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Por que Jerusalém é sempre duas, a de cima e a de baixo?
E eu quero viver na Jerusalém do meio
Sem bater a cabeça em cima e sem machucar as minhas pernas em baixo.
E por que Jerusalém se diz no plural como mãos e pernas,
Eu quero viver apenas em uma Jerusalém
Porque eu sou apenas um e não dois.

Em 1967 a cidade de Jerusalém foi reunificada, durante a Guerra dos Seis Dias. Por dezenove anos, desde a independência de Israel, a cidade estava partida em dois, o Oeste com Israel, e o Leste com a Jordânia, incluindo a cidade velha, com o Monte do Templo e seu Muro Ocidental.

A poesia acima é de Yehuda Amichai, sobre quem já escrevi a respeito. Ele aponta que a palavra Yerushalaim (Jerusalém) tem o sufixo “aim” que se dá em hebraico ao “plural de dois”, assim como mãos (yadaim) e pernas (raglaim). Amichai vivia em Jerusalém e sua cidade é muito presente em sua poesia. Trago a vocês diversas de suas poesias, onde Amichai mostra que mesmo não estando mais dividida, Jerusalém é múltipla e certamente plural.

Jerusalém e o mar

Deus construiu Jerusalém como um marinheiro velho
Que fez um navio pequeno dentro de uma garrafa
Para que? Ora, um navio no mar é melhor
E navega. E uma cidade no grande céu e a mais bonita de todas.

ponte

Em muitas de suas poesias, Yehuda Amichai compara Jerusalém a um navio. Incidentalmente, a abreviação de Jerusalém em hebraico é Yam, ou seja, mar (ירושלים = י-ם). Mais uma para vocês:

Jerusalém cidade portuária

Jerusalém é uma cidade portuária à beira da eternidade
O monte do templo é um grande navio, um barco de prazeres
Magnífico. Das janelinhas de seu muro ocidental santos olham
Alegres, viajantes. Chassídicos acenam do pier
Adeus, gritam viva, até mais ver. Ele
Sempre chega, sempre parte. E as cercas e os piers
E os policiais e as bandeiras e os mastros altos de igrejas
E mesquitas e chaminés de sinagogas e os botes
De louvor e ondas de montanhas. Um som de shofar soa: mais
Um [navio] parte. Marinheiros de Yom Kipur em uniformes brancos
Sobem entre escadas e cordas de preces testadas
E em negociação e os portões e as cúpulas de ouro:
Jerusalém é a Veneza de Deus.

Amichai faz bastante uso da tradição judaica em suas poesias. Os marinheiros em uniformes brancos são as pessoas que se vestem de branco em Yom Kipur, que é anunciado por um toque de shofar, ou o chifre do carneiro. Em Israel, todos vestem branco em Yom Kipur, nada de terno escuro ou vestidos de festa! As preces do Machzor, já testadas e experimentadas por centenas de anos, ajudam nas negociações com Deus, neste dia do perdão.

Jerusalém de cima e de baixo

Jerusalém é um carrossel que gira e gira
Da cidade velha, passando por todos os bairros, e de volta à cidade velha.
E é impossível descer dela. E quem pula dela arrisca sua vida.
E quem desce dela no final dos giros deve pagar novamente
Para subir nela, aos giros que não tem fim.
E em vez de elefantes e cavalos coloridos para se cavalgar
Tem religiões que sobem e descem e também giram
Em seus eixos ao som de melodias lubrificantes das casas de oração.
Jerusalém é uma gangorra: às vezes eu desco
Para dentro das gerações que já foram e às vezes eu subo ao céu, e então
Eu grito como uma criança grita, cujas pernas balançam lá no alto,
Eu quero descer, papai, eu quero descer,
Papai, me tira.
E todos os santos sobem assim ao céu
E eles são como uma criança que grita, papai, eu quero ficar em cima,
Papai, não me tira, nosso pai nosso rei,
Nos deixe em cima, nosso pai nosso rei!

“Nosso pai” e “nosso rei” são duas das dezenas de formas possíveis de se referir em hebraico a Deus, e é também o nome de uma importante reza de Rosh Hashana e Yom Kipur, “Avinu Malkenu”. Outra poesia de Jerusalém recheada de símbolos judaicos:

Em Jerusalém tudo é símbolo, até mesmo dois amantes
Serão um símbolo, como o leão, como a cúpula de outro, como os portões.
Às vezes eles amam sobre um simbolismo suave demais
E às vezes os símbolos são duros como pedra e afiados como tesouras.
Portanto eles amam sobre um colchão de 613 molas
Como o número de preceitos, preceitos que ele faça e não faça
Que ela faça e não faça, e isto é bom para o amor
E aos prazeres. E eles falam com vozes de sinos
E com lamentos do muezin, e ao lado de sua cama há sapatos vazios
Como na entrada de uma mesquita. E na mezuzá de sua casa está escrito:
“Amem com todo o coração e toda a alma”.

