanos que se comportam como Deuses em nome de ideias “ santificadas” e independente de suas origens podem transformar suas ideias e seus líderes em religiões. Leibowitz sempre nos alertava sobre o perigo desses pensamentos que pode levar a qualquer povo inclusive aos judeus a se comportarem como fascistas.
Um dos grandes Legados de Leibowitz foi a sua coragem de alertar a nossa consciência judaica e humana desse perigo e essa é a sua grandeza que considero esse homem um profeta dos tempos modernos.
Leibowitz tinha a capacidade de ver o mundo na ótica do olhar judaico maximalista , que apesar de negar ser um grande humanista, foi, e sempre será um exemplo de um grande ser humano.
Para muitos, ultra nacionalistas, religiosos, liberais, socialistas, etc… As palavras de Leibowitz sempre feriu como se fosse uma faca pontuda, ele não perdoava ninguém de uma severa crítica,mas se você não tivesse medo e desejava ouvir e aprender algo novo em sua vida, ou melhor encontrar uma luz na nossa escuridão e se libertar,essa era uma boa oportunidade!
Leibowitz diferente de muitos observa o mundo judaico com um olhar totalmente diferente do comum, por isso que suas palavras sempre nos machucava, pois ele tinha a capacidade de nos fazer espelhar em nossos próprios rostos, e nos ver em nossa total nudez , a nudez do medo e das incertezas! Que para ele é era, na verdade,o espectro do fascismo existente em cada um de nos.
Isso me faz lembrar uma magnífica frase que escutei de um outro mestre que venho aprendendo muito o Psicanalista Paulo Blank que diz que “ O Fascismo é a condição natural do homem, e compete a cada um de nos combate - lo "
Leibowitz em sua crença ao monoteísmo judaico maximalista mostrou essa sua fidelidade, em uma de suas conferências que enchiam as salas por todos os lados ele falava de forma apaixonante e com muita clareza sobre o mundo da ciência e as grandes pesquisas que estavam descobrindo muitos dos segredos do universo e da vida. Mas, de forma surpreendente como sempre foi Leibowitz quando estava prestes a finalizar a conferência, ele pegou o apagador e apagou tudo que tinha escrito no quadro, as pessoas ficaram sem entender nada, e ele declarou que tudo isso era sem sentido e que seres humanos jamais seriam capazes de aprender todos os segredos da Criação. Tudo que existe nesse mundo é trabalho de Deus, e disse, compreender os caminhos de Deus, está além da nossa capacidade humana e assim terminou a conferência.
Ele criticava qualquer tipo de idolatria, onde criou uma grande polêmica principalmente no mundo religioso quando chamou de Idolatria todos aqueles que iam " rezar" no muro das lamentações – Kotel em Jerusalém e colocavam seus papelzinhos. Ele dizia " Discoteca do Muro!" " Idolatria!"
Imaginem quantos milhões ou talvez bilhões de pessoas ele ofendeu! Mas esse é o Homem! Assim ele falava sem " Papa na Língua" as coisas para ele eram claras e profundamente Judaica . E quem não gostava ele não estava nem ai, para as críticas e as duras palavras que se referiam a ele!
Quem não foi ao Muro – Kotel fazer um pedido ou colocar seu papelzinho! Eu fui, e vou e todos vamos! Mais se queremos aprender a entender o conceito de Leibowitz do que ele se refere a um monoteísmo Maximalista ele tem razão. Isso é idolatria, pois para ele o Muro o Kotel é tão sagrado como a sua casa ou qualquer lugar no mundo, pois tudo que existe nesse mundo é criação de Deus e não existe um lugar mais sagrado que o outro, é lógico que ele entendia a importância histórica, cultural e religioso do Muro — Kotel e as suas pedras que restou do segundo templo, mas para Leibowitz era inaceitável ver esse lugar como o mais sagrado .
Eu chequei em Israel em 1982 e depois de um ano em Israel o Celso Garbatz que era amigo e educador de um grupo da escola secundária dos Kibutzim da região me convidou para ser Madrich (Monitor) de um grupo de adolescentes de 15 -16 anos e nesse trabalho aconteceu uma tragédia no grupo escolar uma menina se suicidou em casa e isso foi um abalo muito grande na escola , não sei exactamente como, mas o Celso conseguiu marcar um encontro na casa de Leibowitz em Jerusalém, eu não tinha ideia quem era essa figura, na verdade um Figurão!
E não tinha suficiente conhecimento de hebraico para entender tudo o que foi dito lá , somente me lembro que o encontro com o grupo escolar foi para falar com ele sobre o suicídio trágico que aconteceu ,e me lembro o que, mas me impressionou foi entrar na sua casa e ver a simplicidade e a forma espontânea que nos recebeu, onde sua casa estava sempre aberta ao publico em geral.
Lembro dele sentamos na sua sala que era uma grande biblioteca com livros espalhados por todos os lados, e ai estávamos todos sentados e depois de uma pequena apresentação, acho que o Celso perguntou o que ele tinha a dizer sobre a morte da menina do grupo que de forma trágica se suicidou ele a princípio disse que lamentava muito sobre isso, mas de repente do seu estilo especial de ser e da sua forma exótica de se expressar deu um Grito onde ele disse algo assim “ Vieram até aqui falar de Morte! Eu somente falo de vida, pois a morte é a única coisa certa", mas acrescentou “ Só o corpo de uma pessoa morre, mas a pessoa se assim vocês desejarem continuará a existir para sempre"
Yeshayahu Leibowitz morreu em 1994, mas ele continua a existir em nossos corações para sempre!

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Tradição

Numa pequena cidade ucraniana, por volta de 1876, Salomão Rabinowitz foi entrevistado por um rico proprietário de terras judeu para a posição de professor particular. O potencial empregador queria sobretudo saber se Rabinowitz tinha estudado a passagem bíblico sobre as filhas de Zelofeade: "Sim, senhor", respondeu o licenciado de 17 anos.

O que o magnata estava tentando descobrir era se o jovem Salomão seria o professor certo para a sua filha e netas: Rabinowitz conseguiu o emprego.

Dezanove anos depois e pelos 21 anos seguintes, escrevendo sob o pseudónimo "Sr. Como você está?", o outrora tutor deixou sua marca como um dos escritores judeus modernos mais reconhecidos. Ao compor o que viria a ser a sua composição principal, o "Mark Twain judeu" aplicou as lições aprendidas sobre as filhas de Zelofeade.

Quando suas histórias de "Tevye o leiteiro” se tornaram o primeiro teatro musical da história a superar 3.000 apresentações sob o nome de “Violinsta no Telhado, como Shalom Aleichem – ("Sr. Como você faz ”)- é amplamente conhecido- transmitiu a lição das filhas de Zelofeade.

O " Violinista no Telhado ", em efeito, abre com Tevye exclamando:

"Tenho cinco filhas", e, assim, sugerindo desde o início uma associação com Maala, Noé, Hogla, Milca e Tirsa, as cinco filhas de Zelofeade.

O facto de conhecermos os nomes de cada uma destas cinco mulheres bíblicas é, por si só, notável. De fato, o quarto livro da Torá faz questão de repetir seus nomes individuais duas vezes, enfatizando que essas não são apenas as filhas de seu pai, Zelofeade, mas também suas próprias pessoas.

Elas conquistaram esse respeito planejando uma ação oportuna e corajosa para aparecer diante do que seria o equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça de hoje. Cada filha argumentou uma razão diferente que desafiava a injustiça de permitir que apenas os filhos, e não as filhas, herdassem dos seus pais. 

Apesar do seu alarmante desafio à tradição, centenas de anos mais tarde os sábios judeus ainda elogiariam a sua motivação para estabelecer a justiça, a sua sabedoria na apresentação do caso, e a sua capacidade de compreender o propósito das leis.

A sua lição é que não é apenas a justiça de uma causa, mas o espírito de solidariedade, a compreensão da lei e a forma como é apresentada que explica a mudança bem-sucedida de situações jurídicas que são injustas.

O mundo do Sholem Aleijem, como o das filhas de Zelofeade e de muitos outros entre eles e depois deles, enfrentavam condições imorais, se não mesmo completamente odiosas. As filhas de Zelofeade, como as de Tevye, enfrentaram estas circunstâncias com sabedoria e a convicção de que a sua causa era justa.