Emblem_of_Jerusalem-04

O leão é o símbolo da cidade de Jerusalém, e aparece em seu brasão de armas. Já os 613 preceitos do judaismo, enumerados por Maimônides, estão divididos em 365 preceitos negativos do tipo “não fazer algo”, correspondendo aos dias do ano solar (mas não aos dias do ano judaico!), e 248 preceitos positivos do tipo “deve-se fazer algo”, conforme o número de ossos e principais órgãos do corpo humano, mencionados pelo Talmud. Muezin é a pessoa que canta do alto do minarete de uma mesquita, chamando os fiéis muçulmanos a rezar, e mezuzá é o que os judeus colocam no batente de suas portas, lembrando a saída do Egito. Dentro dela há um pergaminho com a reza “Shma Israel”, cujo segundo verso diz “Amem o Senhor, seu Deus, com todo seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua força” (Deuteronômio 6:5).

Turistas

Eles fazem aqui visitas de pêsames,
Sentam em Yad Vashem, ficam sérios ao lado do Muro das Lamentações
E riem atrás das pesadas cortinas dos quartos de hotel,

Tiram foto com mortos famosos no túmulo de Raquel
E no túmulo de Herzl e na colina da munição,
Choram pelos jovens valentes
E desejam obstinadamente nossas jovens
E penduram suas cuecas e calcinhas
Para uma secagem rápida
Em uma banheira azul e fria

Certa vez estava sentado em umas escadas ao lado do portão da fortaleza de David, e coloquei meus dois cestos a meu lado. Estava lá um grupo de turistas em volta do guia e eu lhes estava servindo de ponto de referência. “Estão vendo este homem com as cestas? Um pouco à direita de sua cabeça tem um arco da época romana. Um pouco à direita de sua cabeça”. Mas ele se move, ele se move! Pensei a mim mesmo: a redenção virá apenas quando eles disserem: Estão vendo ali o arco da época romana? Tanto faz. Mas do lado dele, um pouco à esquerda e abaixo dele, está sentado um homem que comprou frutas e verduras para sua casa.”

Pepelzinho no muro? Check!

Pepelzinho no muro? Check!

Yehuda Amichai contrasta a Jerusalém de cima, a que os turistas buscam, cheia de espiritualidade e com todo o peso da História em seus ombros, com a Jerusalém de baixo, a da vida quotidiana e simples. Os turistas, que normalmente passam ali dois ou três dias, acabam riscando os itens de seu checklist. Yad Vashem? Check! Muro? Check! Foto ao túmulo de Rabin? Check!

Ecologia de Jerusalém

O ar sobre Jerusalém está saturado de preces e sonhos
Como o ar sobre cidades de indústria pesada,
É difícil respirar.

E de tempos em tempos chega uma entrega nova de História
E as casas e as torres são seus materiais de embrulho,
Que depois são jogados e amontoados em pilhas.

E às vezes veem velas em vez de pessoas,
Então silêncio,
E às vezes vem pessoas em vez de velas
E então barulho.

E dentro de jardins fechados, entre arbustos de jasmim
Todos perfumados, consulados estrangeiros,
Como noivas ruins que foram rejeitadas
Espreitam à sua hora.

É interessante contrastar o ar pesado e saturado da poesia com a primeira estrofe da canção Jerusalém de Ouro, de Nomi Shemer: “O ar da montanha é límpido com o vinho // E o perfume dos pinheiros // Carregado na brisa do anoitecer // Com os sons dos sinos”.

Jerusalém dos pastores

Jerusalém, lugar onde todos lembram
Que esqueceram algo ali
Mas não se lembram o que esqueceram.

E para lembrar estou eu
Visto em meu rosto o rosto de meu pai.

Está é minha cidade onde se enchem os reservatórios de meus sonhos
Como tanques de oxigênio de mergulhadores.

A santidade dela
Às vezes vira amor

E as perguntas que se fazem nestas montanhas
São as mesmas de sempre: você viu o meu rebanho?
Você viu o meu pastor?

E a porta de minha casa está aberta
Como um túmulo de onde pessoas ressuscitaram.