As filhas de Tevye reagiram às leis que encorajavam a pobreza, a discriminação, a desigualdade, a divisão, e a complacência com coragem e articulação clara dos problemas que enfrentavam.

No início do " Violinista no Telhado ", durante o que é chamado o Prólogo Musical, todos cantam "Tradição". Mas é aí que começa o " Violinista no Telhado," e não onde termina.

As filhas de Tevye, como as filhas de Zelofeade, como os judeus do século XXI, não estabelecem a sua ligação ao judaísmo por causa da sua antiguidade, mas sim na medida em que o judaísmo contém ideias valiosas. O tipo de ideias que podem subscrever e com as quais podem enfrentar as injustiças, muitas das quais são o resultado de mudanças nos tempos em que cada geração vive.

Da mesma forma que o " Violinista no Telhado " canta " Tradição ", ele também canta "Para a vida", "Lekhayim".

O valor da tradição reside apenas na sua capacidade de fomentar a vida. A tradição não é uma desculpa para a preservação de um passado que impede o futuro.

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O Lugar que tenho maiores saudades de estar nesses tempos de Corona em Israel é Sfat, não sou religioso e nem místico, mas não sei explicar sempre que estou em Sfat algo acontece, o que comecei a perceber com minha intuição que certas pessoas que vivem nesse lugar chamado Mekubalim (cabalistas) sempre estão conectados com outro pronto a intervir em várias situações que você não pode imaginar e nunca sabe de onde vem!
Situações que nos parece algo do cotidiano se transformam em dádivas de Luz, elas vem sempre desses Mekubalim que poderíamos chamar de Magid ( Magos) eles estão sempre prontos para intervir como forma de ajudar o outro , a se conectar com a sua neshama (alma) que é esse nosso interior meio perdido com o tempo e desconectado com a criação.
Para essas pessoas se conectar com o outro o diferente para dar uma luz, é como se fosse uma troca, pois no ato que voce recebe essa luz ele recebe (Cabala) tambem uma outra luz.
Essa luz que ele dá ao outro o ajuda evoluir o seu interior é como se estivesse galopando numa carruagem de luz (merkava) que sobe nas escalas mais elevada para encontrar mais luz. Essa Luz eles chamam de sod (Segredo) ,e cada vez que um segredo é revelado, se abre uma nova porta para se descobrir um novo segredo quando mais segredos são revelados maior é a luz que se tem no seu interior.
Tenho dezenas de exemplos e situações para contar que vivenciei em Sfat com esses Mekubalim, que dá para escrever um livro, conto para vocês uma situação curiosa que me fez ri muito e também pensar.
Estava a alguns anos atras passeando com 3 mulheres divorciadas, que resolveram se ajuntar para passear em Israel, chegando Sfat estávamos sentados em frente a loja das velas perto da sinagoga do Yzaak Luria, estava contando para as mulheres sobre a Historia de Sfat e de repente passa ao meu lado um desses Mekubalim, (Cabalistas) com uma barba bem longa, e fica olhando para as 3 mulheres como se estivesse radiografando cada uma delas, essa situação me incomodou muito, pois no meio da explicação alquiem para em silêncio ao meu lado e fica olhando para as mulheres, parei no meio das minhas explicações e perguntei em hebraico
- “o Sr.sabe português?”
Ele ainda compenetrado nas mulheres me disse - “ Não! Eu estou observando que essas mulheres vieram aqui para Israel não para passear”!
Eu ri e perguntei “ Mas então o que elas vieram fazer aqui em Israel”?
Ele me respondeu “ Vieram procurar um bom marido”!
Eu não aquentei dá forma que ele respondeu e dei um rizada contagiante!
Nessa situação as mulheres já com muita curiosidade me perguntaram o que esta acontecendo? Do que você esta rindo dessa maneira?
E eu respondi "vocês me perdoem a intromissão na vida pessoal de vocês, mas ele disse que vocês vieram para Israel não para passear e sim procurar um bom marido"!
As Mulheres cairão na gargalhada de felicidade de certa forma confirmando o que disse esse homem vidente.
Ele, mas uma vez me interrompeu e me disse: “ Fala para elas que quero dar uma bracha ( Benção) para cada uma delas que vai ajuda-las encontrar um bom marido, ou aqui em Israel, ou la’na terra delas”.