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Portão de Damasco

E agora outra poesia com a temática de pastoreio:

Um pastor árabe procura um carneiro no monte Sião,
E na montanha da frente eu procuro o meu filho pequeno.
Um pastor árabe e um pai judeu
Em seu insucesso temporário.
As vozes de nós dois se encontram em cima
Das piscinas do sultão no vale do meio.
Ambos não queremos que começem
O filho e o carneiro um processo
A máquina terrível do Chad Gadyá.

Mais tarde os encontramos entre os arbustos,
E nossas vozes voltaram a nós, e choraram e riram dentro.

A busca por um carneiro ou por um filho
Sempre foi
O começo de uma nova religião nestas montanhas.

A máquina terrível do Chad Gadyá é o ciclo vicioso de violência, contado na canção de mesmo nome que se canta em Pessach. Quem quiser uma leitura interessante desta canção, pode conferir Chad Gadyá da cantora Chava Alberstein.

A dura Jerusalém

Gei Ben Hinom

Gei Ben Hinom

Morávamos no Gei Ben Hinom, na terra-de-ninguém na Jerusalém dividida
Em uma casa de telhado atingido e suas paredes feridas por balas e estilhaços
Em baixo da cama colocamos uma pilha de livros no lugar da perna quebrada.
(E não me lembro se voltamos a lê-los.) E as escadas de pedra
Eram para nós como as escadas que os anjos esqueceram quando fugiram do sonho de Jacó
E as deixaram para que pudéssemos descer e subir.
E a terra-de-ninguém se diz em inglês, “terra-não-homem”,
Mas nós éramos ali um homem e uma mulher sérios em seu amor
E não sem dono. E se não morremos, nós ainda amamos.

O vale “Gei Ben Hinom” está logo do lado de fora das muralhas da cidade velha, perto da Fortaleza de David e ali passava a divisão entre a Jerusalém israelense e jordaniana. Há 3 mil anos era um lugar de sacrifícios humanos, especialmente de crianças, e o nome do vale deu origem a Gehenom, que em hebraico moderno significa inferno. Hoje, em parte do vale, há a “piscina do sultão”, lugar onde se faz shows e festivais de música.

O moinho em Yemin Moshe

Este moinho nunca moeu farinha.
Ele moeu ar sagrado e pássaros
De saudade de Bialik, ele moeu
Palavras e tempo moído, ele moeu
Chuva e até mesmo morteiros,
Mas ele nunca moeu farinha.

Agora ele nos descobriu,
E mói nossas vidas dia a dia,
Para fazer de nós a farinha da paz,
Para nos assar no pão da paz
Para as gerações que virão.

moinho

Moinho de Montefiore

Este é o famoso moinho construido no bairro de Yemin Moshe, o primeiro fora das muralhas de Jerusalém. Os pássaros de saudade são uma referência à famosa poesia de Chaim Nachman Bialik, El Hatzipor. Esta próxima poesia é da época em que Jerusalém estava ainda dividida:

Jerusalém

Sobre um teto da cidade velha,
A roupa lavada é iluminada pela última luz do dia:
Um lençol branco de uma inimiga
Uma toalha de um inimigo
Para enxugar nela o suor de seu rosto.

E no céu da cidade velha
Uma pipa.
Na ponta do fio –
Um menino.
Que não pude ver
Por causa do muro.

Hasteamos muitas bandeiras,
Hastearam muitas bandeiras,
Para que pensemos que eles são felizes.
Para que eles pensem que nós somos felizes.

Última de hoje

Quem alguma vez viu Jerusalém nua?
Nem mesmo os arqueólogos viram.
Pois ela nunca se despiu até o fim.
Sempre vestiu novas casas
Sobre as desgastadas, e as rasgadas e as quebradas.

Obrigado a todos aqueles que chegaram ao fim deste post. Se você conhece outras poesias sobre Jerusalém, deixe um seu comentário, compartilhe conosco! Todas as poesias foram traduzidas por mim, Yair, somente para fins educacionais.


Fontes:

Coleção de livros onde encontrei as poesias

Coleção de livros onde encontrei as poesias

Livro “Patuach Sagur Patuach” de 1998 – פתוח סגור פתוח
Seção “Yerushalaim Yerushalaim, lama Yerushalaim? – ירושלים ירושלים, למה ירושלים
Poesia 6: Jerusalém é um carrosel que gira e gira.
Poesia 7: Em Jerusalém tudo é símbolo, até mesmo dois amantes.
Poesia 9: Por que Jerusalém é sempre duas, a de cima e a de baixo?
Seção “Batim batim veahava achat” – בתים בתים ואהבה אחת
Poesia 4: Morávamos no Gei Ben Hinom.
link1, link2