De imediato as mulheres concordaram e ele pediu para as mulheres colocarem um lenço na cabeça e ele sem a toca las fez uma bracha (Benção) para cada uma e disse que agora ele podia ir embora, uma delas tomou a iniciativa de querer dá um dinheiro de gratificação a ele que se recusou e disse
" Dá uma Bracha ( Benção) para ajudar uma pessoa é a minha obrigação! Não tem nada a ver com dinheiro” e continuou o seu caminho.
Eu sei que vocês estão perguntando! Se Elas conseguiram um bom marido?
Eu não sei, mas acredito que somente a intenção, a intuição e o jeito especial de se conectar com elas de forma de trazer o bem as fez levar para suas casas uma luz que elas receberam e pode com certeza ajuda las a encontrar um bom marido!
Eu não entendo nada de Cabala, mas aprendi com a vivência com esses Mekubalim que não adianta você somente estudar a Cabala se você não tem uma prática desses ensinamentos Isso quer dizer se você não sabe se conectar para desvendar o ( sod) o segredo” significa que você, não esta, preparado para praticar a Cabala!
Os Mekubalim conseguem colocar em foco o próximo em suas vidas e estão constantemente conectados com o outro para poder aprender através de uma boa ação o desvendar de um novo segredo que no pensamento da Cabala, vai proporcionar o aparecer de um novo segredo e esse processo é sem fim.
Já houveram Mekubalim no passado que usaram a Cabala da Magia para tentar descobrir sobre todos os segredos da vida simplesmente enlouqueceram ou até se suicidaram!
Jamais será possível descobrir todos os segredos da Vida, mais cada segredo descoberto abre uma nova porta elevando a alma e o espírito . A Cabala não é como muitos pensam um ensinamento sagrado. É sim o ensinamento de descobrir o segredo.
Espinosa em seu tempo entendeu que a forma de você se conectar com o ÚNICO é possível através da existência de tudo que seja a sua criação,observar e contemplar com atenção tudo que está em sua volta é isso que nos ajuda a se conectar, e revelar o segredo (sod) .
Em nossos tempos os nossos olhos e os nossos corações deixaram de observar e valorizar as coisas elementares da criação, seja uma flor, um pássaro, uma criança , uma montanha, um idoso,uma lua cheia ou um por do sol. Estamos vivendo um momento de transição em nossas vidas e a Corona parece que vem nos ajudar a quem desejar a compreender a observar e se conectar com a Criação.
Esses Mekubalim que encontro em Sfat não somente são grandes estudiosos mas o importante para eles é chegar a um alto nível de consciência e evolução espiritual humana , onde tem a hochma (sabedoria) de saber estar sempre conectado com o outro e tudo que está em sua volta.
Eu não tenho como explicar em palavras esses acontecimentos que tenho a dadiva de observar e sentir em minhas caminhadas em Sfat e como sabiamente está escrito no Zohar “Sim! Eu sabia essa verdade o tempo todo! Meu coração sabia, mas minha boca era incapaz de expressá-la!”
Para finalizar conto mais uma dessas Historia curiosas que acontecem comigo em Sfat
Um dia estava com uma familia e tinha um menino de 12 anos e estávamos na sinagoga de Yzaak Luria na saida já caminhando o menino me comentou –" Jayme essa sinagoga não tem uma Mezuzá na Porta?
Eu que já entrei nessa sinagoga centenas de vezes respondi com toda a segurança!
“ Claro que tem"!
O Menino insistiu, o que me levou a curiosidade de voltar com ele de novo até lá! Olhei para a porta dessa importante sinagoga e de verdade não tem uma Mezuzá, algo que nunca tinha observado!
Minha curiosidade aumentou e fui até um dos Mekubalim e perguntei
" Desculpa mas, porque Não tem Mezuzá na entrada da Sinagoga?
O Mekubal de forma direta me disse "Não precisa"!
Eu exclamei, "Mas Por quê"?
E ele me respondeu " È, porque você esta dentro da Mezuzá"!
• Mezuzá ("umbral") é um mandamento da Torá que ordena que seja afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém as duas passagens da Torá, "Shemá" e "Vehaiá"

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A Onde Mora Deus – Jayme Fucs Bar

Há um conto Hassídico,que um Dia o Rabino Kotzk fez a seguinte pergunta aos seus discípulos " A Onde Mora Deus?
Cada um fez a sua reflexão e comentários! Um disse " Deus mora em todos os lados" Outro exclamou " Deus mora dentro de cada um de nos" O outro " Deus mora nas sinagogas e nos lugares sagrados" o Rabino Kotzk sorriu e disse " Deus mora no lugar a onde você deixa o entrar!"
Como sempre esses tesouros dos contos e parábolas do Talmude nos faz sempre a refletir e pensar! Isso me levou a questionar : Deus caminha junto de nós seres Humano?
Lendo o livro do Bernardo Kliksberg " Eu e Meu Judaismo" Achei uma passagem incrível de um sábio judeu que tanto admiro Martim Buber, que é contado através da experiência pessoal que teve o Rabino Marshall T. Meyer que foi aluno de Martim Buber na Universalidade de Jerusalém por volta de 1951.
Conta que em um belo dia ele resolveu questionar o seu professor, fazendo uma pergunta meio desconcertante " Qual a frase da Torá que ele achava mais relevante?
Buber fez uma pausa e olhou profundamente para o jovem estudante e disse!
"Hithalech Lefanai Vehie Tamim" A Tradução seria " Vá e Caminha Adiante de mim de forma Íntegra "
Interessante que Buber poderia com seu grande conhecimento na Torá trazer inúmeras outras citações porém Porque foi essa a sua escolha?
Diferente do que muitos pensam Deus não caminha diante do ser Humano, Deus somente pede que na sua caminhada seja" Integro", Ético , moral que possa ter a sabedoria de construir um Mundo melhor mais Justo mais Humano.
Deus não tem nada a ver com que acontece nesse mundo como: Fome, miséria, racismo, preconceitos, violências , guerras e genocídio Etc… Tudo isso é da responsabilidade do ser Humano e não de Deus.
O ser Humano recebeu de Deus o Livre Arbítrio para saber escrever sua história e determinar seu destino. Deus espera do ser Humano que seja "integro " em suas ações e comportamentos e mesmo que haja diferenças e discórdia de pensamentos possamos ser "Integro" e respeitar um ao outro, Isso é uma lei necessária a ser cumprida! Pois Graças a Deus cada ser Humano é um mundo de diversidades e de pensamentos diferentes!
Mas Deus caminha ou não com os seres Humanos?
Sim eu acredito que ele Caminha!, mas quando caminhamos Deus não está adiante de nós, está atrás de nós observando os caminhos que estamos tomando em nossas vidas!
Deus não nos abandonou! Talvez sem saber somos nós que abandonamos Deus!
Não abandonamos Deus em nossas crenças,credos, rezas e manifestações religiosas, mas muito de nós abandonamos a Deus do que ele espera de nós seres Humanos!
Quando ele nos ordena "Vá adiante de mim" ele está te acompanhando e observando os nossos passos e se fosse possível fazer uma Metáfora sobre Deus Ele deve estar chorando por nós ao ver a forma e para onde estamos levando toda a Humanidade.
A Maior dificuldade Humana não é crer em Deus e sim Amar ao Próximo, mas amar o próximo tem um sentido diferente do que muitos entende, pois saber amar o próximo é entender que temos que saber respeitar um ao outro mesmo nas diferenças.
È como sabidamente nos ensinou Emanuel Levinas “ Eu não sou livre se o outro não é Livre, minha liberdade está condicionada na Liberdade do outro "
E como o meu Mestre Paulo Blank gosta de expressar " Herut Al Tinai" Nossa Liberdade está sob condições"
A ideia da Crença no ÚNICO quer dizer que todos os seres humanos somos todos parte de sua criação! Deus não criou as religiões, nacionalidades ou partidos políticos Tudo isso é criação Humana nada tem que haver com Deus! Somos todos parte do Único! Somos todos parte da mesma Origem que é essa Unicidade.
Judaísmo é e sempre foi um grande direito a Liberdade de Discussão e expressão esse sentido democrático existe antes mesmo de ser criado a moderna democracia!
Judaísmo não tem a possibilidade de ter um Papa, Não exite um rabino que possa ser o rabino reconhecido como rabino de todos os Judeus, Não existe rabino Infalível, cada grupo tem seus rabinos com seus pensamentos, suas diversidades e crenças.
Minha forma de estudar e entender a Torá não é ortodoxa e sim Humanística, para mim é importante saber abrir as portas da Torá para descobrir os seus segredos e cada vez que você descobre um novo segredo você vai poder abrir uma nova porta e surgirá um novo segredo.
A Torá é uma fonte eterna de aprendizado e sabedoria. A Torá é uma saga Humana! .
Uma vez o famoso rabino Abraham Yeoshua Haschel , veio a Israel e numa conferência que participou ele fez a seguinte reflexão " Fico muito satisfeito e feliz que os Hotéis de Israel tem um " Masguiar" Inspetor que cuida da Kashrut ( regras alimentares) ,o problema é que não tem um "maskiar" Inspetor que cuida da forma dos lucros dos Bancos"
Poderia acrescentar também um Inspetor para verificar as diferenças socias ,a destruição ecológica, o direito a todos ter educação, saúde e bem-estar social etc... Tudo Isso também faz parte das leis Judaica que necessita urgentemente de Masgiar ( Inspetor) para que nossa caminhada seja de " Integridade humana"
Isso me fez lembrar de uma declaração que sabidamente Golda Meyer quando a perguntaram sobre se ela cumpria as Mitzvot ( as Leis Judaica) ela assim se expressou
" Não é preciso cumprir as Mitzvot para ser um bom Judeu ou Judia, mas é necessário saber quais as Mitzvot que não se Cumpriu"
" Deus Mora no lugar a onde voce deixa o entrar!" assim Declarou o rabino Kotzk.
Poderiamos também dizer " Que Deus Caminha conosco,mas esta´ainda a espera de saber que caminho vamos tomar !
Shabat Shalom!
Fonte – Bernardo Kliksberg " Eu e Meu Judaísmo" 1990