Livro “Meachorei kol ze mistater osher gadol” de 1985 – מאחורי כל זה מסתתר אושר גדול
Capítulo “Shirei eretz tzion yerushalaim” – שירי ארץ ציון ירושלים
Poesia 19: Deus construiu Jerusalém como um marinheiro velho.
Poesia 21: Jerusalém, lugar onde todos lembram.
Poesia 28: Quem alguma vez viu Jerusalém nua? [traduzi apenas a segunda metade da poesia]
link

Livro: Poesias 1948-1962, de 1963 – שירים 1962-1948
Poesia: Sobre um teto da cidade velha.
link

Livro: “Shalva Gdola: Sheelot Utshuvot” de 1980 – שלווה גדולה: שאלות ותשובות
Poesia: Ecologia de Jerusalém.
Poesia: Turistas.
Poesia: Um pastor árabe procura um carneiro no monte Sião.
Poesia: O moinho em Yemin Moshe
link1, link2

Livro: “Achshav Beraash” de 1969 – עכשיו ברעש
Poesia 21: Jerusalém cidade portuária.
link

Eu encontrei todas as poesias na coleção “Shirei Yehuda Amichai“, de cinco volumes, a mesma da imagem acima. Ela reúne todas as suas poesias, um verdadeiro tesouro.

Imagens:
Imagem de capa: Bünting Clover Leaf Map, Wikipedia
Moinho de Montefiore: Wikipedia
Gei Ben Hinom: Wikipedia
Portão de Damasco: YNET
Papeis no Muro: Flickr de Brian Jeffery Beggerly, segundo a licença Creative Commons.
Emblema de Jerusalém: Wikipedia
Ponte: Wikipedia
Coleção de livros: amitei-bronfman.org

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Membro da equipe de emergência examina os corpos de vítimas do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas. Três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no atentado neste sábado Foto: AFP" src="http://oglobo.globo.com/in/12596004-d41-cf3/FT247A/2014-717115617-20140524131803250afp.jpg_20140524.jpg" property="na:image" />

Membro da equipe de emergência examina os corpos de vítimas do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas. Três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no atentado neste sábado AFP

BRUXELAS — O ataque deste sábado ao Museu Judaico de Bruxelas, que deixou três mortos e um ferido na capital belga provocou comoção entre a comunidade judaica do país — às vésperas de eleições locais e continentais — e entre líderes de países europeus e de Israel.

— Este assassinato é resultado da constante difamação contra os judeus e sua nação. Mentiras e calúnias contra o Estado de Israel continuam a ser ouvidas na Europa ao mesmo tempo em que crimes contra a humanidade perpetrados em nosso solo continuam a ser ignorados — afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. — Nossa resposta a essa hipocrisia é continuar dizendo a verdade, e nos fortalecer na nossa incansável luta contra o terrorismo.

Comentando o ataque, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, líder de um partido ultranacionalista, acusou o ativismo pró-palestino, “que, novamente, como nas épocas mais obscuras, convocou o boicote aos produtos judaicos e atua com agressividade contra a única democracia do Oriente Médio” de ser “puramente antissemita e nada além disso”.

Atentados motivados pelo antisemitismo não acontecem na Bélgica — que abriga uma população judaica superior a 40 mil pessoas — desde os anos 1980, mas o ódio e o preconceito contra os judeus têm sido opontados como principais motivos por trás do ataque, por figuras que vão da ministra do Interior, Joëlle Milquet, até o presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald S. Lauder, que comparou o atentado aos assassinatos cometidos em Toulouse, em 2012, no qual Mohamed Morah baleou quatro estudantes judeus em uma escola francesa.

— Trata-se de um ato terrorista. O assassino entrou deliberadamente em um museu judaico — afirmou o presidente da Liga Belga Contra o Antisemtismo (LBCA), Joël Rubinfeld. — Houve uma liberação do discurso antisemita. Essa é uma desgraça decorrente de um ambiente que destila o ódio.

Viviane Teitelbaum, uma deputada judia de Bruxelas, afirmou que ataques antisemitas tiveram seu auge nos anos 1980, mas diminuíram antes de uma recente ressurreição do antisemitismo belga.

O presidente francês, François Hollande, também condenou "a matança assustadora" no museu, manifestando aos belgas a "solidariedade" da França. Em nota divulgada no sábado à noite, Hollande "expressa sua grande comoção e condena fortemente a matança assustadora ocorrida no Museu Judaico de Bruxelas".

O chefe de Estado manifesta ainda "a total solidariedade da França ao povo belga nessa prova e envia suas profundas condolências às famílias das vítimas".

Também em nota divulgada este sábado, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, denunciou o ataque cometido "contra os valores da Europa".