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O Projeto Humano avança dolorosamente, mas tudo bem

A morte torna impossível ignorar nossa vulnerabilidade e impotência. Tentamos desviar seu efeito emocional pensando digitalmente: 1 ... 10 ... milhares ... centenas de milhares ... quanto maior o número, menos dor.

 

A contextualização é outra maneira de tentar mitigar o impacto da morte. O ritmo biológico, a idade, as circunstâncias ... Apesar disso, quem perdeu um ser querido sabe que nada atenua o vazio em nossas vidas que nos nega abraçar, conversar com nossos seres queridos.

 

O equivalente à devastação emocional causada pela morte é aquele causada pelo medo de morrer. O que nos aflige é a nossa incapacidade de controlar a morte.

 

Desde o início, a humanidade se voltou para a religião para encontrar algum tipo de alívio do terror e da angústia causados ​​pela morte. Ele encontrou na alegação de que a religião sabia que a causa da morte estava em o pecado. Teoricamente, agora a morte poderia, se não fosse evitada, pelo menos controlada. Mesmo quando essa explicação falhou, a religião manteve seu apelo alegando que a morte não é definitiva.

 

Se aceitássemos, pura e simplesmente, que devemos morrer, isso realmente não importaria quando e a causa da morte. Mas, o projeto humano sempre foi erradicar a morte, principalmente a morte inesperada. Geração após geração, nos aproximamos desse objetivo, identificando nossos inimigos com mais precisão e neutralizando-os.

 

Além dos exércitos das grandes nações, os assassinos do século passado foram as bactérias, varíola: 3 milhões, malária, 1 milhão. Então, a melhoria das regras de higiene e profilaxia, completada pela descoberta de antibióticos, adicionou 30 anos à expectativa de vida humana. Se em 1900 a expectativa média de vida das pessoas em muitos países do mundo era de 47 anos em 2002, a expectativa já era de 77 anos.

 

É verdade que nossas feridas autoinfligidas (dependência, degradação ambiental, pobreza, guerra e erro humano, doenças degenerativas, câncer) mantêm a erradicação da morte ainda um sonho distante. Hoje, no entanto, estamos bem posicionados para garantir que os vírus não continuem a nos matar.

 

Grupos incríveis de talento humano e recursos tecnológicos em todo o mundo estão focados na erradicação desse flagelo. Pelo menos 254 terapias e 95 vacinas estão sendo preparadas para tratar o Covid 19, e a descoberta e a fabricação de vacinas e medicamentos panvirais capazes de lidar com o que pode vir é totalmente viável e a um custo de não mais de US $ 1 por ser humano na terra.

 

Se ainda houver algum obstáculo importante, é a resolução humana, não sua capacidade. Determinação é um produto esquivo, que mantém a porta entreaberta para infeções virais como SARS, Ebola e, certamente, AIDS.

 

O Covid-19 tem todo o potencial para se tornar um divisor de águas na prevenção de infeções virais, porque desta vez as lições das epidemias anteriores parecem ter finalmente penetrado na psique humana. As epidemias, afinal, revelam os valores de cada sociedade.

 

Apesar dos esforços de alguns governantes, que tentaram manipular a pandemia para obter ganhos políticos, ficou claro que a experiência e as instituições são importantes e que existe uma comunidade global.

 

A religião também está começando a entender que a onipotência de Deus não se refere tanto ao poder de controlar, mas ao poder de habilitar. Os seres humanos têm a capacidade e, com ela, a responsabilidade de tornar o mundo em que vivemos um ambiente menos perturbador e ameaçador.

 

Se essas lições se enraizarão e mudarão o modo como pensamos e como administramos o mundo em que vivemos, depende de cada um de nós. Agora entendemos que, no mínimo, temos o poder e a obrigação de desempenhar um papel no gerenciamento de pelo menos, como e quando morremos.

 

 Governos e cientistas têm o apoio dos cidadãos para agir de acordo com o conhecimento e as experiências que eles possuem. No entanto, cabe aos habitantes do mundo impedir que jogos de culpa, ciúme e doutrinas teológicas mal concebidas pôr em risco a coisa mais preciosa que temos: a vida.

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Shalom!

Boa noite!

Estou muito feliz por fazer parte desta comunidade judaica e aprender com todos vocês. Minha missão aqui é entender mais sobre o judaísmo e servir a um único Deus.

Todá.

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O QUE É UM JUDEU? Por Leon Tolstoy (1829-1910)

Leon Tolstoy (1829-1910) descendente de uma família cristã da nobreza russa e um dos maiores escritores e romancistas do mundo, autor de obras como "Guerra e Paz"e "Anna Karenina", escreveu:
O que é um judeu? Esta pergunta não é, de forma alguma, tão estranha quan-
to parece. Vejamos que tipo de cria-tura peculiar é o judeu, molestado e violentado, oprimido e perseguido, esmagado e assassinado, queimado e enforcado, coletiva e individualmente por tantos gover-nantes e povos - e que, apesar de tudo isso, continua vivo. O que é um judeu, aquele que nunca se deixou levar por todos os bens terrenos, que lhe eram oferecidos, constantemente, por seus opressores e perseguidores para que trocasse sua fé e abandonasse sua própria religião judaica?
O judeu é este ser sagrado que trouxe dos Céus a chama perpétua e com esta iluminou o mundo inteiro. Ele é a vertente religiosa, nascente e fonte de onde todos os outros povos tiraram suas crenças e suas religiões.
O judeu é o pioneiro da liberdade. Mesmo outrora, quando o povo se encontrava dividido em apenas duas classes distintas, escravos e senhores, mesmo naquela época longínqüa, a Lei de Moisés proibia a prática de se manter uma pessoa em cativeiro por mais de seis anos.
O judeu é o pioneiro da civilização. A ignorância foi condenada na Palestina da antigüidade ainda mais do que o é em nossos dias na Europa civilizada. E ainda, naqueles dias de selvageria e barbárie, em que nem a vida nem a morte de ninguém valia algo, Rabi Akiba não se absteve de se declarar abertamente contrário à pena capital.
O judeu é o emblema da tolerância civil e religiosa. "Ama o estrangeiro e o forasteiro", ordenou-nos Moisés, "porque estrangeiro foste na terra do Egito". E isto foi proclamado naquela época remota e selvagem em que a principal ambição das raças e dos povos consistia em se esmagarem e escravizarem uns aos outros. No que tange à tolerância religiosa, a fé judaica não apenas está muito distante do espírito missionário de converter pes- soas de outras denominações. Muito pelo contrário, o Talmud ordena que os rabinos informem e expliquem a todo aquele que, por vontade própria, venha a aceitar a religião judaica, todas as dificuldades contidas nessa aceitação, e que façam ver ao prosélito que os justos entre os povos têm o seu quinhão na imortalidade. De uma tamanha tolerância religiosa, tão elevada e ideal, nem mesmo os moralistas de hoje podem se vangloriar.
O judeu é o emblema da eternidade. Aquele que nem o assassinato nem a tortura, ao longo de milhares de anos, puderam destruir, aquele que nem o fogo nem a espada nem a inquisição foram capazes de eliminar da face da terra, aquele que foi o primeiro a produzir os oráculos de D'us, aquele que há anos é o guardião da profecia, e que a transmitiu ao resto do mundo. Uma nação destas não pode ser destruída. O judeu é perene, tão perene quanto a própria eternidade".