"A notícia do violento tiroteio que custou a vida de três pessoas inocentes esta tarde no centro de Bruxelas, na frente do Museu Judaico, chocou-me profundamente", declarou Durão Barroso."Condeno duramente o fato de que esse terrível tiroteio tenha sido dirigido contra um símbolo religioso no coração da capital europeia. Trata-se de um ataque contra os valores da Europa, o que não podemos tolerar".

A alta representante para Política Externa e Segurança da União Europeia, Catherine Ashton, foi outra autoridade que condenou o ataque.

Em nota, o rei Philippe, da Bélgica, enviou condolências às famílias das vítimas, e se disse “indignado com este ato violento que afeta a comunidade judaica”.

— Nosso país e todos os belgas, independentemente de seu idioma, sua origem ou seus credos, estão unidos em solidariedade, e condenam este detestável ataque a uma instituição cultural judaica — afirmou, durante uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/comocao-na-europa-em-israel-apos-tiroteio-em-museu-judaico-em-bruxelas-12596005#ixzz32ioRHSoS
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Ainda que se possa afirmar que o “lobby judaico” desempenhe papel influente no processo de tomada de decisões nos Estados Unidos, ele foi apenas um entre muitos fatores que contribuíram para a aproximação do país com Israel, entre 1957 e 1966. Outras forças, como a recomendação interna do corpo técnico permanente do governo, assim como fatores econômicos (a necessidade de estabilizar o Oriente Médio, por sua posição central na produção de petróleo) e a realidade da Guerra Fria também foram decisivos.

Primeiramente, em vista da crescente importância do Oriente Médio como produtor de petróleo, em substituição à recém-sovietizada Europa Oriental, os EUA precisavam garantir a estabilidade da região para extração e exportação da matéria prima. Enquanto alguns países – como o Egito e a Síria – se tornavam mais revisionistas em função das mudanças de poder ocorridas desde a década de 1950, havia uma crescente necessidade de construir e fortalecer um bloco de nações conservadoras, cujos governos fossem confiáveis. O Estado de Israel era visto como um entre esses países, junto com a Arábia Saudita, a Jordânia e o Irã.

Adicionalmente, havia a necessidade de limitar o desenvolvimento do programa nuclear israelense. Uma vez que o programa vinha sendo realizado com apoio do principal aliado israelense à época – a França - os EUA precisaram “comprar” seu lugar como parceiro militar de Israel para evitar uma corrida nuclear na região. Ainda que não tenha sido possível cancelar o programa nuclear israelense como um todo, as negociações acerca de seu desenvolvimento e de seu controle externo levaram a importantes acordos de venda de armas que aproximaram os dois países.

Tendo em vista a batalha entre os EUA e a União Soviética para ser o principal parceiro do Egito, Israel conseguiu usar seu programa nuclear como barganha. Esta política permitiu ao país ser considerado um aliado tão importante quanto o Egito, a maior e mais desenvolvida nação árabe à época, com dezenas de milhões de habitantes.

Outro aspecto importante era que, em contradição com as recomendações dos funcionários dos departamentos de Estado e Defesa cuja nomeação era política, o corpo permanente de analistas técnicos do governo americano recomendava ao presidente apoiar Israel. Não sendo dependentes de favores políticos e resultados eleitorais, estes funcionários públicos preocupavam-se menos em evitar incomodar os países árabes e estavam mais inclinados a apoiar Israel, um dos poucos Estados criados após a II Guerra Mundial que mantinham-se democráticos e apresentavam bons resultados econômicos. Os corpos técnicos do Departamento de Defesa e do Pentágono consideravam Israel um bom exemplo, merecedor de apoio.

Finalmente, o poder do “lobby judaico” não pode ser descartado. Ainda que a relação com os presidentes John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson pudesse ser classificada apenas como morna, sempre haviam importantes deputados e senadores para levar a causa israelense ao centro das discussões e aprovar legislações que a apoiassem. E quando os dois presidentes democratas – pelos quais a esmagadora maioria do eleitorado judaico americano havia votado – enfrentavam a oposição popular à Guerra do Vietnã, apoiar Israel também era visto como uma forma de garantir simpatia entre sua base eleitoral.

Pode-se concluir, então, que o “lobby judaico” foi acompanhado por uma série de outros fatores em seus esforços para aproximar os Estados Unidos e Israel. Mas, muito além de seus votos e sua influência, o governo americano optou por fortalecer sua relação com o Estado de Israel também em função de suas prioridades de economia e política externa, até que se chegou ao ponto em que era possível afirmar que “há duas coisas intocáveis no Oriente Médio: petróleo e Israel”.

Tradução da resposta à questão “É possível afirmar que o lobby judaico desempenhou papel central na aproximação entre os Estados Unidos e Israel entre os anos 1957-1966?”, em prova do curso Israel e os sistemas regional e internacional.

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 – O ex-presidente brasileiro foi o primeiro líder sul-americano a receber o “Doctor Philosophae Honoris Causa” concedido pela Universidade de Tel Aviv. Em seu discurso, no evento realizado em um dos auditórios da instituição na noite do dia 15, ele ressaltou a “saudável combinação israelense entre prosperidade e liberdade”, e lembrou a contribuição judaica à construção da democracia brasileira.

Captura de Tela 2014-05-19 às 22.31.52No mais importante evento da visita de Fernando Henrique Cardoso a Israel, entre 15 e 18 de maio, o ex-presidente brasileiro recebeu uma das mais maiores honras concedidas pelo país a personalidades israelenses e internacionais: o título “Doctor Philosophae Honoris Causa”. Esse prêmio foi criado em 1965 pela Universidade de Tel Aviv e já homenageou personalidades como a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, a chanceler alemã Angela Merkel, o escritor Amos Oz e o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel. FHC foi o primeiro estadista sul-americano a receber este título.

Dividindo o palco com outros seis homenageados de diferentes países, o ex-presidente foi responsável pelo principal discurso da noite. “Sou um velho amigo de Israel e todos brasileiros devem muito ao país: ele foi um dos exemplos de democracia nos quais nos baseamos para estabilizar a economia brasileira”, declarou. Ressaltou diversas vezes que enxerga Israel como um país que preza a liberdade e a dignidade da sociedade. “Tenho, por fim, imenso respeito por essa incrível conquista dos judeus: o Estado de Israel”, completou.  Em seguida, ele elogiou a contribuição da comunidade judaica ao Brasil e mencionou a participação de judeus no processo de reconstrução da democracia brasileira. FHC encerrou seu discurso frisando a importância da paz para a região. “Como cientista político, reconheço que existem grandes impasses. Mas estou convencido de que a paz será a conquista final da promessa judaica”.

Fernando Henrique viajou a Israel a convite da Sociedade Brasileira dos Amigos da Universidade de Tel Aviv (TAU). O presidente da instituição, Mario Adler, esteve presente ao evento, assim como Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, e Jayme Blay, presidente da Câmara  Brasil Israel de Comércio e Indústria (Cambici). Também assistiram à homenagem o vereador paulistano Floriano Pesaro e dois grupos de empresários brasileiros que participaram, ao longo da semana, do Seminário de Imersão em Israel como “Start-Up Nation”, a convite da TAU, e de uma missão empresarial, coordenada pela Cambici, com o objetivo promover a economia de Israel e fortalecer relações bilaterais. Encerrando a visita a Israel, Fernando Henrique deve encontrar-se, no dia 18, com o presidente israelense Shimon Peres, na casa presidencial, em Jerusalém.

Confira o vídeo no Portal Terra (que transmitiu o evento ao vivo) e a matéria publicada na Folha.

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O país da água por Amir Szuster da Conexão Israel

 

Como Israel venceu um dos seus maiores desafios e transformou-se em uma nação com excesso de recursos hídricos?

Uma fonte de problemas políticos e econômicos

Desde antes da criação do Estado, a questão do abastecimento de água esteve na pauta de prioridades das lideranças sionistas. Um dos motivos da criação dos livros brancos na época do mandato britânico, que restringiam à imigração de judeus a terra de Israel na época do Ishuv, foi o relatório escrito pelo expert em agricultura, Sir John Hope Simpson, que apontava para um gargalo no suprimento de água na região, impedindo assim qualquer aumento populacional, sob pena de uma total escassez de recursos hídricos para seus habitantes.

A apreensão apenas se intensificou após 1948. Em menos de dez anos, a população do país mais do que duplicou e a falta de suprimento de água figurava entre os principais desafios do recém-criado estado.

O tempo passou, mas o desafio continuava. O desenvolvimento agrícola restringia-se de acordo com as possibilidades do país – a escolha do tipo de produto agrícola dependia da quantidade de água necessária para o seu plantio. A disputa pelos recursos hídricos serviu de fonte de atritos políticos tanto com a Síria, como com a Jordânia. Inclusive, a disputa pela água do rio Jordão foi um dos principais motivos causadores da Guerra dos Seis Dias. Ou seja, a água era tanto um problema estratégico interno que limitava o desenvolvimento econômico, como uma fonte reincidente de atritos com os países vizinhos.

imagem kineret

O lago Kineret

Se a demanda aumenta…

Sir John Hope Simpson tinha razão em dizer que o aumento da demanda tornaria inviável a questão hídrica no país, mas ele errou em acreditar que a oferta de água se manteria estática.