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Pêssach este ano

“Epidemia” e “Pandemia” são termos científicos para descrever uma ameaça que requer respostas extremas imediatas para impedir que uma forma de vida se infiltre e aniquile a nossa.

 

Não visto simplesmente de uma perspetiva científica, um termo apropriado para esse tipo de intrusão é "praga", como nas "Dez pragas do Egito".

 

É verdade que hoje não é sangue, sapos, piolhos, moscas, pestilência, furúnculos, granizo, gafanhotos, trevas, mas um único vírus que ameaça a civilização mais poderosa do mundo. Não são os primogênitos que estão sendo mortos, mas seus pais e avós.

 

As pragas são referidas nas Escrituras Hebraicas como "sinais", isto é, eventos que transmitem uma mensagem; todas as pragas têm uma demanda.

 

A miséria que caiu sobre o maior império de seu tempo se deveu ao faraó e seus "mágicos" não prestarem atenção à mensagem mas ao próprio fenômeno. Como poderiam? Eles estavam tão despreparados, estavam tão ocupados construindo exércitos e fortes para proteger suas fronteiras, pirâmides maiores e mais luxuosas: túmulos para satisfazer seus egos.

 

Quando as pragas vieram, parecia algo repentino, inesperado. A prioridade não era enfrentar a ameaça em sua raiz. Somente depois que a severidade incremental de cada novo nível de praga finalmente forçou o Faraó a se ajoelhar, os egípcios não tiveram escolha senão reconhecer a mensagem. (Infelizmente, esse momento foi muito curto. Por fim, não aprender com a história levou a civilização deles a ficar registrada em museus ao redor do mundo)

 

Depois que a severidade de cada novo nível da praga finalmente os colocou de joelhos, eles não tiveram escolha a não ser prestar atenção à mensagem. (Lamentavelmente eles fizeram isso por pouco tempo e, eventualmente, sua civilização terminou em museus ao redor do mundo)

 

A mensagem então como hoje é muito semelhante:

 

Os seres humanos devem ser mordomos do mundo respeitando, se não protegendo, todo ambiente natural e todo habitat animal, certamente não invadindo seu território.

 

Se queremos viver uma vida longa, devemos fazê-lo não nos tornando turistas em tempo integral, navegando em cruzeiros cada vez maiores e mais luxuosos, mas meditando em nossas vidas, ajudando as novas gerações, transmitindo o que aprendemos para eles.

 

Em vez de continuar a construir cidades lotadas, corroendo as costas e ignorando todas as formas de vida que não a nossa, devemos reconhecer que compartilhamos o mundo com outras formas de vida.

 

Não aprendemos nada com o Egito? É por isso que não lemos a Torá e, se o fazemos, interpretamos como algo que que só pode acontecer com o "outro", não conosco ?

 

Em mais alguns dias os judeus vão se sentar ao redor de uma mesa para refletir sobre essa mensagem. A estratégia para fazer isso é nos vermos como se cada um de nós tivesse deixado pessoalmente a terra do Egito. ” Este ano, esse salto de nossa imaginação não deve ser muito difícil de realizar.

 

As chances são de que, por não estarmos com toda a família, podemos comemorar a Pêssach não apenas como uma reunião familiar ou social, mas pelo motivo certo: lembrando a mensagem de que o mundo não existe para que possamos dominar a natureza. mas para que possamos compartilhá-lo e protegê-lo.

 

Chame de "Deus", chame de "o mundo", o fato é que estamos sendo avisados

 

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