Havia espaço para novas fronteiras tecnológicas. A revolução teve origem na utilização de duas novas fontes de água não consideradas previamente: a água tratada do esgoto e a água proveniente do processo de dessalinização.

O gráfico 1 nos mostra a evolução da quantidade de água tratada por esgoto (reutilizada para fins agrícolas) e a água obtida por meio do processo de dessalinização em 1990, 2000, 2010 e 2011.

grafico1

Por falta de dados mais detalhados para todas as categorias, não expus as quantidades atuais, mas estima-se que em 2013, as plantas de dessalinização já detém o potencial de produzir 505 milhões de metros cúbicos (mais que o dobro do que está apontado no gráfico para o ano de 2011). Uma revolução. O avanço tecnológico se deu por conta de um grande investimento do governo em plantas de dessalinização, mesmo quando estas ainda eram economicamente inviáveis.

Na última década, beneficiados pela descoberta de campos de gás natural – fato este que torna menos custosa a produção de água por este método, reconhecido por seu altíssimo consumo de energia – os israelenses passaram a contar com uma fonte segura de abastecimento. Estima-se que o custo baixou de $1 por metro cúbico para $0.40, ou até menos nas plantas mais modernas.

Paralelamente, Israel criou um esquema de tratamento de água de esgoto para fins agrícolas que está entre os mais desenvolvidos do mundo. Como pode ser visto no gráfico 2, a partir de 2011 o uso deste tipo de água foi maior que o uso de água doce na agricultura. A utilização deste recurso tem dois benefícios simultâneos: introduz uma nova e importantíssima fonte de água para o país e reduz a necessidade do uso de fertilizantes, já que a água reciclada já contém diferentes nutrientes que ajudam no enriquecimento do solo.

grafico2

As consequências

Da mesma forma que no campo político, a questão da água passou de motivos de guerra para a assinatura de acordos de paz com os jordanianos, a receita pode repetir-se agora que Israel goza de um saldo de recursos. Este superávit pode ser uma importante moeda de troca em uma região em que a água ainda é escassa e disputada. Se não diretamente, a elaboração de projetos de cooperação em conjunto com países vizinhos pode vir a ser um fator essencial na criação de uma utópica (hoje em dia!) integração regional.

Gráfico 3 – Variação do nível da água do lago Kineret

A linha vermelha de baixo representa o limite inferior: o momento de preocupação do israelense

A linha vermelha de baixo representa o limite inferior: em 2009 atingimos o nível mais baixo da história

Enquanto isso, a população segue observando atentamente o nível de água do lago Kineret (gráfico 3). Anos de poucas chuvas são marcados por apreensão, enquanto anos chuvosos ainda são comemorados. A cultura por aqui continua a mesma, seja por desconhecimento, seja por tradição.

Particularmente, não acredito que a população mudará seu comportamento, já que esta cultura de valorização dos recursos hídricos passou a ser uma marca da sociedade – ela está enraizada no pensamento do israelense.

Mas mais importante que isso, a história da água apresenta uma característica ainda mais marcante desta sociedade. Característica esta que foi a responsável pela idealização, criação e segue hoje sendo um pilar básico da continuação deste Estado: a exímia capacidade de transformar desafios em oportunidades.http://www.conexaoisrael.org/o-pais-da-agua/2014-05-15/amir

Fontes:

http://www.haaretz.com/news/national/1.570374

http://www.water.org.il/

http://www.mekorot.co.il/HEB/WATERRESOURCESMANAGEMENT/CONSUMEDATA/Pages/default.aspx

http://www.mekorot.co.il/Heb/articles/Pages/Kinneret.aspx

www.cbs.gov.il

Livro de ouro da agricultura e colonização – Editado pelo jornal Maariv, 2012

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1. Drasha (comentários) sobre  os Essênios e sua relação sobre a idéia do conceito "Havdala".
"Conta-se que o antigo grupo de hebreus os essênios, se consideravam os Bnei Haor "filhos da Luz " viviam em comunidades retiradas de qualquer influencia estranha aos seus valores judaico, suas comunidades se chamavam Yachad -"juntos" eram um grupo muito especial em sua época , pois viviam num sistema comunal , onde havia uma grande solidariedade e ajuda mutual entre todos os membros. Eram um grupo altamente espiritualizados, procuravam através dos 5 elementos vitais da Natureza a Luz, a Água, o Fogo, a terra e o ar o segredo para se aproximar do Criador. Um desses exemplos era a sua peculiar forma de receber e comemorar o shabat, onde se reuniam toda da comunidade para receber as primeiras luzes das estrelas, , realizavam uma refeição especial , e depois sob a luz de velas passavam a noite se dedicado para estudar e discutir sobre os mistérios da Torah . Pela manha ainda bem cedo acordavam para receber as primeiros raios de Luz desse novo dia, e ao entardecer todos os membros da comunidade "BeYachad" juntos se encontravam para observando o céu a procura das primeiras estrelas para se despedir do Shabat . Os Essênios através da luz das estrelas agradeciam ao criador por esse dia sagrado que separava as suas vidas entre O Espiritual e o Material .Os Essênios acreditavam que neste especial momento de Havdala entre a luz do dia e luz da noite, poderiam ajuda-los a entender o segredo da vida e os aproximando do explendor do Criador .

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 2.  Mestre da cerimônia convida os alunos do Eliezer para  sair para um lugar aberto, e procurar as primeiras estrelas que brilham no céu. E declara . "O Fim do Shabat se aproxima, em sua partida, não podemos deixá-lo sair despercebido. Sua retirada também devera ser anunciada por todos . Procuremos a luz das estrelas que esta brilhando no céu , e agradecemos a esse especial momento de podermos estarmos juntos, aqui reunidos em comunidade, entre amigos se confraternizando com esse especial momento que é a Havdala ."


3.Mestre da cerimônia convida  um aluno  para fazer a Bracha a bênção tradicional. (Ele erque um calice de  suco de frutas, e pronuncia:
" Baruch, hamavdil ben côdesh lechol" - ("Bendito é Ele que separa entre o sagrado e o comum.") Amem E todos repetem : "Baruch, hamavdil ben côdesh lechol" ("Bendito é Ele que separa entre o sagrado e o comum.") Amem


4.Mestre da cerimônia convida uma aluna  segunda Bracha (bênção) em Português: Ela ergue um cálice de  suco de frutas,e pronuncia:
"Desejando a todos uma nova semana de Paz, tranqüilidade, saúde e Sucesso na realização de nossos compromissos e obrigações, que tenhamos a sabedoria para saber separar no nosso dia a dia do que seja sagrado ao profano." Amem

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5.O Mestre Convida 2 alunos e professora  para acender em conjunto e fazer a Bracha  das velas


"Faremos uma bênção da Luz. Luz tão importante em nossas vidas .

Que com Luz seja iluminado os nossos atos

Que com Luz realizaremos atos de bondade e calor humano.

Que com Luz possamos proporcionar a alguém esperanças " Amem

 

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7- O Mestre da Cerimonia Pega o cálice com o vinho na mão esquerda e, na direita, segura-se a caixa contendo cheio de fragrâncias : Lavanda, Rosa e Rosemary recitando a seguinte Bracha bênção: 
"Baruch Atá borê haolam, borê minê bessamim." Amen "Bendito és Tu, Criador do Universo, que cria diversos tipos de especiarias aromáticas. " Amen


8-O Mestre da Cerimonia convida um aluno e uma aluna  para ler em conjunto uma( Bracha) bênção :


"Nesta nova semana vamos Procurar ter mais sensibilidade para observar e sentir os contrastes da natureza como: A Luz , A escuridão, A Água , O fogo, A Terra e O Ar."

" "Nesta nova semana Vamos procurar fazer o Bem preservando e produzindo coisas para o mundo, se afastando do ódio, da destruição, dos conflitos , das violência e das ganancias."

Nesta nova semana Vamos Procurar a ser mais justo com a natureza ser mais paciente com a família, mais pacifico com o outro, mais solidário com o diferente, mais tolerante no trabalho, mais carinhoso com com o colega"

" Nesta nova semana Vamos ser corajosos para rejeitar as opressões, e as guerras no mundo, Exigir a Paz em Israel , defender que todos no Brasil tenha o direito a educação ,saúde, liberdade e a dignidade humana."

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 9-  O Mestre da cerimonia passa para todos a cheirar as especiarias, e cada um no ato de cheirar declara ao outro ao seu lado "Shavua Tov"


 11- O mestre da Cerimonia finaliza a Havdala com essas palavras.


"Saldamos a todos os seres Humanos que sejam capazes de distinguir , entre justiça e miséria , entre a Paz e Guerra, entre liberdade e autoritarismo, entre educação e ignorância, entre solidariedade e violência, entre esperança e conformismo, entre Amor e ódio Entre Sagrado e Profano.


Desejamos a todos Shavua Tov!

 

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